Chegamos na casa do Chuck, estava tudo destruído, uma bagunça só. Fomos procurar o Chuck no meio daquela bagunça toda. De repente ouvi Sam reclamar:

- Qual é o seu problema cara. - Chuck tinha acertado Sam com uma barra de ferro

- Sam!? - Disse Chuck surpreso.

- É. - Respondeu levando a mão para cabeça.

- Você está bem? - Perguntou Chuck.

- Minha cabeça dói. - Respondeu

- Minha última visão, seu corpo estava a 150º C batimentos a mais de 200bpm e seus olhos... Seu olhos ficaram negros.

- Onde está Cass? - Perguntou Dean meio incomodado com o que o Chuck falou.

- Morreu, ou sumiu. - Respondeu Chuck – O arcanjo acabou com ele – Completou.

- Mas talvez ele tenha apenas sumido com a luz. - Disse Dean

- Não, ele meio que explodiu. - Respondeu Chuck

- Ele estava tentando nos ajudar. - Disse Sam sobre Cass.

- Exato. - Respondeu Dean.

- E agora? - Perguntou Chuck.

- Eu não sei – Respondeu Dean.

Eu não parava de chorar, não era um choro escandaloso era apenas lágrimas, centenas de lágrimas caindo em silêncio. Estava prestando atenção na conversa mesmo sem entender nada. Sam olhou para mim e disse:

- Não chora Charlotte.

- Eu... Não estou chorando. - Disse secando as lágrimas.

- A gente vai dar um jeito nisso tudo é só a gente achar... - disse Sam sendo interrompido por Chuck dizendo.

- Ah merda! - Exclamou.

- O que foi? - Pergunto Dean.

- Posso senti-los. - Respondeu

E de repente no fim da sala aparece 3 homens, o homem que mais me chamou atenção era um meio gordo, com roupa social que já chegou dizendo:

- Chegou a hora Dean, é hora de vir conosco. - Disse o homem se aproximando de nós.

Dean não estava com uma cara nada boa, parecia nervoso porém temia algo. Ao contrario de mim, Dean já havia visto aquele homem e acho que Dean não gostou muito de conhece-lo, seja lá o que ele for.

- Pode ficar ai mesmo seu imbecil. - Disse Dean irritado - Vocês adiantaram o dia do julgamento final... Felizes? - Completou

- É, talvez tenhamos deixado acontecer. Mas não começamos nada, certo, Sammy? - Disse o homem encarando Sam. - Você e Charlotte tiveram a chance de impedir Sammy, mas não consiguiram. Então não vamos discutir quem começou o que aqui é apocalipse agora, você quer matar o diabo e nós queremos que você o mate.- completou

- Eu deveria confiar em vocês? - Disse Dean irônico. - Enfia sua proposta naquele lugar com nozes, feioso. - Debochou Dean.

- Isso não é uma brincadeira! Lúcifer é poderoso, temos que detê-lo agora com força antes que ele encontre seu recipiente. - Disse o homem mais nervoso do que antes.

- Seu recipiente? - Perguntou Sam - Lúcifer precisa de um saco de ossos – Completou.

- Claro, Lúcifer é um anjo e essas são as regras. - Respondeu o homem. - Você pode impedi-lo Dean, mas precisa da nossa ajuda. - Disse ao Dean.

- Escuta aqui seu imbecil, depois do que fez eu não quero nada de você. - Disse Dean aumentando um pouco o tom de voz.

- Me ouça garoto! - Disse o homem com o tom de voz alto. - Acha que pode se rebelar contra nós assim como Lúcifer fez? Você... Você está sangrando! - Exclamou.

Olhei para mão de Dean e era verdade, sua mão estava sangrando, o sangue pingava no chão, fiquei preocupada até que Dean disse:

- Uma pequena garantia caso um de vocês aparecessem.

E então Dean puxou a porta onde havia um simbolo estranho feito de sangue, não era a Chave de Salomão, não sabia o que era. Dean colocou sua mãe ensanguentada na porta e uma luz forte veio, conseguir ouvir o homem gritasr “não!” mas quando olhei ele havia sumido.

- Aprendi isso com o meu amigo Cass, seu filho da puta. - Disse Dean para si mesmo.

- Estava totalmente confusa, meio sem jeito perguntei:

- Quem era ele? Ou melhor, o que era ele?

- Zacariah um anjo chato. - Respondeu Dean.

- E esse simbolo? - Perguntei

- É um simbolo espanta anjo. - Respondeu.

Iria perguntar sobre Lúcifer, mas não queria incomodar Sammy com essa história. E então lembrei que Lúcifer era um Arcanjo, mas considerou um ultraje se rebaixar para um ser inferior, como os humanos, por exemplo. Então, neste ato de rebeldia de não obedecer a Deus, Deus ordenou que Miguel, seu irmão, o aprisionasse . E assim Miguel o fez, prendendo Lúcifer à 666 selos em uma cela no ponto mais profundo do Inferno. Achei irônico apenas por um fato: Lúcifer não gosta dos humanos mas precisa de um corpo humano para “ser alguém”.

Parei de pensar nisso, para começar a pensar em algo para nós. Perguntei:

- Para onde vamos agora?

- Você vai sua casa! - Disse Sam.

- Não! Não vou deixar vocês de novo. - Disse

- Não vou te por em perigo Charlotte. - Disse Sam quase implorando para que eu fosse para casa.

- Não Sam, já disse. - Persisti.

- Ótimo! - Disse Sam ironicamente. - Vamos para um Hotel, não queremos visita de nenhum arcanjo. - completou.

Fomos para um hotel, em algum lugar do mundo, não prestei atenção no caminho pois estava tão cansada que dormi no banco de trás do Impala. Me lembro de ter sonhado com o que aconteceu no convento. Argh! Não gosto de lembrar.

- Hey Charlotte, acorda. - Me acordou Sam

- Já chegamos? - Perguntei ainda sonolenta.

- Já. - Respondeu.

Desci do carro, peguei minhas coisas e entrei no hotel. Aquele silêncio me incomodava muito, mas pior que o silêncio era lembrar que o apocalipse começou. Entramos no quarto jogamos nossas bolsas no chão nos encaramos até Dean falar:

- Sam, vá comprar comida enquanto recarrego as armas.

- Ok.

- Ah! Não esqueça minha torta. - Disse Dean.

- Certo, Dean. - Disse Sam, com um sorriso forçado.

Sam saiu, Dean começou a recarregar todas as armas, fazer água benta, afiar as facas e eu ali apenas observando. Decidi pegar uma arma e recarregar, mesmo não sabendo como. Dean olhou para mim com um sorriso irônico e disse:

- Impressionante! - Disse Dean erguendo a sobrancelha.

- O que é impressionante? - Perguntei.

- Impressionante, você está passando por tudo isso por causa de um idiota com quem dormiu por uma noite e que agora começou o apocalipse. - Disse meio nervoso.

- Dean! Sam é muito especial para mim e é especialmente agora que não vou voltar atras. Pessoas erram, sabia? - Disse

- Sabia, assim como sei que foi um erro seu se envolver nisso tudo. - Disse Dean meio estranho.

- Pode ser um erro, pode não ser também. Mau sabemos o que vai acontecer daqui para frente.

Dean iria falar alguma coisa mas Sam chegou com a comida. Ele jogou um sache de feitiço para mim e um para o Dean e disse:

- Com isso ficaremos invisíveis para os demônios e para os anjos.

- Sério? Com quem aprendeu a fazer isso? - Perguntei deslumbrante com o trabalho.

- Bem... Foi com a Ruby. - Disse meio sem jeito.

- Ah! - Disse com um ar de decepção.

Dean estava devorando sua torta enquanto Sam estava comendo cereais. Eu estava sem fome, me sentei perto da janela e comecei a olhar as nuvens, sempre faço isso para pensar nas coisas. Sam chegou perto de mim e falou no meu ouvido:

- É melhor você comer alguma coisa.

- Obrigada mas estou sem fome.

- Preocupada? - Perguntou Sam.

- Sim, mas não com o apocalipse. - Respondi.

- Com o que então? - Perguntou.

- Com você.

Ele me olhou, não sei como explicar o olhar, como se ele realmente precissase de alguém para perguntar como ele estava, eu levei minhas mãos até seu rosto e ele me beijou. Realmente estava preocupada com Sam. Preocupada com a saúde dele por causa do sangue de demônio, preocupada com o que ele sentia por Ruby que morreu, preocupada com nós.

- Eu estou bem, mesmo. E sobre o sangue de demônio... Quem nos colocou naquele avião me desintoxicou.

- Que bom, fico um pouquinho mais aliviada.

De repente alguém bate na porta, Dean foi abrir com um arma na mão, ele abriu a porta e uma menina loira meio maniaca falou:

- Dean, é você mesmo?

- Desculpe, nós nos conhecemos? - Dean perguntou

- Você não me conhece mas eu te conheço, você é Dean Winchester e aquele é o Sam Winchester, mas não sei quem é ela. - Disse a loira super apresada. - Sou a Beck, o senhor Chuck me disse onde vocês estavam. - Completou.

- Chuck? - Dean perguntou.

- Ele tem um recado mas não pode falar pessoalmente com vocês porque está sendo vigiado, ele teve uma visão “ A espada de Miguel está na Terra, os anjos a perderam”

- Espada de Miguel o Arcanjo? - Perguntei

- É... Quem é você? - Disse Beck

- Sem tempo para perguntas. Ele sabe onde a espada está? - Disse Dean sem me deixar responder

- Está num castelo, na colina dos 42 cães.

- 42 cães? - Disse Sam

- Isso, foi o que Chuck falou. - Disse Beck – Agora eu vou indo.