A Garota Do Cachecol Vermelho escrita por Ana Luiza Lima


Capítulo 16
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora de novo. Na verdade eu estava a tanto tempo sem postar que pensei em desistir de escrever, mas então depois de ler os comentários e uma recomendação linda que eu recebi, resolvi terminar a história. Ia ser muita injustiça se eu não acabasse.
Nesse tempo que se passou eu estava estudando pro vestibular, por isso não pude fazer mais nada a não ser estudar. Bem, eu passei pra uma federal!
Agora antes que comece as minhas aulas vou terminar de postar.
Não sei se alguém ainda vai ler essa história, mas se houver alguém, peço sinceras desculpas e que aproveite os novos capitulos.
Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/300027/chapter/16

Ter que ver ela todo o dia na minha frente e não poder nada a mais do que um “Sim senhora” vai ser uma das coisas mais difíceis que eu irei fazer. Estou pensando realmente se a demissão é uma boa opção. Eu poderia procurar outro emprego, bem longe daqui, começar de novo. Mas a ideia de parar de ver a Leah me atormenta mais ainda. Não sei o que fazer. Se antes eu estava confuso agora então é o fim.

Sai do escritório e fui almoçar com Anabelle, talvez ela me animasse um pouco e me fizesse esquecer.

– Ben! – ouvi Anabelle me chamando sentada numa mesa perto da janela.

– Oi, como vai? – perguntei enquanto cumprimentava ela.

– Estou bem e você?

– Estou indo... – falei um pouco desanimado, mas eu já tinha prometido a mim mesmo que não iria passar para Ana meus problemas.

– Está tudo bem mesmo? – Ela me olhava com curiosidade e preocupação.

– Está sim. E então? Preparada pra ficar no apartamento mais luxuoso da cidade? – Tentei mudar de assunto rápido e ela riu.

– Estou. Mas tenho certeza que o seu fogão (se tiver fogão) deve estar intocado, porque me lembro de que na faculdade você não sabia fritar um ovo. – nós dois rimos.

– Agora inventaram duas coisas muito uteis. Primeira: Tele entrega, e a segunda é comida congelada. E além do mais eu tenho micro-ondas pra que mais?

Ela riu das minhas observações e falou que eu não tinha mudado em nada. Fiquei olhando o seu sorriso, era tão doce. Seus olhos se apertavam quando sorria o que a fazia ficar mais fofa do que já era. Estava pensando se talvez ela não me fizesse muito melhor. Anabelle gostava das mesmas coisas que eu, e me fazia ficar feliz, como talvez eu não ficasse há séculos.

Terminamos de comer e fomos para o meu apartamento. É claro que eu tinha contratado uma faxineira também pra dar uma geral antes de ela chegar, porque eu não sou nem louco de trazer uma mulher pra cá naquela bagunça que estava. Mostrei o quarto de hospedes pra ela, que estava bem arrumadinho até.

– Está bom pra você? – perguntei a ela.

– Está mais que perfeito. Muito obrigada por me convidar pra ficar aqui.

– Eu só vou pegar um cobertor que está no armário pra você, porque está esfriando. Vou pegar só uma cadeira na sala pra subir.

Peguei a cadeira e verifiquei se era segura. Não parecia nada segura. Mas era o que tinha para agora. Subi em cima da cadeira e Anabelle ficou do meu lado em pé pra pegar o cobertor. Assim que alcancei o cobertor, eu ouvi um ruído da cadeira, e senti-a quebrando e o meu corpo em contato com o chão. Acho que desmaiei por alguns instantes.

– Ben! Ben! Você está bem?

Abri um pouco os olhos e vi Anabelle me encarando com cara de desesperada, me examinando pra ver se havia sangue ou se eu tinha quebrado alguma coisa.

– Acho que sim – me apoiei nos cotovelos e vi a cadeira de um lado e uma das suas pernas do outro, e o cobertor devia ter rolado pra longe – Ai – Fui tentar me levantar e não consegui.

– O que houve? Onde dói?

– Meu tornozelo, acho que torci. – Tentei mexe-lo de novo, mas era muita dor e eu vi que não ia conseguir, por sorte a minha outra perna estava boa, então resolvi me levantar me apoiando em tudo que via, e Anabelle também me ajudara.

Consegui chegar até o sofá da sala enquanto Ana ia pegar um pouco de gelo pra colocar no meu tornozelo. Eu percebi que ele estava um pouco inchado, acho que eu havia torcido feio mesmo.

– Segure isso aqui e fique pressionando – Anabelle falou enquanto colocava o saquinho de gelo no meu tornozelo. – Acho melhor te levar ao hospital

– Eu estou bem, meu tornozelo vai desinchar em alguns dias.

– Eu vou te levar você querendo ou não – de repente ela se sentar do meu lado e virou minha cabeça, examinando e parte de trás dela – Você está sangrando na cabeça também! – Percebi mais preocupação ainda na sua voz – Vou te levar pro hospital e é agora.

Enquanto estávamos no carro, ela ficava me pedindo desculpas, e eu falando que não era nada. E não era mesmo. Mas eu ficava olhando a sua cara de determinada e preocupada enquanto tentava chegar rápido ao hospital, correndo um pouco e xingando os motoristas que a estavam “atrasando”. Comecei a rir da cena.

– Porque está rindo? Esse não é um momento muito bom para brincadeiras!

– Eu é que estou machucado e você que fica histérica?

– Eu não estou histérica! – ela falou um pouco mais alto que o normal, e depois percebendo o que fez começou a rir também. – ok ok. Talvez um pouco.

Olhei pra ela mais um pouco, e mesmo todo quebrado eu estava feliz, me sentia bem psicologicamente, porque fisicamente eu estava quase morrendo de dor. Fiquei pensando em como ela me fazia bem.

– Porque não nos encontramos antes?

Ela me olhou um pouco e ficou corada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se alguém ler, comente. Obrigada pela compreensão.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Garota Do Cachecol Vermelho" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.