Casos E Acasos escrita por Bia chan


Capítulo 10
Primeira Noite


Notas iniciais do capítulo

Pessoal fiquei sabendo que a foto não está abrindo para visualização, então desculpa, quem quiser depois pede que eu passo
Bjs ^^



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- Nossa aqui é tão grande e tão bonito, não vejo motivos para não gostar daqui – Eu disse dando voltas pelo saguão de entrada que era lindo todo decorado, quando parei dei de cara com um homem alto, de cabelos loiros espetados, com roupas vermelhas e um chapeuzinho preto sobre aquele arrepiado.

- Ora, ora, Berwald não me falou que teríamos visitas. – Disse ele me olhando de cima a baixo. – Não está com frio?

- Hã oi, não eu não estou com frio, e espero não estar atrapalhando.

- Claro que você não está atrapalhando – Disse ele me levando até meu irmão – Como você se chama?

- Julchen Bielschmidt, sou a irmã mais nova do Berwald.

- Bom eu sou Alexander Desen e quero em nome de todos nessa casa lhe dar boas vindas a Dinamarca. – Disse ele se curvando.

- Obrigada.

- Agora se não se não se importa irei tratar uns assuntos com seu irmão, mas pedirei para alguém vir levar você ao seu quarto.

- Certo, depois se puder me juntarei a vocês.

- Até mais – Disse Alexander enquanto subia as escadas seguido pelo meu irmão, sentei na minha mala até um garoto loirinho chegar.

- Olá, sou Tino e vim para leva-la ao seu quarto e se quiser ser sua companhia por um tempo.

- Oi Tino, eu sou a Julchen, mas pode me chamar de Juh-san

- Tá bom – Disse ele pegando minha mala e subindo as escadas cantarolando, quando chegamos ao quarto onde eu ficaria, não deixe de me espantar, como tudo na casa ele era enorme, tinha uma janela que com vista para um lago que estava congelado, mas pensei ser bem bonito no verão.

- Nossa acho que foi um exagero de Alexander me por num quarto desse.

- Bom esse quarto é em minha opinião o mais belo da casa.

- Muita gentileza dele mesmo, mas me conte qual a sua história para estar aqui? – Eu disse sentando na cama e puxando ele para sentar também.

- Eu assim como seu irmão perdi para o Alexander em alguma guerra e viemos para cá, mas nós somos todos irmãos ou meio irmãos, então nós ficamos por aqui.

- Mas... Vocês gostam? Digo de ficar aqui?

- Eu gosto mais do que o seu irmão, mas de uns tempos pra cá isso virou meio que um inferno, o Sue-san e o Alex só brigam e isso me magoa muito, porque geralmente é por minha causa. – Disse ele com os olhos cheios d’ água.

- Calma você não precisa ficar assim. Se meu irmão entra em uma briga é porque ele sabe que é uma boa causa para brigar.

- Você tem certeza?

- Claro que sim, sou a irmã dele certo?

- Acho que você tem razão, além do mais ele é forte – Disse o garoto tentando se animar.

- Forte pode ter certeza que ele é. Cuidou de mim desde que eu me lembro viva... Tino, eu estou muito feliz em te conhecer e acho que você é um garoto muito doce, mas eu queria muito ver meu irmão e falar melhor com Alexander, será que você poderia me levar lá?

- Claro que posso – Respondeu ele pegando minha mão e me guiando até uma grande porta no terceiro andar – É aqui.

- Obrigada – Eu disse soltando minha mão da dele e batendo na porta, como não houve resposta entrei e esse foi um dos erros da minha vida por minha curiosidade. Ao entrar meu irmão estava caído sem se mexer enquanto o dinamarquês limpava um pouco de sangue no canto da boca, ele estava sem camisa e exibia seu belo físico, mas nada me chamava mais minha atenção que Berwald. Corri até seu corpo e me ajoelhei.

- BERWALD! Levanta, vamos acorda e levanta – Eu o sacudia com bastante força, mas nada ele não se mexia e parecia também não respirar.

- Ele não vai acordar agora – Disse Alexander se aproximando.

- Por quê? Por que fez isso?

- Seu irmão estava saindo das normas da casa eu tentei falar com ele, mas nada surtiu efeito, então hoje eu acabei com isso, ele não escuta então eu deixo uma mensagem física para ele.

- Você é um monstro – Eu levantei e tentei ataca-lo com minha espada, mas ele bloqueou, eu chorava mais do que nada, e fui tentando golpea-lo até ele bater o corpo contra a mesa que ficava na frente da janela.

- Você é bem forte, mas acho melhor pararmos antes que alguém se machuque.

- Posso fazer isso o dia todo sem me machucar nem me cansar – Respondi empurrando ele mais ainda, foi quando em um movimento rápido e ele pegou um machado e jogou minha espada longe, e limpou as lágrimas que não paravam de escorrer pelo meu rosto, então me afastei dele.

- Parece um bichinho assustado que não sabe aonde está e ataca tudo o que vê. – Disse ele pondo o machado de lado – Tino pode entrar e leve logo ele daqui.

Tino entrou e começou a cuidar de Berwald e quando fui me aproximar Alexander me pegou e colocou em seu ombro e saiu da sala.

- ME SOLTA!! ME SOLTA AGORA, ALEXANDER!

- Fique calma, nada de mal vai lhe acontecer – Disse ele e me jogou em outro quarto. – Agora fique ai até as coisas melhorarem.

Tentei correr atrás dele, mas ele trancou a porta antes, e mais uma vez eu fiquei chorando perto da porta e por um homem, a tarde caiu bem mais rápido do que pude perceber, e os chutes e gritos de nada adiantaram, sai da porta e fui até o banheiro onde lavei o rosto e explorei tudo o que havia lá e achei uma gaveta com roupas femininas limpas, deviam ser de alguma amante de Alexander. Peguei algumas delas e decidi que iria tomar um banho.

Fui ao banheiro e peguei uma bacia que estava no chão atrás da porta enchi de água e levei até a lareira que ficava do lado da janela r deixei esquentando. Voltei para perto da porta e tentei abri-la, sem resultados, fui até a janela, mas era muito alto para pular e não havia parapeito pelo qual eu pudesse andar.

O frio era grande e a água demorava muito para esquentar, então sentei na cama e fiquei planejando como fugir e em como eu havia chegado ali, pensei também no estado de Berwald e de Tino e como alguém como Alexander com tantas qualidades e uma boa família podia ser tão mal e desumano, meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho da água fervendo.

 A água estava maravilhosa, mas com logo essa sensação de segurança e conforto foi invadida pela terror da ideia de Alexander entrar no quarto, e se ele tentasse me tomar a força? E se Berwald ou Tino tentassem impedir devido aos meus gritos? Alexander tinha cara de anjo, mas era um verdadeiro demônio e meu irmão e Tino tinham tanta força perto dele que pareciam quase ratos. Espantei aquilo da minha mente e terminei meu banho, sai e me vesti uma camisola fina, mas era a única coisa com mangas, curtas, mas mangas. Foi quando Tino abriu a porta e entrou com uma bandeja.

- Trouxe seu jantar – Disse ele animado a me ver bem.

- Obrigada – Respondi enquanto ele colocava a bandeja em cima da mesa de cabeceira. – Como está meu irmão?

- Bem melhor, acordou agora a pouco e perguntou de você.

- Queria poder ir lá, e onde está Alexander?

- Saiu, foi levar Melissa e Charlotte para a casa de verão, mas antes pediu para trazer seu jantar.

- Ele saiu? É essa minha chance Tino, eu vou ver Berwald – Sai correndo do quarto e desci as escadas, Tino vinha atrás de mim gritando que Alexander poderia voltar a qualquer momento, eu não o ouvia a adrenalina tomara conta de mim, entrei na primeira porta que vi e por sorte era a do quarto dele. Quando entrei ele lia um livro e se surpreendeu comigo.

- Juh? O que está fazendo aqui? Está machucada? – Ele perguntou enquanto eu corria e abraçava-o.

- Eu estou ótima, e não tenho muito tempo, não sei quando Alexander volta e...

- Quando eu volto? Mas eu estou aqui princesa. – Disse Alexander entrando no quarto e Tino vindo atrás dele. – Pensei que você não deveria sair do quarto e Tino deveria lhe falar isso. – Ele olhou para o menino como se fuzilasse ele, e esse se encolheu todo de medo.

- Ele falou, mas eu não ia deixar meu irmão assim abandonado. – respondi já partindo para cima dele.

- Juh não! Gritou Berwald na cama se mexendo e tentando levantar, mas sem sucesso. Parei onde estava e com isso consegui fazer o dinamarquês sorrir.

- Princesa, você foi muito imprudente descendo aqui, mas como seu bom e zelo para o seu bem vou permitir que fique, mas saiba que isso terá também consequências severas. – Ele disse e saiu indiferente do quarto, vitorioso seria melhor dizer, já eu estava desabei de ódio e soquei o chão xingando Alexander.

Após uns dois minutos parada pensando em tudo e em nada Tino me ajudou a levantar e sentamos na cama de Berwald que me passou um belo sermão por ser tão imprudente e eu rebati falando do modo como o havia encontrado depois dele lutar com Alexander por besteira, ele não respondeu aquilo , então Tino mudou de assunto e ficamos conversando sobre as coisas boas da vida e foi ali que eu percebi o quanto meu irmão tinha afeto por Tino e vice-versa, seus olhares eram como de amantes, cúmplices, o que me fez sorrir. Meu irmão estava em boas mãos.

Tino adormeceu pouco depois da meia-noite e eu o arrumei ao lado de meu irmão, e beijei de leve sua testa tirando sua espécie boina, enquanto isso Berwald lia alheio ao que acontecia.

- Vou para o meu quarto – Disse ao seu lado lhe dando um beijo na testa.

- Tome cuidado – Disse ele retribuindo meu beijo só que na bochecha. Ele esperou eu sair para apagar a lamparina ao lado da cama e ir dormir com Tino.

O corredor estava escuro, a única luz vinha do outro lado do corredor, onde imaginei ser o quarto de Alexander, não iria até aquele lado, mas precisava descer e pegar algo para comer, a sopa que estava no terceiro andar já devia estar fria e não devia dar para comer. Decidi descer sorrateiramente e consegui achar a cozinha sem dificuldade, comecei abrindo os armários e achei algumas barras de chocolate, peguei duas e peguei também algumas frutas, e voltei para o meu quarto, quando entrei minhas roupas estavam todas espalhadas pelo quarto e na cama dormia o dinamarquês, ou pelo menos foi o que pensei quando entrei. Mal sabia eu que a noite mal começara.


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Notas finais do capítulo

O Arthur voltará podem ter certeza.



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