I Found A Way escrita por Cloto


Capítulo 2
Aos poucos-Flashback




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Música:Velha Infância,Tribalistas

http://letras.mus.br/tribalistas/64148/

E a gente canta

E a gente dança

E a gente não se cansa

De ser criança

A gente brinca

Na nossa velha infância...

***

Foi no mesmo dia do ano de 1847 que nasceria duas pessoas por quem o mundo não tinha muitas expectativas.

No mesmo dia,na mesma hora e no momento momento nasceram Stefan William Salvatore e Demeter Alphonsine Gray.

A mãe de Stefan morreria dois meses depois desse dia por causa de uma depressão pós-parto.A mãe de Demeter sobreviveu,mas enfrentou muitas dificuldades.Tinha sofrido dois abortos espontâneos e deu a luz a um menino que não resistiu.Quando finalmente teve um bebê saudável,nasceu uma menina,coisa que seu marido abominava,afinal queria um herdeiro.Ficou estéril por causa do parto difícil,e por isso ela e sua filha foram rejeitadas pelo seu marido.

Quando Demeter tinha 7 anos,a amante dele teve um menino e ele expulsou a esposa e a filha da propriedade,e ambas viveram na rua por três anos,nunca mais ouvindo falar dele.

Mal sabiam que logo depois ele se arrependeu e as procurou,já que o menininho na verdade era filho de outro,mas nunca as encontrou,e isso o fez beber até morrer de cirrose hepática.

Em um dia de neve de dezembro de 1857 Giuseppe Salvatore estava voltando para casa dentro de uma carruagem até seu cocheiro parar.

-O que houve?

-Senhor,tem uma mulher que...

Giuseppe saiu de lá sem deixar que o empregado terminasse de falar,irritado e disposto a dizer umas poucas e boas para a mulher que o atrapalhava,mas as palavras morreram em sua boca.

Ela estava completamente ferida,com rasgões em várias partes do vestido e um olho roxo.Nos seus braços,uma criança bem magra com a testa sangrando.

A mulher arfava,respirando com dificuldade.

-Senhora?-Giuseppe disse com cautela.

-Minha filha!

Ele se aproximou e pegou a menina no colo.

Mal fez isso,a mulher caiu de bruços,o rosto roxo e inchado em contraste com a neve branca que cobria a estrada.

O cocheiro saiu de lá e verificou todo o corpo dela.

-Não tem pulsação e nem respira,está morta.Acho que a surra que levou quebrou a costela,que furou um pulmão e causou uma hemorragia séria.A menina?

-Respira e está quente,só está com um corte na testa.

-O que fazemos com ela?

-Bem,não posso deixar uma criança nesse frio,ela vai morrer em poucas horas desse jeito.

Ele a levou para a casa.

Seus dois filhos ficaram surpresos ao ver seu pai entrar em casa carregando uma menina.

-Quem é ela pai?

-Não sei,Stefan.Mas ela precisa de nossa ajuda.

Horas depois,Demeter acordou assustada e chorou muito quando descobriu que a sua mãe morreu.

-Aqueles homens maus mataram ela!

-Que homens maus?

-Os homens que bateram na gente para pegar a nossa comida!

Giuseppe ficou chocado ao ouvir isso,realmente a selvageria humana era a regra das ruas.

Logo depois,Stefan foi até o quarto da nova moradora da casa dos Salvatores.

-Oi.

-Oi.-ela respondeu com tristeza.

-Sei que está triste pela sua mãe,mas saiba que não está sozinha.Eu sou sei amigo e estou aqui com você.

-Sério?Você quer ser meu amigo?

-Sim!-garantiu.

***

Seus olhos meu clarão

Me guiam dentro da escuridão

Seus pés me abrem o caminho

Eu sigo e nunca me sinto só...

***

Dois anos depois,Demeter já estava acostumada a vida na casa dos Salvatores.

Estava brincando de esconde-esconde com Stefan.Damon não quis participar da brincadeira,já era um adolescente de quinze anos e não se interessava mais por isso.

Todos sabiam de sua paixonite por Mary,uma meretriz recém chegada a cidade com quem por acaso ele teve a primeira vez.

-19,20!

Ela não demorou a achá-lo escondido nos arbustos.

-Achei é a sua vez!

Ele cobriu os olhos com as mãos e contou até vinte enquanto ela se escondia.

Giuseppe via tudo sentado da cadeira da varanda.

-É incrível como esses dois não se desgrudam.-comentou a governanta.

-Crianças são assim mesmo.

-Pois é,crianças são assim.-ela disse,de um modo enigmático.

-Lass?

Ela saiu,deixando Giuseppe confuso.

Ela foi para seu quarto e pegou as cartas ciganas que escondia na fronha da cama para esconder o fato de ser uma bruxa.

-Sim,como eu temia.-ela balançou a cabeça-Pobre Demeter!

***

Você é assim

Um sonho pra mim

E quando eu não te vejo

Penso em você

Desde o amanhecer

Até quando me deito

***

Era incrível como o tempo passava rápido.

Já estavam em finz de 1862.

Felizmente esse ano o inverno não foi tão rigoroso.

Demeter tentava andar em cima de um corrimão velho de madeira enquanto Stefan a segurava pela mão.

-Aquela mulher na corda bamba te impressionou mesmo.

-Ah Stef,não seja chato!

Ela começou a se desequilibrar.

-Demi,cuidado!

A garota teria caído se Stefan não a segurasse pela cintura com as duas mãos.

-Viu só,nenhum arranhão!

-Ah é?

Ele começou a girá-la e ela riu.

Realmente,nada era melhor do que aquilo.

***

Eu gosto de você

Eu gosto de ficar com você

Meu riso é tão feliz contigo

O meu melhor amigo

É o meu amor


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