73 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Julia Everllark


Capítulo 7
Entrevistas


Notas iniciais do capítulo

Tá entregue o capitulo 7 espero que gostem.



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Acordo,tomo um banho e me ajeito.Desço para o café, como uma tigela de cereal e já me sinto satisfeita.

Agora vou ter as minhas quatro horas com Bridget. Vamos para o meu quarto e ela me obriga a vestir uma bata que vai da cabeça aos pés e calçar sapatos de salto, esses pelo menos são bem mais baixos do que os que usei no desfile.Quando domino meu caminhar, falta a postura, o jeito de olhar, os gestos com as mãos e o sorriso. Ela me faz dizer uma centena de frases com um enorme sorriso na cara , quanto a postura ela me faz sentar com as costas retas e olhar sempre para frente.

– Acho que já está bom – diz ela.

Retiro aquela bata que já estava me incomodando e também os sapatos e ponho uma roupa mais confortável.Me dirijo a sala de jantar, está na hora do almoço.

A sessão de conteúdo parece ter sido boa , já que Charlie, Beetee e Wiress estão de bom humor. Depois do almoço, Beetee e Wiress me levam para a sala de jantar e Bridget leva Charlie para o quarto dele.

– Qual vai ser a sua estratégia? – pergunta Beetee – Vai ser charmosa? Simpatica? Distante?Evasiva? Convencida? Manhosa?

– Prefiro ser eu mesma – respondo.

– Tá bem – diz Wiress.

– Finja que eu sou seu entrevistador – diz Beetee.

– Como é a sua vida no distrito 3? – pergunta ele.

– Normal , como a de qualquer garota na minha idade – digo.

– Não isso não está funcionando, você tem que entreter o publico –diz Beetee.

– De novo, como é a sua vida no distrito 3? – pergunta ele.

– Boa , eu passo muito tempo na escola, no meu distrito a gente é forçado a estudar e a educação é voltada para os diversos campos da engenharia, visando a construção de gênios capazes de manter o nível futurista da capital – digo.

– Nossa, já melhorou bastante – diz Wiress.

– Como é o distrito 3? – pergunta Beetee.

– É bastante moderno e industrializado, tem muitas fabricas de eletrônicos, automóveis e armas de fogo – digo.

– Você está melhorando – diz Beetee.

Nós ficamos discutindo a minha estratégia até a hora do jantar. O jantar estava incrivelmente bom, comi a minha comida favorita strogonoff de frango, tomamos uma limonada e de sobremesa comemos uma torta de morango.

Quando vou dormir o sono não vem, só consigo pensar na entrevista de amanhã.Como será que vai ser, será que vou me sair bem, uma serie de pensamentos desse tipo. Depois de algumas horas acabo caindo no sono.

No dia seguinte acordo, tomo café e sou entregue a minha equipe de preparação, eles estão eufóricos pela entrevista. O dia de hoje pertence a Nolan. Espero que ele consiga me deixar bonita, assim as pessoas não vão ligar para o que sair da minha boca.

A equipe trabalha em mim até o fim da tarde, transforma minha pele em uma pele de bebê, fazendo maquiagens maravilhosas em meu rosto, pintando circuitos eletrônicos em minha unhas. Brittany trabalha em meus cabelos, tramando fios levemente prateados que começam na raiz do meu cabelo e vão descendo para as pontas ela os deixa soltos, meus cabelos vão até um pouco abaixo dos ombros.Eles me maquiam, lábios e bochechas rosadas e longos cílios.

Então Nolan entra com o meu vestido, é um vestido azul escuro cheio de babados e sem alças, que vai até um pouco antes dos meus joelhos. Os sapatos que vou usar combinam perfeitamente com o vestido, são pretos com um enorme laço azul brilhante na frente, o salto deve ter uns três centímetros, são bem mais baixos do que os outros que usei desde que vim pra cá, pelo menos não vou ficar cambaleando em frente ao público.

– Então está tudo pronto para a entrevista? – pergunta Nolan.

– Sim – respondo.

– Então vamos – diz ele.

Nós pegamos o elevador e descemos, provavelmente Charlie e sua estilista já estariam lá nos esperando. Quando a porta do elevador se abre os outros tribustos estão sendo enfileirados para subir ao palco , Charlie já está na fila, eu entro em sua frente, já que a minha entrevista é antes da dele e atrás do garoto do distrito 2. Charlie está incrivelmente bonito, vestido com um terno preto com detalhes de circuitos eletrônicos .

– Você está lindo – digo à ele.

– Você também tá linda – diz ele.

– A Charlie não exagere – digo.

– É é serio – diz ele gaguejando.

– Nossa eu estou super nervosa pra entrevista. E você ? – pergunto.

– Também – diz ele.

Caesar Flickerman, o homem que apresenta as entrevistas há mais de quarenta anos, sobe ao palco. Neste ano o cabelo de Caesar está laranja e suas pálpebras e lábios estão da mesma coloração. Ele conta algumas piadas para aquecer o publico, mas logo dá inicio ao seu trabalho.

A garota do 1 é chamada, ela está vestida com um estilo vermelho provocando, mas ela não é muito bonita. Seus três minutos se esgotam e uma campainha soa . Em seguida quem entra em cena é o garoto do distrito 1, ele parece bastante perigoso.Em seguida a garota do 2 entra , ela parece estar fazendo o papel de mocinha boazinha, mas quando entrar na arena todos saberão que não é bem isso. O garoto do 2 é chamado e meu coração começa a bater mais rápido , pois logo em seguida quem entrara naquele palco será eu.

E então chamam Julie Spart. Eu subo no palco e sento na poltrona ao lado da de Caesar, ele estendeu sua mão para me cumprimentar e eu estendo a minha e o cumprimento.

– E então,Julie com a nova regra dos jogos. Você pretende matar seu parceiro de distrito ou protege –lo? – pergunta Caesar.

– Protegê-lo sem duvida –respondo.

– Como é o distrito 3? – ele pergunta.

– É lindo, ele é bastante industrializado e moderno, tem bastante fabricas de eletrônicos, automóveis e armas de fogo – respondo.

– Julie, o que mais te impressionou desde que chegou aqui? – ele pergunta.

– Nossa Caesar essa é uma pergunta difícil, porque tudo aqui é lindo. Eu gostei bastante dos apartamentos – respondo.

– É , realmente são muito bonitos – diz Caesar.

– Você acha que pode vencer? – pergunta Caesar.

– Se eu me dedicar bastante, acredito que sim – respondo.

– Então, fiquei sabendo que hoje é seu aniversario, meus parabéns – diz ele.

– Obrigado e como você sabe? – pergunto.

– Um passarinho me contou – respondeu ele. A plateia ri com as piadas de Caesar.

– É , hoje estou ficando um ano mais velha, agora não faço mais parte dos tributos de 12 anos e sim dos de 13 – digo.

– Então pessoal – diz Caesar olhando pra plateia. De repente eles começam a cantar uma canção de aniversário.

“ Parabéns pra você,

nesta data querida,

muita felicidade,

muitos anos de vida”


“Parabéns pra você


nesta data querida

muita felicidade,

muitos anos de vida!”


– Obrigado pessoal – eu digo enquanto mando beijos para a plateia. Mau eles terminam de cantar e a campainha soa.


Caesar me da um abraço e eu faço o mesmo. Eu saio do palco e me sent em uma cadeira perto dos outros tributos que ainda não se apresentaram, alguns deles me encaram me fuzilando com os olhos, eu retribuo e os encaro também.

Charlie está bastante sorridente no palco, deve fazer parte da sua estratégia. Ele está falando de casa e de como as construções da capital são lindas. Seus três minutos acabam e a campainha soa. Ele vem ao meu encontro e ao encontro do pessoal do distrito 3, eles perguntam se a gente gostaria de ficar para ver as entrevistas dos outros tributos, mas decidimos subir, pois o dia de hoje foi realmente cansativo.

Quando chegamos ao nosso andar eu tiro minhas roupas, ponho um pijama e me dirigo a sala de jantar.

Como com gosto, imaginando que amanhã a está hora já estarei na arena e provavelmente com fome.

– Vocês foram bem na entrevista, aposto que conseguiram alguns patrocinadores – diz Beetee.

– Tomara que sim – digo. Charlie faz que sim com a cabeça.

Todos me dão os parabéns pelo meu aniversário.

Depois do jantar todos se dirigem aos seus quartos e dormem.

Acordo olho no relógio do meu quarto, ainda são uma hora da manhã. Tento voltar a dormir, mas não consigo, então decido ir até a cozinha beber um copo d’ água, no meio do caminho encontro Charlie, ele está sentado no sofá da sala de estar. Eu me sento ao seu lado.

– O que faz acordado essa hora? – pergunto.

– Insônia – diz ele.

– É eu também – digo.

– Amanhã a gente vai entrar na arena – diz ele.

– É – digo.

– Já tem aliados?- ele pergunta.

– Não, e você? – pergunto.

– Também não - diz ele. Ele estende a mão e pergunta :

– Aliados?

Eu estendo a mão em concordância e respondo:

– Sim , aliados. Nesse momento Bridget sai de seu quarto aos berros e vai até a sala de estar.

– Ouvi vozes. O que estão fazendo acordados a uma hora dessas? – pergunta ela.

– Insônia – falamos quase na mesma hora.

– Pois tratem de voltar pra suas camas e dormir, precisam estar bem descansados para amanhã – diz ela. Nós a obedecemos sem questionar e voltamos para os nossos quartos, pois sabemos que ela tem razão.



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Notas finais do capítulo

Não percam, o próximo capitulo será a entrada na arena.



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