Teen Fox escrita por The Amazing Spider Green


Capítulo 1
A Mordida


Notas iniciais do capítulo

Ei, pessoal? Terceira vez que escrevo essa fic. Sabem como é, minha escrita tá mudando e eu quero o que há de melhor pros meus queridos e amados leitores. Espero que gostem do primeiro capítulo.



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A névoa voava em torno da Reserva Konohagakure no Sato, a Lua Cheia brilhando intensamente, e os policiais da cidade andavam com suas lanternas, para ver na imensidão da escuridão vinda das árvores, enquanto os seus cães latiam e uivavam.

E um carro da polícia passou por uma casa da floresta, e em uma das salas da casa, um rapaz estava sentado em sua cama, remendando a rede de um bastão com a cor azul e verde. O rapaz possuía cabelos loiros arrepiados, e olhos do azul mais límpido que existia. Ele usava apenas uma samba canção de cor verde com bolinhas laranja. Ele aparentemente estava em boa forma, pois a parte superior de seu corpo, que estava descoberta, mostrava músculos médios, um peitoral mais ou menos definido e uma pequena barriga de tanquinho.

Ao terminar, ele colocou o bastão em sua mochila laranja e preta e foi até seu banheiro. Ele foi até sua pia e começou a escovar os dentes, e então, ao terminar, voltou ao seu quarto, e caiu ao chão, começando a fazer flexões.

Ele tinha de se esforçar fisicamente. Era o único jeito de ele alcançar sua meta. Ele tinha de entrar para o time de lacrosse. Mas não importava o que ele fizesse, ele não era apenas bom o suficiente. Não que ele jogasse mal. Na verdade, ele poderia jogar algumas partidas sem se cansar. Mas isso ainda não era o suficiente para ele ser o melhor.

Ele se levantou e foi até seu armário, puxando suas roupas, que eram uma jaqueta de couro marrom com forro laranja e por baixo um casaco laranja com mangas, ombros, peitoral e capuz pretos, e o forro do casaco era igualmente preto. Nas costas do casaco havia um símbolo de um redemoinho vermelho. Ele também pegou uma camiseta preta e um par de calças laranja.

Ele os vestiu e foi até sua cozinha. Ele tirou um pote e o colocou em um microondas e, depois de três minutos, ele tirou, pegou um prato, abriu o pote e derramou a substância do pote no prato, mostrando macarrão instantâneo, mais conhecido como rámen.

Ele pegou dois pauzinhos e começou a comer o rámen. Ao terminar, ele suspirou, feliz, e colocou o prato na pia. Então ele ouviu um som vindo de fora de sua casa. Ele, cautelosamente, pegou um bastão de beisebol que estava apoiado na geladeira e andou até fora da casa. Ele chegou até o fim de sua casa e segurou seu bastão mais forte ainda, até que ele ouviu barulhos de galhos se quebrando, e viu uma figura caindo na sua frente, e ela estava de cabeça para baixo, o fazendo gritar, e ele já ia bater o bastão na pessoa, mas ela veio à luz, mostrando um rapaz da mesma idade que ele, usando um casaco cinza-claro, que tinha um capuz, com o símbolo de um círculo azul nas costas (Nota do Autor: pense no símbolo do Clã Nara). O seu casaco estava aberto, mostrando uma camiseta preta com o mesmo símbolo do casaco, só que no meio de seu peitoral. Ele tinha um rabo de cavalo.

Wow, wow, wow! — exclamou a pessoa, surpresa.

— Shikamaru? — perguntou o rapaz loiro, abaixando o bastão. — O que você tá fazendo?

— Você não tava atendendo o telefone! — exclamou Shikamaru indignado. Ele então notou o bastão e perguntou com uma carranca: — Por que tá com um taco?

— Eu achei que fosse um predador — respondeu o rapaz denominado Naruto, como se fosse óbvio, no mesmo tom indignado de Shikamaru.

— Um pre... — Shikamaru estava indignado, mas então, se acalmando, ele falou em um tom mais calmo, mas ainda alto: — Olha, eu sei que tá tarde, mas tem que ouvir isso: vi meu pai saindo há vinte minutos. Recebeu um alerta — começou Shikamaru. — Chamaram os oficiais do Departamento de Konoha e da polícia estadual.

— Por quê? — Naruto perguntou, não mostrando muito interesse. O pai de Shikamaru era o xerife da cidade, Shikaku Nara, e Shikamaru, como era um intrometido, sempre olhava quando ele saía para alguma urgência.

— Dois atletas acharam um corpo na floresta — Shikamaru respondeu, se soltando das amarras nos pés e, de alguma forma, pousando suavemente no chão.

— Um cadáver? — Naruto perguntou, agora mais interessado, olhando para baixo, aonde Shikamaru havia caído.

— Não, um corpo vivo — respondeu sarcasticamente Shikamaru, se apoiando na varanda da casa com os braços. — É, idiota, um cadáver!

Shikamaru pulou da varanda, pousando no lugar em frente ao loiro.

— Foi um assassinato? — Naruto perguntou, já muito interessado, mostrando êxtase na voz.

— Ninguém sabe, ainda — Shikamaru respondeu, se sentando em uma cadeira da varanda, apoiando sua cabeça em seus braços e bocejando. — Só que é uma garota, vinte e poucos anos.

— Peraí — Naruto disse, arqueando uma sobrancelha. — Se acharam o corpo, então tão procurando o quê?

— Essa é a melhor parte — Shikamaru respondeu em êxtase. — Eles só acharam metade.

Naruto arregalou os olhos e olhou Shikamaru, assustado. O moreno, ao ver o olhar no rosto do loiro, disse:

— Vamo lá.

* * *

Ao chegarem no local desejado, na caminhonete de Shikamaru, os dois amigos viram uma placa que tinha escrita em letras garrafais:

RESERVA KONOHAGAKURE NO SATO
NÃO ENTRE DEPOIS DO PÔR-DO-SOL

Eles saíram da caminhonete, e Naruto virou sua cabeça para o Nara, arqueando uma sobrancelha, perguntando:

— Mas por que você tá tão interessado nisso? Você não costuma achar tudo "problemático"? — Ele pôs aspas na parte "problemático".

— Sim, mas meu pai diz que eu devia ser mais "hiperativo", como você. — Ele pôs aspas na parte "hiperativo". — Mas ele não me disse como — terminou, com um sorriso maroto.

— A gente vai fazer isso mesmo? — Naruto perguntou, o capuz negro cobrindo sua cabeça.

— Você sempre reclama que não acontece nada nessa cidade — Shikamaru rebateu, batendo amigavelmente o ombro de Naruto e andando até as árvores, deixando Naruto ali, sozinho.

— Eu só queria dormir bem antes do treino, amanhã — Naruto explicou indignado, abrindo os braços, como se para mostrar para o amigo que ele ainda estava lá.

— Claro, porque ficar sentado no banco requer muito esforço — Shikamaru comentou.

— Não, porque eu vou jogar esse ano — Naruto respondeu, determinado, como sempre. — Eu até vou virar Titular.

— É assim que se fala, meu garoto. Todo mundo precisa de um sonho — Shikamaru começou —, mesmo se for patético e nada realista.

Naruto sentia uma vontade imensa de socar a cara de Shikamaru, mas ele sabia que ele só estava dizendo o que pensava, e queria ajudá-lo a desistir daquilo, mas ele nunca desistia. Esse era o seu lema.

— Só por curiosidade, qual metade do corpo a gente tá procurando? — Naruto perguntou, agora do lado de Shikamaru.

Shikamaru de repente paralisou, como se tivesse tido uma epifania.

Erm... Não tinha pensado nisso — Shikamaru respondeu, envergonhado.

Uma gota em estilo anime caía na cabeça de Naruto.

— E se — disse Naruto — o cara que matou a garota ainda estiver aqui?

— Também não tinha pensado nisso.

— É bom... saber que... planejou isso e... pensou em cada detalhe — Naruto comentou sarcasticamente, entre bufadas, por estar fazendo muito esforço físico escalando um morro. Ele parou no meio da escalada, se apoiou em uma árvore e ficou bufando por ar nela. Ele tirou uma bombinha de asma do bolso das calças, dizendo enquanto a chacoalhava: — Sabe, eu acho que a vítima de asma devia segurar a lanterna, né?

Naruto odiava possuir asma, pois aquilo só o mostrava ainda mais que ele não podia ser bom nos esportes. Era mais um sinal de que ele deveria desistir daquele sonho impossível, mas para Naruto, que era sempre determinado e corajoso, nenhum sonho era impossível.

Eles finalmente chegaram ao topo e se jogaram no chão, atrás de uma raiz, ao verem policiais vindo com suas lanternas e cães.

— Anda logo — Shikamaru disse, se levantando e correndo para longe de Naruto.

— Shikamaru! — Naruto exclamou, pegando sua bombinha e a colocando em sua boca, apertando o botão dela. — Espera! Shikamaru! SHIKAMARU!

Ele corria atrás de Shikamaru, e Shikamaru finalmente parou e olhou para Naruto, e esperou que ele o alcançasse. Entendia que o loiro não podia correr muito, pois se não sua asma o atacava.

De repente, Shikamaru viu um focinho de cão. Ele caiu no chão, tremendo de medo, até que ouviu uma voz conhecida sua dizer:

— Espera! Espera! Esse delinquentezinho está comigo.

Shikamaru preferia mil vezes enfrentar aquele cão à enfrentar o dono daquela voz.

— E aí, Tou-san? Tudo bem? — Shikamaru perguntou, cobrindo os olhos para que a ofuscação da lanterna saísse de sua visão.

— Você ouve todas as minhas chamadas. — Não foi uma pergunta, e sim uma confirmação. Shikaku não mostrava nenhuma surpresa.

— Não — Shikamaru mentiu, mas ao ver o olhar de seu pai, ele disse: — Não as chatas, pelo menos.

— Cadê o seu parceiro no crime? — Shikaku perguntou, e Shikamaru soube imediatamente de quem ele estava falando.

— Ha, o Naruto? — Shikamaru perguntou, fingindo surpresa e indignação divertida. Ele sabia que não podia dedurar Naruto, pois ele conhecia a mãe dele, e ela seria capaz de arrancar seus órgãos mais importantes. — Ele tá em casa. Disse que queria ter uma boa-noite de sono antes do primeiro dia de aula — continuou. — Só tem eu. Na floresta. Tô sozinho.

Ele ficou olhando para a floresta, esperando que Naruto entendesse o recado.

Shikaku, não acreditando no rapaz, gritou:

— Naruto, você está aí?

Nenhuma resposta.

— NARUTO? — tentou de novo, mais forte.

Naruto estava apoiado em uma árvore, respirando desesperado, achando que estava tendo mais um ataque de asma.

Ao não ver ou não ouvir nada, Shikaku suspirou, e agarrou o capuz do casaco de Shikamaru.

— Bom, meu filho, vou levar você até o seu carro e, depois, vamos ter uma conversinha sobre uma coisa chamada invasão de privacidade — Shikaku dizia, puxando Shikamaru junto com ele, enquanto o adolescente gemia da futura dor que logo, logo sabia que sentiria.

Naruto suspirou de alívio. Ele se sentia mal por ter deixado Shikamaru na mão, mas ele não podia ser pego novamente. O loiro corria pelas árvores da floresta. Ele odiava a natureza naquele momento. Estava muito escuro e ainda por cima ia chover, os trovões já entregavam isso. Até que ele ouviu um barulho. Naruto fitava a escuridão, confuso e curioso, balançando sua bombinha e já indo colocá-la à boca, mas parou ao ver que um bando de cervos corria por entre as gramas, o fazendo cair e soltar sua bombinha, que caiu no chão. Ele se desviava de todos os galopes dos cervos e, quando todos se foram, ele se levantou.

Ele então tirou o celular do bolso de sua jaqueta e começou a procurar sua bombinha perdida, até que ele viu uma coisa pálida pelo brilho do celular. Ele levantou mais e arregalou os olhos em choque e susto com o que viu: era a parte que sobrou do corpo da mulher, o fazendo cair da colina e se sujar.

— Bom, eu perdi a minha bombinha e a minha inocência — Naruto comentou, enquanto se levantava e limpava a sujeira de seu casaco.

Decidindo procurar sua bombinha amanhã, ele andou até o fim da floresta, até que algo o parou, um rosnado baixo e amedrontador, o paralisando. Ele se virou lentamente, com medo, e viu uma coisa que quase o fez se mijar de medo.

Uma criatura com um olho vermelho-sangue — exato, um olho —, com uma pelagem impossível de ser vista devido às trevas vindas das árvores, e o que mais o assustava — além do único olho —, era que ela tinha dez caudas. Ele começou a correr, para fugir da criatura que o seguia com as quatro patas, até que ela mordeu o Uzumaki na região do quadril.

Naruto a chutou no focinho e correu para longe da floresta, tropeçando e caindo de vez em quando. Ele alcançou a estrada, mas foi recebido com um carro que, quando estava prestes a atropelá-lo, conseguiu se desviar dele.

Naruto levantou seu casaco, revelando a ferida acima de sua cintura, feita por dentes, sangue saindo livremente dos buracos.

— Fala sério — Naruto gemeu, exasperado.

Mas logo ele ouviu um som de rugido vindo da floresta, e ele observava o local onde fora mordido, assustado.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram do capítulo?