Eu estava sentada na areia, sozinha, triste. Eu chorava muito. Eu queria minha mãe. Um abraço materno, alguém que dissesse "vai ficar tudo bem". Mas não era bem assim. Nada ia ficar bem tão facilmente, afinal nós estávamos perdidos. Eu sentia falta da comida de casa, da cama quente, da televisão passando filmes idiotas e velhos. Eu estava com medo, estava com frio, queria minha casa, minha família.

- Você tá bem, amorzinho? - senti alguém me abraçar por trás e já sabia quem era.

- Não, Bill... - eu começei a chorar, e me virei pra ele. - Eu só queria que as coisas voltassem a ser como eram antes, SÓ ISSO! - eu chorava, gritava, e batia em seu peito.

- Vai ficar tudo bem, minha Jenne! - ele me abraçou, e eu aconcheguei minha cabeça em seu peito, chorando.

Acabei adormecendo, e acordei em outros braços. Tom me segurava, e acariciava meus cabelos. Ele era uma perfeição.

- Bom dia, little Jenne! - ele disse, com um sorriso sem graça.

- Tom, me desculpa, eu não deveria ter gritado com você. Não deveria ter apostado corrida com o Bill, não deveria ter deixado ele ficar em cima de mim, mesmo que por acidente. - joguei as palavras nele como se ele fosse fugir.

- Hey, calma! - ele riu. - Jenne, você sabe que eu nunca, NUNCA ficaria com a Victória, não é? - ele me olhou com aqueles olhos castanhos que me tiravam o ar. - Não esquece de respirar, por favor. - ele sorriu de canto.

- Ah! - acordei do meu transe. - É bom ouvir isso, Tom. Acho que te amo. - eu disse, e sorri.

- Nunca pensei que iria dizer isso, mas acho que te amo também. - ele riu e eu me sentei em seu colo, de frente para ele.

Sorri e comecei a provocá-lo. Ele tentava me beijar, e eu esquivava dele. Percebi que ele estava me desejando, o que aumentou mais minha excitação. Cheguei bem perto de sua orelha e sussurrei.

- Você me quer? - eu disse e mordi seu lóbulo.

- Mais do que nunca! - ele disse, afobado.

Tracei um caminho de sua orelha até seu pescoço com meu nariz, e dei vários beijinhos nele. Subi para seus lábios, e puxei o seu lábio inferior, o sugando para minha boca. Ele pegou minha cabeça e juntou para mais perto da dele, com esperança de que isso rendesse um beijo. Sua língua pedia passagem por entre meus lábios, mas logo separei os nossos lábios e sussurrei.

- Você disse que me queria, agora me aguenta! - eu disse, e dei um sorriso malicioso.

Levantei de seu colo e corri para atrás da pedra enorme que tinha perto de nós, e ele não demorou a vir atrás de mim. Me prensou contra a pedra, e foi até meu pescoço, me deixando mais marcas de chupões, mordidas e coisas canibais como essas. Levei uma de minhas pernas até sua cintura, e ele pegou minha coxa com firmeza, enquanto sua outra mão caminhava livre pelo meu corpo. Logo, ele puxou minha outra perna para sua cintura, e eu me prendi bem a ele. Sem mais delongas, ele me puxou para um beijo, e seus lábios encontravam os meus afobados, como os de uma criança comendo chocolate. Sua língua pedia passagem com urgência, e logo deixei-o invadir minha boca, iniciando um beijo rápido e cheio de tesão. Por ambos os lados. Ele levou uma de suas mãos até meu seio e o acariciava, me deixando mais excitada.

- Uh-hum - um som de garanta raspando propositalmente fez com que nos separássemos, e nós dois olhamos para o lado. - Vejo que você estava se divertindo, Jenne... Será que eu posso me divertir um pouco também? Não seja egoísta...