Addicted To You - Klaroline escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 29
Capítulo 29 - Pregnant Girls


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! *-*



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PDV HAYLEY

Ao tempo em que meus olhos iam se abrindo, sentia uma sensação horrível, um gosto amargo em minha boca e um incomodo em meu braço. Queria me mexer, mas eu sentia meu corpo fraco e imóvel. Movi minha cabeça tentando entender qual era dessa claridade enorme e desse ar gélido. Mesmo com meu corpo coberto dos pés aos meus ombros, eu estava com um pouco de frio.

De imediato vejo Klaus sentado numa poltrona bem ao meu lado. Ele estava com uma expressão caída, seus olhos vidrados em seus próprios pés e suas mãos servindo de apoio para a cabeça.

O silêncio era tão gélido quanto o ar que me cercava. Não pude dizer que era o ar que eu respirava, pois estava com parte de meu rosto coberto por um aparelho de inalar.

Senti uma lágrima escorrendo pelo meu rosto. Eu não queria que Niklaus estivesse aqui, ele estando aqui só tinha uma explicação. Niklaus não podia estar aqui.

– O que... – tentei dizer, não saiu nada com nada. Klaus assustou-se comigo, ao tempo que estiquei meu braço para fora do lençol que me cobria e arranquei o aparelho de meu rosto – O que aconteceu?!

– Hey! – Klaus veio até a mim, eu já tentava me erguer da cama, queria sair de la, queria meu filho – Acalme-se! Você não pode fazer muitos movimentos.

– Onde está meu filho, Klaus? Cadê ele?

Eu estava em desespero. Não queria perder meu bebê, eu o queria comigo, sã e salvo.

– Hayley, você tem que ficar calma. – ele pede segurando em meus ombros.

– Não – choro com raiva, com angustia, com arrependimento – Meu filho...

– Hayley – Klaus me clama – Você não perdeu nosso filho. Ele está bem. Nós não o perdemos.

PDV CAROLINE

Acompanho Vick com os olhos, a mesma estava explêndida de tão linda. Seu vestido era azul celeste, com brilho no busto. Era comprido o suficiente para arrastar a barra de rendas no chão.

– Vestido de renda me deixa gorda! – resmunga Vick se avaliando no espelho.

– Qual é, Victoria? – digo revirando meus olhos, estava sentada vendo o catálogo de vestidos para madrinhas de casamento, dentro da loja na qual Vick tinha visto os mais belos vestidos.

– Você deve combinar com a noiva – diz Rebekah num dos provadores – Se o vestido da noiva for de renda, os das madrinhas, obrigatoriamente, devem ser

E Rebekah saiu do provador com um vestido verde agua, de cetim por baixo de uma renda magnífica. Sorri deslumbrada. Mesmo se não quisesse, Rebekah sempre seria deslumbrante. Ela tinha um belo corpo, um rosto de barbie e agia como uma dama.

– Ela não ficou gorda – resmungou Vick e acabei por rindo.

– Vocês estão muito lindas! – disse as aplaudindo – Só não as aplaudo de pé, pois sinto que Clare não está de bom humor hoje. – reviro meus olhos e as duas riem divertidas

Já faltava um dia para o Natal, uma semana para a virada do ano, três semanas para o casamento de Rebekah e um mês para o meu casamento. Estava tudo passando tão de pressa que eu quase nem via os dias passarem.

Desde o que houve com Hayley, dois meses atrás, faço Nik ir visitá-la todos os dias. Não o deixo se preocupar apenas com Clare, mas também com Augustus, o pequeno que Hayley carrega no útero. Hayley estava sendo um caso delicado na vida de todos, ela tinha de permanecer em repouso durante toda a gestação, sem sofrer nenhuma espécie de nervosismo, limitar-se comer alguns tipos de alimentos e tomar todos os remédios sem falta. A gestação agora não estava perigosa apenas para o bebê, agora também para ela. Eu não queria que Klaus perdesse seu filho, não desejava aquilo nem muito menos para Hayley. Eu me imaginava em seu lugar e perder Clare seria a pior dor que eu poderia imaginar.

– E então, Caroline? – Rebekah me chama – Estou boa o suficiente para uma madrinha?

– Hum – suspiro as avaliando – Acho que eu quem não estarei boa para madrinhas tão belas!

As duas dão risadas e me divirto em vê-las contente. Sinto Clare dar uma leve chutada e acabo por sorrir. Minha barriga estava enorme de grande. Para apenas sete meses, ela estava maior do que o normal. E eu e estava em êxtase. O apartamento de Niklaus já tinha um quarto reservado para Clare, mas só iríamos enfeitá-lo no meu ultimo mês de gestação, foi algo que Nik resolveu por conta própria.


Depois da ultima checada dos vestidos no ano, Vick teve de ser a primeira a ir embora pois ainda tinha que fazer suas malas. Seria meu primeiro natal desses muitos anos ao lado dela que não passaríamos juntas, nos embebedando e desgraçando nossas vidas. Vick e Anna passariam o Natal e a Virada em Nova Iorque com a família de Mike. E eu passaria o Natal apenas com Niklaus e Clare. Nik planejava algo, eu não tinha a ideia do que, só esperava que fosse algo apenas entre nós dois.

– Sabe, Caroline – diz Rebekah, estávamos indo ao estacionamento, ela me levaria de volta para o apartamento de Nik – eu estava pensando, o que acha de você e Nik passarem o Natal conosco?

Meus olhos se arregalaram no mesmo momento. Era sério o que Rebekah dizia? Eu planejando meu Natal apenas com Nik e eu, lá vem Rebekah com tais palavras.

– Oh – fico meio sem jeito e percebo o quão egoísta fui quando pensei naquilo. Nik tinha sua família, eu querendo ou não. Natal era uma coisa para ser comemorado com a família.

– Vamos, você carrega uma pequena Mikaelson na barriga, você em breve será uma Mikaelson, creio que não há nenhum problema de você participar da festa conosco.

– Bem, Rebekah – começo a dizer acanhada – vou lhe ser sincera: - entramos em seu carro e ela logo joga as compras nos bancos traseiros, novamente ela tinha se esbaldado nos sapatos e presentes para todos da família, até mesmo para mim e Clare. Mas ela não tinha me deixado ver o que se tratava – Rebekah, fazem dois meses que você e eu nos tornamos amigas ou cunhadas, como quer que seja.

A loira deu a partida no carro, ouvindo-me atenta.

– Isso não significou para sua família que eu seja boa o suficiente.

– Bem, não significou para meus pais, você quer dizer – diz ela revirando seus olhos. Ela batucava suas unhas contra o volante enquanto prestava atenção na nossa conversa e no transito.

– Só não quis ser detalhista – dei de ombros e ela riu baixo.

– Olha, Caroline... Não ligo para o que Esther e Mikael achem ou deixem de achar. – suspira de leve – Estou casando com Matt porque eu realmente o ame, não me importo se ele vem de uma família rica ou não, claro que isso tem seus previlégios, veja o tanto de compra que fiz e poderei fazer o triplo – ela riu de leve e sorri – Quando eu conheci Matt, eu não tinha a mínima d quem era ele e do quão rico era. Apenas... fui o conhecendo e depois de um mês juntos, ele me contou que era filho dos futuros sócios de meus pais e, sabe de uma coisa? Isso não influenciou em nada.

Eu estava surpresa, não sabia ao exato com que, se era pelo fato de Rebekah realmente amar Matt ou pelo fato dela estar desabafando comigo. Sorri surpresa e o carro virou entrando numa rua bem movimentada.

– Uau, Rebekah – sussurro maravilhada.

– O que eu quero dizer, Caroline – Rebekah volta a dizer – Você ama a Klaus, não importa se ele tem uma mãe louca e um pai severo. Você ama a Klaus e não se importa o quanto de dinheiro tem na conta dele. Você ama a Klaus e não precisa me amar, ainda assim está aqui comigo!

– Eu amo Klaus e não preciso ligar para seus pais. – completo já imaginando o que ela diria.

– Exato! – diz com alegria e o carro entra numa avenida pouco movimentada. A rua está coberta por uma leve e fina camada de neve. Por sorte não estava nevando há algumas horas, mas o frio era de matar – Geralmente passamos o Natal apenas nós, os Mikaelson mesmo. Pais e irmãos, e Hayley é óbvio. – revirou os olhos com desdém.

Rebekah não escondia de ninguém que não suportava Hayley, mas se preocupava muito com o bebê, eu gostava desse seu lado preocupado com seus sobrinhos.

– Vou conversar com Klaus. – digo sorrindo e ela sorri de volta. O carro estaciona a frente daquele belo prédio e suspiro olhando para os ultimo andares dele.

PDV KLAUS

– Não, Caroline! Definitivamente não!

– Nik!

– Não, querida. – insisto em negar e ela me olha como uma criança implorando por um brinquedo.

Já tinha ideia que Rebekah quem colocara aquilo da cabeça de Caroline. Já tinha toda a certeza daquilo. Caroline jamais viria a pedir que passássemos o Natal com minha família, sabendo que sou completamente contra a isso.

– Nik, são seus irmãos! Seus sobrinhos! Seu pais... – diz acanhada a ultima parte e suspira acariciando sua barriga – Clare precisa conhecer a família dela.

Nós somos a família dela. – digo com raiva. Meus pais eram completamente contra minha filha, contra Caroline, não estava a fim de ver expressões carrancudas sobre elas.

Caroline não conseguiu segurar um sorriso abobalhado, mas não lhe dei trela para isto, apenas suspirei pesado e sentei-me ao seu lado. Puxei suas pernas delicadamente e as coloquei sobre as minhas.

– Querida, passaremos apenas você, Clare e eu. – digo afagando seu rosto – E será de muito bom agrado para mim.

– Ok, Nik. – ela concordou – Só que teremos de fazer apenas uma coisa!

Eu a olhei incerto, sabia que essa coisa envolvia minha família.

PDV HAYLEY

– Não acredito que você esteja de pé.

Elijah estava sério em meu quarto, enquanto eu terminava de colocar meu vestido branco com detalhes dourados. Eu o vejo pelo reflexo do espelho, ver-me de pé não tinha lhe agradado.

– Elijah, não espera que eu fique de cama no Natal, espera? – digo incrédula e olho de relance para minhas costas abertas – Uma ajudinha?

Ele fica surpreso. Minha barriga não estava tão grande quanto deveria estar para seis meses, mas era bem elevada, o que prejudicava-me em tudo. Elijah veio até a mim silencioso. As vezes seu excesso de preocupação me dava grandes dores de cabeça, mas eu me sentia contente. Elijah não se preocupava apenas com meu bebe, mas comigo também, ele mesmo já tinha deixado claro isso dois meses atrás.

– Você está muito linda – diz quase num sussurro e acabo por sorrir.

Elijah trajava um belo terno, como sempre, desta vez estava bem elegante e belo.

– Posso lhe dizer que você está um lorde, Elijah. – digo sorrindo e vejo um delicado sorriso formando-se nos lábios dele.

Ele encosta seus dedos em minhas costas e delicadamente sobe o zíper do vestido. Logo em seguida dando o fecho final abotoando um pequeno botão próximo a nuca.

Os delicados dedos de Elijah permanecem em minhas costas e sinto um calafrio levemente. Augustus se mexe e vejo os olhos de Elijah me avaliando, enquanto seu corpo estava rígido. Elijah parecia não respirar.

– Oh, meu Deus! – exclamo colocando as mãos em minha barriga. De imediato Elijah ganha um expressão de preocupação. Arrependo-me de ter o assustado por algo que não era para espantar – Elijah! Ele se mexeu! – falo afobada.

Augustus nunca tinha se mexido como uma gestação normal, as poucas vezes que ele se mexeu foi quando eu sentia as dores de minha placenta baixa. Com exceção, Gus nunca se moveu em meus ventres.

Vejo Elijah, aliviado, sorrir largo.

– Ele se mexeu, Elijah! Ele se mexeu... – quase não enxergava Elijah, as lágrimas me impediam. Não pude limpá-las, fiquei mais ocupada em deixar minhas mãos em minha barriga para senti-lo mexer novamente.

– Você está bem? – escuto Elijah perguntando e fica a minha frente em cautela. Afirmo com a cabeça, atenta em qualquer movimento.

– De novo! – exaltei e ri alegre – Veja, sinta isso! – puxo a mão de Elijah e a coloco em minha barriga.

No desespero de tanta alegria, não percebo meus atos, apenas estou querendo compartilhar minha alegria com todos.

Vejo Elijah sorrindo novamente, desta vez, parecia uma criança boba com seu primeiro brinquedo. Rimos juntos e Augustus se mexe novamente.

– Ele está bem agitado! – exclama Elijah contente e afirmo rindo.

Escuto batidas na porta de meu quarto e Elijah se ergue no mesmo momento, ficando na sua postura firme. Limpo meu rosto das lágrimas e, com meu sorriso de mamãe coruja, digo:

– Klaus... Caroline. – fico surpresa pela presença da ultima pessoa.

Klaus está um pouco sério, com seu braço direito rodeando a cintura de Caroline. Esta estava linda, trajando um vestido vermelho na altura dos joelhos e um casaco bem grosso por cima. Sua barriga era o dobro da minha, o que não era de se esperar de seus sete meses. Empurro uma mecha de meu cabelo para trás da orelha e vejo um pacote nas mãos de Caroline.

– Pensei que só viriam apenas amanhã. – diz Elijah intrigado.

Caroline olha para Klaus esperando que o tal responda algo.

– Bem, amanhã teremos alguns compromissos, por isso resolvemos vir apenas hoje. – explica o pai de meu filho. Caroline sorri de acordo.

– Olá, Hayley – diz a loira com um sorriso que não escondia sua mágoa. Era para mim a mágoa, de fato. Caroline não era de ferro, podia ser boazinha o suficiente para vir até aqui, mas não era de ferro para não sentir nada em me ver e se lembrar do motivo que estaria aqui.

– Caroline – sorrio de volta – Como está? E Clare? – encolho meus ombros com medo de que ela resolvesse dizer que não era de minha conta, de fato não era mesmo, mas eu não tinha nada contra Caroline, nem mesmo contra a sua filha.

– Oh, vamos muito bem! – ela diz e sua mão direita acaricia a barriga – E vocês?

Era estranho eu estar naquela situação. De fato, eu era a outra. Ao contrário de Augustus, Clare foi feita por amor, meu filho só foi feito porque eu queria me divertir. Eu sou a outra e ainda vivo de favor para a família Mikaelson.

– Uh, muito bem. – afirmo com sinceridade – As dores estão diminuindo gradualmente e sinto que Augustus está bem. – sorrio e desta vez olho para Klaus. Este está de olhos semicerrados – Ele acabou de mexer.

Vejo a surpresa estampada nos olhos do casal a minha frente.

– Oh, isso é sério? – diz Caroline maravilhada e afirmo com orgulho – Diga-me se esta não é a melhor sensação na gestação?

– Foi perfeito, eu juro! – digo voltando a me emocionar – Ele está mexendo novamente! – coloco minha mão em minha barriga.

– Posso? – me surpreendo por aquele pedido vir de Caroline, ela encolhe seus ombros e me dá um sorriso tímido.

– É claro que sim! – estendo minha mão a ela. Caroline se afasta de Klaus e vem até a mim. Aceita minha mão e coloco a sua sobre minha barriga coberta pelo tecido do vestido – Sente isso?

– Sim! Sim! – ela afirma rindo como uma doida.

Caroline tinha um jeito criança, um jeito simples e amável. Tive a noção dos motivos de Klaus estar com ela. E tive a noção que Klaus sempre iria escolhê-la. Caroline merecia um Klaus na sua vida e Klaus precisava de Caroline.

– Bom... – diz Caroline já ao lado de Klaus, este parecia contente – Nós viemos trazer um presente para Augustus.

– Ah! Não precisava, Caroline! – exclamei envergonhada, eu não tinha comprado nada para eles e nem para alguém, já que estou de cama e não posso sair para fazer compras.

– Acho que você irá gostar. – Caroline diz e me entrega.

Eu pego o presente e com a ajuda de Elijah consigo abrir. Era uma pequena camisa azul com um lindo A bordado. Junto tinha uma caixinha pequena dourada.

– Este é o meu presente. – diz Klaus, um pouco tímido até. Sorri ansiosa e logo abri a caixinha dourada. Tinha uma pequena corrente escrita bem pequena Augustus Mikaelson. Sorri emocionada, meu filho usaria esta pequena pulseirinha logo que saísse da maternidade. E eu não podia me conter de ansiedade para isso acontecer.


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Notas finais do capítulo

Oi gente linda, esse capítulo não teve muitas emoções, eu sei, mas demorou para sair, viu? kkk só que esse é o pré capítulo do nascimento de Clare. #SPOILERS
Quem aí tá ansiosa?? Só volto com comentários, ok? Mil beijous minhas delícias!! Até mais!!
XOXO