Encontro escrita por CBA


Capítulo 2
Só pode ser brincadeira...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, este capítulo eu fiz ao som das musicas da minha banda preferida, pensar como a ovelhinha cuti foi difícil...
Se gostarem, comentem.
Se não gostarem, comentem também XDDD.
Beijos com sabor de chocolate (Mello e Near approve o)



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Isso é ilógico e irracional, não o deveria estar fazendo de forma alguma. Não deveria nem mesmo sentir falta de um brinquedo velho como aquele.

Principalmente por aquele motivo.

Não deveria me importar com Mello, não deveria se quer ter pensado em oferecer meu pedaço da torta a ele.

Mesmo assim eu o fiz.

Não o queria chateado, como estava naquele momento, além de ser perigoso para as pessoas ao redor, cortava meu coração.

Essa era minha verdade.

Minhas pantufas deslizando sobre a lisa e gélida superfície do chão enquanto eu ia me arrastando em direção ao refeitório.

Por mais importante que fosse o ursinho de pelúcia, correr ou não, não mudaria o fato de que talvez – e só talvez- ele ainda se encontrava no refeitório.

E se não estivesse, nada me restaria que não fazer uma busca minuciosa atrás dele.

Cabeças rolariam, sem duvida de que sim...

Não importava por qual corredor eu passasse todas as portas se encontravam devidamente fechadas e as luzes de cada quarto desligadas.

Eu chegava cada vez mais perto, tanto do refeitório, quanto daquele maldito quarto que ele dividia com Jeevas.

Na divisão original, eu quem ficaria com ele, mas, tendo em vista de caso isso acontecesse um de nós acabaria morto e com 90 por cento de chances deste ser eu.

Por conta disso, Roger resolveu que seria mais sensato fazer algo sobre isso.

Ele sabia - e graças aos céus, só ele - que Mello podia fazer de mim o que bem entendesse. Jamais iria me opor a isso seja lá o que quer que fosse.

Eu não passava de uma mera peça de quebra cabeças cujo qual poderia ser encaixada onde quer que fosse.

Patético.

Apático.

Anormal.

Talvez ele estivesse realmente certo.

Balancei minha cabeça lentamente como se isso pudesse afastar a dramaticidade que não me cabia

Uma exclamação se formou em minha garganta, mas não a deixei sair.

A julgar pela cama desfeita, a porta escancarada e Mail ainda adormecido, Mello estava acordado perambulando por algum lugar da Wammy’s.

Só me faltava essa agora...

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O loiro jogava irritado jogava ao alto os outros pratos que se encontravam na imensa geladeira do refeitório da wammy’s.

Havia bebido toda a calda de chocolate utilizada no bolo diretamente do próprio recipiente, no canto esquerdo do rubro lábio inferior, chocolate ainda escorria.

Mas nada do bolo.

Onde capetas infernais haviam posto o SEU bolo?!

Mello suspirou irritado.

Pela primeira vez em sua vida iria adorar ter sido realmente enganado por alguém, mas, pelo visto, além da calda de chocolate, nada restara do bolo.

–Merda!- Exclamou o loiro, talvez um pouco alto demais para aquela hora da noite, mas era Mihael Keehl, e estava sem chocolate, pouco se importava com tais detalhes.

Na verdade,mal pensava.

E agora, a cena de Nate River, ou melhor, Near, oferecendo a ele o bendito (maldito) bolo, se repetia em sua mente incessantemente.

Chegava quase a ser indecente.

Mas que culpa tinha ele se ao falar tão morosamente River articulava seus lábios tão finos de forma tão tentadora a ponto de ter que faze-lo segurar-se para não agarra-lo a cada palavra dita.

Irritado com seus próprios pensamentos que o traiam Keehl bateu com força a enorme porta da geladeira quebrando o silencio e ouvindo os recipientes de vidro dentro desta se espatifando.

>>>>>>>

MASOQ? Mello seu imbecil! No que diabos estava pensando! Você? Beijar o Near? Fumou orégano seu doente?

Meu Deus! Quer você exista ou não, me ajude! Essa merda tá me fudendo legal! Até beijar o River eu quero! E diabos como quero!

O que eu disse?!

Ok, Socorro, as coisas estão ficando tremendamente sérias por aqui.

Não estou nem mesmo mais me reconhecendo!

Eu fui drogado, e a única explicação, ou melhor eu não fui drogado! Estão me privando da minha única droga e agora eu fico aqui pensando na droga do Near.

Mas que droga! Se não estou drogado, quer dizer, que desejo conscientemente, beijar o Near até estourar seus lábios de tanta pressão?

Chega.

Passei a mão pelo rosto como se além do suor empapado em minha testa por de baixo da minha franja pudesse também me livrar desses malditos pensamentos incabíveis que ando tendo com certa frequência em relação ao Near.

Melhor me acalmar e dormir.

Saio de perto da geladeira ainda desacreditado que nada consegui com ela se não um pouco de calda de chocolate.

Passos tão lerdos quanto os de uma tartaruga.

Ou os passos do Near.

Mello.

Chega.

Pensa em chocolate! Não em Near! Chocolate! Nada de Near! Nem como os lábios dele se mexem de forma atordoante ou como seu nome parece zibilhões de vezes mais bonito quando saem daquela mesma boca.

Nem como você gostou quando, uma vez, enquanto o Matt estava viajando com sei lá quem pra sei lá onde e ele foi dormir com você pois estava com medo dos trovões quando a gente era mais novo!

Chocolate Mello!

Chocolate! Nada de Near! Por mais fofo que ele seja, por mais bonito que ele seja, por mais tentador que seja agarra-lo!

Nada de Near!

Passo mais algum tempo repetindo meu mantra encostado sobre a pia da cozinha e procurando respirar pausadamente.

Acho que consegui.

E então do nada, como se o universo estivesse conspirando contra mim – e eu tenho lá minhas duvidas de que ele realmente esta – começa a chover.

E não, não estou falando de uma garoazinha, me refiro a um temporal com direito a trovões.

E junto com os mesmo trovões, algo que parece, choro de criança.

Corri para ajudar quem quer estivesse em apuros, sabe se lá porque, afinal não e nem um pouco condizente comigo essa tipo de coisa.

Então eu o vi.

Paralisado embaixo de uma das mesas do refeitório abraçado as próprias pernas.

Inferno, como ele pode ser tão fofo?

O destino só pode estar de brincadeira comigo...







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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?