I Can Change, I Promisse escrita por Isa e Mands


Capítulo 5
Ops, acidente.


Notas iniciais do capítulo

Eai,Feliz natal! Desculpa a demora galera.



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Nolan’s POV.

“BUUUUUUUUUUUUUUUU”

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – todos nós gritamos em coro. Um grito de pavor, terror, medo e tantas outras coisas. A coisa aproximou a luz, mostrando um rosto. E que rost... ESPERA AÍ!! 

– TAYLOR!!!! – gritei furioso. Ela gargalhou.

– HAUAHUAHAUHAUAHUAHAUH – ela riu alto, entrando na sala enquanto apontava para as nossas caras de trouxa. – HAHAHAHAH eu não consigo HAHAHAHAH parar de HAAHAHAHA rir HAHAHAHAH e nem HAHAHAHAH – ela suspirou – respirar. Ai, ai. Vocês precisavam ver as caras de assustados. E os gritos então? HAHAAHAHAHAH.

– TAYLOR! – gritei de novo. Ela me olhou, ainda rindo. A encarei sério. Ela engoliu o riso. – NO. QUE. VOCÊ. ESTAVA. PENSANDO??! – disse cada palavra pausadamente, tentando controlar minha respiração. 

– Eu só estava tentando entrar na casa... – ela deu de ombros.

– E você não pode entrar como uma pessoa normal? – Luke perguntou, ainda com a voz assustada. Taylor levantou uma sobrancelha.

– Pela porta da frente. – Scott disse, esclarecendo a possível pergunta da garota.

– Eu tentei só que estava trancada. – Taylor disse dando de ombros.

– Viu! Eu falei que tinha um barulho vindo da porta! – Thomas disse exaltado. Revirei os olhos. 

– Vocês não me viram na janela?

– É... Acho que vimos, né?! – Henry perguntou. Lembrei-me da sobra na janela... Putz! Como nós podemos ser tão medrosos?

– Vimos. – Scott disse engolindo em seco.

– Você ouviu tudo? – Luke perguntou cuidadoso. Taylor deu um sorrisinho sacana.

– Comecei a ouvir quando entrei em casa. – Ela me olhou, meu olhar quase vacilou ao perceber o que ela iria dizer. – Até a parte da declaraç......

– Tá ok, mas nós vamos ficar aqui sem luz? – Perguntei mudando de assunto.

– Podíamos contar historias de terror. – Taylor disse rindo.

– Não. – Thomas disse firme. – Vamos mudar de assunto. 

– Taylor sabia que amanha o Nolan vai vestido de padre para Oxford? – Luke disse, com um olhar sacana. Minha vista já tinha se acostumado com o escuro antes, agora eu estava enxergando tudo quase com perfeição.

– Poderia não ser esse assunto. – eu disse baixo, com os dentes trincados. Porém, todos ouviram.

– Hahahah, e a troco de que? – Taylor perguntou ainda rindo. Será que essa garota só sabia rir?

– É que... Sabe como é... O Nolan é meio covarde sabe... – Thomas disse tirando sarro. Quem falando... Revirei os olhos.

– Falou o garotinho que tem medo de fantasmas...

– E falou o garoto que se declarou, apaixonadamente, para seus amigos, enquanto estava abraçado com os mesmos com medo da coisa misteriosa. Fala sério, Nolan, você tá sem moral alguma. – Taylor disse irônica, defendendo o Thomas. “Qual o problema dessa garota?” pensei.

– É... Alguém te perguntou alguma coisa? – disse ríspido. Ela ficou boquiaberta, mas logo recompôs sua expressão. A luz da vela iluminando nossos rostos e a sala.

– Wooou – os meninos fizeram em coro.

– Sinto muito, mas não sou movida a perguntas. – ela disse levantando uma sobrancelha, me desafiando.

– Wooou – o coro fez de novo. – Se fosse eu não deixava em Nolan... – Scott disse, rindo.

– Pena que eu não so... – desviei meu olhar para Scott, quando fui interrompido.

– Ok, ok , deu né? – Henry disse, tentando manter a paz, como sempre. Bufei.

– Sem querer tocar em assuntos desagradáveis de novo... – Taylor começou – Porque o louro aguado vai vestido de padre pro colégio? – Louro aguado? Quem essa garota pensa que é? 

– Ele não aceitou meu desafio. – Thomas disse.

– Que desafio? – A garota perguntou sentando no chão.

– De ficar com uma nerd. – Scott disse. Taylor pareceu ficar desconfortável com o fato. O silêncio predominou.

    Ficamos assim, em silêncio, por um bom tempo. Percebi Taylor apoiando seu queixo no joelho, enquanto abraçava o mesmo, meio inquieta. Como se eu me importasse em como ela estava... Eu hein...

– Hey, o que vamos fazer? Dormir? – Thomas perguntou.

– Hum... A luz ainda não voltou... Mas como nós podemos nos enxergar... Que tal brincarmos de Pergunta ou Mico? – Luke disse.

– Isso não seria quase a mesma coisa que Verdade ou Desafio? – perguntei.

– Enfim, eu topo. – Taylor se manifestou, concordando com a ideia.

– Beleza, eu começo. Thomas, pergunta ou mico? – Luke disse procurando Thomas pela sala.

– É... Bom, é quase certeza que se eu escolher mico você vai me ferrar, então... – Thomas começou a dizer mais para si mesmo do que para Luke. – Pergunta.

– Você ainda dorme com o Spoko, seu leão de pelúcia?

– O QUÊ?! Como você sabia disso? – Thomas deu ênfase quando se dirigiu à Luke.

– Bom, apenas me contaram. – Luke levantou as mãos, rendendo-se. Thomas pensou por um momento.

– SCOTT!!! – Thomas gritou na escuridão, Taylor deu pulo em seu lugar. Eu ri.

– O que? – ele perguntou inocente. – Não tenho culpa se você dorme com a porta aberta e com aquele bicho... – Scott fez uma cara estranha – ...Ocupando parte da sua cama. – Taylor gargalhou e ouvi-a cochichar baixinho para Henry, perguntando onde era o quarto do topetudo. Revirei os olhos.

– Vou considerar isso como um sim. – Luke disse rindo.

– Ta, depois disso, eu pergunto. Taylor, se fosse pra você ser um animal, que animal seria? – Thomas disse.

– Que pergunta mais idio...

– Calado! – Thomas interrompeu-me.

– É... Bom, acho que eu seria uma gata... – ela deu de ombros.

– Isso você já é... – disse baixo, mas todos ouviram. Corei. A garota abaixou a cabeça, constrangida. Vi Henry mexer-se desconfortável ao meu lado.

– Então a Tay é uma gata, o Thomas é um leão fofinho – Luke disse rindo e Thomas o xingou. – Nolan é um tigre, o Scott é um macaco, eu sou uma girafa e o Henry é uma borboleta.

– BORBOLETA?! – Henry gritou. – SÉRIO??! – Pra variar, Taylor riu.

– Bom... Você é uma girafa. – ela disse.

– Eu gosto de girafas, ta?

– Ok, minha vez. Thomas, é pra você. Como você já tinha pedido pergunta, agora tem que ser um mico. – eu disse e todos riram.

– O quê?! – a voz dele afinou. – O que é isso?!

– Se chama... VINGANÇA – eu disse e todos fizeram um ‘uuuh’ em coro.

– Aiwn... O que eu vou ter que fazer? – ele perguntou e pude sentir o medo em sua voz.

– Simples. – saí pela porta e fui lá fora, onde não estava tão escuro. Procurei pela grama algumas coisinhas e voltei para dentro.

– E...

– Aqui estão! Minhocas! – sorri satisfeito e Taylor deu gritinho de nojo. Sorri de novo.

– Só me diz que eu não vou ter que comer essas minhocas. – Thomas gemeu.

– Olha, eu não tinha pensado nisso, obrigado pela ideia. – disse e Thomas gemeu baixinho. – Enfim, você vai ter que ficar descalço, colocar essas belezinhas no meio dos seus dedos, ir até lá fora e correr pela rua gritando: Eu amo minhocas!! Viu, simples. – ele me olhou boquiaberto enquanto os outros riam.

    Os garotos e a Taylor levantaram-se e foram para fora para verem o espetáculo. Thomas foi descalço até o meio da rua, depois sentou-se no chão e colocou as minhocas no meio de seus dedos. Eu só ria, assim como todos. Thomas levantou e começou a correr, gritando o que eu havia mandado. Já que o bairro estava sem luz, muitos vizinhos apareceram na janela para verem quem era o louco que estava gritando. Foi hilário. Bom, hilário até o momento em que a anta do Thomas tropeçou – sabe Deus no que, quem sabe numa minhoca – e caiu de cara no chão, literalmente. No começo, todos nós rimos, porém, quando Thomas demorou a levantar, ou até mesmo para reagir, fui o primeiro a levantar e sair correndo, seguido de Taylor, Henry, Luke e Scott.

    O garoto estava com o tornozelo sangrando. Abaixei-me junto dele e o virei.  – UOUUUU ! CALMA NOLAN ! –O rosto de Thomas estava todo cheio de sangue com pedrinhas da rua, e ele estava de olhos fechados.

- Thomas, Thomas! Menino levanta! Acorda! – Disse desesperado.

 Que desgraça isso que eu fiz!  Tudo culpa minha. Por que esse menino não abre os olhos ou dá algum sinal de vida? O sangue me subiu. Passei minhas mãos atrás das pernas de Thomas e o peguei no colo. Sai correndo para casa, os meninos me seguiram.

- O coloca no sofá. – Henry disse. Ava! Pensei que era pra colocar na cozinha. Hunf. Deitei Thomas no sofá, e tirei as minhocas do seu pé sangrento.

- THOMAS ! – Luke gritou. Thomas tinha aberto os olhos, ajoelhei-me em seu lado.

- Me desculpe cara. – Disse olhando em seus olhos. Ele riu. – Mas você é um mané também.

- Ah vai se catar, Nolan. – Ele riu.

- Meninos, com licença. – Taylor disse com uma bolsa em suas mãos. Levantei uma sobrancelha.

- O que é isso? – Perguntei.

- Kit de emergência. – Ela disse como se fosse obvio. Taylor se agachou e abriu a bolsa. Tinha remédios, esparadrapos, comprimidos, band-aids, luvas, corda, algodão, sprays, tesoura, repelente e tudo que se precisa para emergências. Fiquei com um pouco de inveja, pois eu também quero ser médico e não tenho um kit de emergências.  Ela pegou um algodão, um spray e foi em direção ao tornozelo de Thomas. – Vai doer.

Taylor espirrou o liquido no algodão e começou a passar no tornozelo do Thomas, este já urrava de dor.

- Nolan, me passa o esparadrapo. – Ela disse sem me olhar. Procurei o esparadrapo, e entreguei a ela, me sentei do lado dos meninos, no chão.

- O que ela está fazendo? – Luke me perguntou.

- Tá limpando o sangue e enfaixando o tornozelo.

- Ah. – Ele disse sem emoção.

- Pronto. Agora.... O rosto. – Taylor disse.

- Estou me sentindo mal.- Scott disse.

- 2.

-3.

-4. – Suspirei. Taylor cuidava de Thomas com todo o amor do mundo, que droga isso.... Quer dizer..... Que bom, torci o nariz. Henry estava inquieto, se mexia a cada minuto.

- Que horas são?- Ele perguntou. Olhei meu celular, a luz da tela iluminou a sala.

- 19h14. – Informei. “Nossa que maravilha!” , pensei. “Que começo de ano esse hein, amanha vou vestido de padre e o Thomas vai todo arrebentado.”

- Taylor tá doendo. – Thomas disse. Nós olhamos em direção aos dois.

- Eu sei. – Ela suspirou. – Olha... Eu não sei se você só cortou o tornozelo ou se... quebrou ou torceu. – Engoli em seco. – Consegue ficar de pé?

Thomas foi se levantando calmamente do sofá, colocou um pé no chão e depois o outro....  – Eu e os meninos levantamos pronto para ajuda-lo , mas..

- AH,CONSEGUI.- Thomas gritou alegre. Uma sensação de alivio percorreu meu corpo, mas eu sabia que ele não estava tão bem assim...

A luz da sala voltou, sorri aliviado e olhei para Thomas. Seu rosto estava todo vermelho e seu tornozelo estava inchado, culpa minh...

- Estou com fome. – Scott disse interrompendo meu pensamento de culpa. As luzes da casa começaram a voltar pouco a pouco, por enquanto as luzes da sala e da cozinha estavam de volta. Taylor guardou as coisas e colocou a bolsa no sofá.

- O que tem pra comer? – Ela perguntou.

- Hum...Mais macarrão? – Henry perguntou pensativo.

- Acho que sim. – Luke disse indo em direção á cozinha, nós os seguimos.

Vamos lá comer macarrão.


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Notas finais do capítulo

Estão gostando? Comentem,Bjoo



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