Talvez Seja Mesmo Uma História De Amor escrita por Anne Diogo


Capítulo 4
Capítulo 4 - Diagnótico


Notas iniciais do capítulo

Não está completo por dificuldade no tempo, mas em breve estará



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Mesmo que o pior dos males em relação a doenças te assombre, os médicos nunca o tratarão com um décimo de respeito e devoção que é dado aos vírus, infecções e tromboses. O corpo é apenas um suporte para as coisas mais fascinante do universo, os micromonstros assassinos, cuja complexidade põe no chinelo qualquer que seja nossa elaborada criação.

Virgile não suportava hospitais. Sentia desprezo pela falta de beleza e vida que havia em um local onde deveria impedir que as pessoas morressem. Não era um paciente obediente, porem em sua mente, achava que iria morrer de uma doença que daria a ele um fim dramático.

O centro de radiologia ficava próximo ao Museu Carnavalet. Virgile adorava essa vizinhança, seria um sonho morar perto do museu que abrigava a historia de Paris. O que seria dos seres viventes se não fosse a arte? Era o unguento da humanidade. Antes de caminhar para o consultório parou para admirar a frente do museu.

A frente do consultório era magnífica, como toda vizinhança a arquitetura antiga e tipicamente francesa permanecia. A arquitetura parisiense era como um livro de poemas, cada um com sua peculiaridade, expressando seu tema. Essa expressava uma linda poesia de pedras lavadas, frias e balcões esculpidos. A fachada fez o Virgile se sentir melhor, pois não tinha aquela cara de hospital na qual ele tanto temia.

Como todo e fiel hipocondríaco, Virgile pelo seu nervosismo, pois um calmante em baixo da língua, estava com medo, mas estava bem mais calmo.

Adentrou a porta e logo ouviu:

- Bom dia, senhor. Posso ajuda-lo?

Virgile foi atendido pelo secretario como se estivesse em um salão de beleza, isso o deixou aliviado, apertou-lhe a mão e foi em direção ao assento. O secretário nunca iria esquecer aquele aperto de mão, nem aquele olhar carregado de melancolia.

O centro não tinha cheiro de hospital, era receptivo e até mesmo calmo, o cheiro que era exalado pelo local era uma mistura de café feito recentemente misturado ao cheiro das rosas. Em frente ao balcão um semicírculo de poltronas na cor framboesa, como uma mesa de centro que possuía espalhado em sua superfície, revistas de arte, de antiguidades e decoração.

Antes de se sentar deu meia-volta e perguntou ao secretário:
- Estou adiantado, podemos começar mais cedo a analisar... – apontou para a cabeça

O secretario sorriu e o pediu para aguardar, pois não demoraria chama-lo. Sentou-se e começou a folhear uma revista de edição especial das maiores obras artísticas de todos os tempos.


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