Encontro escrita por CBA


Capítulo 3
O que você sente?


Notas iniciais do capítulo

Meus leitores e leitoras lindas e lindos ^^(se algum garoto esta lendo, o que eu duvido)
Finalmente chegamos ao fim TT-TT!
Espero que gostem e fiz o melhor que pude >



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Mello parecia ter congelado a frente da porta que separava a cozinha de todo o resto do refeitório.

Near mantinha o rosto enterrado entre os joelhos encolhido debaixo da mesa, ainda que ele estivesse longe, não era difícil para o loiro perceber que o pequeno tremia.

E para ser bastante franco, Mihael não sabia se preferia voltar e fingir que nada vira ou correr e abraça-lo.

Enquanto Near ainda não o tinha visto e concentrava suas forças apenas em chorar por medo dos malditos trovões ainda havia como fugir e ignorar.

Em outra ocasião inclusive, Keehl o faria sem pestanejar, porém hoje, lucidamente afetado pela falta de chocolate, fraquejara.

Respirou fundo e pigarreou esperando que ele finalmente percebesse sua presença.

Então, aos poucos, ao notar a movimentação, Near levantou o rosto e o fitou assustado.

–M-Mel-lo? – O albino balbuciou.

O queixo tremulo, os lábios serrados para oprimir um soluço, os olhos negros marejados, o pequeno nariz afilado já vermelho, o mesmo valia para as bochechas.

Mello não se conteve, abraçou-o.

O loiro aninhou Nate em seus braços, enquanto o embalava com suavidade.

A proximidade era tanto que, por ter o albino colado a si, podia ouvir claramente as batidas do seu coração que cada vez mais pareciam cada vez mais compassadas.

Sorriu.

Near o também o fizera, mesmo que Mello que não pudesse ver.

Ficaram assim por mais algum tempo, nada disseram um outro, nem ao mesmo ousaram se encarar.

Saboreavam em um só gole, um coquetel de sentimentos confusos e massacrantes e ainda assim uma inevitável sensação de conforto que nenhum dos dois queria perder.


Inferno, acho que estou drogado sim, mas não tem nada haver com falta de chocolate ou os cigarros suspeitos do Matt.

Mais precisamente, a presença dele que esta me deixando chapado mas do que qualquer outra coisa.

Legal Mihael, conseguiu o que queria, agora com certeza, ele te viu.

E então retardado, o diabos você pretende fazer nessa porra?

–Mello? O que, o que você faz aqui?- Ele continuou a dizer como se tivesse visto uma assombração.

–Shi! Quieto moleque! Eu não mordo, talvez um soco, mas não que eu esteja disposto a isso agora. Se contar isso a alguém eu te mato ok? Aliás, se quiser, conte, pode sair gritando não me importo mais com nada.- Então fui me aproximando cada vez mais e ele estava paralisado. A mesma expressão de cara de paisagem que só ele tem.

É que bela paisagem...

Para minha surpresa, percebendo minhas, segundas, terceiras, quartas e quintas intensões, Near entrelaçou seus braços em torno do meu pescoço e apenas aquele toque tão simples, me fez estremecer por dentro.

–Near...Eu...Eu gosto muito de você.- Caralho Mello! Eu gosto muito de você? Mas que porra é essa? Nem pra se declara direito você serve? Seu viado!

A bola de algodão me encarou ironicamente com sorriso de esgueta completamente incrédulo em meus dizeres.

–Gosta muito de mim é? – Seu sorriso em questão de segundos passou para malicioso.

Ok, incrédulo estou eu agora, como assim ele sabe fazer esse tipo de coisa?

Seus lábios- Bastante vorazes, diga-se de passagem – alcançaram o lóbulo da minha orelha e vagarosamente ele sugou-o.

Reprimi um gemido.

–Disso, você gosta muito.- Ele falou como se estivesse narrando um fato corriqueiro.

Então seus lábios desceram para o meu pescoço e dessa vez não consegui me segurar quando ele deixou uma marca que provavelmente ficaria roxa daqui a algum tempo.

Seu sorriso continuava em face.

–Bem, disso aparentemente, você gosta ainda mais.- Ok, é oficial, esse Near esta me assustando.

–E por mim Mello, o que você sente?- Near me beijou imprensando-me contra a parede enquanto mantinha suas mãos presas aos meus cabelos.

Mas pera um pouco ai!

Um lapso de consciência me atingiu.

Eu sou o Uke?

Haha, espere Nate até eu recuperar o controle do meu próprio corpo!

Mais um trovão retumbou e Near, antes concentrado em ver sair da minha boca tanto a verdade quanto alguns gemidos vergonhosos logo se encolheu novamente.

–Near?- Chamei-o.

–Sim Mello?- Ele me encarou e eu percebi que ele estava quase para chorar de novo.

–Eu...Eu te amo.- Disse tentando parecer o mais sério possível.

–Eu também.- Ele respondeu enquanto enrolava um dos cachinhos brancos na ponta dos dedos e sorria cúmplice.

>>>>>>>>

Os dele brilhavam, castanho- escuros, quase negros, como chocolate amargo.

Seu chocolate preferido.

Se agora não haviam barras ou bombons, haviam os olhos do albino e por mais incrivel que fosse acreditar, aquilo bastava.

Seu coração finalmente se acalmou, enquanto as mãos frias e delicadas de Near entrelaçavam suas costas em um abraço, procurando nele refugio da tão assustadora trovoada.

Que, por pior que fosse, não assustava tanto com Keehl ao seu lado.

Esse fora o melhor encontro de todas as suas vidas...



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Notas finais do capítulo

Mereço comentários? (please ultimo cap *--*)