Am I What Your Heart Desires? escrita por fabray


Capítulo 7
Capítulo 6 - Agora sim: FUDEU


Notas iniciais do capítulo

Trilha Sonora: Ain't No Other Man - Christina Aguilera (adoro essa música e n tinha ideia de qual outra colocar kkkkkkk)



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Eu fui finalmente tomar banho uns 20 minutos antes da reunião organizada por Aro. E desses 20 minutos, no mínimo uns 9 ou 10 foram gastos apenas ficando parada debaixo do chuveiro.

Meu Deus, Quinn, você dormiu com o Alec! Vocês mal começaram a namorar e você já deu pra ele! Isso é piriguetismo demais, pelo amor do Senhor!” - Quase pude ouvir a voz de papai falando isso. Uma lágrima rolou pelo meu rosto, misturando-se com a água.

Joham, cale-se, ela o ama… Deixe a menina!” - Mamãe diria isso, com certeza, era ela quem sempre mimava a gente, a educação ficava por conta do papai e de Ayleen, a mais velha das minhas irmãs. Mais lágrimas vieram.

Não importa pai, agora não adianta passar sermão, ela já fez a besteira de dar pro cara, agora terá que arcar com as consequências. Ela cagou, ela que limpe a merda que fez.” - Ayle diria, ríspida como sempre. Tive que reprimir um soluço. A única coisa que ia me faltar seria Alec invadindo o banheiro, preocupado com meu choro.

Amely e Cassadee iriam me interrogar.
Foi bom? Como é? Doeu?” Seriam as perguntas básicas do interrogatório.

Sorri, em meio ao rio quente que corria pelo meu rosto. Só Deus sabe como eu sinto falta daqueles loucos. Nossa casa parecia a Casa da Mãe Joana, mas era um mini hospício feliz.

Terminei o banho, me enxuguei, coloquei a blusa do Queen com um cinto fino e um cardigã cinza - a grande maioria das minhas blusas de banda eu peguei do meu pai, o que significa que elas ficavam realmente MUITO largas -, o jeans preto rasgado e com Spikes nos bolsos, a sapatilha também preta e passei lápis de olho e um pouco de gloss.

Sequei o cabelo e fiz uma trança lateral, bem básica, só coma fivela de laço com uma caveirinha no nó para enfeitar e segurar a franja longa e teimosa que sempre caia no meu olho.

Saí do banheiro e Alec estava deitado na cama, lendo um livro de capa azul-claro. Ele estava com jeans preto, blusa branca, um blazer preto, e meias, do lado da cama, um par de sapatos marrons escuros.
Ele me olhou e um sorriso de orelha a orelha iluminou seu rosto. Ele fechou o livro, calçou os sapatos e veio me abraçar.

–Amor, você terminou o banho bem na hora, faltam 5 minutos pra reunião. - ele disse e me beijou. Como sempre, ele só me soltou quando eu estava quase completamente sem ar. Enquanto ofegava eu o abracei. Ele beijou meu couro cabeludo.

– Te amo. Muito. - Ele sussurrou.
– Eu te amo ainda mais - Sussurrei de volta, a respiração normalizando.

Quando tava tudo bem com meu folego, ele disse:

– Bem, vamos lá?

– Claro.

Ele segurou minha mão e nós andamos por alguns corredores, até encontrarmos Jane, ela andou conosco por mais uns trocentos corredores, até o Salão. Deus, aquilo parecia mais um formigueiro do que um castelo!

Fomos os primeiros - fora Aro, Caius e Marcus, o trio calafrio, que ja estavam lá - a chegar no Salão gigantesco. Depois de alguns minutos, todos haviam chego, Aro pigarreou e disse:

– Bem, meus caros, eu os chamei pra lhes comunicar que temos uma nova integrante em nossa guarda: Quinn Volturi, a parceira semi-humana e La tua cantante de Alec.

E todos começaram a falar agitados, alguns parabenizando a gente, outros se perguntando o que Aro quis dizer com semi-humana e qual dom eu teria pra não ter sido morta quase imediatamente - AEE ALEC DESENCALHOU… - Ouvimos uma voz masculina berrar do outro lado da sala.

– FINALMENTE! - Jane completou.

– Argh, - ouvimos Heidi resmungar, bem baixinho - comigo por perto e ele foi querer essa monstrinha songa monga meio humana…

– Heidi? Gostaria de compartilhar algo conosco? - Aro perguntou. - Algum problema?

– Ahn, não, não, nada senhor Aro, nada não… - ela murmurou

Aro ergueu uma sobrancelha, mas deixou passar. Ele pediu a Heidi que trouxesse o café da manhã logo, e ela saiu.

– Café da manhã? - perguntei, murmurando, para Alec.

– É, a excursão da semana.

– Você quer dizer… Sangue humano?

– Sim… AH, vish, você não gosta de sangue, esqueci, desculpa amor, desculpa mesmo… - Ele exclamou, bravo consigo mesmo.

– Tudo bem, amor, tudo bem, posso me atracar com alguma jugular dessa vez. - Eu disse sorrindo. Ele riu.

Uma hora e meia depois, Heidi estava de volta, e com os humanos.

– Bem-vindos, convidados! Bem-vindos a Volterra! Felix, a porta, sim? - Aro disse, acolhedoramente, e Felix fechou e trancou a porta. - Agora, podem se banquetear. - Aro nos disse.

E a vampirada caiu matando em cima dos humanos. Era pescoço quebrando aqui, traumatismo craniano ali, costelas perfurando pulmões acolá, isso quando o vamp não resolvia cravar direto os dentes no sujeito. Sujaram o salão todo de sangue.

Aquele cheiro de sangue no ar era maravilhoso, mas o gosto… Argh, eu definitivamente NÃO poderia dizer o mesmo.

Sabe, eu nunca fui fã daquele gosto de ferro, mas aquela gororoba alimentava, e como alimentava, eu ficava o dia todo com a sensação de empanturramento, nem água descia. O chato é que depois eu passava meia hora - literalmente - urinando sem parar.

Mas eu estava com uma fome do cão, então eu vi uma mulher pequena e gorducha, branca como papel, se escondendo nas sombras de um canto, e fui silenciosamente até ela.

Encostei em seu braço e ela berrou.

– Shhhh, me desculpe, me desculpe mesmo por isso, minha senhora… - Eu disse, e cravei os dentes em seu pescoço.

Ela berrou em agonia quando meus dentes rasgaram sua pele pálida. Cara, machucar alguém assim acabava comigo, cada grito agoniado que ela dava me fazia ganir como um filhotinho torturado, de agonia e tristeza.

Eu sabia, e sabia muito bem, como era ter lâminas envenenadas rasgando sua pele.

Eu pedi uma vez a um vampiro amigo que encontrei na Guatemala, que me mordesse. Apenas a título de curiosidade, para saber como era.

– Quinn… Tem certeza? E se você se transformar? Queima, sabia? ” ele disse.

– Relaxa, Henrique, já sou meio vampira, e por favor, eu sei o que faço. Se não soubesse, não estaria viva até agora, e longe dos projetos góticos de Al Capone, estaria?

Eu disse. E ele mordeu meu pulso. Queimou como o inferno na hora que ele mordeu, e a região ficou vermelha, inchada e dolorida a ponto de mal me deixar dormir a noite, por uma semana.

Bem, o sangue era quente e tinha gosto de ferro, mas era denso e fresco, o que era bom. Era menos doce. Ou era porque era fresco demais, ou a tia tinha pressão alta e/ou colesterol. Sei lá o que era, só sei que cada gole matava um pouco mais da minha fome.

Mas era muito pra mim. Por sorte, Demetri estava por perto quando larguei a mulher berrando.

– Vai terminar? - Ele disse, jogando um homem inerte no chão, e apontando pra mulher em meus braços.

– Nem. - A empurrei pra ele, que mordeu o outro lado do pescoço dela e finalizou a tia.

Fui para perto dos tronos do trio calafrio e me sentei nos degraus aos pés do trono de Marcus, com os cotovelos apoiados nos joelhos e o queixo nas mãos. Eu estava com um puta sono, e com a familiar sensação de náusea e de estomago transbordando e de que se eu dormisse, eu ia acordar meia hora depois fazendo xixi nas calças. Meus olhos começaram a fechar.

– Tudo bem? - uma voz rouca, mas frágil perguntou monotonamente, colocando a mão em meu ombro. Cocei o olho e olhei para cima. Era Marcus, o Rei do Tédio. Parecia levemente preocupado, tanto quanto sua eterna expressão de tédio poderia permitir.

– Sim, eu só estou um pouco… - Bocejei - Cansada. Com muito sono. - Sorri levemente.

– Ah, bem, é que nas vezes que te vi, você geralmente estava saudavelmente corada. E agora está pálida. Quase doentiamente pálida. E creio que não deveria estar assim, afinal, bebeu metade da gordinha ali. - e apontou a gordinha que eu ataquei.

– É a droga do gosto. Me deixa com náusea e com um sono do capeta. - Bufei e ele sorriu levemente.

Cocei o olho e perguntei:

– Posso me encostar no seu trono pra tirar uma soneca? Meia hora, apenas!

– Claro, minha querida. Então me levantei, subi os poucos degraus que faltavam pra chegar no trono, fui para a lateral, me sentei no chão, encostei as costas no trono e fechei os olhos.


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Acordei com uma pontada em meu estômago. No começo era delicada, mas foi piorando e piorando, até que arfei de tanta dor e abri os olhos. Eu estava no quarto de Alec e ele estava me abraçando. Ele me olhou, preocupado.

– Quinn, meu amor, o que foi?

– Eu… - Comecei a falar, mas senti que ia vomitar, então tentei me soltar dele, cobrindo a mão com a boca - Me… Solta… Alec… - Murmurei, desesperada, quando ele me soltou eu corri pra privada. Fiquei de frente pro vaso, agarrei as bordas e deixei o jorro de sangue com bile, vermelho esverdeado, sair da minha boca, violentamente.

– Quinn…? - Ele chamou, a voz preocupada e magoada. Merda, eu odeio realmente odeio ser indelicada com ele.

Por sorte a tampa da privada estava levantada e wu pude por as tripas pra fora logo.

– AI MEU DEUS, QUINN! - Ele berrou, horrorizado de preocupação quando puxou delicadamente meus cabelos para trás e viu que o que eu vomitava violentamente era sangue. Na primeira pausa do fluxo de sangue parcialmente digerido, eu disse:

– Relaxa, eu tô vomitando sangue porque… - mais um jorro de vomito - …minha última refeição foi metade de uma tia gorda. - Mais outro jorro.

– Quinn? Alec? - Era a voz de Jane - Eu ouvi uns barulhos esquisitos, tá… Tudo bem?

– Não a deixe entrar aqui! - Implorei, murmurando, a Alec. - Claro, amor. - Ele beijou minha cabeça e foi manter Jane longe. - Jane, não é uma boa hora pra você ficar aqui, a Quinn tá com uns probleminhas aí, e tudo mais… Seria melhor se você saísse.

– Que probleminhas? Alec, o que tá acontecendo?…

– Jane… - Não consegui ouvir o resto da conversa. Eu vomitei até ficar muito fraca. Cuspi o que restava de vômito em minha boca e murmurei:

– Alec… - Só senti um par de braços me segurar quando soltei as laterais do vaso, sem força pra continuar segurando, antes de escorregar para a inconsciência.



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