I Can Change, I Promisse escrita por Isa e Mands
Notas iniciais do capítulo
Eai,Feliz natal! Desculpa a demora galera.
Nolan’s POV.
“BUUUUUUUUUUUUUUUU”
– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – todos nós gritamos em coro. Um grito de pavor, terror, medo e tantas outras coisas. A coisa aproximou a luz, mostrando um rosto. E que rost... ESPERA AÍ!!
– TAYLOR!!!! – gritei furioso. Ela gargalhou.
– HAUAHUAHAUHAUAHUAHAUH – ela riu alto, entrando na sala enquanto apontava para as nossas caras de trouxa. – HAHAHAHAH eu não consigo HAHAHAHAH parar de HAAHAHAHA rir HAHAHAHAH e nem HAHAHAHAH – ela suspirou – respirar. Ai, ai. Vocês precisavam ver as caras de assustados. E os gritos então? HAHAAHAHAHAH.
– TAYLOR! – gritei de novo. Ela me olhou, ainda rindo. A encarei sério. Ela engoliu o riso. – NO. QUE. VOCÊ. ESTAVA. PENSANDO??! – disse cada palavra pausadamente, tentando controlar minha respiração.
– Eu só estava tentando entrar na casa... – ela deu de ombros.
– E você não pode entrar como uma pessoa normal? – Luke perguntou, ainda com a voz assustada. Taylor levantou uma sobrancelha.
– Pela porta da frente. – Scott disse, esclarecendo a possível pergunta da garota.
– Eu tentei só que estava trancada. – Taylor disse dando de ombros.
– Viu! Eu falei que tinha um barulho vindo da porta! – Thomas disse exaltado. Revirei os olhos.
– Vocês não me viram na janela?
– É... Acho que vimos, né?! – Henry perguntou. Lembrei-me da sobra na janela... Putz! Como nós podemos ser tão medrosos?
– Vimos. – Scott disse engolindo em seco.
– Você ouviu tudo? – Luke perguntou cuidadoso. Taylor deu um sorrisinho sacana.
– Comecei a ouvir quando entrei em casa. – Ela me olhou, meu olhar quase vacilou ao perceber o que ela iria dizer. – Até a parte da declaraç......
– Tá ok, mas nós vamos ficar aqui sem luz? – Perguntei mudando de assunto.
– Podíamos contar historias de terror. – Taylor disse rindo.
– Não. – Thomas disse firme. – Vamos mudar de assunto.
– Taylor sabia que amanha o Nolan vai vestido de padre para Oxford? – Luke disse, com um olhar sacana. Minha vista já tinha se acostumado com o escuro antes, agora eu estava enxergando tudo quase com perfeição.
– Poderia não ser esse assunto. – eu disse baixo, com os dentes trincados. Porém, todos ouviram.
– Hahahah, e a troco de que? – Taylor perguntou ainda rindo. Será que essa garota só sabia rir?
– É que... Sabe como é... O Nolan é meio covarde sabe... – Thomas disse tirando sarro. Quem falando... Revirei os olhos.
– Falou o garotinho que tem medo de fantasmas...
– E falou o garoto que se declarou, apaixonadamente, para seus amigos, enquanto estava abraçado com os mesmos com medo da coisa misteriosa. Fala sério, Nolan, você tá sem moral alguma. – Taylor disse irônica, defendendo o Thomas. “Qual o problema dessa garota?” pensei.
– É... Alguém te perguntou alguma coisa? – disse ríspido. Ela ficou boquiaberta, mas logo recompôs sua expressão. A luz da vela iluminando nossos rostos e a sala.
– Wooou – os meninos fizeram em coro.
– Sinto muito, mas não sou movida a perguntas. – ela disse levantando uma sobrancelha, me desafiando.
– Wooou – o coro fez de novo. – Se fosse eu não deixava em Nolan... – Scott disse, rindo.
– Pena que eu não so... – desviei meu olhar para Scott, quando fui interrompido.
– Ok, ok , deu né? – Henry disse, tentando manter a paz, como sempre. Bufei.
– Sem querer tocar em assuntos desagradáveis de novo... – Taylor começou – Porque o louro aguado vai vestido de padre pro colégio? – Louro aguado? Quem essa garota pensa que é?
– Ele não aceitou meu desafio. – Thomas disse.
– Que desafio? – A garota perguntou sentando no chão.
– De ficar com uma nerd. – Scott disse. Taylor pareceu ficar desconfortável com o fato. O silêncio predominou.
Ficamos assim, em silêncio, por um bom tempo. Percebi Taylor apoiando seu queixo no joelho, enquanto abraçava o mesmo, meio inquieta. Como se eu me importasse em como ela estava... Eu hein...
– Hey, o que vamos fazer? Dormir? – Thomas perguntou.
– Hum... A luz ainda não voltou... Mas como nós podemos nos enxergar... Que tal brincarmos de Pergunta ou Mico? – Luke disse.
– Isso não seria quase a mesma coisa que Verdade ou Desafio? – perguntei.
– Enfim, eu topo. – Taylor se manifestou, concordando com a ideia.
– Beleza, eu começo. Thomas, pergunta ou mico? – Luke disse procurando Thomas pela sala.
– É... Bom, é quase certeza que se eu escolher mico você vai me ferrar, então... – Thomas começou a dizer mais para si mesmo do que para Luke. – Pergunta.
– Você ainda dorme com o Spoko, seu leão de pelúcia?
– O QUÊ?! Como você sabia disso? – Thomas deu ênfase quando se dirigiu à Luke.
– Bom, apenas me contaram. – Luke levantou as mãos, rendendo-se. Thomas pensou por um momento.
– SCOTT!!! – Thomas gritou na escuridão, Taylor deu pulo em seu lugar. Eu ri.
– O que? – ele perguntou inocente. – Não tenho culpa se você dorme com a porta aberta e com aquele bicho... – Scott fez uma cara estranha – ...Ocupando parte da sua cama. – Taylor gargalhou e ouvi-a cochichar baixinho para Henry, perguntando onde era o quarto do topetudo. Revirei os olhos.
– Vou considerar isso como um sim. – Luke disse rindo.
– Ta, depois disso, eu pergunto. Taylor, se fosse pra você ser um animal, que animal seria? – Thomas disse.
– Que pergunta mais idio...
– Calado! – Thomas interrompeu-me.
– É... Bom, acho que eu seria uma gata... – ela deu de ombros.
– Isso você já é... – disse baixo, mas todos ouviram. Corei. A garota abaixou a cabeça, constrangida. Vi Henry mexer-se desconfortável ao meu lado.
– Então a Tay é uma gata, o Thomas é um leão fofinho – Luke disse rindo e Thomas o xingou. – Nolan é um tigre, o Scott é um macaco, eu sou uma girafa e o Henry é uma borboleta.
– BORBOLETA?! – Henry gritou. – SÉRIO??! – Pra variar, Taylor riu.
– Bom... Você é uma girafa. – ela disse.
– Eu gosto de girafas, ta?
– Ok, minha vez. Thomas, é pra você. Como você já tinha pedido pergunta, agora tem que ser um mico. – eu disse e todos riram.
– O quê?! – a voz dele afinou. – O que é isso?!
– Se chama... VINGANÇA – eu disse e todos fizeram um ‘uuuh’ em coro.
– Aiwn... O que eu vou ter que fazer? – ele perguntou e pude sentir o medo em sua voz.
– Simples. – saí pela porta e fui lá fora, onde não estava tão escuro. Procurei pela grama algumas coisinhas e voltei para dentro.
– E...
– Aqui estão! Minhocas! – sorri satisfeito e Taylor deu gritinho de nojo. Sorri de novo.
– Só me diz que eu não vou ter que comer essas minhocas. – Thomas gemeu.
– Olha, eu não tinha pensado nisso, obrigado pela ideia. – disse e Thomas gemeu baixinho. – Enfim, você vai ter que ficar descalço, colocar essas belezinhas no meio dos seus dedos, ir até lá fora e correr pela rua gritando: Eu amo minhocas!! Viu, simples. – ele me olhou boquiaberto enquanto os outros riam.
Os garotos e a Taylor levantaram-se e foram para fora para verem o espetáculo. Thomas foi descalço até o meio da rua, depois sentou-se no chão e colocou as minhocas no meio de seus dedos. Eu só ria, assim como todos. Thomas levantou e começou a correr, gritando o que eu havia mandado. Já que o bairro estava sem luz, muitos vizinhos apareceram na janela para verem quem era o louco que estava gritando. Foi hilário. Bom, hilário até o momento em que a anta do Thomas tropeçou – sabe Deus no que, quem sabe numa minhoca – e caiu de cara no chão, literalmente. No começo, todos nós rimos, porém, quando Thomas demorou a levantar, ou até mesmo para reagir, fui o primeiro a levantar e sair correndo, seguido de Taylor, Henry, Luke e Scott.
O garoto estava com o tornozelo sangrando. Abaixei-me junto dele e o virei. – UOUUUU ! CALMA NOLAN ! –O rosto de Thomas estava todo cheio de sangue com pedrinhas da rua, e ele estava de olhos fechados.
- Thomas, Thomas! Menino levanta! Acorda! – Disse desesperado.
Que desgraça isso que eu fiz! Tudo culpa minha. Por que esse menino não abre os olhos ou dá algum sinal de vida? O sangue me subiu. Passei minhas mãos atrás das pernas de Thomas e o peguei no colo. Sai correndo para casa, os meninos me seguiram.
- O coloca no sofá. – Henry disse. Ava! Pensei que era pra colocar na cozinha. Hunf. Deitei Thomas no sofá, e tirei as minhocas do seu pé sangrento.
- THOMAS ! – Luke gritou. Thomas tinha aberto os olhos, ajoelhei-me em seu lado.
- Me desculpe cara. – Disse olhando em seus olhos. Ele riu. – Mas você é um mané também.
- Ah vai se catar, Nolan. – Ele riu.
- Meninos, com licença. – Taylor disse com uma bolsa em suas mãos. Levantei uma sobrancelha.
- O que é isso? – Perguntei.
- Kit de emergência. – Ela disse como se fosse obvio. Taylor se agachou e abriu a bolsa. Tinha remédios, esparadrapos, comprimidos, band-aids, luvas, corda, algodão, sprays, tesoura, repelente e tudo que se precisa para emergências. Fiquei com um pouco de inveja, pois eu também quero ser médico e não tenho um kit de emergências. Ela pegou um algodão, um spray e foi em direção ao tornozelo de Thomas. – Vai doer.
Taylor espirrou o liquido no algodão e começou a passar no tornozelo do Thomas, este já urrava de dor.
- Nolan, me passa o esparadrapo. – Ela disse sem me olhar. Procurei o esparadrapo, e entreguei a ela, me sentei do lado dos meninos, no chão.
- O que ela está fazendo? – Luke me perguntou.
- Tá limpando o sangue e enfaixando o tornozelo.
- Ah. – Ele disse sem emoção.
- Pronto. Agora.... O rosto. – Taylor disse.
- Estou me sentindo mal.- Scott disse.
- 2.
-3.
-4. – Suspirei. Taylor cuidava de Thomas com todo o amor do mundo, que droga isso.... Quer dizer..... Que bom, torci o nariz. Henry estava inquieto, se mexia a cada minuto.
- Que horas são?- Ele perguntou. Olhei meu celular, a luz da tela iluminou a sala.
- 19h14. – Informei. “Nossa que maravilha!” , pensei. “Que começo de ano esse hein, amanha vou vestido de padre e o Thomas vai todo arrebentado.”
- Taylor tá doendo. – Thomas disse. Nós olhamos em direção aos dois.
- Eu sei. – Ela suspirou. – Olha... Eu não sei se você só cortou o tornozelo ou se... quebrou ou torceu. – Engoli em seco. – Consegue ficar de pé?
Thomas foi se levantando calmamente do sofá, colocou um pé no chão e depois o outro.... – Eu e os meninos levantamos pronto para ajuda-lo , mas..
- AH,CONSEGUI.- Thomas gritou alegre. Uma sensação de alivio percorreu meu corpo, mas eu sabia que ele não estava tão bem assim...
A luz da sala voltou, sorri aliviado e olhei para Thomas. Seu rosto estava todo vermelho e seu tornozelo estava inchado, culpa minh...
- Estou com fome. – Scott disse interrompendo meu pensamento de culpa. As luzes da casa começaram a voltar pouco a pouco, por enquanto as luzes da sala e da cozinha estavam de volta. Taylor guardou as coisas e colocou a bolsa no sofá.
- O que tem pra comer? – Ela perguntou.
- Hum...Mais macarrão? – Henry perguntou pensativo.
- Acho que sim. – Luke disse indo em direção á cozinha, nós os seguimos.
Vamos lá comer macarrão.
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