Am I What Your Heart Desires? escrita por fabray


Capítulo 4
Capítulo 3 - Recebo uma propostinha básica


Notas iniciais do capítulo

Recomendo ler ouvindo Children Of The Bad Revolution da Lana Del Rey, a letra não tem lá muito a ver, mas o instrumental combinado com a voz da Lana é o to que final perfeito pra te deixar bem no clima desse capítulo!
Ah, e por favor, deixem reviews, quero saber se estão gostando, o que mais gostaram, o que menos gostaram, enfim, a opinião de vocês!



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A sensação foi como beijar um pedaço de granito recoberto de veludo, mas… Foi como se esse pedaço de granito estivesse, sei lá, eletrificado, ou coisa parecida, por que quando ele encostou os lábios nos meus foi como se uma corrente elétrica muito, mas muito fraca passasse dele para mim. Eu não diria desagradável… Na verdade, pelo contrário, foi bom até demais, mas foi uma pena que ele tenha se afastado um pouco… rápido demais.

- Eu.. Ahn… Er… Hum… Desculpe… Eu acho… - Ele gaguejou, constrangido e pegou minha mochila que estava no chão- A-aqui. Sua mochila. - Se vampiros corassem, tenho certeza que ele iria estar vermelho como um tomate.
- Ahn… Obrigada… - Peguei a mochila de sua mão, ele segurava no ponto mais distante da minha mão, e quando segurei a mala, ele a soltou como um diabo que era forçado a segurar uma cruz, e finalmente fosse libertado do fardo.
Pelo jeito como senti as minhas bochechas quentes, eu acho que corei por nós dois. Só acho.
- Então, ahn, a gente vem por aqui, e depois por aqui… - Ele foi falando e me guiando, para frente, pelo túnel largo, eu tropeçava periodicamente, e Alec me segurava, os únicos momentos nos quais ele tocou em mim. Tá bom que ele estava envergonhado, mas, caramba, não precisava ficar o mais longe de mim que ele conseguia né! Fiquei irritada, mas não deixei que ele notasse isso. Honestamente, eu estava quase tropeçando de propósito pra ele me segurar. O túnel descia mais e mais.
Uma luz começou a aparecer, deixando o breu menos escuro, o túnel era baixo e em arco, com água saindo das paredes. Chegamos ao final do túnel, e lá tinha uma grade enferrujada, e nessa grade tinha uma portinha.
Ele a destrancou e abriu, por educação e disse:
- Primeiro as damas. - Ele esboçou um semi sorriso.
Eu passei, com um leve semi sorriso, e esperei do lado da porta. Ele a fechou e trancou. Passamos pelo espaço comprido e por uma porta grossa, baixa e pesada de madeira. Alec fez o mesmo, destrancou e a abriu, permitindo que eu passasse na frente.
Entramos em um corredor muito bem iluminado, paredes cinza-claro, no chão um carpete cinza. Olhei em volta e disse:
- Vocês gostam de um cinza, hein…
Ele riu e disse:
- Deixaram Marcus decorar esse corredor… Se ele se oferecer pra decorar qualquer coisa pra você… Bem, tá vendo no que deu Aro deixar Marcus como decorador.
Eu ri e disse:
- Mas cinza não é uma cor ruim. Adicione um pouco de brilho e vira prata! Se me derem um balde de glitter eu dou um jeito nisso aqui rapidinho!
Nós dois rimos e andamos até um elevador, entramos e finalmente paramos de rir, finalmente ele estava se soltando um pouco, deixando a vergonha de lado. ALELUIA!
Então saímos em uma saletinha que parecia uma recepção de alguma empresa chique, com paredes revestidas de madeira, com um piso de carpete grosso verde escuro, com quadros no lugar das janelas, haviam sofás de couro num tom de caramelo beeeem clarinho arrumados em grupinhos aconchegantes e com mesinhas de centro reluzentes com vasos de cristal cheios de buquês de flores. Rosas, tulipas, margaridas, orquídeas… Tudo quanto é flor. No centro da sala havia um balcão de mogno, com uma mulher atrás. Humana, certeza. Ela o cumprimentou e ele assentiu.
Sussurrei para Alec:
- Vocês sempre mantem humanos por aqui?
- É, - Ele sussurrou de volta - Mas ela vai virar uma de nós. Ou o jantar. vou ver com Aro se eu posso dar cabo. Se quiser rachar a Kaillah, é só falar.
- Mas não é nenhum feriado… Ou é? - Sussurrei de volta, e ele fez uma cara de “WTF?!”
- Feriado?
- É, meu… pai… sempre me disse pra guardar os humanos para feriados e datas especiais como natal, ano-novo e aniversários…
- Seu pai era esperto. - Ele sussurrou de volta, com um meio sorriso no rosto. AE, O MOMENTO VERGONHA EXTREMA PASSOU!!!

Peguei meu iPod Touch da mochila e olhei a hora. 3:00 da manhã. Nós seguimos para o fundo da sala, onde haviam portas duplas. Passamos por elas, mas ele fio na frente, e entramos em outra recepção, mas essa era meio diferente.

Uma garota extremamente parecida com Alec, apenas com cabelos mais próximos do loiro, olhos um pouco maiores e vermelho-vivo - tinha se alimentado não deveria fazer nem meia hora, porque além dos olhos, ela estava com um cheiro de sangue que eu poderia sentir lá do beco - lábios um pouco mais cheios e um pouco mais baixa que ele, estava andando de um lado para outro com uma cara de preocupação, mas quando viu Alec veio andando rapidamente e sorrindo, deu um abraço nele e beijou sua bochecha


- Alec, finalmente! Demetri e Felix disseram que você estava com a garota que encontraram, e que era meio diferente… - Aí ela olhou para mim, com uma cara de surpresa, olhou para ele, olhou de volta para mim, e então olhou para ele, quase rindo, e disse:
- Alec, Alec, Alec… Olha, eu poderia esperar isso de qualquer um, mas de você… - ela riu, um som suave e delicado.
- Jane, não começa… - ele disse. - Não há nada entre eu e a Quinn, ok. - Ele me lançou um olhar de “Depois nós conversaremos sobre o incidente”.
- Ahan, e esse olhar de “depois a gente conversa”, é o quê? - Ela disse rindo, e então, se virou para mim - O que aconteceu?
- Nada. - eu disse. Ela ergueu a sobrancelha.
- O que foi? - perguntei do modo mais inocente que pude. Realmente, não aconteceu nada, Alec apenas me beijou. Apenas.!
- É claro que não aconteceu nada… - Ela revirou os olhos e tentou parecer séria, mas sem sucesso algum.

Andamos pela sala, entramos em um corredor, e chegamos a portas duplas enormes, grossas e pesadas, folheadas a ouro. Jane as empurrou e, embora eles tivessem entrado no salão, eu fiquei esperando na porta.

Era um salão circular, com uns 5 ou 6 vampiros. Reconheci Demetri e Felix, mas também haviam mais uns 4 vampiros.

Um era baixo, meio cabeçudo e com cabelos que chegavam aos ombros, negros e lisos, e andava de um lado para o outro, ansioso, seu manto negro arrastava no chão, como o véu de uma noiva.

Outro, alto, de cabelos castanhos, ondulados, estava sentado no trono da esquerda, com uma expressão vazia, quase de tédio.

O terceiro, estava sentado no outro trono da direita, era alto como o segundo, mas tinha cabelos loiros e lisos, ele folheava uma revista, com uma expressão carrancuda.

O baixinho cabeçudo, o moreno entediado, o loiro irritado, Demetri e Felix se viraram para nós.

A dupla dinâmica sorriu, e o cabeçudinho se virou para Jane e Alec e disse, com uma voz aguda e levemente rouca:
- Jane! Alec! Que bom que voltaram meus queridos! - ele deu uma corridinha para ficar diante de Alec e sua irmã - Alec, meu caro, Demetri e Felix me falaram que você tinha uma surpresa para me contar! 
- Aro, meu caro, eu tenho uma surpresa incrível! Qui… - ele começou a falar, mas parou, quando viu que eu não estava ao seu lado. - Vish, cadê ela?… - ele olhou em volta e me viu na porta. Andou até mim, e me puxou gentilmente pelo braço enquanto empurrava minhas costas.
- Aro, esta é Quinn Joham, uma… Bem, veja por si mesmo… - Alec disse, radiante. - Mas, antes, Aro, posso dar cabo da secretária? 
- Sim, Sim calo, vá… Aro me analisava, intrigado.

O garoto quase correu até a porta.
- Alec - sussurrei e olhei para ele, em desespero, quando ele estava na porta, Custava esperar meia hora, porra, me arrastou até aqui pra depois arregar e sair correndo, fora que ele tinha prometido que não iam me matar, e se aproveitassem pra torcer meu pescoço enquanto ele secava a secretária?!?!

Por sorte ele percebeu o meu pânico e disse:
- Acho que vou esperar um pouco - ele disse, me olhando. 
- AWN! - Jane deixou escapar, tampando a boca logo em seguida. Eu, Alec, Aro, o loiro marrento e Felix a olhamos com cara de “WTF”, Dimitri riu e o entediado… Bem, não fez nada, no máximo com cara de bunda… Mas também só- Foi mal. Mas é que foi fofo! - disse olhando para Alec e rindo.

Alec a fuzilou com os olhos, Aro deu de ombros, Dimitri riu e tanto Felix quanto o loiro reviraram os olhos. Eu e o sr. Inexpressão ficamos Poker face..

Eu estava quase dando um tiro em Jane, não que fosse adiantar muito. .

- Enfim, - Alec disse, fulminando Jane com o olhar - Aro, você precisa ver, o que ela é, o que ela pode fazer

- Sim, claro… - Aro murmurou enquanto encarava minhas mãos, mais para si mesmo do que para Alec - Deve ser muita coisa, para deixar você, que é você nesse estado… Posso? - Perguntou, olhando para Alec, de repente.

Ele coçou a parte de trás da cabeça em claro desconforto e disse:

- Olha, no que depender de mim, tanto pode como deve… Mas pergunte a ela. São os pensamentos dela. - Certo, mas que grosseria a minha! - Me desculpe, minha querida, qual seria o seu nome? - Q-Quinn… Joham. Quinn Joham. - respondi nervosa. Eu adoraria saber, O QUE DIABOS ALEC QUIS DIZER COM “São os pensamentos dela.”?!

- Posso? - Aro perguntou. eu me encolhi, quase dizendo “não” - Não Vai doer, só preciso encostar em você… - Ele disse, sorrindo. Porque não fiquei no Brasil mesmo, ai meu Deus…

- Tá… - Eu disse, estendendo a mão, ela a pegou,e eu estremeci, começando a ver tudo o que ele pensava e/ou já pensou. Tudo o que ele viu eu também vi. Inclusive vi que ele havia visto a minha vida inteira e que agora eu via a dele. Ele arregalou os olhos - que já não eram pequenos - e falou assombrado em uma voz muito baixa:

- Mas isso não pode ser possível…

E então começou a rir. uma risadinha estranha, mas ainda assim engraçada. Quase ri da risada dele.

- Ahn, senhor, você tá bem?… - Eu disse, nervosa.

- Eu to radiante minha querida, nunca vi ninguém com seus dons… E olha que eu estou nessa vida antes mesmo de Cristo nascer! - Ele riu de novo - Ainda mais sendo como você é… Isso é extraordinário! - ele continuou a rir.

- O que é tão extraordinário assim, Aro? - Perguntou o loiro da carranca.

- Meu caro Caius, essa garota ela é… Bem, veja por si mesmo, minha cara, por favor, use algum de seus dons nele! Talvez a privação sensorial… - Aro olhou para Alec, os olhos brilhando - O que acha?

- Uma boa. - Ele disse, sorrindo para mim, encorajador.

Então, fechei os olhos e me concentrei e imaginei uma fumaça rosada e levemente cintilante emanando de mim e enrolando o loiro, Caius, como tentáculos. Ouvi murmúrios de “Nossa”, “Meu Deus”, “Que Incrível”, entre outros. Abri os olhos quando ouvi um tum no chão. Era Caius caído, com um olhar vazio, envolto por uma névoa rosa claro e cintilante.

- Rosa? Glitter? Sério, sério mesmo?! - Alec perguntou, fingindo estar horrorizado

- Eu gosto de rosa e glitter, ok? - respondi.

- Teste outro! - Aro praticamente implorou.

Imaginei a névoa voltando para mim, e, quando ela voltou, Caius piscou e voltou a si.

- Mas que diabos…

- Outro, outro outro! - Disse Aro, animado e feliz da vida.

- Ahn, desculpe senhor, mas não acho boa ideia… - eu disse.

- Concordo! - Disse Caius.

- Mas vai ser legal! Use o choque, o choque!

- Ok, esse NÃO é legal. - eu disse.

- Como não, é um fantástico!

- Quer vir sentir a carga? - Eu perguntei ficando irritada. Já falei que esse não, ô tiozinho insistente!

- Claro!

- Depois não diga que eu não avisei… Tá cheio de vampiro aqui pra servir de prova que eu avisei. - Eu disse, séria.

- Sim, sim, mas vamos lá! - Ele estava animado demais para sossegar.

Eu fiz a corrente aparecer nos meus dedos e disse:

- Cuidado, essa carga é baixa, mas ainda faz estrago…

Ele foi e enfiou o dedo no meio da corrente. Teve uma convulsão, caiu de bunda no chão, eu parei a corrente e dei alguns passos para trás.

- FANTÁSTICO! Doloroso, mas ainda assim, FANTÁSTICO! - Ele disse feliz e animado.

Eu o olhei com uma cara de “MASOQ” e disse:

- O senhor acaba de ser eletrocutado, ter uma convulsão, coisa que eu nem sabia que vampiros poderiam ter, e ainda achou isso FANTÁSTICO?! Perdoe minha pergunta, mas o senhor é louco? Tem o que na cabeça, merda?

- Não minha cara, mas é que seus dons me deixam deslumbrado, imagino se você poderia ser transformada… E se pudesse, como ficaria, com esses dons…

- Ok, Aro, já deu né, ela já é meio vampira, querer transformar o que tem de humana é muito, não acha não?! - Alec falou, meio desesperado, ele andou um pouco rápido e parou meio do meu lado, meio na minha frente, como se se preparasse para ficar entre Aro e eu.

Jane, Caius e o senhor Tédio ficaram com cara de confusos, e Aro ficou tenso e com cara de “WTF”.

Meio vampira, como assim?!… - Jane perguntou - só vi isso naquela vez que fomos aos EUA pra acabar com os Cullen, embora não tenha dado em nada, maldita Bella…

- É, irmã, eu também… até hoje. - Ele olhou pra mim e sorriu quando disse "hoje".

O rei das expressões saiu de seu trono e veio andando calmamente até nós, pegou a mão de Aro, que relaxou e suspirou antes de falar:

- Agora entendi.

- O que? Você entendeu exatamente OQuê? - Alec perguntou.

- Você sabe o que. - O Entediado falou pela primeira vez.

Alec engoliu em seco e ficou tenso. Se ele pudesse, tenho certeza que teria empalidecido ainda mais.

Ergui uma sobrancelha. Do que diabos ele estava falando?!

- Ahn, senhor?... Do que você está falando? - Eu perguntei, confusa.

- Ah, minha criança, não posso falar... - Ele pigarreou - Tudo ao seu tempo! - Ele disse sorrindo, como um pai ou avô amoroso que escondia o presente das crianças.

Alec relaxou um pouco. Pensei em cutucá-lo para perguntar que diabos era aquilo, mas lembrei que eu nem precisaria perguntar, eu veria tudo no que ele já pensou em sua vida toda, incluindo aquilo.

Senti uma dor familiar no estômago. Fome. Que horas eram? Peguei o iPod e olhei a hora. 8:30 da manhã. "Caralho, a gente ta nisso há cinco horas?!" - Pensei  - "Não é a toa que eu esteja com fome, to sem comer há seis horas, eu deveria ter comido alguma coisa há 3 horas, merda, agora vou acabar comendo em dobro, fudeu com o regime. Valeu, Alec! Se eu ficar gorda depois, esse filho duma..." - Eu estava distraída no meio do pensamento, quando senti uma mão em meu ombro e dei um pulo de susto. Era Aro, que manteve sua mão em meu ombro, com uma cara de interrogação. "POR A MÃO NO OMBRO DE GENTE DISTRAÍDA NÃO SE FAZ, NEGO PODE TER UM ATAQUE DO CORAÇÃO, SABIA MEU SENHOR?!" - Pensei com a maior força que pude. Ele riu ao ler os pensamentos, se era da minha reclamação mental com ele, ou com Alec, ou talvez dos dois, eu não descobri. Mas também nem queria saber.

 - Bem, Acabamos por aqui, certo? Porque eu preciso ir comer...

 - Acabar nós acabamos eu acho, mas, vai chegar daqui a pouco outra turma de excursão, aí vc pode pegar algum deles, se quiser entrar para nossa guarda... - Jane disse, chegando mais perto de mim.

Aro ergueu uma sobrancelha e pigarreou, dizendo irritado:

 - Jane querida, não precisava me antecipar no convite para a entrada na guarda.

 - Ah, bem, desculpe Aro... - Ela baixou os olhos.

Ele suspirou e disse:

 - Tudo bem, você estava animada. Bem, minha cara Quinn Joham, eu gostaria de lhe oferecer uma vaga na Guarda Volturi. Aceita?

 - Hum, posso pensar um pouco?

 - Sim, á vontade, querida. - Aro disse, sorrindo.

 - Vem, estar na guarda é legal! - Jane disse, sorrindo e segurando delicadamente meu braço. Alec assentiu, concordando com a irmã.

Mas quando Jane me tocou, eu estremeci, absorvendo o poder dela, como de costume. O que não foi de costume, foi minha reação ao poder dela.

Entendam, quando eu absorvo um poder, eu consigo sentir o que ele faz e sua intensidade, tanto a mínima quanto a máxima, é difícil de explicar, mas enfim, eu senti o que o poder de Jane fazia.

Queimar. Fazia você achar que está ardendo em chamas, fazia você sentir como se todas as células de seu corpo entrassem em combustão instantânea. Quando senti o que ela poderia fazer, a imagem dos meus pais queimando e soltando fumaça roxa  veio a minha mente, nítida, clara como se eu a tivesse visto ontem, não há doze anos atrás. Arfei e disse a Jane, com os meus olhos arregalados, sentindo a cabeça rodar e me apoiando em Alec que estava ao meu lado. Estava tão perturbada que nem prestei atenção nas imagens que tentavam inundar a minha mente, já que apenas a imagem dos meus pais queimando conseguia se prender em minha mente:

 - Você faz as pessoas queimarem?!

 - Sim, se eu quiser eu posso... Porque? - Ela ficou confusa.

 - Preciso sair daqui. Agora. - grunhi, entre dentes, para não dar um berro de agonia, a imagem dos meus pais na pira não saia de minha mente. Larguei o meu apoio - mais conhecido como Alec - e corri em direção a porta, passei correndo o mais rápido que pude, mas estava muito tonta. Tropecei no meu próprio pé - o que já é frequente normalmente, imagina quando eu estou toninha tontinha, como se tivesse passado as últimas duas horas em uma cadeira giratória - e caí de cabeça numa quina, nem sei do que, de uma mezinha de canto, talvez.

Só me lembro de sentir uma boa quantidade de sangue escorrendo pelo meu rosto, vinda da testa. "Ah que lindo, eu to sangrando na casa de um dos maiores clãs de vampiros existentes no mundo todo, se não o maior. É hoje que eu morro..." Consegui pensar antes de tudo escurecer.


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