Doctor Who: Gerônimo escrita por Doctor
— Eu não vou ir lá. — disse Sally.
— Qual é amor, se eu tirar uma foto dos fantasmas para o jornal eu ganharei um aumento! — disse Brad.
— Mas eu não vou ir lá.
— Tá bom, mas eu vou.
— E se você não voltar? — perguntou Sally.
— Se acalme, é claro que eu voltarei! Não se preocupe. —- Disse Brad.
— Mas…
— E o Mike vai comigo! — disse Brad.
— Eu não confio nele. Não confio nas pessoas-gatos. — Disse Sally.
— Isso é racismo, Sally. Ele pode ser uma pessoa-gato, mas é legal. E o que ele faria comigo.
Sally se calou.
Brad pegou a câmera.
— Já vou indo. E meu beijinho? — Sally beijou Brad.
— Vai ter muito mais se voltar vivo! — disse Sally.
— Tchau, amor — Brad saiu preparado para tirar uma foto dos fantasmas.
***
Eles escutaram o som da TARDIS aterrissando. Sadie foi até o Doutor.
— Onde estamos? — perguntou Sadie.
— Abra a porta e descubra! — disse o Doutor, sorrindo.
— Você não vai dizer? E se for perigoso? — perguntou James.
— Aonde eu vou acontece algo perigoso! — disse o Doutor.
Sadie sorriu, e foi até a porta. Ela abriu e viu carros voando, prédios fantásticos, e seres alienígenas bem diferentes. Ela via humanos, pessoas-gatos e diversos alienígenas interagindo entre si.
James saiu da TARDIS.
— Uau! — disse James, olhando para as coisas do futuro. — Onde estamos?
— Nova Nova Iorque, um milhão e duzentos anos no futuro, na Nova Terra. Na verdade já reformaram milhões de vezes, mas não tinha como colocarem vários “Novos” no nome! — disse o Doutor.
— Parece legal. — Disse Sadie.
— Isso é impossível! — disse James. — Como nós chegamos aqui?
— Pela TARDIS, viajamos pelo tempo e espaço com ela. — Disse o Doutor.
— Vamos, tenho que ver tudo por aqui, eu mal posso esperar para contar para minhas amigas que…
— Você não pode contar nada do Futuro para suas amigas, Sadie. Uma palavra mudará todo o futuro! — disse Doutor.
— Tudo bem então! — seria difícil não contar a ninguém sobre aquilo.
— Vamos, temos muito que ver. — Doutor puxou Sadie e James.
Doutor os levou para comer as novas comidas, alugou um carro voador para eles dirigirem (mesmo não tendo carteira). Agora eles estavam num museu futurístico. O Doutor os proibiram de entrar na maior parte das salas, dizendo que certas coisas eles não podiam saber. Eles estavam numa ala com seres perigosos para todo o universo.
Sadie olhava para uma estátua de um anjo com a mão no rosto, o que fazia parecer que ele estava chorando. Ele estava preso em uma jaula, o que era bem estranho.
— Doutor — gritou Sadie, ainda olhando para a estátua. — O que é isso?
Doutor chegou atrás dela. Sadie se virou para ele, esperando uma resposta, mas então ela foi puxada para o chão.
— Doutor, o que é isso, por que tá me agarrando? — perguntou Sadie irritada.
Sadie se levantou, e a mão do anjo estava quase tocando nela.
— Doutor, como ela se mexeu? — perguntou Sadie, assustada.
— É um Anjo Lamentador, ele só se mexe quando não estamos olhando! — falou Doutor. — Se ele te pega leva você para outra época.
— Mas você tem uma máquina do tempo, pode ir lá me buscar! — disse Sadie.
— Há épocas com distorções temporais, e isso impede a TARDIS de pousar! — falou Doutor. Você ficaria presa por um ano! — disse Doutor.
Sadie se afastou da jaula do Anjo lamentador.
Doutor continuou andando e olhando para vários monstros presos. Um deles era um Dalek, que estava preso em uma caixa de vidro que apenas o sol podia quebrar.
Após um dia inteiro conhecendo o futuro, eles estavam voltando para a TARDIS. Todas as casas estavam fechadas e lacradas, como se tivessem medo de algo ou alguém.
James se aproximou de uma casa caindo aos pedaços.
— James, saí daí! — gritou Sadie.
James parecia hipnotizado pela casa. A porta se abriu, e um ser azul e gasoso estava lá. Ele sorria maleficamente.
James se aproximou da criatura e entrou. A porta se fechou violentamente e Sadie correu até a porta e começou a bater nela.
— James, James! Cadê você, o que aquela coisa azul te fez? James! — gritava Sadie.
Doutor correu até ela, e a segurou.
— Sadie, o que foi?
— Eles pegaram meu irmão! Eles o hipnotizaram e puxaram para dentro da casa. — Sadie começou a chorar. — Eles vão matá-lo Doutor!
— Acalme-se Sadie. Diga-me, como ele era? — disse o Doutor.
— Eu não sei Doutor, eu não vi direito, mas, por favor, salve meu irmão! — Sadie gritava.
— Eu vou ajudar, mas preciso saber como ele era! — disse Doutor.
— E… ele era azul, e fantasmagórico. Seu corpo parecia ser feito de gás! — falou Sadie.
— São os Gelth! — disse o Doutor. — Seus corpos morreram, mas não sua alma, não sua vida. Eles vivem em uma forma gasosa, e possuem mortos para andarem! Mas eles precisam matar todos os seres daqui para que todos os Gelth tenham corpos. — Disse o Doutor. — Achei que tinha matado todos da última vez, mas me enganei. Eles estão de volta, e tem seu irmão como refém.
— O que vamos fazer Doutor? — perguntou Sadie.
— Nós vamos salvá-lo Sadie, eu juro! — disse o Doutor.
Doutor correu até a TARDIS, e gritou de dentro dela.
— Venha Sadie, vamos combater gás com fogo! — disse o Doutor.
Sadie se equilibrou para conseguir ficar de pé e correu para a TARDIS.
***
Doutor estava armado com um lança chamas. Sadie só carregava uma caixinha de fósforos.
— Então vamos entrar lá e matar todos eles? — perguntou Sadie.
— Não, Sadie. De preferência não quero que ninguém morra. Faremos um acordo. Mas se precisar, nós os matamos. Mas de preferência não faça nada! — disse Doutor. — Não mostre movimentos hostis nem se mostre como inimiga deles!
— Falou o cara com o lança-chamas! — disse Sadie.
— Eu vou deixar na varanda, caso precisemos fugir! — disse o Doutor.
Doutor correu até a casa e escondeu o lança-chamas numa moita.
— Agora vamos… gerônimo! — disse o Doutor, correndo para a casa.
Ele pegou a Chave de Fenda e abriu a porta com ela.
— Agora vamos procurar seu irmão!
Ambos entraram na casa.
Após entrarem, eles encontraram um humano e um homem-gato. Eles se apresentaram como “Brad” e “Mike”.
— Por que estão aqui? — perguntou Doutor.
— Vou tirar fotos para o jornal que trabalho. — Disse Nick.
— Por que, que fotos? — perguntou Doutor.
— Fotos dos fantasmas! — disse Brad.
— Que fantasmas? — perguntou Doutor.
— Vocês não são daqui! — deduziu Mike.
— É, somos de muito, muito longe. — Falou Sadie.
Ouviam-se passos, mas não sabiam de onde.
— Sadie, Sadie é você? — perguntou a voz de James.
— James, cadê você James? — gritou Sadie.
— Estou aqui! — disse James, saindo de uma porta, rodeado de fantasmas.
Doutor segurou Sadie.
— Não vá Sadie, eles vão te possuir — disse Doutor.
James ficou parado, rodeado pelos Gelth.
— Sadie, ajude-me. Não vou segurá-los por muito mais tempo! — disse James.
Sadie pegou um fósforo e acendeu ele.
— Deixem meu irmão ou mato todos vocês! — disse Sadie.
— Sadie, solte isso agora. Nós vamos fazer um acordo com ele! — disse Doutor.
— Não farei acordos com espíritos que tentam possuir meu irmão! — disse Sadie.
— Pode jogar o fósforo, mas mataremos seu irmão e todos vocês juntos. Os inimigos do doutor agradeceriam a nossa espécie! — disse um Gelth.
Doutor soprou o fósforo, e o fog apagou.
— Gelth. Os espíritos gasosos. Os seres sem um corpo. Podemos fazer um acordo, por que não liberta meu amigo, não podemos fazer um acordo? — perguntou Doutor.
— Ah… querido Doutor. Por que não conta o que aconteceu com cada um de seus acompanhantes… se eu não os matar, você o fará! — disse outro Gelth. — Rose Tyler, presa em um universo paralelo; Martha Jones foi clonada e sentiu muito dor enquanto isso acontecia; Donna esqueceu as fantásticas aventuras que viveram com você… e claro, a mais dolorosa lembrança do Doutor: Amy e Rory foram pegos pelo Anjo Lamentador, e você não podia fazer nada para ajudá-los! E a mais pobre de todas: River Song, você mal a conhecia quando ela morreu, e ela sabia sobre todo o seu futuro. Quando ela morreu estava tão triste, tão deprimida, ela morreu por você, só para que o passado dela continuasse sendo ao seu lado.
— Como sabe sobre eles… como sabe o que aconteceu com eles? — gritou Doutor.
— Eu o segui, Doutor desde que destruiu nossas chances de viver. Fiquei na TARDIS, escondido, até que você chegasse aqui, a época em que os Gelth estão procurando corpos. — Disse o Gelth. — Sinto pena de cada um de seus acompanhantes.
— Devolva James agora! — disse Doutor.
— Ou o que Doutor? O que vai fazer. Nós não o tememos Doutor! — disse o Gelth.
Doutor apontou a Chave de Fenda para a parede, e o ar condicionado ligou três vezes mais forte que o máximo.
Os Gelth começaram a fugir. A maior parte deles foi, vaporizado pelo ar.
Brad pegou sua câmera e tirou uma foto.
James estava livre. Ele correu para junto de Sadie.
— Corram para fora, agora — gritou o Doutor.
Brad foi o primeiro a correr. Ele passou por uma porta, mas os Gelth tinham fugido para aquele cômodo.
— Fujam vocês, eu os segurarei ao máximo, matem-nos — gritou Brad. — Nem que eu morra junto.
— Não, nós não deixaremos ninguém! — disse Doutor.
— Vão logo, não façam que eu implore. — Gritou Brad.
Brad começou a andar, mas eles sabiam que era o Gelth. Ele pegou um abajur e quebrou o ar condicionado.
— Matem o Doutor! — o Gelth que possuiu Brad gritou.
Doutor e os outros correram. Eles deram a volta em vários cômodos, fugindo de espíritos feitos de gás.
Quando conseguiram sair, Doutor pegou o lança-chamas e queimou parte da casa. Os Gelth ficaram afastados.
— Atire logo neles, atire — gritou Brad.
Doutor se lembrou do Gelth falando sobre tudo o que aconteceu de errado com seus acompanhantes. Ele usou a Chave de Fenda para aumentar a intensidade do fogo, e a chama acertou um dos Gelth. A explosão resultou em outras.
Doutor correu para longe da casa, se virou e viu a explosão.
— Yowzah! — gritou o Doutor.
Ele se virou e olhou para Mike.
— U-ho! — gritou Doutor, parecendo ter se divertido fugindo da explosão.
James o encarou.
— Você matou uma espécie inteira e um humano, e acha isso divertido? — disse James.
Ele correu para a TARDIS.
É melhor ele nem saber que também matei minha própria espécie. Pensou o Doutor, triste.
Mike fugiu.
— Sadie, parece que somos nós dois! — disse Doutor.
Sadie ficou silenciada.
— Sadie?!
Doutor se virou. Os cabelos loiros de Sadie estavam balançando no ar. Uma fumaça azul exalava dela e dois Gelth a rodeavam.
— Sadie! — Gritou Doutor, preocupado.
— Nós nos vingaremos Doutor. Somos os últimos Gelth vivos e mataremos sua amiga! — disse o Gelth que a possuía.
Doutor pegou um fósforo em um dos bolsos.
— Se tentarem algo eu explodo vocês! — disse Doutor.
— Se fizer isso mata sua amiga! — disse um Gelth.
— Não me importo, só estou cansado de vocês! — disse o Doutor.
— Tudo bem, você venceu. Mas saiba Doutor, nós mataremos você, e sua morte será lenta e dolorosa!
Os Gelth saíram do corpo de Sadie.
— Adeus Doutor!
Os Gelth se foram.
Sadie cambaleou, depois abriu os olhos. Ela sorriu.
— Doutor, você me salvou! — gritou Sadie, e o abraçou.
Sadie olhou para o rosto do Senhor do tempo, e beijou sua boca. Doutor ergueu os braços, sem esperar pelo beijo, e depois abaixou o braço e segurou as costas dela. Continuou o beijo por alguns segundo e depois a empurrou.
Sadie passou a mão pelos cabelos negros dele.
— O que foi? Não gostou? — perguntou Sadie.
— Não… sim… quer dizer não… — Doutor gaguejou, depois pôs seus pensamentos em ordem. — Sadie… eu sou casado!
Sadie corou.
— Com quem?
— River Song!
— River Song? Os Gelth disseram que você a viu morrer sem que ela te conhecesse. — Disse Sadie, confusa.
— Nós dois somos viajantes do tempo. Eu a encontrei primeiro quando ela me encontrou pela última vez! — disse Doutor. — Eu sempre me entristeço ao saber que ela vai morrer, e eu nem saberei quem ela é!
— Eu sinto muito, muito mesmo! — disse Sadie.
— Tudo bem, você não sabia!
Eles caminharam lentamente até a TARDIS.
— Doutor, você não ia realmente me matar, não é? — perguntou Sadie.
— Não! Gelth são ótimos em vinganças, mas acreditam em tudo se a gente insistir um pouco! — falou Doutor.
Eles entraram na TARDIS.
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