Sweet Cherry escrita por Kamiille


Capítulo 26
Capítulo 26 - Anjo (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Então... Você vai me matar agora, nas notas finais*, ou no review? .-.
*Leia



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-Por favor, entre.

O apartamento não era muito grande. Afinal, só moravam eles dois lá, não havia necessidade de uma mansão. Porém era tudo muito bem organizado para uma casa de garotos. Se abusar, dava até pra sentir o cheiro do lustra móveis de limão quando se respirava fundo.

Último andar, condomínio Santa Luis, apartamento 108º. O papel com o endereço ainda estava dobrado e enfiado no bolso da minha calça jeans.

Depois de passar pela porta, você dava de cara com a sala de estar. Uma grande TV de plasma, um sofá recém-comprado e uma estátua encostada na parede. Logo se via as bancadas que davam pra cozinha, com uma mesa de dois lugares no centro e na lavandeira, uma varanda com uma vista encantadora. Segundo andar com um quarto e uma suíte. Depois de me apresentar a casa, fomos jantar. Ele pegou o telefone para pedir a comida japonesa, mas eu o impedi.

-Quero experimentar da sua comida. –Falei segurando o telefone atrás de mim.

-Não sei cozinhar. –Ele me abraçou e pegou o aparelho nas minhas costas sorrindo. –Mas podemos fazer uma sobremesa. –Ele piscou e me beijou. Concordei.

Mas depois eu aprendi que ele realmente não sabia nada sobre cozinha. Tentamos achar uma receita fácil na internet de algum mousse, pudim ou bolo, mas depois que ele quebrou (lê-se: tentou) quebrar um ovo, eu desisti e fiz um brigadeiro de panela que a gente acabou comendo antes mesmo da comida chegar.

Não comemos muito da comida quando ela chegou, depois daquele brigadeiro... O resto da noite valeu a pena. Fizemos de tudo! Bem, pera... Primeiramente “assistimos” Amizade Colorida, poderia dizer que nossa situação era um pouco identificável com a deles no começo... Mas agora eu chegava a ter sonhos de filhos meus com Lys. Cabelos brancos, olhos dourados ou talvez verdes, bem branquinhos e... Eu acordava assustada. Como se aquilo fosse um pesadelo, não pudesse acontecer! E o pensamento que ocorria logo após era: Castiel. Onde ele está? Quando vou ver ele? Por que foi embora? Ah! Minha cabeça era um verdadeiro interrogatório do F.B.I. Só que sem a parte das respostas, pois é.

Depois ele colocou um CD de música Indie e tentou me fazer dançar. Não que eu não quisesse ou não tentasse, mas era a mesma coisa de ensinar a bíblia para um ateu. Eu simplesmente era desastrada/desequilibrada demais para ficar cerca de 2 minutos sem errar um passou o pisar no pé de Lys.

-Um, dois, três. –Ele contava e fazia os passos. Minha cabeça estava “sete, quatro, duzentos? Entendi! Pode deixar!” Foi uma tragédia trágica.

Ainda mais tarde ele me deu um violão um pouco velho, mas prestável. Tocamos músicas populares que ambos conhecíamos e até nos atrevemos a começar a compor uma melodia para os poemas dele. Não ficou tão ruim e chegava parecer que ele já tinha feito isso antes...

Tiramos fotos, mas sem a intenção de posta-las na internet. Conversamos, fizemos brincadeiras idiotas... Mas o tempo todo eu percebia um olhar estranho em Lys... Indescritível.  

A noite ia caindo, já tinha deixado comida o bastante para Nala e Castlee para durar até a manhã de segunda-feira. Tinha ido preparada para passar a noite lá.

Talvez se eu tivesse essa experiência com outra pessoa (ainda mais Lysandre) eu fosse cada vez mais me afastando de Castiel. Cada vez mais o substituindo, o esquecendo, até que ele virasse uma velha e... Uma velha lembrança.

Subimos para a suíte. No centro do quarto havia uma cama de casal feita de mármore, lençol de camurça vermelho sangue e uma montanha de travesseiros de pena de ganso. O quarto tinha papel de parede coloquial (admito que foi surpreendente isso) em tom pastel e detalhes em vinho. Enquanto Lys tomava banho fiquei olhando para TV de plasma grudada na parede que passa um telejornal recheado de matanças, assaltos e acontecimentos violentos. O mundo era tão podre visto daquele ângulo. Mas hoje em dia... De que ângulo não é? Se só a natureza que ainda era pura nós estamos a destruindo...

Parei de prestar atenção na tv de repente, meu olhar percorreu o quarto todo, bancada, guarda-roupa, cabeceira... E parou fitando o chão. A janela aberta soprou o vento pela janela, junto com a brisa, veio um turbilhão de pensamentos. Uma parte de mim gritava: Corra! Vá embora! –Acho que essa era a minha intuição... A outra parte estava ocupada demais pensando em Cast e se punido por que deveria estar pensando em Lys. Mas antes que eu decidisse alguma coisa, o anfitrião saiu do banheiro exatamente do mesmo jeito de quando dormira lá em casa. O vapor do banheiro de fundo, seminu, cabelos molhados e totalmente sedutor. Ele se aproximou e me beijou. Confesso que quando ele me beijava, minha mente esquecia de qualquer coisa, por mais crucial que ela fosse. Se afastou lentamente, pegou duas taças de debaixo da cama, se virou até a bancada para servir e aproveitou para desligar a TV. Demorou até que bastante. Ou eu que tinha ficado ansiosa?

-Você tem uma tatuagem! –Exclamei vendo o desenho de uma mistura de diferentes asas. Todo esse tempo e só agora havia percebido! Bom, só agora ele tinha ficado seminu e de costas pra mim. Não é minha culpa.  

-Sim. –Ele pareceu sorrir.

-Um anjo... –Murmurei.

Mas essa afirmação parecia estar errada. Pera Kamile! O que você está dizendo?! Lys era mais que um anjo! Tinha te ajudado esse tempo todo! Ficado ao seu lado, te apoiado! Um amigo, um anjo. Até seu corpo dizia isso...

Né?

-Aqui. –Ele me estendeu a taça com champanhe. Na hora, nem reparei que o meu estava mais escuro que o dele.

Nós brindamos e viramos a taça.

-Á essa noite! –Ele bradou com um sorriso.

-Aos anjos. –Completei.

Ele guardou as taças em algum lugar e se deitou sobre mim. Digo, como se eu fosse um colchão mesmo. Acariciei seu cabelo e comecei a fazer massagem no seu ombro.

Meus olhos estavam ficando pesados.

Ele virou a cabeça pra cima e encontrou meu rosto. Eu o beijei suavemente, mas minha cabeça também começara a doer agora. Quando abri os olhos novamente minha visão estava escura. E foi se apagando ao total, pouco a pouco. Tive como última visão uma expressão de Lys que se identificava com o olhar que ele estava a noite inteira. Apesar disso, não cheguei a perder a consciência totalmente...    


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Notas finais do capítulo

Oi. Gomen. Sorry. Desculpa. :c
Enfim, venho cá dizer várias coisinhas importantes :3
Sobre hentai/yaoi: não tenho experiencia em escrever isso (please, sou pura uºu) então algo bem leve é o máximo que eu vou fazer >///
Personagem? :3 Sim, vou abrir a vaga. (A VAGA, UMA VAGA, 1 y.y) Então, quem quiser, tiver interessada, me mande uma MP até dia 20/04, ok? É uma garota. Vai ter 20 anos. Você tem que me mandar: NOME DA PERSONAGEM (E SOBRENOME). DESCRIÇÃO DA APARÊNCIA (NO MINIMO COR DOS OLHOS E CABELO). DESCRIÇÃO DA PERSONALIDADE (COMO ELA É, O QUE GOSTA DE FAZER, O QUE ODEIA (...).) Aquela que eu achar que tem mais haver com o papel eu escolho. Vocês só saberão que eu escolhi no dia que eu postar o capitulo com participação dela (sim, vai ser só uma participação, mas importante) e eu não vou avisar! muahaha :c Ah, bem... Já disse que a fic tá chegando na sua reta final? lol Próximo capitulo vejo Lysandretes querendo me matar de uma forma lenta e dolorosa >S
bjs ♥