Percy, Atlântida. Seis dias depois.

Thalia e Acácia ficavam mais do que animadas quando a palavra ''casamento'' era citada. Já eu ficava entediado, como sempre.

Eu finalmente havia parado de pensar em Acácia como ''a vadia que tirou meu livre arbítrio'' e comecei a pensar na ''noiva gostosa que da mole para mim'', então nós tínhamos noites - e dias também - quentes. Isso começou na nossa última briga, quando eu me toquei que não tinha nada a perder. Pelo menos nada que eu já não tivesse perdido.

Mas graças ao gritos nada baixos de Acácia todos descobriram isso. Não que eu quisesse esconder, longe disso, era até bom que eles soubessem que nós fazíamos coisas que casais fazem, mas é que Annabeth também descobriu, e com isso veio o silêncio junto com uma enorme carga de ódio da parte dela. E isso não era nada legal.

Veja bem, antes quando nos víamos nos corredores ou na biblioteca nos cumprimentávamos e agíamos normalmente, mas agora tudo o que ela me dava eram olhares feios e o seu silêncio. E aquilo me machucava, muito.

E antes que você pense ''Percy, seu galinha, você também está a machucando, nada mais justo'', saiba que eu sei que estou machucando-a, mas o que eu posso fazer? A carne é fraca.

Agora estávamos nós três - eu, Acácia e Thalia - em uma loja de decoração que Atena havia nos indicado. Estávamos procurando a decoração do casamento, óbvio, mas eu jamais pensei que fosse tão difícil... para elas, porque eu ficava sentado assentindo.

Oras, a minha única preocupação era a cor e Acácia já cuidou disso. Se eu metesse um dedinho ali era capaz de estragar todo o casamento, então que fique com elas.

Eu estava sentado em um sofá que tinha ali, olhando um catálogo de tons de azul que Acácia havia mandado.

Depois de uns trinta minutos eu escolhi uma cor chamada, de acordo com o catálogo, azul turquesa. Não era tão bonita, mas foda-se.

Quando chamei Acácia para lhe dizer a cor, ela veio com três panos iguais.

– Amor, qual desses? - Ela perguntou e eu a olhei confuso - Qual tecido?

– Mas são iguais - Falei e ela rolou os olhos.

– Toque-os, idiota - Falou irritada e eu ri.

Assim que toquei os tecidos vi que eram diferentes.

Um era parecido com seda, e talvez fosse mesmo, mas era mais fino e mais macio.

Já o outro era claramente cetim. O reconheci porque Acácia tem várias, hum... lingeries com esse tecido.

E o terceiro era quase igual ao primeiro.

– Mulberry seda, cetim e seda Charmeuse - Ela disse.

– Cetim eu conheço, já os outros não - Ela sorriu maliciosa - Mas o primeiro é mais gostoso e mais bonito. Use o primeiro.

– Tudo bem - Ela disse sorrindo e me deu um selinho antes de se afastar.

O resto do dia foi assim. Acácia comprando e me pedindo opiniões, sempre.

– Amor, vamos embora por favor, fazemos isso amanhã - Implorei pela milésima vez, tentando amaciá-la. Ela amava quando eu a chamava de ''amor'' ou ''querida''.

– Já terminamos, amor - Acácia falou sorridente - Mas podíamos falar com Afrodite primeiro? Ela organizou o casamento dos seus pais e ele ficou maravilhoso. Quero muito a ajuda dela.

Isso me lembrou que eu tinha que falar com ela. Não queira a deusa do amor como sua inimiga, ela era tão ruim quanto Atena.

– Claro. Aliás, para onde vão as compras? - Perguntei.

– Para o Empire State - Thalia disse e eu assenti.

Chamei um táxi e entramos.

Vinte minutos depois estávamos parados na sala do Templo de Afrodite, a esperando.

Ouvimos passos na escada. Passos pesados demais para serem da deusa delicada do amor, então só podia ser...

– Perseu, você adora atrapalhar, não é? - Ares perguntou e eu ri.

Ele estava só de cueca, o que fez as garotas virarem de costas.

– Você pode, por favor, se vestir? - Thalia disse.

– Soube que vai se casar, cabeça-de-alga - Ele falou, ignorando Thalia - Quem é a azarada?

Estralei os dedos, fazendo um roupão aparecer em Ares.

– Podem virar - Falei e as garotas viraram - Amor, esse é Ares. Ares, essa é minha noiva.

Ares a olhou durante algum tempo.

– Escolheu bem - Ele disse e Acácia corou.

Eu ri.

– Nem pense nisso, Ares - Ele me olhou culpado - Te esmago pela sexta vez se tocar nela - Falei e ele me olhou irritado.

Desde que eu virei deus, Ares luta comigo. Nós treinamos juntos, por incrível que pareça. Ele me ensina truques e eu o ensino a usar a inteligência. É uma boa troca. Lutamos juntos seis vezes. Ganhei quatro, tirando aquela vez quando eu tinha doze anos.

– Afrodite está nos esperando - Falei antes que ele pudesse responder e saímos dali.

Bati na porta e assim que Dite me viu ela abriu um sorriso... que foi rapidamente substituído por uma expressão de raiva.

– Não disse que só queria vê-lo quando fosse me contar sobre O acordo?

– Dite, você é a deusa mais linda do Olimpo, sabia? - Falei e ela sorriu.

– Comece a contar.

Suspirei e contei a mesma coisa que contei para Thalia.

– Isso foi tão fofo da sua parte - Ela disse - E foi muita maldade da sua, Acácia - Ela falou com nojo - Mas eu entendo. Aliás, assim como você eu também amo alguém.

Acácia amava alguém?

– Como assim? - Perguntei.

– Arg, Percy. Você é tão burro as vezes - Thalia falou, mas ela parecia meio surpresa - É óbvio que ela...

– Não importa - Acácia interrompeu - Agora, Lady Afrodite, eu queria lhe pedir um favor - Dite abriu a boca mas Acácia continuou - Eu vi o excelente trabalho que você fez no casamento dos meus sogros e queria perguntar se você poderia nos ajudar, afinal, o seu trabalho é sempre tão maravilhoso, assim como você.

Mordi o lábio para não rir. Acácia sabia perfeitamente como convencê-la.

– Ah, mas é claro - Dite respondeu com os olhos brilhando e as bochechas meio coradas - Meu trabalho é realmente maravilhoso. Imaginem: Um casamento na praia do acampamento...

– EPA - Gritei - Como assim na praia do acampamento? Tem que ser em Atlântida.

– Claro que não, lindo - Afrodite falou rolando os olhos - Está preocupado com aquelas criaturas marinhas?

– Não fale assim deles.

– Convide apenas os lordes e pronto.

Pensei. Não seria má ideia. Seria realmente legal e não seria tão cheio.

– Mas é do príncipe e da princesa de Atlântida que estamos falando - Eu disse.

– Príncipe e Princesa, tão fofo - Dite exclamou com os olhos brilhando - Eu falo com o seu pai.

Eu assenti.

– Tudo bem. Agora vamos embora. Estou exausto - Falei e elas riram.

Rolei os olhos.

– Tchau Dite. Nos vemos algum dia - Falei e assisti as garotas se despedirem.

Uns cinco minutos depois eu nos teletransportei para o palácio.

– Boa noite, nos vemos no jantar - Thals falou e sumiu dali.

– Amor, vai indo no quarto que vou pedir para alguém nos chamar quando o jantar estiver pronto - Acácia disse e eu assenti.

Fui para o quarto, encostei a porta e fui para o banheiro. Estralei os dedos fazendo a banheira se encher de água e espuma - não estava com paciência para esperar - e depois de me despir eu entrei, deitei a cabeça na borda da banheira e fechei os olhos.

Alguns minutos depois sinto alguém entrando na banheira - que era grande o suficiente para três pessoas - e abri os olhos.

Acácia estava deitada na outra ponta da banheira, com água e espuma até os ombros. Ela estava de olhos fechados, com a cabeça encostada na banheira, como eu. Os cabelos castanho escuros estavam amarrados em um coque desarrumado.

Fechei os olhos de novo e ouvi um suspiro.

– Isso é muito bom - Ela disse e eu dei uma risadinha.

– Não sei como tem paciência para ficar o dia todo fazendo compras - Falei baixinho - Estou tão cansado que poderia dormir aqui mesmo.

Ela riu e eu senti a água se mexer de novo. Quando abri os olhos vi Acácia andando até mim e sentando entre as minhas pernas, de costas para mim.

– Bem melhor - Ela disse se aconchegando no meu peito e eu ri enquanto a envolvia com os braços.

– Estou com saudades do meu pai - Ela disse - Não o vejo desde que seus pais foram para a lua-de-mel.

– Deve estar aproveitando o dinheiro que recebeu - Falei seco.

– Dinheiro? - Acácia perguntou confusa - Que dinheiro?

Franzi a testa, também confuso.

– Você não sabe que seu pai ganhou 30% das nossas riquezas quando você virou minha noiva? - Perguntei.

Ela levantou e ficou de joelhos na minha frente.

– Como assim? - Perguntou irritada.

– Bem, quando você virou minha noiva, por direito, seu pai ganharia 30% das nossas riquezas, e isso é dinheiro o suficiente para sustentar o continente Americano inteiro - Falei e ela trincou o maxilar.

– Que filho da puta - Ela gritou - Usou os meus sentimentos só para conseguir dinheiro? - Ela perguntou.

– Espere, como assim usou seus sentimentos? - Perguntei.

– Arg, Percy. As vezes você é tão burro - Ela disse com uma voz doce, e então riu - Como não vê o que está na sua frente?

Franzi a testa, ainda não entendo, mas antes que eu pudesse perguntar Acácia já estava enrolada em um roupão, saindo do banheiro.

– Eu vou matá-lo - Ouvi ela dizer e então levantei, me enrolei em uma toalha e fui atrás dela.

– Desgraçado idiota. Vou esfregar a cara dele no chão até ele ficar inconsciente e depois vou esmurrá-lo e esquartejá-lo - Acácia falava com a voz perigosamente baixa enquanto jogava as suas roupas em uma mala.

Tremi. Uma mulher irritada não era nada legal.

Reuni coragem e estralei os dedos, fazendo suas roupas voltarem para o guarda-roupa.

– Amor, pare - Falei.

– AARG, PERCY. NÃO ME ATRAPALHE - Ela gritou e jogou um sapato de salto alto em mim.

– Hey, calma. Antes de tudo me explique, ok? - Falei e segurei suas mãos para ela não me jogar nada.

Ela fungou e me abraçou.

– Eu confiava nele, Percy. E ele me usou. Sabe o que é isso? - Ela falou - Ele sabia sobre os meus sentimentos e me usou para conseguir o que ele queria.

– E o que ele queria? Dinheiro? - Perguntei.

– Não, Percy. Ele queria vingança pela morte de minha mãe. - Ela disse me olhando.

– Mas sua mãe não tinha morrido quando você nasceu? E o que isso tem a ver com meu pai? - Perguntei confuso.

– Seu pai matou minha mãe, amor - A olhei assustado - Não intencionalmente, é claro. Ele estava brigando com Anfitrite, e você sabe como seu pai fica quando está irritado. O mar fica de acordo com as suas emoções, e naquele dia ele estava furioso a ponto de destruir metade de Atlântida. Mamãe estava arrumando o jardim na hora em que os destroços da cidade a atingiram com a força do mar. Papai ficou tão furioso.

Eu cai sentado no chão. Minha cabeça estava girando.

– M-mas porque você disse que ela havia morrido no parto? - Perguntei e ela sorriu docemente.

– Oras, é óbvio que meu pai havia mandado - Ela disse - Quando seu pai descobriu que matou um de seus súditos quase se matou, se não fosse imortal. Você sabe que nós somos tudo para ele - Era verdade. Meu pai amava os súditos dele tanto quanto Atena e eu - Ele fez de tudo, até pediu para Hades trazê-la de volta, mas não conseguiu, Percy. Quando ele perguntou se ela tinha alguma família meu pai disse que não, porque ele queria vingança. Foi tão injusto.

(N/A: Históriazinha ruim essa, não é? Mas me perdoem, estou sem criatividade)

– E porque você disse que ele a usou?

Ela respirou fundo.

– Ele usou meus sentimentos para conseguir a vingança dele. Ele sabe que eu amo você, Percy.

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Amores do meu coração. Preciso da ajuda de vocês.

Eu imaginei três opções para o fim, mas vocês quem irão escolher.

1ª: Acácia se arrepende de fazer Percy perder Annabeth e prepara todo o casamento e conta sobre o acordo para Annie, mas quem aparece para casar é a Annabeth e Acácia só olha.

2ª: Percy e Acácia se casam e no nascimento de Diana Acácia percebe que não é certo aquele casamento, e então eles se divorciam e Annie e Percy ficam juntos.

3ª: Annabeth aparece no ''fale agora ou cale-se para sempre'' e se declara para o Percito. Então Acácia desiste do casamento e eles ficam juntos.

Essa última é clichê pra caralho, mas se vocês quiserem eu coloco.

E outra coisa: Essa fic tá igual ao filme A princesa da Ilha kkkkkkkkk

Agora é mais pessoal: Ano que vem eu vou viajar para Atenas para ver os monumentos e tal, mas minha prima disse que a dois anos atrás os Atenienses ficaram putos com algo e destruíram tudo, algo assim. Eu não sei se é verdade, mas de qualquer maneira eu vou perguntar: Vale a pena ir para Atenas? E se valer, vocês conhecem alguma empresa que faça tours por lá? Obrigada.