Armistices Of Love escrita por TheSmithSisters


Capítulo 2
Like the wind, we must move on.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro cap!
Boa leitura! :)



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POV Destiny


Eram 6:47 da manhã e eu já sentia os raios do sol que atravessavam a janela aberta do meu quarto invadirem minha pálpebras sensíveis. Eu tinha esquecido de fechar as cortinas de novo. Ótimo. Levantei-me preguiçosamente caminhando até o banheiro azul sem vida. Encarei por um tempo o meu reflexo no espelho, meu cabelo castanho-mel ondulado bagunçado, os olhos azuis-esverdeados e o pijama cinzento que ia até os joelhos.

Depois de fazer minha higiene pessoal e colocar a saia preta plissada e a camisa cinza polo do uniforme me dirigi para o refeitório do internato, onde ocorreria o café da manhã às 7:00 horas. Chegando no refeitório retangular bege cheio de janelas de vidro e candelabros sentei-me junto aos meus melhores amigos da mesa 34: Dave, Lilly e Cassie. Dave era um garoto alto e loiro, se parecia com um surfista, mas na verdade ele era meio nerd. Ele tinha vindo do distrito 2, o distrito dos pacificadores e da extração de pedras. Lilly era loira com californianas rosa, e era mais branca que os pratos desbotados do refeitório. Era uma garota bem animada e simpática apesar de parecer ter saído de um catálogo de moda da Capital. Dave sempre fazia os deveres dela ou então ela o pedia pedras raras do Distrito 2, em troca ela tentava arranjar encontros com garotas para ele ou tentava renovar o estilo dele fazendo luzes em seu cabelo. Mas ela sempre acabava passando do tempo e as vezes o cabelo dele ficava verde. Ela vinha do Distrito 1, dos artigos de luxo. Cassie era uma garota bem...diferente. Tinha os cabelos pretos, olhos mel, e uma cicratiz perto da bochecha de quando se queimou em uma cerca elétrica no Distrito 5, de energia. Ela era uma garota ótima em tecnologia, e já tinha pifado o sistema de geração de energia de luz do internato duas vezes, obrigando a diretoria a adiar as provas.

Ao me sentar presenciei a mesma rotina de sempre: Dave lendo um livro, Lilly reclamando que os uniformes eram bregas ( apesar dela já ter derramado 3 potes de glitter rosa na sua saia) e Cassie fuxicando uma mini câmera que havia comprado na Capital.


- Oi gente. - falei tirando um mecha da minha franja da cara.

- Falaê Des. - Dave deu um aceno de mão mediaval sem dirigir seu olhar à mim, concentrado em seu livro.

- Des sabia que descobriram uma nova bactéria?! - Cassie gritou me dirigindo um sorriso maroto.

- Não...mas acho que eu poderia ter vivido sem saber disso. - eu ri pegando um morango da nossa cesta de frutas da mesa 34.

- Eu é que vou morrer se comer isso. - Lilly pegou um morango e começou a desecá-lo com o garfo. - Até parece que isso aqui é de qualidade.

- Bem...eu proponho um brinde, pois a partir de hoje só falta um ano para nos formarmos. - peguei um copo de leite integral e o ergui no ar.

- Viva!- comemorou Cassie atingindo seu copo de vitamina de banana contra o meu.

- Finalmente! 365 dias pra sair dessa coisa! - continuou Lilly.

- Amém. - completou Dave tomando um gole de seu café descafeinado.


Mas antes que eu pudesse tomar um gole de meu leite integral ouvi algo pelos auto-falantes:


- Srta. Destiny Hope Everdeen Mellark. Sua presença é solicitada na sala da diretoria. Por favor apresente-se Sta. Everdeen Mellark.


Me levantei lentamente enquanto todos no refeitório me encaravam curiosos.


- Aposto que você vai receber prêmio de melhor aluna. - Dave me deu um sorriso sincero.

- Não! Aposto que ela levou a culpa por ter colocado esmalte rosa na estátua do fundador do internato no Halloween. - Lilly mordeu seu lábio cheio de gloss.

- Mas não fui eu que fiz isso.

- Não esquenta, se a barra ficar suja, eu posso dar um apagão na escola. - Cassie deu uma piscadela pra mim, porém isso não me reconfortou.


Peguei minha mochila de costas verde musgo e subi uma longa escadaria até a sala da diretoria. Bati na porta de vitrais falsos calmamente e esperei dois segundos exatos. A diretora Morrison abriu a porta pra mim com aquele sorriso “ sou uma velha plastificada” .


- Destiny, querida, entre por favor. - dei passos lentos até perceber duas figuras paradas ao lado da mesa da diretora de mãos dadas.

- Mamãe! Papai! - corri em direção à Katniss e Peeta dando um forte abraço. - Quantas saudades! O que estão fazendo aqui? - o dois sorriam mas de repente ficaram sérios.

- Destiny precisamos conversar filha... - Katniss fez menção para eu sentar na poltrona de couro que já estava toda rasgada, e apesar de não querer me sentei.

- Está tudo bem? Vocês vão ter outro filho? São gêmeos? - dei um sorriso de expectativa e Katniss riu.

- Claro que não Des. Não é nada disso.

- A não ser que você queira querida... - Peeta sussurrou sedudor e deu uma risada enquanto minha mãe lhe dava um tapa de leve no braço.

- Peeta Mellark, seja um exemplo para sua filha! - meu pai revirou os olhos murmurando “certo” enquanto pegava minhas mãos e as apertava forte.

- Então Srta. Everdeen Mellark. A questão é que não irá mais ficar conosco... - a diretora Morrison disse com sua voz de pato.

- Como assim?

- Meu amor... - minha mãe pegou a mão que Peeta não segurava.

- Está na hora de voltar pra casa – completou Peeta. Meu estômago revirou numa volta de 360 graus e meu coração foi parar na garganta.

- O-o que? Pa-panem? - gaguejei sem ar.

- Isso Des. Você vai pra casa, rever seu irmão e voltar a viver conosco. - meus pais me deram um abraço em conjunto e eu senti que iria desmaiar.

- Mas...eu não posso. Quer dizer, e a formatura?

- Isto não é problema temos uma instituição escolar marvilhosa no Distrito 12.

- E os meus amigos...?

- Você poderá se despedir de todos eles. - a diretora tentou parecer solidária.

- Mas terá que ser breve meu anjo, pois partiremos hoje à noite. - Katniss me deu um beijo na bochecha.

- Viva. - tentei parece superanimada. Mas pareceu mais um sussurro.




Eu tinha me despedido de meus amigos. Dave quase chorou e me deu uma pedra de esmeralda como lembrança e prometeu que escreveria cartas sempre. E que iria querer que eu escrevesse de volta. Lilly também ficou comovida, mas convenceu à si mesma a não chorar porque presentia que aquilo não era uma adeus. Era apenas um “até mais”, porque seríamos melhores amigas pra sempre. Cassie ficou choramingando e prometeu que ia me dar um protótipo de supercomputador com câmera no meu aniversário para podermos nos comunicar.

Não foi tão ruim, porque eu sabia que o pior ainda estava por vir. Uma nova escola com nova gente, novas classes, novas pessoas te julgando. E eu não estava a fim de sair por aí carregando uma falsa reputação nas costas como um burro de carga. E é claro que eu terei que criar uma nova identidade. Agora que eu ia sair do internato nada seria fácil. Eu teria que me esconder. Teria que esconder meu nome. Esconder o Everdeen Mellark de meu sangue.

Pegamos um trem-bala que percorria 390 km p/ hora. Chegaríamos em Panem em cerca de cinco horas. Tempo o suficiente para tentar esquecer o que estava por vir. Se é que isso é possível.


Quando chegamos no Distrito 12, no condomínio dos Vitoriosos descobri que meus pais haviam feito uma casinha no lote perto do jardim, em frente da casa principal, para mim. Era um chalé tão misterioso e aconchegante. E esperaram a minha chegada para decora-lo apesar de Effie insistir que devia ter decorado tudo em tons turquesa, amarelo-canário e rosa-chocking. Sim, Effie Trinket era minha madrinha. Por mais que Katniss tivesse dito não Effie joga com suas próprias regras.

Eram 15:00 horas e eu me sentia um pouco enjoada. Não sabia se era por causa do trem-bala ou da mistureba de sentimentos que revoava minha cabeça. Provavelmente, era a mistura dos dois. A primeira coisa que fiz foi ir atrás de meu irmãozinho Daniel, ou Dan, como eu o chamava, porém descobri que ele estava em uma festinha na escola de último dia de aula, e que só iria voltar mais tarde. Isso me deixou muito chateada porque eu queria muito vê-lo.

Então resolvi pacientemente esperar até que Dan chagasse porém, Peeta insistiu que eu deitasse e implorou para Katniss me cantar uma cantiga para eu dormir. Fui até o quarto deles e coloquei um pijama de seda confortável que era mil vezes melhor que o cinzendo do internato. Deitei em sua cama colonial branca e macia. Peeta deitou-se em meu lado direito me fazendo carinhos no cabelo e Katniss em meu lado esquerdo acariciando minhas mãos enquanto entoava a canção que costumava cantar para minha tia. Primrose.



Eram 9:00 horas da manhã e eu tinha simplesmente pifado na noite anterior. Quando acordei senti uma leve respiração proxima à mim. Então virei meu corpo e vi aqueles lindos olhinhos cinzentos, o cabelo loirinho perfeito e ele segurava um urso de pelúcia marrom-caramelo.


- Dan! - gritei puxando meu irmãozinho só para mim. - Seu lindo! Não sabe o quanto a Des sentiu sua falta.

- Dan também sentiu sua falta. - só de ouvir sua voz tão fofa me enchi de lágrimas. - e ursinho Teddy também. - ele ergueu seu urso em minha direção.

- Aé? - o peguei no meu colo e começei a fazer cosquinhas.


Levei-o no meu colo em direção à cozinha e percebi que a casa estava completamente sozinha. Então notei um bilhetinho com a letra garrafal de Katniss:


“ Destiny:

Cuide de seu irmão direitinho pois fomos fazer sua matrícula, por favor se comporte. Madge estará em casa por volta das 9:15 para dar uma olhadinha em vocês.

Um beijo e um abraço. Amo muito você e seu irmão.”


Escola. Só de lembrar um arrepio percorreu minha espinha. Sentei-me na longa mesa de mogno de oito andares e me saboreei com torradas e geléia de jabuticaba com morango. Depois de tomar meu café da manhã devidamente percebi que horas eram. 9:14. Madge já deveria estar chegando. Ou então já estava bem perto de casa.

Coloquei uma regata comum, uma calça, uma jaqueta e botas esportivas. Nem vinte segundos depois a campainha colonial tocou uma sonoridade que me lembrou algo brega. Peguei meu irmão no colo e abri a porta com um sorriso doce.


- Madge! - exclamei a abraçando. Seus cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo e estava usando um vestido vermelho desbotado.

- Destiny Hope como você está linda! - ela me pegou pelo pulso direito me fazendo dar um giro. - E a cara de sua mãe!

- Não diga isso ao meu pai porque se não ele irá ficar chateado. - nós rimos.

- E você meu Príncipe? - ela pegou Dan nos braços e o deu um beijo estalado nas bochechas. - Fofucho da Tia Madge!


Esperei um tempo até que tivessemos conversado um pouco. Estávamos sentadas na varanda no primeiro andar na beira da piscina de água cristalina que estava de uma cor esverdeada por causa das luzes que ficavam dentro dela. Conversamos sobre o tempo perdido: o que tinha acontecido enquanto eu estive no internato.


- Madge, bem... se você não se importar eu tenho que, am... - olhei para todos os lados procurando uma desculpa. - colher amoras.

- O quê?! - Eu sabia que essa tinha sido forte e que a primeira coisa que Madge deve ter pensado deve ter sido quando meus pais quase comeram amora-cadeado.

- Quer dizer...blueberrys! Eu adoro blueberrys e eu sempre comia no internato. E sei que aqui em casa não tem o costume de comer blueberrys então eu achei que seria uma boa ideia colher blueberrys. Porque como eu disse eu amo blueberrys. - eu disse tudo embolado e rápido e provavelmente Madge não entendeu nada. - Blueberrys. Isso aí.

- Você não acha melhor comprar blueberrys comercializados e prontos na Feira dos Pacificadores? Eu posso leva-la lá se quiser Destiny.

- Não! - pigarreei corrigindo o tom de voz. - Não precisa mesmo. A verdade é que eu adoro a natureza então... - apontei para a enorme floresta detrás do meu chalé. - Eu prometo que não demoro.


Quando eu garanti à mim mesma que estava longe o suficiente e já havia adentrado a floresta fui até o tronco de madeira oca. Que ficava há 35 passos da macieira e há 15 passos do mini lago de girinos. Peguei as flechas de prata, o arco de metal que guardava lá e as facas de luta. O curioso era que eu amava caçar como minha mãe, apesar de também saber atirar facas. Antes de ir para o internato eu costumava acordar antes dos meus pais e sair para a floresta onde praticava e escondia os instrumentos de caça.

Peguei uma maça e a segurei com a boca enquanto subia em outra árvore grande e com troncos grossos. Lá de cima conseguia ver de forma ampla toda a floresta. Dei uma boa mordida na maçã e a segurei de novo com a boca enquanto mirava uma flecha na direção de uma das maçãs da macieira. A flecha acertou a maçã em cheio e a atravessou com facilidade. Ri e a maçã que eu segurava com os dentes caiu de minha boca acertando a cabeça de um rapaz que passava por ali. Um não, dois. Gêmeos.

Ele olhou pra cima e rapidamente me escondi do outro lado do tronco deixando só a cabeça, de forma que ele não podia me ver. Tive vontade de rir porém me conti.


- O que foi isso? - perguntou ele confuso estendendo a maçã.

- Um sinal. - respondeu seu irmão.

- Sinal de que?

- De que você é um idiota! Dã! - seu irmão riu e chutou a maçã pra longe.

- Sei... - ele pegou a maçã novamente do chão - se eu for um idiota quero que um raio atinja essa maçã.


Eu não podia desperdiçar essa oportunidade de jeito nenhum. Empunhei me arco e acertei com uma flecha a maçã em cheio que quase decepou o rapaz número 1.


- Ou uma flecha... - ele olhou para o céu como se pedisse piedade. - Mags bem que avisou...hoje os deuses não estão felizes.

- Deuses nada ô manezão! Isso prova que você é um idiota seja lá de onde tenha vindo essa flecha.


Dei um salto da árvore sorrindo e um aceno para o rapazes que quase gritaram com o susto.


- Deuses não. Eu sou só uma garota com um arco e uma flecha.

- E boa mira. - sussurrou o rapaz número 1.

- Tem certeza de que você não é uma deusa? - perguntou o rapaz número 2 e eu ri.

- Cala boca! Aposto que ela é um anjo! - o rapaz número 1 ficou me encarando com expectativa.

- Nada disso...sou uma mera mortal. - dei ombros que se dissesse “foi mal”.

- Ata – responderam eles de uma vez.

- Então...o que dois rapazes fazem perdidos em uma floresta como essa? - perguntei distraída.

- Nós não estávamos perdidos! - o rapaz 2 gritou como se estivesse ofendido.

- Qualé! Estamos perdidos sim. E talvez a bela mera mortal queira nos ajudar... - o rapaz 1 estendeu sua mão na direção da minha, a pegou a deu um beijo. Seu irmão o deu um empurrão e ele quase caiu.

- Fala sério cavalheirismo não é a sua! - disse e logo pegou minha outra mão e a beijou.

- Minha?! Não é a sua! - e começaram e dar empurrões um no outro.

- Ei,ei! Cavalheiros se não se importam, a dama aqui não se importaria em tirá-los da floresta encantada. - eu ri.

- Você é um idiota. - o rapaz 1 revirou os olhos rindo do irmão.

- Mas eu sou o seu irmão idiota. - e fizeram um cumprimento com as mãos engraçado.

- Bem...se vocês seguirem até aquele riacho, atravessando os arbustos de blueberry e descendo a colina, vocês irão estar de volta ao Mercado de Pacificadores. Posso levá-los se quiserem, mas só avisando, eu tenho um passo longo. - comecei a andar com rapidez deixando-os no vácuo.

- Espera aí! - um deles gritou mas não vi quem foi, já estava passos longe.

- Seu lerdo! - o outro disse correndo em minha direção.


Depois de 30 segundos eu já estava quase no riacho e eles bem atrás. Acabamos apostando uma corrida até lá. E eu ganhei. No final eles tiveram que dar um mergulho na água gelada do riacho como prenda. Ficamos algumas horas procurando frutas silvestres, apostando quais cogumelos eram venenosos ou não, quais cascas de árvore e raízes eram comestíveis ou não, quem conseguia subir na árvore mais rápido, e quem conseguia comer mais blueberrys em 10 segundos. Eu perdi a última aposta e acabei tendo de pagar uma prenda.


- Então, nos conte seu nome! - o rapaz 2 disse limpando o azul das frutas de sua boca.

- Nada disso.

- Mas essa é a prenda – o 1 me encarou com cara de cobrança.

- Hã-hã. Podem escolher qualquer outra coisa, mas eu não vou falar meu nome.

- Hum...garotas difíceis são as mais perigosas... - os dois se entrolharam. - e isso me lembra... - eles se entreolharam de novo afirmando com a cabeça como se comunicassem com os olhos.

- Dá pra vocês pararem com esse lance dos olhos? Isso é meio estranho.

- Sabe o que é mais estranho? - o rapaz 2 colocou a mão no queixo alisando a barba que não existia.

- Você não querer nos contar seu nome tchutchuca. - o número 1 completou imitando o gesto do irmão.

- Tá bom, já chega. - olhei para o sol que já tinha passado do pino e desaparecia lentamente. - Está muito tarde! Preciso ir pra casa. - levantei pegando minhas flechas e meu arco. - E vocês vão seguir o caminho sozinhos, infelizmente não posso deixar os bravos guerreiros em casa.

- Mentira! Nós não temos medo da floresta!

- Fala isso pra minha flecha. - apontei para a lâmina da flecha e eles se entreolharam. - Até outra vida rapazes... - dei um aceno amigável e depois de colocar minhas botas corri de volta para casa.


O clima de casa não estava nada, nada, amigável. Só ao abrir a porta da frente consegui sentir a tensão no ar. Dei passos leves esperando que ninguém me ouvisse, porém foi em vão.


- Destiny Hope Everdeen Mellark! - Katniss. Mamãe sabia ter sentimentos intensos quando queria se expressar. - Você demorou mais de cinco horas na Feira dos Pacificadores? Blueberrys? Filha eu te conheço o bastante e saiba que mentir não é um de seus atributos. - ela desceu as escadas me encarando furiosamente. Depois suspirou e pegou meu rosto entre as mãos. - Onde. Você. Estava?

- Me desculpe. Eu sinto muito. Eu não queria mentir, não pra Madge, e não queria que ela perdesse a confiança em mim, muito menos você...E Dany? Eu não devia tê-lo deixado. Sei que foi estúpido...Eu estava na floresta. - cuspi as palavras as embolando de tanta culpa. - No riacho. - ela suspirou de novo.

- Tudo bem querida. Eu só... preciso que seja honesta comigo. - pegou uma mecha de meu cabelo castanho-mel e tirou de me rosto. - Você está matriculada. - meu coração parou por longos dois segundos.

- Matriculada? Sério? Mas como...

- Você está matriculada como Destiny Hope Clark Smith. Ninguém vai saber quem você é.

- Sem revelações? Tumultos?

- Exato. - ela deu um beijo em minha testa. - Como Effie diria “Mova essas patinhas sujas e já pro banho!” - nós rimos.

- Sim senhora.


Em em um dia eu iria para um escola. Com pessoas de verdade, coisas de verdade, convivência de verdade. Um vida social. Não seria inteiramente minha...seria metade Clark Smith, mas mesmo assim ainda haveria Destiny Hope. Era o começo de um novo início...



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Notas finais do capítulo

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