Doctor Who: Gerônimo escrita por Doctor


Capítulo 2
The Haunted House




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2. A Casa Assombrada

         — Eu não vou ir lá. — disse Sally.

         — Qual é amor, se eu tirar uma foto dos fantasmas para o jornal eu ganharei um aumento! — disse Brad.

         — Mas eu não vou ir lá.

         — Tá bom, mas eu vou.

         — E se você não voltar? — perguntou Sally.

         — Se acalme, é claro que eu voltarei! Não se preocupe. —- Disse Brad.

         — Mas…

         — E o Mike vai comigo! — disse Brad.

         — Eu não confio nele. Não confio nas pessoas-gatos. — Disse Sally.

         — Isso é racismo, Sally. Ele pode ser uma pessoa-gato, mas é legal. E o que ele faria comigo.

         Sally se calou.

         Brad pegou a câmera.

         — Já vou indo. E meu beijinho? — Sally beijou Brad.

         — Vai ter muito mais se voltar vivo! — disse Sally.

         — Tchau, amor — Brad saiu preparado para tirar uma foto dos fantasmas.

***

         Eles escutaram o som da TARDIS aterrissando. Sadie foi até o Doutor.

         — Onde estamos? — perguntou Sadie.

         — Abra a porta e descubra! — disse o Doutor, sorrindo.

         — Você não vai dizer? E se for perigoso? — perguntou James.

         — Aonde eu vou acontece algo perigoso! — disse o Doutor.

         Sadie sorriu, e foi até a porta. Ela abriu e viu carros voando, prédios fantásticos, e seres alienígenas bem diferentes. Ela via humanos, pessoas-gatos e diversos alienígenas interagindo entre si.

         James saiu da TARDIS.

         — Uau! — disse James, olhando para as coisas do futuro. — Onde estamos?

         — Nova Nova Iorque, um milhão e duzentos anos no futuro, na Nova Terra. Na verdade já reformaram milhões de vezes, mas não tinha como colocarem vários “Novos” no nome! — disse o Doutor.

         — Parece legal. — Disse Sadie.

         — Isso é impossível! — disse James. — Como nós chegamos aqui?

         — Pela TARDIS, viajamos pelo tempo e espaço com ela. — Disse o Doutor.

         — Vamos, tenho que ver tudo por aqui, eu mal posso esperar para contar para minhas amigas que…

         — Você não pode contar nada do Futuro para suas amigas, Sadie. Uma palavra mudará todo o futuro! — disse Doutor.

         — Tudo bem então! — seria difícil não contar a ninguém sobre aquilo.

         — Vamos, temos muito que ver. — Doutor puxou Sadie e James.

         Doutor os levou para comer as novas comidas, alugou um carro voador para eles dirigirem (mesmo não tendo carteira). Agora eles estavam num museu futurístico. O Doutor os proibiram de entrar na maior parte das salas, dizendo que certas coisas eles não podiam saber. Eles estavam numa ala com seres perigosos para todo o universo.

           Sadie olhava para uma estátua de um anjo com a mão no rosto, o que fazia parecer que ele estava chorando. Ele estava preso em uma jaula, o que era bem estranho.

         — Doutor — gritou Sadie, ainda olhando para a estátua. — O que é isso?

         Doutor chegou atrás dela. Sadie se virou para ele, esperando uma resposta, mas então ela foi puxada para o chão.

         — Doutor, o que é isso, por que tá me agarrando? — perguntou Sadie irritada.

         Sadie se levantou, e a mão do anjo estava quase tocando nela.

         — Doutor, como ela se mexeu? — perguntou Sadie, assustada.

         — É um Anjo Lamentador, ele só se mexe quando não estamos olhando! — falou Doutor. — Se ele te pega leva você para outra época.

         — Mas você tem uma máquina do tempo, pode ir lá me buscar! — disse Sadie.

         — Há épocas com distorções temporais, e isso impede a TARDIS de pousar! — falou Doutor. Você ficaria presa por um ano! — disse Doutor.

         Sadie se afastou da jaula do Anjo lamentador.

         Doutor continuou andando e olhando para vários monstros presos. Um deles era um Dalek, que estava preso em uma caixa de vidro que apenas o sol podia quebrar.

         Após um dia inteiro conhecendo o futuro, eles estavam voltando para a TARDIS. Todas as casas estavam fechadas e lacradas, como se tivessem medo de algo ou alguém.

         James se aproximou de uma casa caindo aos pedaços.

         — James, saí daí! — gritou Sadie.

         James parecia hipnotizado pela casa. A porta se abriu, e um ser azul e gasoso estava lá. Ele sorria maleficamente.

         James se aproximou da criatura e entrou. A porta se fechou violentamente e Sadie correu até a porta e começou a bater nela.

         — James, James! Cadê você, o que aquela coisa azul te fez? James! — gritava Sadie.

         Doutor correu até ela, e a segurou.

         — Sadie, o que foi?

         — Eles pegaram meu irmão! Eles o hipnotizaram e puxaram para dentro da casa. — Sadie começou a chorar. — Eles vão matá-lo Doutor!

         — Acalme-se Sadie. Diga-me, como ele era? — disse o Doutor.

         — Eu não sei Doutor, eu não vi direito, mas, por favor, salve meu irmão! — Sadie gritava.

         — Eu vou ajudar, mas preciso saber como ele era! — disse Doutor.

         — E… ele era azul, e fantasmagórico. Seu corpo parecia ser feito de gás! — falou Sadie.

         — São os Gelth! — disse o Doutor. — Seus corpos morreram, mas não sua alma, não sua vida. Eles vivem em uma forma gasosa, e possuem mortos para andarem! Mas eles precisam matar todos os seres daqui para que todos os Gelth tenham corpos. — Disse o Doutor. — Achei que tinha matado todos da última vez, mas me enganei. Eles estão de volta, e tem seu irmão como refém.

         — O que vamos fazer Doutor? — perguntou Sadie.

         — Nós vamos salvá-lo Sadie, eu juro! — disse o Doutor.

         Doutor correu até a TARDIS, e gritou de dentro dela.

         — Venha Sadie, vamos combater gás com fogo! — disse o Doutor.

         Sadie se equilibrou para conseguir ficar de pé e correu para a TARDIS.

***

         Doutor estava armado com um lança chamas. Sadie só carregava uma caixinha de fósforos.

         — Então vamos entrar lá e matar todos eles? — perguntou Sadie.

         — Não, Sadie. De preferência não quero que ninguém morra. Faremos um acordo. Mas se precisar, nós os matamos. Mas de preferência não faça nada! — disse Doutor. — Não mostre movimentos hostis nem se mostre como inimiga deles!

         — Falou o cara com o lança-chamas! — disse Sadie.

         — Eu vou deixar na varanda, caso precisemos fugir! — disse o Doutor.

         Doutor correu até a casa e escondeu o lança-chamas numa moita.

         — Agora vamos… gerônimo! — disse o Doutor, correndo para a casa.

         Ele pegou a Chave de Fenda e abriu a porta com ela.

         — Agora vamos procurar seu irmão!

         Ambos entraram na casa.

         Após entrarem, eles encontraram um humano e um homem-gato. Eles se apresentaram como “Brad” e “Mike”.

         — Por que estão aqui? — perguntou Doutor.

         — Vou tirar fotos para o jornal que trabalho. — Disse Nick.

         — Por que, que fotos? — perguntou Doutor.

         — Fotos dos fantasmas! — disse Brad.

         — Que fantasmas? — perguntou Doutor.

         — Vocês não são daqui! — deduziu Mike.

         — É, somos de muito, muito longe. — Falou Sadie.

         Ouviam-se passos, mas não sabiam de onde.

         — Sadie, Sadie é você? — perguntou a voz de James.

         — James, cadê você James? — gritou Sadie.

         — Estou aqui! — disse James, saindo de uma porta, rodeado de fantasmas.

         Doutor segurou Sadie.

         — Não vá Sadie, eles vão te possuir — disse Doutor.

         James ficou parado, rodeado pelos Gelth.

         — Sadie, ajude-me. Não vou segurá-los por muito mais tempo! — disse James.

         Sadie pegou um fósforo e acendeu ele.

         — Deixem meu irmão ou mato todos vocês! — disse Sadie.

         — Sadie, solte isso agora. Nós vamos fazer um acordo com ele! — disse Doutor.

         — Não farei acordos com espíritos que tentam possuir meu irmão! — disse Sadie.

         — Pode jogar o fósforo, mas mataremos seu irmão e todos vocês juntos. Os inimigos do doutor agradeceriam a nossa espécie! — disse um Gelth.

         Doutor soprou o fósforo, e o fog apagou.

         — Gelth. Os espíritos gasosos. Os seres sem um corpo. Podemos fazer um acordo, por que não liberta meu amigo, não podemos fazer um acordo? — perguntou Doutor.

         — Ah… querido Doutor. Por que não conta o que aconteceu com cada um de seus acompanhantes… se eu não os matar, você o fará! — disse outro Gelth. — Rose Tyler, presa em um universo paralelo; Martha Jones foi clonada e sentiu muito dor enquanto isso acontecia; Donna esqueceu as fantásticas aventuras que viveram com você… e claro, a mais dolorosa lembrança do Doutor: Amy e Rory foram pegos pelo Anjo Lamentador, e você não podia fazer nada para ajudá-los! E a mais pobre de todas: River Song, você mal a conhecia quando ela morreu, e ela sabia sobre todo o seu futuro. Quando ela morreu estava tão triste, tão deprimida, ela morreu por você, só para que o passado dela continuasse sendo ao seu lado.

         — Como sabe sobre eles… como sabe o que aconteceu com eles? — gritou Doutor.

         — Eu o segui, Doutor desde que destruiu nossas chances de viver. Fiquei na TARDIS, escondido, até que você chegasse aqui, a época em que os Gelth estão procurando corpos. — Disse o Gelth. — Sinto pena de cada um de seus acompanhantes.

         — Devolva James agora! — disse Doutor.

         — Ou o que Doutor? O que vai fazer. Nós não o tememos Doutor! — disse o Gelth.

         Doutor apontou a Chave de Fenda para a parede, e o ar condicionado ligou três vezes mais forte que o máximo.

         Os Gelth começaram a fugir. A maior parte deles foi, vaporizado pelo ar.

         Brad pegou sua câmera e tirou uma foto.

         James estava livre. Ele correu para junto de Sadie.

         — Corram para fora, agora — gritou o Doutor.

         Brad foi o primeiro a correr. Ele passou por uma porta, mas os Gelth tinham fugido para aquele cômodo.

         — Fujam vocês, eu os segurarei ao máximo, matem-nos — gritou Brad. — Nem que eu morra junto.

         — Não, nós não deixaremos ninguém! — disse Doutor.

         — Vão logo, não façam que eu implore. — Gritou Brad.

         Brad começou a andar, mas eles sabiam que era o Gelth. Ele pegou um abajur e quebrou o ar condicionado.

         — Matem o Doutor! — o Gelth que possuiu Brad gritou.

         Doutor e os outros correram. Eles deram a volta em vários cômodos, fugindo de espíritos feitos de gás.

         Quando conseguiram sair, Doutor pegou o lança-chamas e queimou parte da casa. Os Gelth ficaram afastados.

         — Atire logo neles, atire — gritou Brad.

         Doutor se lembrou do Gelth falando sobre tudo o que aconteceu de errado com seus acompanhantes. Ele usou a Chave de Fenda para aumentar a intensidade do fogo, e a chama acertou um dos Gelth. A explosão resultou em outras.

         Doutor correu para longe da casa, se virou e viu a explosão.

         — Yowzah! — gritou o Doutor.

         Ele se virou e olhou para Mike.

         — U-ho! — gritou Doutor, parecendo ter se divertido fugindo da explosão.

         James o encarou.

         — Você matou uma espécie inteira e um humano, e acha isso divertido? — disse James.

         Ele correu para a TARDIS.

É melhor ele nem saber que também matei minha própria espécie. Pensou o Doutor, triste.

         Mike fugiu.

         — Sadie, parece que somos nós dois! — disse Doutor.

         Sadie ficou silenciada.

         — Sadie?!

         Doutor se virou. Os cabelos loiros de Sadie estavam balançando no ar. Uma fumaça azul exalava dela e dois Gelth a rodeavam.

         — Sadie! — Gritou Doutor, preocupado.

         — Nós nos vingaremos Doutor. Somos os últimos Gelth vivos e mataremos sua amiga! — disse o Gelth que a possuía.

         Doutor pegou um fósforo em um dos bolsos.

         — Se tentarem algo eu explodo vocês! — disse Doutor.

         — Se fizer isso mata sua amiga! — disse um Gelth.

         — Não me importo, só estou cansado de vocês! — disse o Doutor.

         — Tudo bem, você venceu. Mas saiba Doutor, nós mataremos você, e sua morte será lenta e dolorosa!

         Os Gelth saíram do corpo de Sadie.

         — Adeus Doutor!

         Os Gelth se foram.

         Sadie cambaleou, depois abriu os olhos. Ela sorriu.

         — Doutor, você me salvou! — gritou Sadie, e o abraçou.

         Sadie olhou para o rosto do Senhor do tempo, e beijou sua boca. Doutor ergueu os braços, sem esperar pelo beijo, e depois abaixou o braço e segurou as costas dela. Continuou o beijo por alguns segundo e depois a empurrou.

         Sadie passou a mão pelos cabelos negros dele.

         — O que foi? Não gostou? — perguntou Sadie.

         — Não… sim… quer dizer não… — Doutor gaguejou, depois pôs seus pensamentos em ordem. — Sadie… eu sou casado!

         Sadie corou.

         — Com quem?

         — River Song!

         — River Song? Os Gelth disseram que você a viu morrer sem que ela te conhecesse. — Disse Sadie, confusa.

         — Nós dois somos viajantes do tempo. Eu a encontrei primeiro quando ela me encontrou pela última vez! — disse Doutor. — Eu sempre me entristeço ao saber que ela vai morrer, e eu nem saberei quem ela é!

         — Eu sinto muito, muito mesmo! — disse Sadie.

         — Tudo bem, você não sabia!

         Eles caminharam lentamente até a TARDIS.

         — Doutor, você não ia realmente me matar, não é? — perguntou Sadie.

         — Não! Gelth são ótimos em vinganças, mas acreditam em tudo se a gente insistir um pouco! — falou Doutor.

         Eles entraram na TARDIS.


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