Am I What Your Heart Desires? escrita por fabray


Capítulo 6
Capítulo 5- Conheço o passado de Alec e faço merda


Notas iniciais do capítulo

Leia ouvindo ou Every Breath - Boyce Avenue (Boyce Avenue ♥)
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Acordei um tempo depois, ainda usando o peito de Alec de travesseiro. Dormi que nem um bebê. Bocejei, cocei o olho e me virei, para poder olhá-lo.

- Dormiu bem? – Ele disse, sorrindo.

- Sim. – Eu disse e também sorri. – Dormi muito?

- Até que não, umas 15 ou 16 horas.

Arregalei os olhos.

- É muito? – Ele perguntou, levemente confuso.

- Um pouquinho. Geralmente durmo umas 6 ou 7 horas. – Eu disse, me sentando e coçando o olho. Só então reparei que ainda estava com a mesma roupa que eu usava quando Alec, Felix e Demetri me perseguiram por toda (ou pelo menos quase toda, por que né ) Volterra. E elas estavam sujas de sangue-de-Meio-Humano seco, o que fazia elas ficarem dura e extremamente desconfortáveis

- Onde está minha mochila? – Perguntei.

- Mochila… Mochila… Mochila… – Ele murmurou enquanto se levantava e andava até um armário embutido na parede direita, e revirava o armário. Por “revirava” eu quero dizer, ia pegando as roupas que estavam no possível caminho e ia jogando tudo para trás, e eu quase fui acertada por um casaco pesado de tweed marrom-chocolate com o brasão dos Volturi bordado na lapela. – ACHEI… Só que não… – Ele exclamou, e continuou procurando. Mais casacos, blusas, calças e sapatos começaram a voar na minha direção. Resolvi levantar antes que algo acertasse meu olho.

- Ahn… Tá difícil aí, ou…? – Perguntei, de braços cruzados, indo olhar a zona. “PORRA, MAS QUE ZONA…” pensei. E eu achando que o meu quarto era bagunçado na época que eu vivia com mamãe, papai, e o trio calafrio… “Quinn, pare de pensar neles. Vai chorar de novo.

- Tô quase… PRONTO. É essa aqui né? – Ele estendeu a mochila gigantesca que Amely havia me dado de natal. Era preta, com caveiras douradas de orbitas oculares vermelhas e com a parte de baixo meio derretendo. Como se chorassem sangue.

- Sim, essa mesma. Onde que tem um banheiro? Preciso tomar um banho e por outra roupa, mais limpa. – Eu agarrei a mochila e perguntei. Alec começou a socar as coisas de volta para dentro do armário

- Bem, tem o banheiro dele e tem o meu, eu acho que você vai preferir o meu, por que ele vai ficar reclamando de calcinha dentro do box, maquiagem espalhada pela pia, sprays fixadores, shampoos, condicionadores e produtos para cabelo espalhados pelo banheiro… Enfim, vai dar uma de macho. – Jane disse, encostada no batente da porta – Vai por quem teve que ficar dois séculos inteiros dividindo o quarto com ele.

Alec andou até a porta, segurou Jane pelos ombros e a virou para que ficasse de costas e a empurrou delicadamente, dizendo:

- Jane, porque você não vai tomar conta da sua vida, que da vida da minha namorada cuido eu?

- Porque ela é garota, assim como eu, e como eu já passei pela experiência de dividir um banheiro com você, o que definitivamente NÃO foi legal, e ela parece ser uma garota legal, e também uma santa por te aguentar, feito realizado apenas por mim até hoje, não quero que ela tenha que passar pelas coisas mais desagradáveis e que talvez façam você perder seu braço pela quarta vez. – Ela disse para Alec, o empurrou, e veio até mim, arrancou a mala das minhas mãos e me puxou – se nos dá licença, irmãozinho querido, ela precisa de um bom banho, tá com cheiro de sangue envenenado.

Ela me arrastou por alguns corredores até chegarmos a um quarto bem… Feminino.

Tipo, com paredes rosa-choque, cheio de pôsteres do Alex Pettyfer e do Alexander Ludwig, (a grande maioria era deles sem camisa), uma penteadeira BEM princesinha, uma cama enorme e extremamente fofinha, um armário embutido, como o de Alec, e ao lado, uma porta rosa-bebê.

- É esse o banheiro. – Ela disse, arrancando a mochila das minhas mãos, e jogando na cama, a abrindo – então, você vai ficar aqui ou com o Alec? Espero que seja aqui, porque dividir o quarto com meu gêmeo, não é nada legal, a menos que você planeje fazer algo com ele… – Ela disse, me dando um meio sorriso do tipo “Safadeza Mode: On”. Ai meu Deus, que vergonha! Senti o rosto ficar quente enquanto pegava uma muda de roupa, meu nécessaire e um sapato de salto não muito alto, só o suficiente para que eu não parecesse uma pigmeia, e Jane riu.

- Sério que você ficou tão envergonhada a ponto de corar? Sério mesmo? – Ela disse rindo ainda mais. MALDITA RUBORIZAÇÃO.

- ENFIM, – Eu disse, saindo do assunto de minhas bochechas de pimentão – não, eu não planejo fazer nada, com o seu ninguém, ainda.

- Ainda?

- Sem uma aliança no dedo, nem pensar.

- Ah, entendi. – Ela disse, assentindo – Mas, você tem noção de que ele vai tentar, quase desesperadamente dar uns, ahn… – ela pigarreou - pegas mais quentes… Se é que me entende…

Eu estava indo pro banheiro e suspirei, soando o mais infeliz que pude:

- Eu sei disso. Quando vocês foram transformados tinham o que?… 17, 18 anos? – Eu perguntei, deixando as roupas em cima do vaso sanitário, e a nécessaire em cima da pia.

Ela pareceu confusa quando pensou por um segundo, antes de responder:

- Sim… Não… Eu… Eu não sei, não lembro muito bem. Quanto mais o tempo passa, mais embaçadas ficam, as lembranças. Só lembro claramente da hora em que atearam fogo na palha seca com serragem debaixo dos meus pés e dos de Alec.

Congelei. Caramba, o que o fogo tem comigo que quer foder com todo mundo que eu amo?!

- Q-que? – Eu disse, me virando e voltando pro quarto – Defina “atearam fogo”…

- Sim, pegaram um toco de madeira, tacaram fogo e jogaram na gente. Não tem muito mistério nisso! – Ela disse, dando de ombros.

- Ah, mesmo?! Sério que tacaram fogo numa madeira e jogaram em vocês?! Não sabia! – Eu disse, sarcasticamente, e revirando os olhos – Eu queria saber o porquê.

- Tipo, não sei se ele te contou, mas nós viemos na verdade da Inglaterra. – Ela disse, se sentando, e sinalizando para que eu me sentasse – E bem, na época que nós nascemos, era tudo muito… Complicado. As pessoas eram supersticiosas demais, acreditavam em tudo. E, bem, as pessoas achavam que eu e Alec éramos bruxos,– Ela disse, revirando os olhos – por que todos que eram amigos de nossa família sempre eram agraciados de algum modo, e os que nós odiávamos sempre se ferravam. E aí, nos denunciaram, e resolveram nos transformar em carvõezinhos.

- Nossa, e eu que achava esse povo de hoje em dia intolerante… – murmurei

- O povo de hoje em dia intolerante?! HAHAHAHAHA, FAZ ME RIR HAHAHAHAHA – Ela disse, gargalhando.

- É claro, querida, eu vim do Brasil, lá, gay é tratado a lampadada, só pra começar!

- Sério?

- Ahan, lampadada, pedrada no olho, etc…

- Putz, que ruim. Mas, enfim, Aro já estava de olho em nós, ele nos queria na guarda, já prevendo que teríamos dons fabulosos, mas ele queria esperar um pouco mais pra nos transformar, mas, hum, digamos que o plano teve de ser um pouquinho adiantado. Enfim, ele nos tirou da pira, mordeu a gente, e voilá! Dois vampiros gêmeos!

- Mas ele queria transformar vocês quando tivessem o que, 30, 40 anos? – Eu disse, começando a rir, e pegando uma blusa do Queen, e devolvendo a do Iron Maiden do meu pai que eu usava como vestido, que eu tinha pegado por engano.

- Acho que deveria ser por aí, por que né - Ela disse também rindo. – Bem, acho que é melhor você ir tomar banho logo, antes que ele venha ver o que… Ah, falando no diabo, olha quem aparece! – Ela ainda ria, quando reclamou.

- Qual é a graça? – Alec perguntou, encostado na soleira da porta, com os braços cruzados e uma sobrancelha erguida.

- Eu tava contando a nossa história pra Quinn, e ela comentou uma coisa que é muito verdade!

- Hum, então em vez de deixa-la tomar banho, você ficou a enrolando? Legal isso, em Jane. Mas, enfim, eu vim aqui pra avisar que o Aro mandou todo mundo ir pro Salão Principal em duas horas

Ela mostrou a língua, e riu.

- Calma, amor, calma, já vou tomar banho, e depois eu vou lá pro Salão. – Eu disse, sorrindo para Alec.

- AWNNT – Jane deixou escapar - Desculpa, é que ela te chamando de amor é tão fofo! – Ela disse para Alec, se levantando, indo até ele e apertando suas bochechas - Significa que você finalmente desencalhou! – Ela finalizou e saiu saltitando.

- Etacarai, essa garota tá ficando piradinha, piradinha! Vive num mal humor da porra, agora fica aí, saltitando feliz da vida… – Ele murmurou consigo mesmo, os olhos arregalados de surpresa.

- Bem, se me dá licença, cinco minutos e já vou estar pronta - eu disse, entrando no banheiro.

Em menos de meio segundo, Alec estava atrás de mim.

- Bem, acho que vamos demorar um pouco mais do que cinco minutos… – Ele murmurou no meu ouvido, fechando a porta do banheiro.

Ah, Deus, não, não, NÃO, isso, definitivamente, não deveria estar acontecendo.

- Alec, nã… – Comecei a falar, mas eu fiz a besteira de me virar de frente para ele, e ele me segurou pela cintura e me calou com um beijo. Com muito esforço consegui me soltar, me afastei alguns passos e disse, séria, embora ofegante:

-Alec, nãonão agora, e definitivamente, não AQUI.

- Porque? - ele disse, se aproximando.

- Ahn, deixe-me ver, porque Aro está nos esperando e porque esse é o banheiro da sua irmã gemea?

- Correção: porque Aro vai estar nos esperando em meia hora e esse é o banheiro da minha gemea. - ele disse, colocando a mecha da minha franja, que sempre caia no meu olho, atrás da minha orelha - Bem, quanto ao tempo, nós temos suficiente, e quanto ao lugar, podemos ir para o meu quarto, onde, será mais confortável, e teremos privacidade... - ele se aproximou e me beijou. Ele me soltou por alguns segundos enquanto pegava minhas coisas e levava pro banheiro dele.

Enquanto isso, eu ofegava, recuperando o folego e pensava:

"Ai meu Deus, isso não vai dar NADA certo, por mais que eu o ame, eu to sentindo que vai dar merda... Eu sou meio humana, certas coisas muito, mas muito desagradáveis mesmo..."

Então, ele chegou, e me pegou no colo, me beijando de novo.

Ele chegou no quarto, fechou e trancou a porta e me deitou delicadamente na cama, ainda me beijando, e ficou em cima de mim. Quando eu estava ficando sem ar, ele me soltou, eu ofeguei um pouco, ele riu e me deu alguns selinhos entre um ofego e outro.

- Amor... Tem certeza que quer fazer isso? - eu disse, quase sem ar.

- Sim, tenho. Você não quer, não é? - ele disse, preocupado e sério - Tudo bem se não quiser, eu to apressando um pouco as coisas, eu sei... - ele riu levemente, enquanto se apoiava nos cotovelos, ainda em cima de mim. Eu sorri e disse, com a respiração normalizada:

- Amor, não é que eu não queira, é que... seilá, to com um mal pressentimento sobre isso, fora que eu sou meio humana...

- Mal pressentimento? Amor, não há o que dar errado. Eu te amo. E você me ama, certo? - ele começou, falando normalmente, e abaixando o tom de voz enquanto aproximava mais e mais o rosto do meu, até sussurrar , com os lábios encostando nos meus.

- Mais do que minha própria vida... - Eu sussurrei, o beijando. "Ah, que se dane", pensei, enquanto deixava ele subir minha blusa.


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