POV’S Pullker Vangrat- tributo masculino distrito 8.

   Acordo sem vontade de sair de onde estou. Só de pensar em tudo que passei e que esta acontecendo nesse lugar, acho que já passamos de dezesseis dias trancados nesse lugar.

Esta arvore é a mais alta que já subi aqui na arena e acho que na minha vida também. Poderia ficar aqui. Já que consegui uma boa mochila na cornucópia, ela tem de tudo um pouco e deve dar para viver uns dias. Ham! O que estou pensando... isso é pensamento de covarde, ficar escondido esperando que as coisas passem.

Olho tudo em volta. Não há nenhum sinal de sombras que indiquem inimigos. Mas não posso me descuidar principalmente porque ontem logo cedo o silencio foi cortado por alguns gritos agudos que parecia ser de uma garota pequena não muito longe, consegui entende apenas uma palavra ‘ socorro’. Pensei em ajudar, mas percebi que era uma loucura me aproximar. De repente os gritos pararam e o canhão tocou, ficou claro que tem mais tributos perto, muito perto. Outro canhão tocou naquele dia então tive motivos para acreditar que o tributo que estava perto era um ótimo jogador, provavelmente um carreirista. Depois disso me afastei o mais rápido que consegui, chegando até essa arvore.

Hoje vou seguir caminhando para longe, eu sei que poderia ficar muito bem escondido e talvez até sair vivo desse jogo, mas não consigo preciso encontra-la se der tempo. Já estou cansado de ficar andando sozinho.

Andando a única coisa que da par se distrair é procurar rastros e coisa que possam ser útil. Mesmo tentado prestar atenção no que faço meus pensamentos se desviam. Lembrei-me do momento que em percebi o que era os jogos, quando eu senti o medo próximo e vi que estamos lá para matar ou morrer. Foi há uma semana...

Flashback: on

Estava bebendo agua em um riacho com um apequena cascata, quando ouvi uma movimentação agitada se aproximar, alguém corria na minha direção. Me escondi entre duas rochas grandes. Nos breves segundos que o tributo passou por mim vi o rosto do garoto do distrito 6, Gate, ele estava assustado e  uma parte do seu cabelo já estava umedecido de vermelho. Não demorou muito para a tributo do distrito 5 passar. Ela parecia concentrada demais para me perceber.

(N/A: a garota do D5 é a Anber, a mesma que cutucou o machucado de Maya em um dia de treinamento),

Não muito longe, Gate caiu e rapidamente buscou um pedaço de tronco para se proteger de um golpe da espada da Garota sem piedade, que era mais velha que ele. Não consegui fazer nada além de observar e me esconder.

O golpe foi forte o suficiente para pressionar o garoto contra o chão e deixar o pedaço de madeira em muitos pedaço, chegando a fazer um corte fundo no antebraço do garoto que gritou. Ela observou um pouco e preparou-se para um golpe final.

O temo todo o rosto de Anber era inexpressivo, como se o garoto fosse um simples rato a ser eliminado. Então o garoto, mesmo ferido, no ultimo momento desviou-se e derrubou ela, que ficou muito brava. Os dois se levantaram rápido. Ele ia correr novamente, mas Anber conseguiu atingi-lo pelas costas com a espada atravessando-o.

 Foi um choque pra mim nunca tinha visto qualquer coisa do tipo, não conseguia deixar de olhar até aquele momento fatal, depois fechei os olhos e me encolhi mais ainda onde estava escondido.

 Não sei pra onde ela foi. Só sai do esconderijo depois de ouvir o aerodeslisador levar o corpo do tributo.

Flashback: Off

Me lembrar disso me deixa um pouco enjoado. Mas só assim consigo me deixar atento com minha própria vida.

Já é quase meio dia, vejo pela posição do sol. Decido parar um pouco e comer alguma coisa. A minha volta só existe arvore, o solo escuro e úmido e o silencio.

Me preparo para continuar a caminhada. Observo os pássaros negros voando, penso que até eles correm um grande risco de morrer, como qualquer dos tributos.

 Sinto algo se esfregar no meu pé. Permaneço parado sem saber o que é.  O solo barrento e escuro aqui sempre cobre os meus pés e onde estou é mais fundo, fundo bastante para ocultar o que quer que esteja se arrastando. Há três metros na minha frente uma cabeça de serpente escura como o solo e do tamanho de dois punhos juntos se levanta devagar me encarando. Não de uma forma ameaçadora nem com uma intenção clara.

 Por um momento fiquei ali hipnotizado observando as escamas escuras refletindo o sol e seus olhos claros cinzentos me olhando. Era um momento calmo na agitação dos últimos dias na arena, até que meu coração dispara em pânico. Uma flecha passa a alguns centímetros da minha cabeça vinda de alguns metros de traz da serpente que se encolhe e se vira para meu novo inimigo.

Criver, um carreirista do distrito 4, abaixa o arco sem a flecha e sorri. Ele prepara outra flecha. Entre nós a serpente se move encolhendo o corpo ainda com os olhos fixos nele e com a sua língua agitada. Ele atira, eu me jogo no chão e ganho apenas um corte da ponta da flecha no braço.

Ao mesmo tempo a serpente se lança em direção a Criver, que fica bem assustado com o animal e passa a mirar e atirar desesperadamente suas flechas nela.