I Wont Let It Go escrita por Vítorms394


Capítulo 11
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Notas iniciais do capítulo

Sinto muito pela demora! Estava sem paciência para escrever, mas isso não vai mais acontecer (eu espero hahaha)!
Boa leitura (:



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                - Espero que me dê uma boa razão para não suspendê-lo. – disse a Sra. Bullock crispando os lábios – Explique-se Sr. Murray.

                Estávamos na sala dela. A Sra. Bullock me trouxe até aqui depois que soltei Max no chão. Amy se adiantou para nos seguir, mas a diretora não permitiu que ela o fizesse. Ao chegarmos à sala, a Sra. Bullock se sentou em sua cadeira e me pediu para sentar na defronte a dela.

                Ela apoiou os cotovelos na mesa entre nós e me encarou esperando uma explicação. A sala era escura e gelada. O ar-condicionado estava ligado – o que não era necessário, pois o dia está frio – e a sala parecia congelar. As paredes e piso de pedras escuras davam ao lugar uma aparência obscura. O ar estava pesado e finalmente olhei em seus olhos.

                - Ele começou tudo. Pode perguntar a todos que estavam no refeitório.

                - O problema Sr. Murray, é que eu entrei no refeitório e encontrei quatro alunos no chão e você socando um deles. O que acha que estou pensando agora? – sua expressão era dura. Seu semblante transmitia determinação e eu aposto que ela não acreditaria em nenhuma palavra que eu dissesse.

                - Sra. Bullock, estou falando a verdade. A senhora entrou no refeitório na hora em que eu estava revidando o soco que o Max me deu.

                Ela piscou e suspirou. Entrelaçou os dedos e baixou os olhos.

                - Seu histórico não é dos melhores Sr. Murray – e levantou os olhos para me fitar – enquanto você foi expulso de outros colégios por causa de brigas, o Sr. Cannon nunca se envolveu em nenhuma. Ele é um garoto descente, Sr. Murray. Não tente mentir para mim. Conheço aquele garoto a mais tempo do que você.

                - Então parece que você está enganada – murmurei em voz baixa.

                - O que disse? – perguntou apesar de que ela obviamente ouvira o que eu disse.

                - Disse que a senhora está enganada.

                Ela ergueu ligeiramente os cantos da boca formando um leve sorriso.

                - E por que acha que estou errada, Sr. Murray?

                - Porque estou dizendo a verdade.

                Ela deu um longo suspiro.

                - Pois bem, se o senhor insiste em tentar me fazer acreditar que um garoto com ficha limpa se tornou o que – ela fez uma pausa – me desculpe dizer – e me encarou levemente aborrecida – o que você é, vou chamá-lo aqui para saber o que aconteceu de verdade. Talvez assim você entenda que não deve mentir para mim quando ele contar o que realmente aconteceu.

                - Por que a senhora está defendendo o Max tanto, diretora? – ela me encarou, mas não respondeu – Se quer saber a verdade chame Amy Dawson. Max com certeza mentirá ao seu favor.

                Ela me olhou com o canto do olho ao se levantar e passou por mim até a porta. Quando a abriu, Amy quase caiu para dentro da sala.

                - Desculpe Sra. Bullock – disse a garota corando.

                - Ah, veja bem senhorita Dawson, estávamos procurando por você. – disse a mulher ignorando o que Amy disse – Entre, por favor.

                Amy obedeceu e se sentou ao meu lado quando a diretora fechou a porta e se sentou.

                - Pois bem, Amy. Segundo o Sr. Murray, Max começou uma briga e ele apenas revidou. Isso é verdade?

                Amy a olhou agitada e logo respondeu:

                - Sim, senhora Bullock. Isso é verdade. O Max não só começou a briga como também me machucou.

                As feições da mulher passaram de confiante a uma expressão incrédula.

                - Mas... Como assim, Amy? O meu filho nunca faria uma coisa dessas! Ele...

                - Espere um momento... – eu disse a interrompendo – Max Cannon é seu filho?

                Amy balançou a cabeça positivamente e a sala parecia fora de foco. Então é por isso que ela defende tanto ele. Falta de profissionalismo, na minha opinião pensei.

                - Não acredito nisso, Amy. Você como namorada dele devia defendê-lo!

                - Diretora, por favor, eu prefiro dizer a verdade e fazer justiça a defender seu filho e me passar por desonesta! Se a senhora acha que só porque...

                - Não diga mais nada! – gritou a mulher aborrecida endireitando as vestes – Vou esclarecer isso agora mesmo.

                A Sra. Bullock se levantou e saiu apressada pela porta em direção ao refeitório onde Max provavelmente ainda estava.

                - Maxwell Cannon Bullock! – disse a mulher irritada ao chegar ao refeitório comigo e Amy aos seus calcanhares – Isso que esse menino diz é verdade? – ela apontou para mim.

                Todos os olhares no refeitório estavam voltados para nós novamente.              Max me encarou rancoroso e depois se voltou para mãe.

                - Sim mãe, ele...

                - Sim senhora Bullock – corrigiu irritada – Não consigo nem acreditar que você fez isso. Nunca se meteu em uma briga, Max! Você está no time de futebol, é um garoto bem-sucedido, namora uma garota linda e simplesmente se rebaixa a encostar a mão num garoto como o Murray?

                Os cochichos no refeitório cessaram instantaneamente. Todos estavam indignados. Agora os olhares revoltados estavam fixos nela e assim como eu, todos achavam um absurdo o que ela acabara de dizer. Notando o comportamento dos alunos, a diretora pigarreou e endireitou a postura e a roupa mais uma vez.

                - Sinto muito, Sr. Murray. Não foi isso que eu quis dizer – sua expressão agora estava envergonhada e ela estava ligeiramente corada – Vejo que devo admitir... O senhor tinha razão – Ela ergueu os cantos da boca num ligeiro sorriso depois se virou para Max e seu bando. Sua expressão mudou mais uma vez e ela sibilou friamente – Vão para a minha sala agora.

                Eles não tardaram a obedecer e quando os cinco desapareceram pelos corredores, o sinal tocou e o monte de alunos se dirigiu rapidamente as suas salas.

                As aulas continuaram e não havia sinal de Max nos corredores. Quando o último período terminou, Amy me disse que não poderia ir para minha casa hoje, já que iria passar boa parte do dia no médico. Ela se despediu com um abraço e saiu apressada pelos portões do fundo enquanto eu me dirigia aos portões da frente que nesse momento deveria estar lotado de gente.

                Como não tenho hora pra voltar para casa, resolvi ficar um pouco no colégio. Peguei meus fones de ouvido e encaixei-os nas orelhas ao colocar música pelo celular. Deitei na grama do espaço aberto do colégio e coloquei a mochila para apoiar a cabeça. Fiquei ali deitado descansando por vários minutos. A brisa fria acariciava meu rosto e eu comecei a me sentir sonolento.

                Senti o sol acima da minha cabeça escurecer e ao abrir os olhos avistei um garoto olhando para mim. Levantei-me para olhá-lo melhor já que seu rosto estava escuro por causa do sol. Consegui distinguir o rosto de Max e de seus amigos atrás dele. Sua expressão não era de raiva e sim de preocupação. Peguei a mochila a jogando sobre o ombro e perguntei:

                - O que você quer?

                - Por sua culpa nós fomos suspensos – disse um dos garotos atrás de Max.

                - Por minha culpa? Vocês vieram para cima de mim porque quiseram. Eu não tenha culpa de nada.

                - Por sua culpa nós não vamos poder participar do jogo dessa semana – disse Max ignorando minha resposta.

                - Por sua causa vamos perder o campeonato – disse outro garoto furioso.

                - Eu não dou a mínima para o seu campeonato de futebol.

                - Pois devia, Murray – disse Max.

                - O colégio inteiro ficará atrás de você por causa disso. Sem nós, o time perderá.

                - Isso não importa. O que importa é a minha satisfação em saber que ficarei livre de você durante dois dias Maxwell – e sorri sarcasticamente para ele.

                - Três dias – corrigiu um dos garotos e Max deu um soco no ombro dele.

                - Eu estou farto de você, Murray. Sério. Sério mesmo! Será que não pode simplesmente desistir da Amy?

                - E desde quando a Amy tem a ver com essa história?

                Os outros pareciam tão confusos quanto eu.

                - Todos sabemos que você está louco por ela e acha que pode tirá-la de mim. Mas fique sabendo que ela é minha, Logan.

                Revirei os olhos. Será que ele consegue ser mais idiota? Pensei.

                - Chega Max. Eu estou farto de você – e dei as costas a eles caminhando até a saída. De repente senti uma mão puxar meu ombro para trás e um punho socar meu queixo me derrubando. Lambi o lábio inferior e senti o conhecido gosto de sangue. Me levantei sem pressa. Achei que eu fosse revidar, mas não revidei. Pelo contrário, fiquei olhando para ele com um sorriso satisfeito – Ótimo Max. Agora tenho mais uma prova para mostrar para sua mãe. Será que assim ela te suspende logo por uma semana?

                Ele ficou furioso.

                - Se for para te espancar até a morte eu faço qualquer coisa Logan.

                - Já fui espancado uma vez e, olha só, ainda estou aqui.

                - Não sei se você aguenta uma segunda dose. Parece que Ashley não fez o trabalho direito. O plano era apreciar o seu corpo num caixão.

                - Espere um minuto... – Agora Max entendera o que dissera e seu rosto foi tomado por uma expressão preocupada – F-foi você!

                - Espere aí, eu... Eu estava brincando! – ele disse forçando um riso falso.

Avancei contra seu pescoço e o apertei com toda minha força levantando Max um centímetro do chão.

- Você... mandou... a Ashley... me espancar... com os amigos dela?! Seu verme imundo! – o joguei no chão com um baque surdo e chutei a lateral do seu corpo. Agora nem mesmo os amigos dele se atreveram a me impedir. Eu devia estar com uma expressão assustadora no rosto pelo jeito que Max olhou para mim – Seu... – não completei a frase. Não sabia o que dizer. Estava tomado pela raiva. Podia espancar Max agora do mesmo jeito que ele mandou aqueles homens me espancarem, mas me contive.

- O que foi, Logan? Não vai fazer nada?

Me aproximei do seu rosto no chão lentamente e segurei a gola de sua blusa com uma mão e com a outra juntei toda a minha força num soco que atingiu o rosto do garoto a minha frente. Ele se encolheu e não se mexeu mais. Me levantei lançando um olhar ameaçador para os amigos dele e finalmente voltei minha atenção para a saída. Precisava sair dali antes que alguém visse o que eu fiz.

O motor rangeu e eu dei a primeira partida acelerando o carro violentamente. Dirigi pelas ruas até avistar uma garota andando em ziguezague pelo passeio de pedestres. Senti um impulso enorme de jogar o carro em cima dela, mas ao invés disso estacionei no acostamento e me coloquei a frente de Ashley que segurava uma garrafa de vodka nas mãos. Ela sugava um pouco da bebida com um canudinho e eu senti uma vontade enorme de jogar a garrafa na cabeça dela.

Quando ela finalmente me viu parou e me encarou.

- Ah, é você. Vejo que não morreu. Que pena.

Sorri falsamente para ela.

- Até onde eu sei álcool é proibido para menores de dezoito anos.

- Para sua infelicidade, eu já tenho dezoito anos.

- Ah, essa informação é muito boa, Ashley. Eu não sei se você é realmente burra, ou o álcool está fazendo efeito porque você acaba de me dizer que já pode ser presa – o rosto dela se enrijeceu.

- Você não faria isso, faria?

- Espere para ver se eu não faria. Não hesitaria em te colocar na cadeia pelo que fez comigo.

- Por que não me mata logo? Seria tudo mais divertido. Me matar seria uma punição a altura.

- Se eu fosse burro como você até te mataria, Ashley. Mas o problema, é que te matar seria facilitar sua vida. A morte seria fácil e rápida, no entanto, te ver mofar na prisão seria muito divertido. Pagaria para ver você enlouquecer lá dentro.

- E você acha que eu não sou louca?

- Você está realmente me fazendo essa pergunta?

- Logan, querido, eu acho que você não é tão esperto assim. Me ameaçar agora é mito perigoso para você enquanto meus amigos podem simplesmente acabar o serviço com você.

- Vocês podiam até acabar comigo, mas já estariam presos.

- Ah, é? E quem chamaria a policia? Seu fantasma?

- Muita gente ficará sabendo Ashley. Duvido que a polícia não fique sabendo tão rápido quanto a cidade toda.

- Acho que você ainda não entendeu. O que você faria se eu dissesse que posso acabar com a sua mãe? Ou com a sua amiguinha Amy?

- Você não sabe onde eu moro. Nem onde Amy mora.

- Você é quem pensa.

- Você não ousaria...

- É o que veremos.

E me deu as costas cambaleando para o outro lado da rua. A puxei violentamente pelo braço e a encarei.

- Faça isso e eu te prendo antes que possa terminar o serviço. Queria poder prender seu amigo Max como vou fazer com você.

Ashley ficou séria de repente.

- Como sabe sobre ele?

- Vocês formam um casal interessante. Um completa o outro, sabe?  Ambos burros e psicopatas.

- Responda a minha pergunta.

- Ele me contou. Simplesmente largou a informação da forma mais estúpida possível. Bem, agora que eu já sei, posso tomar uma providência. Espero que da próxima vez que eu te vir seja com barras de metal nos separando.

Ela me encarou por um segundo.

- Se depender de mim, você não viverá para ver essa cena.

E saiu esbarrando no meu ombro.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a todos por lerem minha fanfic. Pode não parecer, mas eu me sinto muito feliz e grato de saber que vocês gostam dela e ficam ansiosos por um novo capítulo. Muito obrigado mesmo! À todos vocês!
Até o próximo capítulo!
Spoiler: Título não-oficial do capítulo 12: Why do bad things happen only to good people? Morram de curiosidade! Beijão (: