We Found Love In A Hopeless Place escrita por Mari Kentwell Ludwig


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

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Brutus e Enobaria estão de frente à televisão. As reprises acabaram de começar.

–Onde vocês estavam? – Pergunta Brutus. – Batemos no quarto de vocês várias vezes.

–Não estávamos em nossos quartos. Mas chegamos na hora certa. – Digo me sentando.

Então se inicia a Colheita do 1. A garota, Glimmer, é bem bonita. Tem cabelos loiros e olhos verdes e parece ser uma boa aliada. O garoto, Marvel, é alto, não muito musculoso e com cabelos e olhos castanhos. Se aliar a eles talvez seja usual, mas prefiro tomar essa decisão após conhecê-los pessoalmente no treinamento.

Vemos a reprise do 2. Clove e a menina discutindo e depois eu me lançando para me oferecer.

Um casal pequeno e magrelo do 3.

No 4, um menino de 12 anos é sorteado. A menina sorteada parece amedrontada. Não é o tipo de Carreiristas que eu esperava.

Kate surge meio desajeitada dizendo que estava procurando por nós. Ela se apressa em se sentar no sofá conosco para assistir as Colheitas.

Cada cerimônia durou meia hora, na verdade. Mas são feitos alguns cortes para que deixem o programa mais curto. Mas não me importo. Só estou preocupado em ver quem terei de enfrentar nesse ano.

Nos outros distritos, nada de especial. Apenas crianças desnutridas e sem capacidades para o que as aguarda. Alguns meninos chegam a se grandes como o do 10, mas não parece ser hábil.

No 11, outra de 12 anos. Seu nome é Rue e pelas suas feições, eu julgaria que ela tivesse uns 10 anos de idade. Ela é pequena e magrela, o oposto do menino que formará o casal com ela. Ele é grande e até muito musculoso para alguém que possivelmente passa fome. Mas eu não apostaria em nenhum dos dois, definitivamente.

Na Colheita do 12, a irmã da garota sorteada se ofereceu em seu lugar. Agora, uma tal de Katniss será o tributo feminino do 12. Comparada à irmã ela parece ser mais habilidosa, afinal a garota sorteada tinha apenas 12 anos, mas não deve ir muito longe. No meio da cerimônia, o único vitoriosos de seu distrito, Haymitch, cai do palco de tão bêbado que está, o que é usual para ele. Todos na sala rimos do tal idiota. O garoto do seu distrito, Peeta, parece ser forte.

Depois da reprise, todos jantamos juntos no vagão restaurante, no mesmo em que estávamos pela manhã. Seguimos para nossos compartimentos. Antes de o sono me atingir efetivamente, penso eu meu pai e em como deve estar agora. Em como Joe deve estar agora. Em como o Distrito 2 deve estar agora. Arrisco-me a me levantar e dar uma olhada pela janela do trem, mas só consigo ver a vastidão escura em rápido movimento do lado de fora. Volto para a cama e não tenho a mínima dificuldade para cair no sono.

Acordo na manhã seguinte e observo o relógio. Esta na hora do café. Abro a gaveta e encontro uma blusa amarela, uma calça simples e um sapato não muito diferente do que eu usei no dia da Colheita. Tomo um banho, escovo os dentes e coloco rapidamente a roupa. É estranho você abrir a gaveta da cômoda e encontrar várias roupas do seu tamanho, esperando por você, contando com o fato de que você não está em casa.

Sigo para o vagão das refeições. Lá, encontro apenas Enobaria.

– Cadê o resto do pessoal? – Pergunto.

– Não sei. – Ela responde sem tirar os olhos da fatia de bolo que está tentando pegar. – Sente-se.

Sento-me e começo a comer. Cerca de dez minutos depois, eles aparecem. Clove está com uma tremenda cara de sono. Deviam estar tentando tirá-la da cama e depois de muito custo...

Ela se senta na minha frente e Brutus também se senta.

–Nós pensamos e já traçamos a estratégia de vocês.

–Bom. – Digo.

–Sejam fortes. Se destaquem entre os outros. Eles gostam de ver pessoas morrendo então sejam medonhos e mortíferos. Queremos que sejam legítimos Carreiristas. – Diz Brutus.

–Que grande novidade para o Distrito 2! – Diz Clove sarcasticamente. – Seremos exatamente como todos os anos.

–Sim. – Conclui Enobaria. – Daqui a pouco chegaremos à Capital. Vocês vão fazer uma rápida aparição na estação.

–Acenos? – Pergunto.

–Claro! Afinal além de mortíferos vocês terão de ser simpáticos!

Que combinação mais perfeita! Falando com sarcasmo, claro.

–Nós já passamos seus perfis um para o outro. Mas queremos saber sobre o que vocês sabem fazer, de fato. – Diz Brutus.

–Eu sei atirar facas! Devido à minha mira, não deve ser tão difícil aprender a atirar outra coisa. – Diz Clove.

–Sou ótimo em esgrima e luta corporal. Acho que também conseguiria me virar com machetes ou foices. Talvez até massas. – Digo. Sou melhor com o tipo de arma que a qual você pode controlar em suas mãos.

–Perfeito. Mas vocês sabem que os Jogos não são só matar. Também tem que se preocupar em não ser morto.

–Quem seria burro o bastante para mexer com os Carreiristas?!

–Seus próprios aliados, os outros Carreiristas. – Diz Brutus.

–Isso seria menos provável. – Diz Clove.

–Você que pensa.

–Vocês sabem algo sobre sobrevivência? – Pergunta Enobaria.

–Consigo definir algumas plantas comestíveis. Sei fazer uma fogueira e não deve ser tão difícil caçar tendo em vista nossas habilidades. – Digo.

Nosso treinamento no distrito e praticamente focado somente armas e como usá-las, mas também é necessário que saibamos nos virar em determinadas situações. Admito que eu nunca procurei saber muito sobre técnicas de sobrevivência, mas o que eu sei, aprendi em aulas obrigatórias.

–E você Clove? – Pergunta Brutus.

–Sei me virar com plantas a insetos comestíveis. Também tenho meus truques para encontrar água. E se tiver fósforos, acho que também consigo uma fogueira.

–Bem, estão melhores do que os do ano passado. – Diz Brutus. Me lembro do casal de tributos do último ano. Sabiam lidar muito bem com praticamente qualquer tipo de arma. Mas depois de uma briga com os outros Carreiristas acabaram sozinhos e sem suprimentos. Morreram por que não sabiam diferenciar uma planta comestível de uma venenosa.

–Quando chegarem à Capital serão entregues aos seus estilistas e suas equipes de preparação. Talvez vocês não concordem com suas pretenssões, mas tentem não matar qualquer um deles. – Diz Enobaria sorrindo. – Isso vai ser só para impressionar. Pouco importa o que eles farão agora, o que importa é que vocês vão mostrar quem realmente são na arena. – Ela conclui.

–Só espero que não sejam tão afetados. – Comente Clove.

–Tarde demais. Devem ser os mais loucos que eu já vi.

No mesmo momento em que Brutus termina a sentença, Kate adentra a sala.

–Espero que já tenham acabado. Estaremos na estação em quinze minutos.

Enquanto terminamos de comer, de uma hora para outra, tudo escurece completamente. O interior do trem e o lado de fora dele ficam escuros como a noite, mas ainda é dia. Devemos estar passando pelos túneis das enormes montanhas que circundam a Capital e servem como uma proteção natural para ela contra os distritos ao leste.

Os minutos começam a ficar agonizantes no meio da escuridão. Penso nas pessoas que trabalham nas pedreiras do Distrito 2 ou mesmo nas que ficam no Centro Operacional de Forças da Capital, um lugar quase que impenetrável. Passar a maior parte do tempo debaixo de toneladas de terra deve ser horrível.



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Notas finais do capítulo

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