Eu estava na Holanda, mais precisamente em Amsterdã. Depois de ter avisado Beth, e ela ter tido apenas um pequeno ataque, eu havia embarcado, e chegado nesse lugar lindo. Era pra eu estar feliz, mas eu não conseguia. Pensava em Leah, pensava em Anabelle. Pensava em mim mesmo e como eu tinha conseguido perder tudo que eu tinha em apenas uma semana. Apesar de não estar literalmente mal, estar sozinho significava que eu não estava literalmente bem.

Tentei não me apegar, tentei não sofrer, mas não adianta eu sempre me entrego, sempre imagino, sempre viajo em sonhos fantasiosos. Simplesmente não sei como parar. Não sei como parar de me machucar.

Nesse lugar depois de ficar muito tempo sozinho pensando, percebo que a culpa foi totalmente minha, Leah sempre deixou bem claro que não havia como ficarmos juntos, mas eu insistia, e persistia, forçando algo que era pra ter acabado desde o inicio.

Vejo casais passeando, e penso se um dia terei a mesma oportunidade, quem sabe um dia. Estou distraído sentado num café, olhando para fora, quando vejo aquela cor inconfundível: o vermelho.

Mil emoções me passam pelo peito, nos encararmos como se fosse a primeira e a última vez ao mesmo tempo. Não sei o que pensar, não sei o que falar. Mas nosso olhar se entende. E acho que ganhei a minha oportunidade.

Fim