Sweet Cherry escrita por Kamiille


Capítulo 30
Capítulo 30 - Pressão Paterna


Notas iniciais do capítulo

OMG! OMG! OMG! Quanta saudade daqui *.............* Como vocês estão? OMG! O que a Rebeca fez por aqui? Suas cerejas gordas! Tava morrendo de saudade ♥33
P.S: YAOI :3



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Nathaniel

Visão de Nathaniel

[isso acontece aproximadamente depois de um mês que Castiel deixou a cidade]

Por quê? Por quê comigo? O que eu tenho de errado?!

-Ai! –Esbarrei em alguém.

-Desculpe-me. –Pedi ajudando a recolher o que a pessoa estava segurando. Eu estava com uma terrível dor de cabeça, suando e me odiando. Á princípio nem vi quem era. 

-Ah, você! Acabei de falar com a Melody... –Olhei pra cima e vi quem era. Bia. Ah, não! Logo a Bia? Por que a Melody tinha que ter falado com umas das amiguinhas da Ambre?!

-E o que você quer? –Perguntei. Já estava estressado o suficiente.

-Ela estava arrasada. Ela é bonita Nath, vocês estão sempre andando juntos... Por que não aceitou o pedido de namoro dela? –Apesar de parecer gentil, o sorriso no rosto dela, como sempre, era malicioso.

-Não te interessa! –Respondi e sai andando, jogando todos os pertences dela de volta no chão.

Por um minuto achei minha atitude semelhante ao o que Castiel faria. Esse pensamento me fez correr para o ginásio o mais rápido possível. Sentei no canto da quadra vazia com a cabeça entre as mãos.

Por quê? Por quê comigo? O que meu pai pensaria?! Já até imagino “Oi pai, eu sou gay” no outro dia, no jornal da manhã “Pai mata filho a base da porrada”. Ah! Eu queria explodir!

Mas essa não era a pior parte. Ah, com certeza não era. A pior parte é que eu estava apaixonado! Pelo Alexy. Só de pensar sobre ele, tudo o que meu pai, minha irmã ou qualquer outro pensaria sobre minha sexualidade se transforma em nada. Ele. Os cabelos azuis bagunçados, os olhos violetas, a animação, o jeito meigo e o melhor de tudo! Ele não tinha vergonha de dizer que era gay.

Tinha aula de geografia com ele, por isso minhas notas estavam de mal á pior nessa matéria.

Então ouvi alguns passos, e depois uma bola batendo no chão da quadra... Subi o rosto e vi aquela amiga de Castiel... Qual era mesmo o nome dela? Kame... Kame... Kame... Rá! Kamile! Isso! E ela estava jogando basquete. Até que ela não era tão má, de 3 cestas, errava uma. Me distrai com ela jogando até ela notar minha presença.

-Engomado? –Arqueou as sobrancelhas brancas.

-Nathaniel? Sim, sou eu mesmo. –Respondi.

Ela sorriu, largou a bola e se sentou do meu lado. E isso foi... Completamente estranho.

-Tirou alguma nota ruim? –Ela estendeu um lenço de papel para mim. Foi ai que percebi que estava chorando.

Peguei o lenço e assuei o nariz.

-É. Mas esse não é o meu maior problema.

-Quer me contar? –Ela tinha um sorriso no rosto. Ao contrario de Bia, suas palavras eram mais secas, porém seu sorriso, sincero.

Uma estranha? Inacreditavelmente era a única pessoa com a qual eu podia contar. Ambre, papai, mamãe, o pessoal da escola... Não estava mais aguentando esconder isso de todos eles! Eu precisava desabafar com alguém!

-Eu... –Hesitei.

Ela não disse nada, esperou que eu terminasse.

-Sou... GAY! –Gritei a última palavra, explodindo para o ginásio inteiro quem eu era! Só o detalhe do ginásio estar completamente vazio, exceto pela melhor amiga do meu pior inimigo. Ou detalhe de eu não saber se eles eram melhores amigos, namorados ou desafetos. Mas detalhes são só detalhes.

-Que legal. –Ela disse ainda sorrindo.

-Legal? Legal?! –Indaguei. -Você não tem noção do que é ser gay! Gays são extremamente julgados pela sociedade e totalmente não aceitos!

-Quem se importa com a sociedade em pleno século 21? –Ela falava de um jeito que parecia que meu problema era um nada, sem importância. Isso me irritou.

-Talvez ninguém, nem mesmo eu. Mas eu me importo com a opinião do meu pai. A opinião dele é totalmente igual a da sociedade. –Desabafei.

Ela ficou quieta por um instante.

-Então escolha. –Ela se levantou e disse as últimas palavras enquanto saia da quadra. –A aceitação da sociedade e a felicidade do seu pai, ou a aceitação de você mesmo com a sua própria felicidade. Escolha, enquanto você ainda pode escolher alguma coisa. –Depois de “sua própria felicidade” ela havia sussurrado tão baixo que não pude ouvir o fim da frase.

A porta do ginásio bateu com força.

Felicidade? Há quanto tempo eu não sabia o que era ser feliz? Ser eu mesmo? Não só um “engomado”. Desde quando a aceitação do meu pai se tornou tão importante assim? Quer saber querido papai? Seu filho nasceu com defeito. Ele não gosta de estudar. Ele gosta de homens. Puxei a gravata do colarinho com força e joguei-a longe. Desabotoei a camisa um pouco, afrouxando-a, tirei-a de dentro da calça e sai em direção a sala dos representantes.

Melody estava chorando com quem eu mais queria encontrar no momento... Peggy!

-Nath? O que aconteceu com você? –Peggy perguntou me vendo daquele jeito.

-Melody. –Chamei-a e ela se jogou nos meus braços.

-Nath, por favor. Me dê uma chance de tentar faze-lo feliz! Eu te amo! –Ela estava praticamente implorando. Por um momento passou pela minha cabeça a ideia de namorar Melody. Ela era de uma família rica, conhecida pelo meu pai. Provavelmente iriamos até nos casar, montar uma família. Era um futuro bonito. Normal. Previsível. Previsível demais pra mim. Sem contar o fato de eu não sentir atração nenhuma por Melody.

-Ei, Mel, olhe pra mim. Você não pode me amar. Você não me conhece.

-Mas Nathaniel! Que merda há com você? –Peggy perguntou.

-Comigo? Não há nenhuma. –Sorri. –Melody, escute bem, você talvez tenha se apaixonado por um cara culto, certinho, estudioso. Esse não sou eu. Esse é quem meu pai queria que eu fosse. –Soltei afastando-a de mim. –Mas além de não ser nada do que ele esperava, eu sou pior pra ele do que ele poderia imaginar. Eu também sou gay.

-O quê?! –As duas indagaram em coro.

Dei meia volta e sai. Quase tive um ataque do coração no corredor, mas era só o Armin passando com seu PSP. As vezes era bem confuso os dois. Porém ver Armin me deu noção do meu próximo objetivo: me declarar para Alexy. Ah, isso sim ia ser difícil! Bem mais difícil do que contar pra fofoqueira da escola meu maio segredo? Sim, sem comparação.   


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Notas finais do capítulo

Sim, estou um pouco mais controlada nas notas finais u.u Alguém ainda lembra de mim? Kamila? A autora da fic? XD Enfim, a Rebeca me disse que vocês ficaram preocupadas comigo, acho mais que justo dar um resumo do que aconteceu pra vocês... Bom, vamos dizer que você more com a sua tia desde os 3 anos, e depois de 11 anos seu pai vem querendo a sua guarda... Foi isso que aconteceu comigo '-' O importante é que tudo já foi resolvido :D
Agora vou responder reviews *u* quanta saudade de fazer isso :3



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