Tarde Para Amar escrita por imradioactives


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM GALERA!!!!!! saibam que eu amo vocês viu ♥



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Acordei. E não fazia a mínima ideia de onde eu estava. Não, espera, sabia. Eu estava dentro de um quarto que não me era estranho. Minha cabeça estava a ponto de explodir.Fechei os olhos novamente. Fui me virando aos poucos na cama, de olhos fechados, pois a luz fazia tudo doer ainda mais. Quando virei completamente, percebi que estava apoiada em alguma coisa. Alguma coisa não, alguém. Abri os olhos devagar e levantei a cabeça, dando de cara com a figura do Caio dormindo profundamente. Detalhe: apenas de cueca. Minha mente explodiu. Flashes da noite de ontem chegaram como um tiro de culpa. Olhei para mim mesma e estava de calcinha e sutiã, coberta com uma camiseta que iam até minhas coxas. Uma camiseta que não me era estranha, era do Caio. Meus olhos encheram de lágrima. O que foi que eu fiz? Me sentei na cama e abracei meus joelhos. O que foi que eu fiz? Repeti mentalmente. Minha cabeça girava, eu não conseguia lembrar nada. A última coisa que eu lembrava era da gente dançando, e minha vista ficando embaçada.
O Caio se mexeu na cama, abrindo os olhos devagar. Olhou pra mim e sorriu.
- Bom dia Clari. – ele esfregou os olhos. Ele não ficou confuso. Ele lembra.
- BOM DIA? – gritei. Ele se assustou. Me levantei bruscamente e tudo girou novamente, tive que parar por um instante. Ele se sentou na cama e me olhou confuso.
- Que foi Clara? – ele perguntou.
- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ TEVE CORAGEM DE FAZER ISSO! EU TAVA BÊBADA! – berrei. Minha vontade era de voar e arrebentar o rostinho lindo dele.
- Clara...
- QUE TIPO DE MELHOR AMIGO É VOCÊ? – o interrompi – QUE NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE TRANSA COMIGO? – vi sua feição mudar completamente. Quando fui começar a gritar de novo, ele gritou na frente:
- CALA A SUA BOCA GAROTA! – me calei. E me encolhi. – PRESTA ATENÇÃO NO QUE VOCÊ TA FALANDO! – ele tava bravo. Bravo pra caralho. Ele respirou fundo e aos poucos foi diminuindo o tom de voz. – Você realmente acha que a gente transou? Realmente acha que eu me aproveitei de você? – ele me olhava fixamente.
- É óbvio que a gente transou! Olha pra você e olha pra mim! – disse apontando pra ele e logo depois pra mim.
- Clara, me escuta. – ele deu um passo pra frente e eu automaticamente dei outro pra trás. Ele cerrou os olhos e deu outro passo pra frente. Dessa vez eu fiquei parada. – Quando a gente começou a dançar, você tava zonza e não ouvia o que eu falava.
- Mas você tava tão perto... – eu choraminguei.
- É claro que eu tava perto! Eu falava com você e você não me respondia! Comecei a ficar preocupado. Eu perguntava se ta tudo bem e você ficava me olhando com uma cara de nada.
Tentei gritar mais perto pra ver se você me ouvia, e você continuava com a mesma cara. Depois que você voltou ao “normal” – ele fez o sinal de aspas com as mãos – você derrubou o copo de vodka que você tava segurando em você mesma, aí eu percebi que você não estava em condições nenhuma de continuar ali. Trouxe você aqui pra cima, pro meu quarto, porque eu não sabia o que você era capaz de fazer se ficasse sozinha no seu quarto. Você tava toda melada de vodka, então eu tomei a liberdade de tirar sua blusa e seu short. Se você quer uma prova, tá ali suas roupas dobradas. – ele apontou para as peças num canto do quarto – Se a gente tivesse transado, tenho certeza que elas não estariam arrumadas do jeito que estão. Eu poderia ter te deixado de calcinha e sutiã, mas por respeito, peguei uma blusa minha e coloquei em você. Desculpa se eu quis te deixar mais confortável.
 Coloquei você na cama e você mesma pediu pra eu ficar com você até você dormir. Pensei bem e percebi que eu não ia deixar você aqui sozinha, aí resolvi dormir por aqui. A gente já dormiu tantas vezes na mesma cama que eu pensei não ter problema dormir mais uma vez. – ele parou e me encarou.
- Mas você tá de cueca... – sussurei
- É claro que eu to de cueca! – ele riu – É assim que eu durmo! – ele esperou, e viu que eu não iria falar nada, então continuou – Eu deitei com você e esperei até você dormir, logo depois dormi também. E acordei hoje com você dando chilique. – eu abaixei a cabeça e senti minhas bochechas queimarem. Puta que pariu Clara, você é foda!
Eu não mereço o melhor amigo que eu tenho...como eu pude duvidar do Caio? Qual é o meu problema? Burra, idiota, estúpida, trouxa! Que raiva que eu tava sentindo de mim mesma, eu só queria sumir.
E como se ele lesse meus pensamentos, ele continuou:
- Eu não acredito que você realmente pesou que eu faria uma coisa dessas com você. Eu posso ser um idiota sem vergonha, eu sei que eu sou, mas eu nunca faria nada desse tipo com você Clara, não com você. É por isso que eu sou seu melhor amigo. Melhor amigo. Entendeu? – minha vontade era morrer.
- Desculpa. – sussurrei sem coragem de levantar a cabeça pra olhar pra ele. Logo depois senti seus braços ao meu redor, me apertando forte. – Me desculpa. – repeti.
- Tá tudo bem Clarinha, tá tudo bem. – ele deixou um beijo no topo da minha cabeça e continuamos abraçados, até que ouvimos o barulho da porta sendo aberta.
- Caio se viu a Cla... – Leandra. Ela parou na porta diante da seguinte cena: eu e o Caio abraçados, ele apenas de cueca, e eu com sua blusa cobrindo até minhas coxas, dando a entender que eu não usava nada por baixo. Ela arregalou os olhos, fazendo uma careta indecifrável e saiu correndo pelo corredor. Ela entendeu tudo errado.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam???