Futuro Negro escrita por GDalcin


Capítulo 2
Capítulo 1: Fuga. Resgate. E de volta ao inferno.




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Mal eu subi na motocicleta, uma Hornet 660, o motociclista arrancou. Consegui me segurar por sorte, e irrompemos pela noite. Da gangue que me seguia, poucos conseguiram ficar em pé.

Foi então que pensei... não estou mais seguro agora. Estou de carona em uma moto envenenada, por uma pessoa que não posso ver o rosto. Estou sendo sequestrado.

Mantive meu silêncio. Talvez o sequestrador não me machucasse assim. Talvez me prendesse em algum lugar, e me soltasse quando eu oferecesse dinheiro. Meus pais já estavam mortos e eu morava em uma pensão na faculdade, mas tinha minhas economias do trabalho. Droga, por que eu saí mais tarde hoje...?

Uma voz feminina surgiu por debaixo do capacete.

–-Chegamos, garoto.

Levantei meus olhos. Estavamos em um estacionamento deserto, ao lado de um café 24 horas.

–-Hum... obrigado, senhora... senhorita? -- Tentei me corrigir. Fiquei feliz por minha voz simplesmente sair.

–-Não vai me agradecer por ter salvado você? -- Ela perguntou, tirando o capacete.

Eu engoli em seco. Não sei se tive mais medo pelo que ela disse, ou porque ela era linda.

Ela tinha cabelos curtos, pintados de vermelho. O rosto era cortado por uma cicatriz que ia do meio da testa, passava pela têmpora e tocava a bochecha. Lábios vermelhos e olhos dourados. Estranho. Lentes de contato, talvez? E parecia não ser muito mais velha... devia ter apenas alguns anos a mais que eu.

–-E-e-e... eu tenho dinheiro. Po-po-sso entregar pra você amanhã...

–-Não preciso de dinheiro, garoto. Fiz isso porque gostei de você. -- Ela sorriu. E riu do meu nervosismo. E então ela começou a se aproximar... Uma mulher tão atraente não poderia estar interessada em mim... Mas ela me beijou. Eu não conseguia me mexer, ela me abraçou... senti seu abraço me envolver, sua língua entrelaçada à minha. Ela parou, e beijou meu pescoço. É inebriante, não consigo me manter acordado...

Fui trazido à realidade brutamente, sendo arremessado para longe e caindo no chão.

–-Desgraçado! Você podia muito bem ter se virado sem mim. Mas me fazer...! -- Ela parou de gritar e olhou para trás, com medo. Depois de se certificar que ninguém no café nos ouvia, ela continuou. --Me fazer sugar seu sangue. Seu vampiro de merda. Me dê uma só razão pra não te matar, só pela diversão.

Eu congelei. Vampiro? Desde quando... Não, isso não era possível. Essas coisas não existem. E agora, ela... ia me matar.


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