Quatro Detetives e Um Sonho escrita por Lawlie


Capítulo 20
Capítulo 20 - Depois eu ponho um nome


Notas iniciais do capítulo

EAE PESSOAL, COMO VÃO?
Eu planejava postar isso antes do dia 24 e ir desejando um feliz Natal por vocês que são leitores adoráveis (até mesmo os fantasmas, se tiver algum), mas acabou não dando - falta de tempo + me distraindo no pc - então, esse é o último capítulo do ano. Obrigada por terem me acompanhado nesse 1 ano de fic (sim, já faz um ano que eu comecei essa fanfic), por terem mandado reviews, aguardado quando meu psicológico perturbativo me fez abandonar isso daqui, e tudo o mais. Feliz ano novo, tudo de bom pra vocês, Deus abençoe a todos não importa sua religião ou crença, e que tenham um 2014 repleto de novidades, e coisas legais, paz, saúde... bla bla bla, vocês já entenderam o que eu quis dizer. Beijos e até o próximo capítulo, boas festas!



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Narração normal

Nas ruas mais desertas, Matt parava o carro e alguns deles desciam para instalar as câmeras (que possuíam transmissores a distância que levavam as imagens para um notebook). Após algum tempo, Tikara fez um barulho entre os dentes e cutucou Miruku, ao ver as imagens das câmeras irem desaparecendo da tela uma a uma.

– Não é por nada não, mas alguém mordeu a isca – se permitiu um sorriso. – Tem alguém desativando ou quebrando as câmeras.

– Eureca – Miruku murmurou, sem muito ânimo.

Quase no mesmo segundo, um carro passou por eles em uma velocidade além da permitida. Matt mordeu o lábio.

– Algumas das suspeitas tem carro?

– Conta nos meus registros que uma delas, a Gabrielle, tem um Peugeot com a placa idêntica com a desse que acabou de passar. Mesma cor, aliás – Miruku respondeu, dando um sorriso.

– Certo. – o ruivo pôs um pouco de força exagerada no acelerador e o carro ultrapassou a velocidade permitida.

– Vocês fazem isso sempre, mesmo? – Tikara perguntou, olhando pela janela.

– Quase toda semana, praticamente um hobbie. Viu? É isso que dá faltar às investigações, babaca... – Mello disse, dando uma risada.

– Tenho coisas melhores a fazer. – Tikara murmurou, franzindo o cenho.

– Imagino. Ligar pra sua namoradinha? – mesmo estando no banco da frente, Mello levou um tapa. Lançou um olhar ameaçador para o rapaz no banco atrás dele.

– Sabe... você parece demais com o albino maldito. Deve parecer o suficiente pra eu desejar te bater o quanto desejo bater nele. A diferença é que em você eu posso bater, nele não.

Miruku interrompeu com um sonoro “calem a boca e vão pra puta que pariu”. Mail ia dizer algo, mas novamente preferiu ficar quieto, enquanto acelerava mais o carro, apoximando-se do Peugeot. Miruku se debruçou sobre o banco do carona em que Mello estava e se esticou pra ligar o som.

– Que merda você ta fazendo?

– Disfarce, mulinha, disfarce. Melhor parecer que somos um bando de deliquentes juvenis – e não somos? – vendo a quanto essa “belezinha” pode chegar ouvindo música alta depois de termos bebido algumas do que parecer que estamos numa perseguição criminal.

– Acho que não precisa de música pra parecermos isso – Mello tentou dizer com a boca cheia de um dos seus aparentemente infindáveis chocolates reserva.

– Oh oh oh... I’m waking up, I feel it in my bones, enough to make my system blow... Welcome to the new age... To the new age... – Miruku cantarolou, ignorando o comentário.

– Merda! – o carro havia acabado de passar vários metros da rua onde o Peugeot entrara. – O desgraçado deu a seta pro lado errado! – o ruivo pisou no freio, deu a ré até a entrada da rua e virou o volante num movimento brusco.

– Será que ela já percebeu?

– Ah, o que é que você acha? – Mello se virou pra trás para encarar Tikara de novo, com sarcasmo.

– Acho que tem uma certa loira me enchendo o saco desde que eu entrei nesse carro.

– Ótimo, prefere que eu te jogue pela janela?

– Fudeu. Dois caminhos diferentes. O que fazemos agora? – perguntou Matt, em um tom de voz mais alto do que o normal, parando o carro por um breve momento. Mello automaticamente abriu a porta e desceu do carro, indo na direção de alguns automóveis estacionados ali perto. – Alguém quer apostar o que ele vai pegar? – perguntou, fazendo o carro andar novamente e indo por um dos caminhos.

– 150 na moto vermelha. – Tikara disse, olhando pela janela.

– Eu não... Mello é imprevisível demais em relação a veículos, mas provavelmente vai ser uma moto. Mas alguém quer apostar se ele vai devolver depois?

– Há, não abuso da sorte quando se trata da loirinha. A propósito, Miruku, por que não foi com ele? – Tikara perguntou, com um leve brilho nos olhos.

– Você acabou de dizer pra não abusar da sorte. – a garota falou, com um sorriso.

– Tem razão... AI DESGRAÇA – o ruivo acabava de desviar de um sedã que vinha na toda por centímetros do carro. Matt mostrou o dedo do meio pro motorista pela janela e depois refletiu um pouco. Por fim, deu uma risada.

– Que foi?

– Acho que o dono desse carro vai ficar puto demais! O carro vai voltar com um pouco de tinta a menos na parte traseira – explicou, pondo a cabeça pra fora pra olhar. – Ele tinha acabado de mandar pintar.

– Como sabe?

– Roubei, quero dizer, peguei emprestado perto da oficina de um lanterneiro. Aliás, se importam se eu acelerar mais um pouquinho? Tivemos um atraso.

– À vontade, my lord. – Miruku riu, enquanto o carro pegava mais velocidade e virava numa curva. A alguns metros dali, um Peugeot levava uma fechada de uma moto. Mail parou o carro a poucos centímetros dali e os três saíram.

Uma moça com cabelos escuros presos num rabo-de-cavalo saiu do Peugeot, com uma expressão facial indecifrável.

– O que é isso, hein? – Mello já pegava um dos seus pulsos e o algemava ao retrovisor.

– Não é nada... bobeira. – Miruku murmurou. – Nosso esquema de perguntas só é um pouquinho complexo.

– Queremos dizer, quando alguém foge da gente. Primeiro, o que você está fazendo com o carro da sua irmã?

– E isso lá é da conta de vocês?

Mello já colocava a mão no bolso, mas levou um tapa leve de Miruku. – Nada. De. Armas. – sussurrou, e acrescentou – Bem, por enquanto.

– É só responder que já te liberamos. – Tikara tentou explicar.

Sabrina suspirou de forma impaciente.

– Ela pediu que eu fizesse umas compras, por que hoje ela sairia com umas amigas de um curso. Eu tenho meu próprio carro, mas ela pediu pra usar hoje já que é mais espaçoso. Algum problema nisso? – trincou os dentes.

– ... O mercado é a dois quarteirões daqui. Conheço esse bairro como a palma da minha mão. – Tikara anunciou, apontando pra trás.

– Ela acha que os preços lá são caros demais e pediu para que eu fosse num menor, que fica do outro lado do bairro e abriu mais recentemente. Mas vocês começaram a me seguir, claro que eu não ia ficar parada que nem uma idiota. Posso ir agora?

– Mas antes... se não fez nada, por que fugiu da gente?

– E eu sei lá! Poderiam ser maníacos, ou seqüestradores.

– Seqüestradores de fato dois de nós já são... Ai! – Tikara resmungou e levou uma cotovelada.

Matt já terminava de revistar o carro.

– É, nenhuma câmera, corpo ou instrumento homicida. – declarou, endireitando as luvas nas mãos.

– Soltem ela. Nada de interessante. – Miruku se virou para Sabrina – Desculpe.

– Ah, claro – Sabrina respondeu, revirando os olhos, enquanto soltavam suas algemas – Eu poderia denunciar vocês.

– Estamos completamente cientes disso – Mello grunhiu – Mas pouco importa. Pode tentar, se quiser.

– Hey, alguém pensou em revistar as roupas dela? – o autor da pergunta levou três cotoveladas.

– Droga, parece que não adiantou nada.

– Mas ainda temos a irmã dela, certo?

– Certo. – antes que o Peugeot desse partida, a garota pulou em cima do capô do carro e rolou o corpo até ficar de frente com Sabrina.

– Ta louca, garota?

– Talvez um pouco. Mas onde sua irmã foi mesmo?

– Na porra do centro da cidade, fazer compras – respondeu, ligando o pára-brisas. Como num desenho animado, eles esfregaram na cara da garota até empurra-la pra sair de cima do carro. Ela caiu e começou a rir sem motivo algum.

– Dorgas manolo! – ela e Matt falaram ao mesmo tempo, trocando um cumprimento de mãos. Mello revirou os olhos e fez um sinal para Tikara.

– Você tem carteira de motorista, não tem? Sobe nessa merda de modo. Matt, você também. Eu fico com o carro e Miruku vem comigo. – eles assentiram e saíram na moto em pouco tempo. O loiro e a garota entraram no carro.

– Ah, por que Mell-kun não me deixa dirigir? – Miruku perguntou, inquietando-se no banco do carona. Mello ficou em silêncio. A garota começou a pular no banco. O carro saiu da rua e parou em um sinal – contra a vontade de Mello. Tempo suficiente para que ela pudesse ter uma ideia. Se aproximou o máximo possível dele. – Deixa, Mell! – olhou nos olhos dele o mais intensamente que pôde – Por favor, Mell-kun – sussurrou, muito próxima a seu rosto. O loiro sentiu alguma coisa dentro dele e achou melhor trocar de lugar com ela antes que fizesse alguma besteira. O sinal abria. – Se segure – a garota falou, com um sorriso levemente perverso, e praticamente afundou o pé no acelerador.

– Quer me matar!? – Mello exclamou.

– Quem sabe – ela respondeu, passando a língua no lábio inferior e, com um golpe no volante, passou por um Chevette que estava na toda – Mas não finja que não está acostumado com isso.

– Estamos indo para o centro ou para a casa da mulher loucona lá?

– Sabe que eu nem sei! Só estou tentando nos tirar desse trânsito surgido do nada como um shinigami bêbado.

– Shinigami? – o loiro levantou uma sobrancelha.

– Olha, não dá pra explicar agora, mas é bem parecido com você.

Ele a encarou com o olhar inquisidor – Eu já sei o que é. E descruza essas pernas! Como planeja acelerar e frear pondo os pés embaixo da bunda toda hora?

– Cala a boca, Mello, eu sei me virar! – respondeu, na mesma hora estendendo os pés novamente e pegando o celular no bolso e começou a digitar os números.

– É proibido dirigir falando ao celular se você não lembra. Podemos nos fuder.

Miruku tirou os olhos do trânsito por um momento incrivelmente longo e arriscado para encarar o loiro.

– Puta que pariu! Desde quando Mihael Keehl liga pra elas? Tá ficando doidão e virando o Tikara? Não estou te reconhecendo – falou em voz bem alta, entregando o telefone para o loiro.

– Benzinho, evite problemas pelo menos por hoje.

Miruku deu uma risada baixa.

– Mail, pra onde vocês estão indo? – o loiro perguntou ao telefone – Ok, dane-se – desligou e se virou para Miruku – Eles vão ficar rondando as casas das suspeitas para ver se alguém entra ou sai.

– Beleza – segurando o volante com um pouco mais de força, contornou a esquina quase batendo no meio-fio.

– Não sabe dirigir, merda?!

– Aprendi com o Mail.

– Mas só podia ser mesmo – o loiro reclamou com um pouco de raiva.

– Acha que ela saiu com o carro da irmã? – Miruku perguntou, mudando de assunto.

– Não. Seria burrice demais. Mas temos que levar em conta que uma irmã poderia estar fazendo um favor à outra, sabendo ou não dos motivos.

– Ou estão sendo controladas pela terceira num esquema frio e calculista... Mas seria um esquema conspirador tão loco que nem é muito possível!

– Talvez – Mello mordeu o lábio olhando pela janela aberta – Mas olhe só, não é que a dondoca está mesmo com o carro da irmã?

Miruku sorriu.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos em 2014, heueheuhauah
(Miruku e o resto do povo mandaram boas festas, também
Eu adoraria ter feito um capítulo especial, mas já deu pra entender por quê não fiz...)



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