Acordo com uma faca encostada em minha cabeça, é o garoto do 2.

– Não se mecha, ou vai morrer- diz ele.

Os três carreiristas nos amarram com cordas e nos levam para a cornucópia. E lês pegam nossos suprimentos e levam com eles.

– Isso mesmo quietinhos, quietinhos – diz Megan, a garota do 2.

Quando chagamos a cornucópia, há uma pequena pilha de suprimentos amontoados e um garoto de guarda. O garoto tem cabelos negros e olhos esverdeados, acho que é o garoto do distrito 9.

– Vamos lá três precisamos de um serviçinho de vocês- diz o garoto do 2, se não me engano o nome dele é Brian.

– E quanto a você cinco, acho que podemos matar. Não é mesmo galera – diz o garoto do 1.

A garota do 2 pega um arco e flecha e mira bem na cabeça de Scott.Ele engole em seco, pode- se ver o desespero estampado em seu rosto.

– Não, não o matem – digo.

– Ninaninanão, quietinha três – diz o garoto do 2- Pode prosseguir Megan.

A garota mira e atira a flecha . Ela fica cravada bem no olho de Scott. Bum. O canhão soa.

Os carreiristas avistam uma fumaça preta no céu.

– Olhem, tem alguém ali – diz Terry, o garoto do 1.

– Nove, fique de guarda e não deixem eles escaparem- diz o garoto do 2.O carreiristas correm em direção ao fogo.

O garoto do 9, Maik, se aproxima e desamarra nossas mãos e pés.

– Rápido, fujam, lês não vão demorar a chegar- diz o garoto. Assenti que sim com a cabeça. Pegamos nossas armas e mochilas.

Corremos o máximo que podemos em direção oposta a que os carreiristas foram, olho para trás o garoto do nove pegou alguns suprimentos e armas e está correndo em direção ao sul da cornucópia. Nunca soubemos o que os carreiristas pretendiam fazer com a gente , só sabemos que queriam que a gente montasse alguma armadilha eletrônica.

Está claro quem oi o responsável pelo incêndio. A garota do 8, já que só restam os três carreiristas, nós o garoto do 9 e ela.Não sei o que, mas ela pretendia alguma coisa com aquele incêndio. Agradeço mentalmente a garota e o garoto também, pois se ele fosse mal ainda estaríamos lá amarrados , e depois de fazer o serviço, provavelmente os carreiristas nos matariam.

Chegamos ao que parece ser o final da arena. Ponho a mão na frente de Charlie impedindo que ele avance em frente.

– Não encoste, é um campo de força – digo.

– É mesmo, estava tão distraído que nem percebi – diz ele.

O sol está escaldante. Sentamos embaixo de uma arvore que nos proporciona uma sombrinha. Ficamos ali, quietos.

– Sobro bem pouca coisa em relação a antes – diz ele.

– É, mas vamos ter que dar um jeito só com isso – digo.

Realmente nossos suprimentos diminuíram muito em relação a antes. Antes tínhamos alem das nossas coisas as coisas de Been e Scott e agora só temos as nossas. Charlie não tinha nenhuma mochila, então deve ter pegado a de Been ou a de Scott.

– Você pegou a mochila de Been ou de Scott? – pergunto.

– A de Scott – diz ele.

– O que tem dentro? – pergunto.

– Uma garrafa de água, a atiradeira, uma faca e esse saco de frutas secas – diz ele.

– Bom, deixa eu ver o que tem na minha- digo – Os óculos de visão noturna, um canivete, uma faca, uma corda, água, alguns fósforos e dois sacos de dormir, um era da garota do 5.

– O que você acha que ela pretendia com aquele incêndio?- pergunto me referindo a garota do 8.

– Não sei . Talvez atraílos para uma armadilha , ou mente-los ocupados enquanto ia para a cornucópia e os roubava , provavelmente não deveria saber do garoto do 9. Mas de qualquer forma devemos nossa vida a ela –diz ele.

– É , não vai ser fácil matar o 8 ou a 9 – digo.

– É –diz ele.

Ficamos em silencio até que decido quebra-lo .

– Então... estou ficando com fome e você também deve estar – digo – Que tal caçarmos?

– Boa ideia – diz ele.

Olhamos para as árvores que estão em volta e avistamos alguns esquilos. Sem pensar duas vezes Charlie pega a faca que estava na mochila de Scott e a arremessa no esquilo. A faca acerta em cheio e o esquilo desaba no chão com a faca cravada nele.

– Uau! Ótima mira . Onde aprendeu isso? -digo.

– Tento me esforçar – diz ele.