Promessas do Coração escrita por Thayana Uchiha


Capítulo 2
Capítulo 2 – Existência sem você: Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei! Desculpe a incrível demora para postar o segundo capítulo, mas eu estava com problemas emocionais. Mas ao que tudo indica, voltei de vez ao mundo dos escritores e leitores de fanfics. Espero que eu ainda tenha leitores, e prometo que o próximo capítulo sairá rapidinho. Então, espero que apreciem e não se esqueçam de deixar seus comentários.



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“Qual é o problema?”, perguntou Suigetsu ao líder do Som. Sem receber nenhuma resposta, ele continuou: “Você está mal humorado de novo. Oh, não sabia que se importava tanto assim com a Karin. Ela querer se matar mexe tanto assim com você?”

Nenhuma resposta.

“Cara, você é detestável. Poderia pelo menos, responder as perguntas que as pessoas normais como eu, faço a você.”

“E desde quando, você é uma criatura normal?”, retrucou Sasuke, quase perdendo a paciência. Nunca imaginara que teria que aturar Suigetsu depois de tantos anos. E que o time que foi obrigado a formar, para encontrar e matar Itachi; tomaria proporções maiores, tendo agora como responsabilidade uma Vila inteira em suas costas.

“Não! Não fale disso. Não jogue na cara que eu fui uma experiência daquele maldito, desprezível e sei lá que bolas ele jogava.”

“Quem está dizendo é você.”, disse simplesmente, sem querer continuar com uma conversa trivial.

“Está bom, está bom. Não se fala mais a respeito disso, então.”

Dessa vez, Sasuke não respondeu, assim como era o seu costume, apenas ignorou o antigo companheiro de time. Sim, antigo, pois eles não faziam mais parte de um time, apesar de ter que agüentar Suigetsu da mesma forma que antes. Agora, ele era Otokage, e como tal, precisava pensar nas vidas daquelas pobres criaturas que viviam ao seu redor.

Era estranho, porque ele nunca pensara em ser Hokage de sua Vila natal, Konoha, mas acabara se tornando o kage de um lugar que parecia que fora esquecido por Deus. E essa, era a razão de tudo aquilo. Naquele lugar, conseguia sentir-se normal, sem um grande passado. Seu passado era um dos mais agradáveis perante aquelas pessoas, tão sofridas e desacreditadas.

Pessoas que foram usadas miseravelmente, apenas para saciar os desejos de um ninja odioso em sua ânsia pelo poder. Uma ambição que o matou. Ele matou Orochimaru, verdade, mas sabia que só fora capaz de tanto porque o sannin fora se destruindo aos poucos com todas as suas experiências. Não havia poder sem um corpo forte, e nenhum corpo por melhor que fosse, ficaria saudável na pele e no veneno dele. Nenhum corpo seria tão bom quanto um dia fora. Jamais alcançaria o poder supremo, como o idiota tanto desejava. Tudo que conseguira fora se transformar em um nada, só esperando a morte iminente que Sasuke teve muito prazer em lhe conceder.

Lembranças do velho mestre e do tempo que passara como seu aluno não eram muito agradáveis, mas com certeza, não eram as suas piores recordações. Era apenas mais uma no monte. Não havia arrependimento do que fizera naquele tempo. Apesar de não ser questão para se orgulhar.

Porque, naquela época, mesmo sabendo o que Orochimaru fazia com as presas – pessoas, não animais -, que capturava, nunca havia mexido um único dedo para ajudá-las. Quem sabe, livrá-las daquele destino que lhe esperavam na mão de um sádico lunático.

Contudo, para ele, nada era mais importante do que a sua preciosa vingança. Sua vista parecia que estava sendo deteriorada com uma fumaça que só conseguia enxergar, recordar a cena da qual todos os seus familiares foram assassinados e eles precisavam da morte de seu irmão para descansar em paz. Uma boa desculpa. Concordava, mas sabia que não era nada disso. Tinha consciência agora que o problema era o seu egoísmo. Sim, o mais puro e belo egoísmo. Toda dor e perda que esse sentimento lhe acarretou. Ficou sozinho, com ódio e raiva, querendo vingança. Estritamente porque fora tirado da vida que sempre conhecera. E passara a só pensar em seus próprios sentimentos, como se todas as outras pessoas não valessem nada, elas não importava. Tudo que importava era conseguir a sua justiça.

Foi doloroso perceber isso. E percebera da pior forma. Seu irmão estava morto por sua causa, e ele era a única família que havia lhe restado. Simplesmente também se fora. A perda só se fez presente ao descobrir a verdade sobre o clã Uchiha, sobre os quão bonzinhos eles eram. Mesmo não querendo, foi obrigado a reconhecer que Itachi havia feito a coisa certa. Havia entendido, porém, só reconheceu depois de ter assassinado os dois conselheiros e Danzou, que havia se tornado o sexto Hokage.

A realidade fora tão dolorosa. Não estava fazendo justiça, aquilo fora um verdadeiro assassinado. Oh, havia matado pessoas inocentes antes de matar aqueles que realmente mereciam. Então, quando tudo se tornou real, que finalmente havia cumprido com o seu dever pessoal, e Naruto, aquele que deveria ser o seu melhor amigo, aparecera na sua frente; ele apenas se deixara levar pelos sentimentos há muito tempo camuflados.

Abrira-se com Naruto, falara sinceramente de uma forma que jamais fizera, pois sabia que ele entenderia. Queria ter permanecido em Konoha, mas sabia que não era possível, pois vivera sua vida redirecionada para a vingança e quando ela fora cumprida, havia lhe restado apenas duas opções: uma delas seria morrer junto com as pessoas que matara e a outra, seria encontrar um novo rumo para sua existência.

Foi exatamente isso que ele acabou fazendo. Achou um novo rumo. Fora de Konoha. Fora da vida das poucas pessoas que ele amava. Sim, aqueles benditos laços o prenderam, até machucava um pouco. Estava querendo fazer as coisas certas dessa vez, da maneira que sempre deveria ter sido. Por causa disso, conversara por um longo tempo com Naruto, confessando-lhe tudo. E logo depois que o amigo precisara ir embora, ajudar algumas pessoas, ele fora atrás da Sakura. Porque ele precisava daquilo, precisava falar com ela, explicar tudo. Porém, no momento em que ele a vira, mirará o seu olhar, suas forças foram perdidas. O que exatamente ele poderia lhe dizer? Não sabia, não podia. Porque não teria forças para receber um: “Eu te disse que a vingança não traria felicidade para você, e nem para mim.”

Isso simplificava bem as coisas. Ele não teria forças, na verdade, para ser rejeitado por ela. Porque Sakura controlava uma parte significativa de seu coração. Uma parte que ele precisava proteger. Então, ele apenas se virara de costas para ela e partira. Para longe da garota de cabelos róseos e olhos verdes, para onde seu coração estaria protegido de toda a mágoa que um encontro com ela poderia acarretar.

De alguma forma, logo após ir embora de Konoha, ele voltara para o Som, e percebera a precária situação de todo aquele povo. Eram humanos que haviam sido experiências de um monstro como Orochimaru. Elas se achavam menos humanas, com algumas habilidades anormais que as tornava diferentes perante a sociedade. Porém, o maior problema era o que elas próprias pensavam de si mesmas, não o que o resto diria. Ninguém ali escolhera aquele destino, mas a escolha de voltar para casa era impensável, os que tinham para onde voltar, é claro. Pois muitos deles haviam tido toda sua Vila destruída por aquele verme presunçoso.

Não demorou muito, e Sasuke tomara a sua decisão: iria se tornar o novo líder do Som. Assim ele estaria dando um novo rumo para sua vida, ajudaria todas aquelas pobres criaturas, a quem ele não havia feito nada no passado por causa da sua cegueira pela vingança.

Era um bom plano, de fato, mas ele não contava com todas as dificuldades que se apresentaram em seu caminho. Na maioria, os habitantes do Som eram boas pessoas desafortunadas que queriam apenas uma chance de continuar a vida sem maiores sofrimentos, mas existia sempre a minoria, aquela que causava problemas. Bem, alguns dos homens não acreditavam que só deveriam viver. Não, gostavam e ansiavam pela boa e velha vingança. Como Orochimaru estava morto, chegaram à conclusão que deveriam se vingar de Sasuke, sendo ele o sucessor e aprendiz do velhote sádico.

Diferente dele, esses homens, não se focava apenas no homem que desejavam matar. Não, eles não se importavam de matar, torturar ou machucar os que estavam no caminho. O que deixava todo o povo pacífico do Som a mercê de um pequeno bando de homens com habilidades incomuns. Poderia parecer que eles tinham habilidades banais, mas não, eram letais.

E o pior, era que eles não estavam mostrando a cara, e sim, contratando homens para fazer o trabalho sujo, apenas como forma de distração e aviso.

“Você está pensando na Karin? Pelo que eu falei?” Suigetsu continuava instigando o antigo companheiro de time a conversar, mesmo que aquilo não fosse muito aconselhável. Ainda mais se tratando do assunto ‘Karin’. Não depois do que Sasuke havia passado nos últimos meses por causa dela.

É óbvio que Sasuke não caiu na armadilha do amigo e permaneceu em silêncio. Não entraria na dele. Suigetsu sabia muito bem que Karin tornara-se um encosto na sua vida, algo que ele não podia fazer nada por hora. Não enquanto a criança ainda estivesse no ventre da desalmada.

Aos vinte anos, Sasuke, se considerava um homem como qualquer outro, com suas necessidades mais básicas. As quais ter relações sexuais estava enquadrado no conceito. Ele dormira com algumas garotas, na verdade, com várias. Tratava-se de apenas sexo, de ter e trocar prazeres mútuos. Até aí, tudo bem. Não havia cobranças e nada que pudesse fazer com que se preocupasse. Isso é, até que no ano anterior ele descobrira que Karin estava grávida.

Primeiramente foi um choque, porque ele sempre tomava cuidado em não ejacular dentro de nenhuma mulher, evitando assim que uma vida que não era esperada se formasse. Entretanto, a criança havia sido concebida em uma madrugada em que ele estava cansado, após ter passado três dias sem pregar os olhos. Queria apenas dormi, e estava fazendo isso, até que Karin havia entrado em seu quarto, despedido as roupas de ambos, massageado seu membro até que despertasse e ficasse no ponto para que ela pudesse colocá-lo dentro de si mesma... Bem, ele só despertara quando seu sêmen já havia sido derramado dentro dela.

Tarde demais para impedir o acontecimento, e para a sua infelicidade, ela ficara grávida dele. Não que ele não quisesse ser pai, mas não com ela, pois sabia que Karin não seria uma boa mãe. Não seria amorosa, não era a mulher que teria escolhido para ser a mãe de seus filhos.

E piorando toda a situação, ela tentara cometer o aborto. Aquilo fora o fim da picada para ele. Porque, apesar de ainda ser um feto, aquela coisinha era o seu único parente sanguíneo no mundo. Além de tudo, ele já o amava. Não se importava que a mãe não o quisesse, ele o queria.

Que diabos você pensa que está fazendo?”, ele perguntara para Karin, quando a encontrara tomando uma poção de ervas para tirar a criança de seu ventre.

Algo que eu deveria ter feito antes.”, ela respondera nervosa.

Por sorte ou azar, ela não conseguira ingerir muito das ervas, pois no momento em que estava tomando aquela beberagem fedorenta, Sasuke arrombara a porta do quarto, fazendo com que ela se assustasse e derramasse a maior parte da bebida.

Você vai vomitar isso, agora!”

Não!”

Vai, sim!”, então ele a pegara pelos cabelos em direção do banheiro.

Por causa dessa criança, ele deixava que Karin transformasse sua vida em um verdadeiro inferno. O que ele podia fazer, afinal? Tinha que ficar perto dela, vigiando-a, para que não cometesse outra loucura. A desvairada tentara até mesmo se matar, afirmando que ele não merecia que a criança nascesse e que um ser Uchiha, era um ser amaldiçoado que deveria queimar nas chamas do submundo.

Ela não merecia ser mãe. Por causa de muitas coisas que acontecera nos últimos meses, Sasuke tinha medo que ela matasse a criança após o seu nascimento.

“Acho que estou extrapolando aqui, mas você não me dá ouvidos mesmo, não é?” Sasuke voltou a ouvir a voz de Suigetsu. “Olha, eu parei. Mas você acha que ela vai voltar a razão quando o bebê nascer?”

“Duvido muito. Sua sanidade está perfeita.”

“Não depois de tudo que ela fez...”

“O problema é comigo, para me atingir, nada mais.”, afirmou Sasuke, esperando que Suigetsu entendesse que ele não queria papo, ainda mais sobre aquele assunto especifico.

Um problemão, na verdade era um alivio saber que faltava apenas duas semanas de gestação. Logo ele se livraria da víbora que estava carregando no ventre o seu filho. Um filho que era esperado por ele, isso era o que realmente importava.

“Eles estão ali na frente.” Juugo informou, fazendo com que Sasuke deixasse seus devaneios estúpidos de lado. “Parece que cercaram três garotas do Som e outra mulher de fora. O que pode ser um problema.”

“Alguém de fora.” Suigetsu pensou alto.

“Pode ser um problema.” Juugo deu sua opinião.

“Talvez. Mas isso não importa agora. É melhor nos apressarmos, antes que eles fujam e façam mal as garotas.” Sasuke disse, após um pequeno instante de reflexão.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Prontinho, gente! Ah, capítulo finalizado e revisado. Obrigada pela ajuda, Daisy. Espero que tenham apreciado ele, pois é o ponto de vista do Sasuke. Confesso que esse e o primeiro capítulo deveriam ter sido um só, mas como não deu para terminar a tempo, acabei dividindo. Bem, os próximos capítulos serão maiores. Por favor, tenham calma ao fato de Karin estar grávida, acredite em mim, ela não irá se dá bem nessa. E por favor, deixem reviews. Elas me ajudam muito a ter inspiração para escrever mais. Obrigada por tudo!



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