Destino Ao Anoitecer escrita por SBALI


Capítulo 35
Capítulo 35 Consequências


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora, meu pai tirou meu computador por dez dias, e eu ainda to de castigo mas implorei pra ele para me deixar entrar! Desculpa mesmo, mas ai está o Capítulo...



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Tinha algo estranho em Lucas, sim ele estava abalado com a morte do irmão, mas tinha mais alguma coisa envolvida, mas Rose não conseguiu descobrir o que era até então. 
Ela estava se preparando mentalmente e fisicamente para conversar com seus pais, já tinha molhado o rosto, escovado o cabelo para ver se dava alguma melhora no seu visual que estava triste e cansado. Lucas estava esperando na sala, ele mexeu em uma mecha que acabara de cair nos olhos de Rose e a colocara atras da orelha. Ela ainda sentia dores na barriga e vontade de vomitar, mas não contou para Lucas, deveria ser corajosa naquele momento. 
Ele foi até a porta com ela levando-a com as mãos atras de suas costas empurrando-a delicadamente. Ela estava saindo mas parou com a porta meio aberta, Lucas pegou sua mão.
-Rose você não é obrigada a ir, pode ficar aqui... -Lucas começou a disser mas Rose não deixou terminar.
-Nem pense em falar que eu não preciso ir. E mesmo que eu não precise eu vou. Está decidido. -argumentou ela e Lucas bufou e soltou a mão dela para ela ir até sua casa. E foi o que fez.
Ela abriu a porta, o cheiro da comida da mãe invadiu todo lugar, a casa estava a mesma, arrumada como a mãe sempre gostara. Alguém apareceu na porta da cozinha, com cabelos em um coque, um avental na cintura, Rose correu em sua direção e a abraçou forte. A mãe no começou achou estranho porque de todo aquele alvoroço mas retribuiu o abraço apertado da filha. 
-Mãe... -suspirou Rose.
-Oi filha, como foi na casa de Ellena? 
-Foi... bom. - demorou Rose segurando as lágrimas. 
-Ah, que bom que você chegou agora, o almoço já está saindo. 
-Mãe te amo. -Rose falou ainda nos braços da mãe. A mãe acariciou as costas da filha em modo protetor. 
-Também te amo filha! Aconteceu alguma coisa para você estar assim? -Perguntou a mãe virando a cabeça em questionamento. Rose não respondeu, só continuou abraçado-a. -Filha tenho que pegar a comida no forno, vai queimar. 
Rose soltou a mãe com dificuldade e saiu procurando o pai pela casa. ela gritou por ele, e ele desceu as escadas abrindo os braços para um abraço na filha. 
-Como está minha querida?
-Ótima, e meu querido pai? -Rose perguntou rindo do jeito que o pai falava. 
-Bem, - e soltou uma gargalhada rouca. -Que cheiro bom, a comida vai ser boa hoje. O que vamos ter amor? -Ele gritou para mulher que feio a seu encontro e lhe deu um beijo. 
-Carne e macarrão, e uma saladinha. O que acham?
-Perfeito. -Rose e o pai falaram ao mesmo tempo. 
Eles estavam indo para mesa quando Rose respirou fundo e tomou coragem para falar o que tinha a disser. Seus poderes ja tinham voltado na noite de sono que ela teve então daria para usar nos pais dependendo da reação deles.
-Pai, mãe, queria falar uma coisa... -Começou Rose sem jeito, os pais param para ouvir a filha. 
-Sim querida... -O pai falou sentando-se no sofá, e trazendo a mulher para seus braços. Rose pegou as mãos dos dois e a apertou forte. 
-Esses dias mudaram muito o rumo da minha vida, coisas aconteceram, coisas não aconteceram... Por mais que eu queira contar para vocês, desabafar, não posso, é coisa de mais, perigo demais. - a cara do pai mudou quando ela falou em perigo, ele ia começar a argumentar contra mas Rose continuou falando. -Me desculpa, se atrapalhei vocês, causei problemas, não sei... mas eu amo-os de mais, e isso que eu vou fazer é muito duro, para vocês, para mi. -ela parou para retomar o folego, e as lágrimas começaram a cair. -Pai, mãe, vou viajar para Europa, em um curso, ficar alguns meses -ela não expressou o tempo certo porque nem mesmo ela sabia. -mas eu prometo que eu vou voltar. Tenho que ir, é uma urgência, vocês me entenderiam, por favor não deem chilique, vou estar segura.
O pai endireitou as costas e ficou vermelho de raiva quando ouviu sua filha falar aquilo para ele, como assim ela viajaria sem eles, nem em sonho, seria mais um pesadelo aquilo. 
-Isso é uma piada.- Rosnou ele.
-Pai, -rose já começara a mandar energia tranquilizadora para os dois. - Você tem que entender, me desculpa não queria causar dor em vocês, mas é preciso. 
Eles não falaram mais nada até então, o pai já havia ficado mais calmo, e Rose começou a mandar imagens, para os dois, dela na Europa, segura em uma casa de família, em uma escola da cidade aprendendo variadas coisas, mostrando como ela estaria segura lá, feliz. Estava fazendo a cabeça deles. Naquele momento parecia que seus pais não estavam ali, parecia que partilhavam outro mundo, olhares distantes e perdidos. Lágrimas rolaram pelos olhos de Rose, como ela ainda não estava ressecada de tanto chorar?
Ela apertou as mãos deles e seus olhares voltaram ao normal, absorvendo as imagens. O pai aceitou que a filha iria, mas gostaria que ela ficasse, claro, ainda e quando descobriram que ela iria no próximo dia na madrugada ficaram mais tristes mas a deixaram ir. Na despedida, com as malas já prontas, Rose apertou as mãos dos pais mais uma vez.
-Eu amo vocês, prometo que voltarei. 
-Também te amo filha, sentirei sua falta. -A mãe falou soltando uma lágrima abraçando a filha. O pai fez o mesmo e abraçou as duas juntas. 

Rose estava levando a mala para Lucas que estava esperando-a na porta da casa dele. Rose soltou a mala no meio do caminho e saio correndo em sua direção e o abraçou, precisando de um apoio. 
Foi horrível ver eles daquele jeito, perdidos do mundo, fora de orbita. Rose sentiu-se como se tivesse enfiado uma faca no coração. 
Lucas a abraçou, apertando-a forte, ela enfiou o rosto no seu pescoço se escondendo do mundo como se ele fosse uma proteção e inspirou seu perfume, tentando se acalmar.
Ele levou a mala para  carro, e já tinha outra lá, bem menor que a de Rose. 
-Ja vamos? -perguntou assustada com que o futuro iria pregar dessa vez. 
-Ja, nosso avião sai as duas da manhã, e ja são dez da noite, temos que fazer um monte de coisa no aeroporto para não atrasarmos. Rose se você ainda não tem certeza...
-Não Lucas, vamos, só tenho que fazer algo. -ela disse chegando em um dos pontos mais difíceis da despedida. -Tenho que falar com Ellena. 
Rose ja imaginou a reação da amiga, e ela não conseguiria usar seus poderes nela depois de tudo que ela ja havia feito. 
-Claro passamos na casa dela, então melhor irmos rápido. 
Ele a puxou para beijar a testa dela e limpar mais lágrimas que caiam em seu rosto. Rose colocou a mão no queixo de Lucas e beijou sua boca, mas Lucas não respondeu como Rose esperava, só esperou ela terminar de beija-lo, sem retribuir direito, Rose o soltou.
-Lucas porque... ãhh, é... - gaguejou sem saber o que falar -porque você não retribuiu o beijo? 
Lucas desviou o olhar pesando no que disser, não devia ter feito isso, penso Lucas, vai magoa-la mais. 
-Desculpa Rose, é que eu to um pouco perdido com tudo isso. -falou tentando se livrar. 
Rose olhou pra ele, sabendo que isso não era verdade, tinha algo de estranho desde de tarde. Ele virou para entrar dentro do carro mas Rose segurou seu braço. 
-Lucas... 
-Não é nada... É melhor irmos ou vamos perder o voo até passarmos na casa da Ellena. 
-Vai me falar ou não? -insistiu Rose. 
Ele ja tinha aberto a porta do carro, mas voltou até ela e passou a mão em seus cabelos que estavam caindo, segurou a mão de Rose e beijou seus dedos e não a soltou. 
-Não é importante, vamos? -Lucas disse e a puxou para a o outro lado do carro para ela entrar, mas ela se recusou e bateu o pé.
-Claro que é importante, se não fosse você teria me beijado. -esbravejou Rose, com a mão na cintura ela ainda não tinha terminado seu discurso quando Lucas pegou em sua cintura, a levantou colocando-a em cima do capo do carro e lhe beijou, esquentando seus lábios. Ele subiu a mão pela cintura dela, fazendo o contorno de seu corpo e colocou a mão em seu rosto.
-Está bom assim? -sussurrou em sua orelha e mordiscando no final.
Ela soltou um suspiro, e colocou a mão em seus cabelos sentindo entre os dedos e o puxou para mais perto.
-Me conta agora porque você tava daquele jeito. -Ela fez que nem ele, sussurrou delicadamente para provoca-lo e depois beijou pescoço dele fazendo o caminho até sua boca. Ele resmungou baixo e a afastou delicadamente. 
-Rose e se Gabriel estivesse aqui, depois do beijo e daquilo que você disse para ele? Como estaria nos? -Lucas falou aquilo com dor, não queria magoar Rose mais do que ela estava, mas ela era teimosa.


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