A Garota Do Cachecol Vermelho escrita por Ana Luiza Lima


Capítulo 17
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo como prometido, até o final agora ;)



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Eu tinha quebrado uns ossos do pé e torcido o tornozelo. Muita sorte. Eles disseram que eu teria que passar pelo menos uma noite no hospital para observação, por causa do sangramento na cabeça. Não gostava de ficar no hospital, era tudo muito estranho pra mim, como é ficar em um lugar em que todo o dia morre centenas de pessoas? Pra mim era tão assustador quanto um cemitério.

Anabelle disse que ia ficar comigo, eu disse que não precisava, mas ela estava se sentindo culpada e não ia embora por nada. A verdade é que eu queria que ela ficasse, a sua companhia me fazia bem, e quando ela apareceu com um cobertor dizendo que ia dormir na poltrona, eu fiquei feliz.

Anabelle também foi ao escritório e deu o atestado para a Srta. Leah, minha chefe, dizendo que eu estava no hospital, e mesmo que eu voltasse para casa, estava com a perna quebrada então não poderia ir trabalhar. Fico pensando se Leah em algum momento se preocupou um pouco que seja comigo. Acho que a resposta é não.

– Troca de canal – estávamos tentando achar alguma coisa na TV para nós dois assistirmos, mas só pegava 5 canais e nada que prestava. – troca – isso só me fazia querer mais ainda ir embora – troca.

– Benjamin, escolhe um desses porque é o que tem para agora.

– Então desliga

– Não fica assim, eu sei que você não gosta de estar aqui, mas é só por uma noite, e é para o seu bem – ela deu uma pausa me olhando pra ver se tinha adiantado alguma coisa à fala dela, mas eu estava muito agoniado de estar ali – e além do mais, se fossemos para a sua casa e acontecesse mais alguma coisa com você eu não sei o que faria... Ficaria desesperada!

– Você se preocupa tanto assim comigo?

– Mas do que você imagina.

Fiquei olhando para ela e pensando se aquilo era realmente sério, ou só tinha dito para me acalmar. Ela estava tão linda e ficando corada de novo. Se eu não tivesse preso nessa cama me levantaria e agarrá-la-ia. Porque as coisas são tão difíceis?

– Você quer alguma coisa? – ela perguntou, acho que mais mudando de assunto.

– Um litro de café, por favor.

– Acho que só vendem no máximo 250 ml, mas vou tentar. – nós rimos - não quer comer nada?

– Não estou com fome.

– Você tem que comer.

– Eu vou comer, mas não agora.

– Se não comer depois quando eu trouxer comida, vou enfia-la pela sua garganta a baixo!

– Sim senhora! – falei imitando um soldado e ela saiu rindo.

Foi só um minuto longe de Anabelle, e eu já voltei a pensar em Leah. Porque eu não podia escolher de quem gostar? Ia ser tão mais simples. Apesar de que eu gosto de Anabelle, mas eu sei que não é a mesma coisa que com Leah. Penso se alguma das duas gosta de mim. Talvez nenhuma, e eu estou imaginando uma situação. No final ainda vou acabar sozinho. Como sempre.

Anabelle volta como maior copo de café que eu já tinha visto.

– Você conseguiu?! – Estava muito surpreso com aquilo.

– Esse copo é o que eles servem suco, tem 750 ml, foi o máximo que eu consegui. – falou me entregando o copo.

– Você é o máximo sabia?

– Eu tento

Ficamos rindo e conversando sobre vários assuntos, desde que nunca mais nos vimos na faculdade, até agora da sua viagem para cá. Ela falou que há uma possibilidade de ela ficar aqui, pra gerenciar um dos restaurantes mais de perto. Falei que seria perfeito e acho que ela está pensando mais sério ainda sobre o assunto.

– Já está tarde, você vai dormir na poltrona mesmo? Tem certeza? – Perguntei a ela.

– Tenho! Não vou sair daqui, mesmo que me mande embora.

– Nunca te mandaria embora – olhei pra ela e sorri – a menos que você fique muito chata, dai vou ser obrigado. – ela me mostrou a língua e foi se ajeitando na poltrona – espera, vem cá – fui indo pro lado e dando espaço pra ela.

– Essa maca não foi feita pra duas pessoas.

– Vem logo, antes que eu caia e quebre o resto da minha perna.

Ela se levantou da poltrona, pegou o cobertor e se ajeitou do meu lado, coloquei meu braço pra ela colocar a cabeça e ela pôs seu braço por cima de mim. Ajeitamo-nos e ficamos assim sem falar nada, até nós dois pegarmos no sono.


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Notas finais do capítulo

Obrigado pela paciência.



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