Sangue de Jogos Vorazes escrita por Ytsay


Capítulo 11
Ultimo dia de treinamento.


Notas iniciais do capítulo

Enfim o ultimo dia, momentos de correr para aprender o que ainda não se pode. E Maya não esta em um dos seus melhores dias para suportar provocações e pessoas.



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No outro dia acordei com as batidas insistentes na porta, que dessa vez eu a tranquei:

–Maya! Maya! Você esta ficando atrasada. - Laara falava como um ultimo aviso. No primeiro grito dela eu me sentei bruscamente na cama, e descobri que na verdade chacoalhei meu cérebro e ele deu sinais de vingança, pulsando com uma dor de cabeça leve. Típico de quem fica muito tempo dormindo, eu nunca tinha ido dormir tão cedo como no dia anterior, e isso bastou para acordar com esse incomodo. Espero não estar ficando doente, com todo aquele vai e vem e a mudança brusca de ambiente, é possível, mas prefiro acreditar que não, mas nos dois casos eu acabo ficando de mal humor.

Tomei um café rápido e fomos para esse ultimo dia de treinamento, que já não começou muito bem para mim. Nesse dia cada um foi fazer o que queria.

Fui para uma estação que tinha machados, afinal seria bom ter um conhecimento de todas as armas, lá tinha um garoto treinando, era o segundo tributo do distrito 7. O orientador da estação estava me passando algumas informações sobre a ferramenta antes de me entregar uma, que não passava do que se podia deduzir. Assim que peguei o objeto, que tinha mais ou menos meio metro, todo de ferro, acabei arcando com o peso que estava descobrindo e o apoiei no chão.

–Acho que você não vai aguentar, é melhor ir para outra estação. Isso não é coisa para alguém como você. - Disse o garoto, que “brincava” de acertar um tipo de viga de madeira na vertical.

–É mesmo? Mas se a Querida ai consegue, eu consigo. - eu lhe respondi, já levantando o machado e me acostumando com seu peso. Eu não acordei bem, mas minha resposta foi essa, talvez por minha cabeça estar começando a querer se separar do corpo.

–O que você disse! - Veio o garoto na minha direção, com uma cara feia.

–Você me o ouviu! - Nessa hora, quando nos já nos encarávamos, o orientador nos separou e nos deixou afastados um do outro para continuarmos com o treinamento. Agora eu já sabia exatamente o peso daquele machado, e sinceramente não era difícil carrega-lo, para alguém que de vez em quando carregava rolos de tecido novo. Passei a golpear o mesmo tipo de viga, e pelo que percebi ao mesmo nível do garoto emburrado do lado. Depois disso ele vivia me encarando e agora me sentia uma inimiga na lista dos do distrito 7.

Passei o resto do dia nas estações que eu não tinha ido, buscava memorizar e aprender o máximo possível, principalmente das estações de sobrevivência, das plantas, como conseguir alimento, seria uma estratégia tentar apenas sobreviver e conhecendo o que eles ensinaram seria bem mais fácil.

Estamos chegando ao final do dia, sem nenhuma novidade e eu estava agora com uma dor de cabeça insuportável. Quando vieram me informar que eu tinha que passar na seção de luta, uma péssima noticia, já que estava quase acabando o dia de treinamento e eu já não me suportava.

–Tá bom. - Quando respondi faltavam apenas alguns minutos, e a maioria dos tributos estavam esperando o sinal.

Eu nunca lutei de verdade, mas teve uma vez, em um dia que eu estava cansada, com meus 13 anos, fazendo um serviço em uma casa, e uns idiotas me acertaram com lama dai eu perdi meu chão e fui possuída, não me orgulho, mas deixei-os de cara no chão e chorando, acho que eles eram fracos, e até hoje eles fogem de mim. Pullker se aproximava tranquilo, ele certamente já tinha ido nessa estação e eu era a ultima, novidade.

Me preparei no ringue, um orientador veio para nossa luta, a maioria dos tributos estava assistindo enquanto estavam esperando o relógio marcar o fim oficial de todo esse treinamento. Minha cabeça nessa hora estava em uma tempestade, onde cada trovão balançava meu cérebro e causava pontadas intermináveis.

Ri vendo a cara de mal do orientador me encarando. Um sino baixo tocou e ele veio para mim e... me acertou, afastei dele sentido o gosto de sangue na minha boca, ele podia fazer isso? Ele continuava se movimentando concentrado em me acertar de novo. Ao mesmo tempo ouvia os tributos comentarem e darem risadinhas desaforadas. Então me defendi de outro forte golpe de direita do meu rival, juntando meus punhos na altura da cabeça e protegendo meu corpo com os cotovelos, dessa vez fui rápida, afastando meu braço esquerdo ligeiramente para trás empreguei toda minha força e irritação atingindo-o perfeitamente no estomago com o punho bem fechado, fazendo seu corpo involuntariamente se afastar e contorcer. Destravei meus pés do chão, o que foi necessário para me defender, enquanto o pobre homem estava no chão, olhei para um segundo orientador que estava do lado do ringue como um juiz. E perguntei:

–Acabou?-Ele balançou a cabeça positivamente, depois ele anotou em sua prancheta, e eu me virei para minha plateia, eles estavam de pé, pois o sinal tinha tocado e em um breve momento vi todos me olhando no outro fingindo fazer outra coisa. Percebi alguns estranhos arrumadinhos, talvez sejam alguns idealizadores que vagavam pelo treinamento, eles já estavam indo embora, mais pelos sorrisos finos e os gestos de algumas conversas eles viram a minha luta.

No elevador fique em um canto encostada verificando o dano que o orientador me fez. Minha cabeça e minhas pernas pediam descanso. Pullker estava do outro lado, afastado de mim e perguntou:

– Você esta bem?

Dei um joia rápido, já que qualquer outra forma de resposta me causaria mais agitação e dor na minha cabeça. Eu certamente estava fazendo uma cara de poucos amigos e nenhum de nos dois dispúnhamos do mínimo de animo, pelo fato talvez da proximidade da parte em que vamos entrar no jogo de verdade.


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Notas finais do capítulo

Gostaram da ação?

O dia ainda não acabou gente, pensem é o ultimo dia antes da agitação e eu não posso deixar esse dia acabar assim. Veja o próximo capitulo.



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