Like Theres No Tomorrow escrita por Manu e Nati


Capítulo 10
Just Another Day


Notas iniciais do capítulo

3.847.903.584.639.448.583 de desculpa á todas vocês por ter demorado todos esse séculos á atualizar. Mas é que os nossos professores são meio pirados e acham que a gente só tem a matéria deles então eles nos lotam de trabalhos para fazer. Por isso demoramos tanto, espero que o tamanho do capítulo recompense nosso atraso.



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Achei uma gentileza da parte de Peter ele me da seu cachecol na noite passada. Eu estava com frio, sim, só não queria admitir. Sinto o material macio do cachecol roçando em meu rosto, seu perfume ainda está nele, um perfume marcante e doce. O cachecol dele é preto e de uma lã mais que macia.  Quente, macio, cheiroso. Penduro ele em um cabide e o guardo no guarda-roupas.

    Gostaria de sair com Peter outra vez, mas acho que não será possível, já saímos ontem. Hoje levantei com uma vontade extrema de ficar com Peter, algo sempre me arrasta ao encontro dele de uma forma ou outra, seja em pensamentos ou físicamente.  Ele está criando raízes dentro de mim, elas são fortes do jeito que não posso desenterrar. Ele é realmente uma boa pessoa. 

  Penso em ligar para ele, mas desisto logo no segundo toque. Não sei o que conversar. Eu poderia ligar para ele falar alo e logo depois de perguntarmos um ao outro se estamos bem iríamos ficar sem assunto. Deito-me na cama e fico olhando para o nada, mas é sempre assim que pensamos nas coisas.

  Vagueio em meus pensamentos até encontrar meus pais. A essa hora minha mãe deve está preparando o almoço enquanto meu pai assiste ao jogo. Com certeza ela deve está fazendo lasanha para o almoço do final de semana. Todos os finais de semana ele inventa de fazer um prato diferente, mas sempre acaba em lasanha de frango e queijo. Só de pensar já me dá água na boca. Esse prato pode ser repetitivo aos finais de semana, mas que a lasanha da minha mãe é deliciosa não tem como discordar.

    Essa água na boca vira um ronco na barriga barulhento e inquietante. Percebo que não comi nada até agora, preciso comer e rápido. Saio do meu quarto e vou para a cozinha. Pelo caminho vou procurando minha tia,  mas eu não a acho. De manhã ela me acordou para avisar algo, acho que era que ela ia no supermercado e perguntou se eu não queria nada. Ela ainda deve estar lá.

    Depois de comer alguns pães com queijo, tenho uma idéia. Não parece muito segura, mas me deu uma votade enorme de comer lasanha. Então eu irei fazer uma. Verifico se tem todos os ingredientes, tem tudo aqui. Coloco o macarrão em uma panela com água e pego um frango na geladeira e também o coloco para cozinhar. Enquanto o macarrão e o frango cozinham faço o molho branco.

  Minha mãe gosta sempre de colocar requeijão no molho branco* e ele fica uma delícia assim. Desligo o fogo do macarrão - que já está pronto - e o coloco para escorrer enquanto termino o molho e tempero o frango.   Depois de desfiar o frango e de todos os ingredientes estarem prontos, monto a lasanha. Sempre colocando uma camada de macarrão entre os recheios. Na superfície coloco queijo e requeijão por cima. Ponho a forma de vidro no forno e espero ficar pronto.

  Assisto tv enquanto a lasanha está no forno. Minha tia chega assim que tiro a lasanha do forno, colocamos a mesa juntas e almoçamos.

- Nossa! - ela disse depois de provar um pedaço da lasanha? - O que foi? - Pergunto temendo o pior. Será se está ruim? Salgada de mais ou sem gosto? Não vejo nada de errado no meu pedaço, então descarto a ideia de ela está ruim.

- Está uma delícia, parece até que a sua própria mãe a fez, muito gostosa! - ela disse, fico aliviada em ela achar que a lasanha está boa. Mas me comparar com a minha mãe? Essa lasanha não deve nem deve chegar aos pés da lasanha de minha mãe.

- Não, essa eu discordo. Essa lasanha não é nada comparada á de minha mãe mãe. - Não exagere tia - eu digo. - Estou falando sério! Olha eu já passei vários finais de semana com a sua mãe - rio de seu comentário, de um jeito ou outro foi engraçado o modo como ela também reparou que minha mãe sempre faz lasanhas nos finais de semana - e eu sei muito bem como é o sabor de suas lasanhas. Aria você é muito boa na cozinha, tem talento. - Bem, se é assim, obrigada - agradeço e como mais um pedaço de lasanha encerrando nossa conversa.  Depois de comermos quase metade da lasanha guardamos ela na geladeira e minha tia disse que iria lavar a louça, não me ofereço para ajudar, estou cheia a ponto de estourar!

    Assisti um pouco de tv e fui me deitar, não estava com sono e nem cansada, eu só queria me deitar e pensar um pouco. (...) 

  Acabei adormecendo depois que me deitei. Olhei a hora no celular e vi duas chamadas perdidas de Peter e várias de minha mãe. Primeiro liguei para minha mãe e conversei com ela. Depois liguei para Peter, ele queria me encontra hoje á noite. Disse á ele que iria conversar com minha tia para saber se ela iria concordar em eu sair á noite. - Tia posso sair hoje á noite com meu amigo? - perguntei á minha tia que está sentada na mesa de escritório que vivia fechada lendo uma pilha de papeladas. Ela tira os olhos das papeladas e olha para mim. - Não sei, eu não conheço esse seu amigo. Talvez você traga ele para eu conhecer e eu penso no seu assunto - ele disse.

- Awnn, tia porrr favorzinho - eu disse juntando minhas mãos e implorando á ela.

- Aria, você quer que eu deixe você sair com alguém que eu nem conheço, eu não sei seu nome, não sei quem são seus pais, não sei de nada! - ela disse voltando sua atenção para os papeis.

- Tia, olha para mim - eu pedi, ela olhou - Eu prometo de dedinho - estendi meu dedo mindinho para ela, ela riu com o gesto. isso é uma brincadeira de criança, mas é muito levado a sério para elas. Ela juntou meu dedo com o seu - Que eu irei trazer meu amigo para a senhora conhecer se a senhora deixar eu sair com ele hoje - Ela suspirou e tirou os óculos que usava.

- Tudo bem - Sorrio e comemoro pela conquista - mas, eu quero você em casa antes das onze ou você nunca mais sai de casa sem minha supervisão - ela disse. Dou um beijo em sua bochecha. - obrigada tia! - Saio do escritório e corro para o meu quarto ligando para Peter para avisar que eu iria sair com ele.

(...)

  Já arrumada (roupa) me despedi de minha tia e peguei um táxi. Peter disse que tem um shopping onde os filmes em cartaz são mais completos, dei o endereço para o taxista e ele seguiu seu caminho. Marquei com Peter seis horas na praça de alimentação em frente ao starbucks. Perguntei para o Taxista se era muito longe pois já são 5:30 e eu acabei de pegar o táxi e ele disse que não é muito longe.

  Hoje á tarde e pela manhã inteira choveu, as ruas estão molhadas e com poças d'água. Sinto uma vontade de sair do carro e para o shopping pisando em todas as poças d'águas. Isso já não é de hoje. Pelo que eu me lembro quando eu tinha uns cinco anos de idade, sempre que chovia, eu vinha da escola até minha casa - um quarteirão de distancia de ambos - com minha mãe pisando em todas as poças d'águas e as avaliando entre molhada e mar de chuva. 

  Mas hoje eu não possa sair e pisar nas poças d'água. Primeiro, eu irei sujar toda a minha roupa e chegar no shopping toda molhada e suja e segundo, eu já pareço bem grandinha para isso. Depois de alguns minutos dentro do carro recebi uma mensagem de Peter dizendo que já tinha chegado, respondi dizendo que iria me atrasar um pouco.

  A viagem deve ter durado ao todo quarenta minutos, ficamos em um pequeno engarrafamento. Paguei o taxista e segui meu destino ao starbucks. Incrível como o starbucks virou nosso local de encontro tão rápido, assim que liguei para ele dizendo que minha tia deixou eu ir ao cinema, ele não hesitou em dizer nosso local de encontro e eu também não hesitei em dizer que sim.

  Encontro Peter sentado em uma mesa em frente ao starbucks. Vou até ele e assim que ele me vê chegando eu dou um sorriso bobo e ele ri da minha cara. Me sento na sua frente.

- Tomei a liberdade de comprar nossos ingressos, é ás seis e meia - ele disse balançando o ingresso do cinema.

- Qual filme? - perguntei.

- Lembra de eu ter dito sobre assistir as aventuras de Pi? - ele perguntou, digo que sim balançando a cabeça - então, não é ele - paro de procurar o dinheiro para dar para ele e o olho, ele ri - Vamos assistir João e Maria: Caçadores de Bruxas.

- Esse filme parece ser bom, eu vi o trailer dele - comentei.

- o meu colega de quarto disse que é ótimo! - ele disse. Eu tinha esquecido desse detalhe, Peter divide o aluguel do apartamento com uma amigo. Me pergunto porque, já que ele está aqui para visitar a mãe e ele pode muito bem ficar na casa dela. Ou não pode? Afasto o pensamento que me deixou por um instante em silêncio olhando para o nada.

- Quero comer no Mcdonald's - eu disse voltando á conversa. - Estou com uma vontade enorme de comer um hambúrguer com batata e refrigerante - eu disse.

- Ta bom, também me deu vontade agora que você falou** - Ele disse.

- Fica aqui que eu vou comprar os nossos -Falei. Perguntei a ele qual o seu pedido e ele me deu o dinheiro para o lanche. Fiz nosso pedido e logo voltei á mesa. 

- Toma o dinheiro do ingresso - eu disse entregando o dinheiro.

- Não, pode ficar, não precisa devolver - ele recusou

- Mas é claro que precisa, eu quero te devolver o dinheiro - eu falei. Ele me examinou um pouco e depois pegou o dinheiro guardando-o.

  Comi meu hambúrguer como uma esfomeada. Assim que acabei o hambúrguer comi minhas batatas e minha barriga estava pedindo mais. Antes de entrarmos no cinema comprei uma pipoca grande para nós dois e comi durante o filme com a refrigerante do lanche.

(...)

- Esse filme é bem sangrento - comentei enquanto saíamos da sala do cinema.

- Verdade, tripas, cabeças estouradas, sangue para todos os lados - ele disse.

- Mas é muito bom, as decapitações fazem o filme, afinal é ação - Falei, ele concordou, descemos as escadas e fomos direto para a entrada do cinema, vi as horas e já está quase na hora de eu ir. - Peter, eu tenho que ir, minha tia disse para eu está lá ás onze.

- Tudo bem, eu também já vou indo - ele disse. Ele abriu a porta de um dos táxis e fez sinal para eu entra, fiquei em frente á porta e me virei para ele. 

- Então, tchau né - eu disse.

- Tchau - ele se despediu e me deu um beijo na testa e depois foi embora. Sentei no banco de trás e dei o endereço de casa. 

(...)

  Algumas semanas depois do nosso encontro no cinema, Peter e eu ficamos bem próximos. Sempre nos falamos por telefone e nos encontramos escondidos - Já que minha tia me proibiu de sair com ele porque eu não o levei lá em casa para que ela conheça. 

 Eu sempre digo que vou encontrar Alícia em sua casa e vou direto para o starbucks encontrar Peter. Claro que antes eu sempre ligo para a Alícia e ela compreende minha situação, com algumas subjeções, mas aceita. 

 A cada dia que passa eu gosto mais de Peter, ele é sempre gentil comigo, entende meus problemas e eu sempre tento fazer o mesmo com ele, mas não sei se consigo ser tão boa quanto ele, mas ele parece gostar. As vezes rolam uns beijinhos ainda tímidos no rosto, na testa, mas nunca na boca. 

 Estou em casa com Alícia. Minha tia saiu e não disse onde iria. Eu estava no meu quarto conversando com minha mãe - ela fez uma rede social só para falar comigo - e com Peter. Algumas meninas, que antes nem olhavam na minha cara, agora falam comigo só porque eu estou na Inglaterra. Meu pai já saiu do hospital e já até voltou á trabalhar, não como antes claro, mas devagar ele vai indo. Peter e eu estávamos conversando sobre  séries de tv e desenhos animados, eu sempre quero assistir alguma série, mas nunca sei qual assistir.

"Os Simpsons é legal, a elite das séries animadas, na minha opinião" Ele escreveu.

"Já me disseram que é bom, mas lá em casa nunca tivemos tv a cabo, então eu nunca assisti" comentei.

"Na casa da sua tia tem tv á cabo?" ele perguntou.

"Tem" respondi.

"Então corre que está passando agora na fox" ele falou. No mesmo instante que recebi a mensagem, peguei o computador e corri para a sala. Me joguei no sofá e liguei a tv.

"To vendo" Falei. Depois de um episódio voltei a falar com ele "Essa série é demais! Como não descobri isso antes?"

"kkkkkkk, eu disse. Aria eu vou ter que sair agora. Amanhã a gente se fala. Tchau" Ele se despediu.

"Tchau" Me despedi e vi ele ficar off.

  Passei a noite inteira assistindo Os Simpsons. Pesquisei os horários e vi que ele passa de madrugada também. Depois de assistir vários episódios na tv e algumas outras séries que passam na fox vi pela janela da sala que tinha claridade demais lá fora. Deixei o computador de lado e fui até a cortina da janela, eu a abri e vi que lá fora o dia já amanheceu. Olhei para trás e vi as horas na tv 5:45 da manhã. Passei a madrugada acordada e nem senti. 

  Mas a minha tia Emma nem veio para casa e nem Alícia veio para a sala. O que será que aconteceu? Subo as escadas correndo e vou até o quarto de Alícia. A porta esta entreaberta e o quarto escuro, abro a porta devagar e olho lá dentro. Alícia não está dormindo, ela está hibernando na cama toda enrolada na coberta. Fecho devagar a porta do quarto e vou até o quarto da tia Emma. Ela não está lá e o quarto está do mesmo jeito que ontem. O que será que aconteceu? Me pergunto outra vez. 

  Ouço um barulho na porta - provavelmente se abrindo - e corro escada abaixo em direção á porta. Minha tia até se espanta ao me ver correndo pela casa.

- Aria, o que aconteceu? Que olheiras são essas? - ela pergunta, meu rosto deve está inchado e minha olheiras bem evidentes.

- É que eu perdi um pouco a noção de tempo - falei com um sorriso sonso no rosto.

- Aria, você passou a madrugada inteira acordada? - ela perguntou, fechando a porta e colocando as mãos na cintura. Confirmo com a cabeça - Aria, vai dormir, você está com o rosto todo inchado.

- Mas tia, a senhora estava a onde? - perguntei curiosa.

- Ah! Me desculpa não ter avisado, eu dormi no hotel com seu tio. Ele não podia vir para casa, pois viajou outra vez hoje de madrugada, mas não se preocupe ele vai vir depois de amanhã aqui e vai passar três dias - ela disse - Agora vai dormir - ela disse.

  Peguei meu computador na sala e desliguei a tv e fui dormir em meu quarto. Estava exausta por não ter dormido, então dormi como uma pedra. Imóvel e com a possibilidade alguma de ser acordada.


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Notas finais do capítulo

*Minha mãe também faz isso
** Juro! Que eu também fiquei com vontade de comer hambúrguer, vocês não?
Vejo vocês nas reviews! Beijos



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