Sweet Cherry escrita por Kamiille


Capítulo 18
Capítulo 18 - A esperança é a última que morre.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Hugo Chavez morreu e.e' E eu aqui nem sabendo direito quem é esse cara -.-
Ah, outra novidade! É o segundo dia de julgamento do Bruno no caso "Elisa" u.u ~Sim eu assistindo jornal e escrevendo aqui :3
Mas o que eu queria falar mesmo aqui é... Que o "final 2" venceu por unanimidade considerando um voto nulo 'u' Então prepare-se para me aguentar forevermente! ÔuÔ
-sqn



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Era sempre tão perfeito sonhar com ele. Apesar desse sonho estar se parecendo muito com a realidade. Parece que eu consigo sentir o cheiro dele... Parece que as mãos deles realmente estão me envolvendo... Bom, o melhor que eu tenho a fazer é aproveitar o sonho, mesmo não lembrando quando entrei nele.

Afundei a cabeça no ombro dele e o apertei com força. Foi só aí que percebi que estava acordada. Foi uma sensação tão boa... Depois de tudo, foi tão diferente! Abraça-lo novamente... Queria parar aquele momento na história e eterniza-lo para sempre. Esquecer esses últimos tempos. Simplesmente não voltar a viver na realidade.

Eu ficava tão completa junto á ele. Havia um encaixe entre nossos corpos. Uma atração de nossas almas.

Porém, momentos assim não duram muito. Na verdade, parecem passar em uma fração de segundo, você mal a sente e a sensação já se foi. Ele se afastou tão rapidamente que por outra fração de segundo pensei se não seria mais preferível que aquilo fosse um sonho. Mas eu estava errada. Se aquilo fosse um sonho eu não poderia provar do seu beijo novamente. Aquele gosto de conforto, doce, íntimo, envolvente...

Ele me levantou no colo e me sentou na bancada da pia, ficando entre minhas pernas. Minhas mãos estavam no seu pescoço quando ele pareceu tentar se afastar. Mas eu não deixei. Cruzei minhas pernas na bunda dele! Dali ele não saia. E ele não relutou mais.

Então parecia que tudo tinha voltado ao normal. Que o planeta tinha voltado a sua órbita, o fogo tinha voltado a queimar, o ar arejar, a água refrescar, a terra plantar. O mundo tinha sentido. As aulas matadas todos os dias, as tardes no parque, as músicas na guitarra, as bobagens, idiotices, implicâncias...

“Rof Rof”

Nós dois paramos repentinamente o beijo e viramos o rosto para a fonte do barulho. Nala. Nala toda serelepe havia derrubado ração para todo o lado. Me ver beijando Castiel é igual “Dragon, o retorno, a ex-mãe solteira”. Depois ela simplesmente se virou e foi embora. Nota: Ensine bons modos para seu cão. Sempre.

Voltamos o rosto um para o outro. Agarrados, nos encaramos.

Aquele olho mutante, que parecia mudar a cada situação da vida, estava castanho. Um castanho simples chocolate. Não um lindo cor de mel, mas também não estava aquele cinza enevoado. Cabelo preto simplesmente não combinava com ele. Por uns minutos nós só ficamos lá, encarando um ao outro. O que dizer? Eu te amo? Talvez... Mas o que ele responderia? Eu nunca saberia se não falasse!

-E-eu te amo. –Fechei os olhos com força. Não queria ver o que ia acontecer agora. Esperava algo extremamente ruim, mas não foi.

-Para sempre. –Ele completou e me beijou a testa.

Aquilo estava realmente acontecendo? Isso é verdade? Parecia tão irreal! Mas ao mesmo tempo era o real, normal! Ah, eu não sabia o que estava acontecendo! Mas já não importava mais.

-Ainda bem que não vou ter que aturar a Debrah mais. –Ele desabafou com uma expressão de nojo. Um sorriso tentou me escapar, mas ainda estava incomodada demais.  

-Então vocês não estavam realmente juntos? –Perguntei com insegurança.

-Não, nunca. Era tudo de mentira.

-Então você usou a Debrah?

-É, mais ou menos isso... Mas era para você me odiar e conseguir me esquecer sem sofrimento... Você pode parar de fingir com o Lys também. –Ele sorriu.

Eu abaixei a cabeça em silêncio.

-O que foi? –Ele também abaixou a cabeça para ver meu rosto.

-Você teve coragem de usar a Debrah. Claro, ela merece, é uma vadia e eu a odeio, mas ela também tem sentimentos. E acredito que realmente especiais por você. Não me conformo que o Castiel, o que eu conhecia, tenha feito isso; mesmo que seja com ela.

Por um momento ele fez uma expressão de como tivesse se lembrando de algo que fazia o que eu estava dizendo ter um enorme sentido. Talvez algo que aconteceu no pouco tempo que eles ficaram no quarto. Então sua bipolaridade entrou em ação.

-Quer dizer que você e Lysandre realmente estão juntos? –Tapa na cara da Kamile! Tinha até esquecido do ser de cabelo branco.

Nossos olhares se encontraram novamente.

-Seu olho voltou a ser cinza. –Confirmei.

-O seu parou de brilhar. –Ele também observou. –Você gosta do Lys?

Eu queria poder dizer um NÃO bem grande, mas seria muito suspeito. Eu também não diria sim, afinal... Eu não sabia se gostava dele. Eu sentia uma forte atração por ele, ele era lindo, sedutor... Mas... Só um amigo, não é?

Nessa confusão de pensamentos, Castiel já estava distante de mim. Quando me dei conta ele estava recostado na geladeira.

-Eu não disse nada! –Quis rebater.

-Exatamente. Kamile, você não sabe mentir. Pelo menos não para mim. Se você não gostasse dele, teria dito um simples não. Olhando no meu olho, mas não. Você desviou o olhar e só houve silêncio. Isso pra mim é um sim. –A voz dele era inexpressiva. -Eu só... –Ele hesitou. –Só fico me sentindo um idiota quando você consegue me esquecer tão facilmente por outro! Enquanto eu peguei 10 vadias e não consegui tirar você da cabeça!

-Eu NUNCA te esqueci! –Levantei da bancada.

-Pelo menos conseguiu gostar de outra pessoa. –Ele se virou novamente para mim.

-Talvez, se a sua intenção não fosse só usar as pessoas, você conseguisse gostar de alguém de verdade! –Soltei.

-Usar pessoas para te proteger! Tentar fazer você não sofrer!

-Não importa a razão! Usar as pessoas é errado!

-INGRATA!

-INSENSÍVEL! 

-QUE GRITARIA É ESSA AQUI?! –A voz superior de Anne vinha do topo da escada. Atrás dela, um de cada lado, Debrah e Lys.

E então eu entendi. Entendi realmente. O verdadeiro “jogo” era controlado por eles. O objetivo? Conquistado. Eu e Castiel éramos peças o tempo todo. Separar a gente era o essencial para eles. Ou será que isso é apenas uma paranoia da minha cabeça?

Olhei no rosto daquele ser uma última vez. Como um adeus. Sabia que nunca haveria um adeus entre mim ele. Sentia isso. Mas a partir de agora, iria lutar para que existisse. Com ou sem manipulação de Lys/Debrah/Anne, Castiel tinha usado e abusado do sentimento de várias pessoas. Aquele não era meu melhor amigo.

-Acabamos no exaltando um pouco. Agora tudo o que eu quero é dormir! -Puxei Lys pela mão até o quarto e bati a porta com força.

-Ei, você quer conversar sobre isso... –O interrompi com um abraço.

-Só dorme ao meu lado. Sem dizer nada. –Pedi. Ele assentiu dando um beijo no topo da minha cabeça.

Ele se deitou novamente comigo de conchinha e em poucos minutos senti que ele havia adormecido. Queria pode fazer o mesmo.

Talvez de tanto chorar, minha lágrimas tenham secado, não caia uma só. Castiel... Quem sabe não deveria começar a chama-lo por outro nome? Meu Castiel já não existe mais. Sim, ele existe. Mas está lá no fundo. Onde só você chegou, onde só você pode salva-lo. _Disse a mesma voz que fazia lembra a senhora Stark.

Castiel então estava certo? Eu sou uma idiota não é mesmo? Ele, todo momento, só estava pensando no que eu iria sentir, no que eu iria passar. Sempre pensando no meu bem. E eu? Somente tentando achar um “por quê”, chorando de canto em canto... E me envolvendo com Lysandre!

Coloquei o travesseiro sobre a cabeça e continuei assim a madrugada inteira.

Castiel

Visão de Castiel   

Por que ela tinha que ter sempre razão? Por que ela sempre estava certa? O que eu estava pensando quando usei todas aquelas meninas? Eu devia ter usado outros meios de protege-la se era esse meu objetivo! Debrah, por mais vadia, repugnante, e horrenda que fosse, tinha guardado até mesmo sua virgindade para mim!

Me virei no sofá da sala, onde tinha pedido para dormir. Debrah tinha me olhado com uma cara “amanhã nos vemos gatinho” antes de voltar para o quarto. Pelo menos estava de roupão dessa vez... Anne simplesmente suspirou e foi se deitar. Kamile estava com o filho da puta...

E eu aqui, sozinho no sofá da sala remoendo pensamentos. Cobri a cabeça inteira com o cobertor. Sabia que não ia dormir. Mas tenho certeza que nunca mais na minha vida desço de madrugada pra cozinha comer alguma coisa. 


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Notas finais do capítulo

\o\ Me matem! //o//
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