Lost in The Echo escrita por BiiaPixieLott


Capítulo 32
Capitulo 31


Notas iniciais do capítulo

A partir de agora vocês vão ver no decorrer de alguns capítulos, alguns fragmentos de memória da Any no dia em que foi para Meygo. Esses fragmentos das lembranças vão cessar quando ela se lembrar de tudo... e ainda tem muita coisa pela frente antes disso ;)



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A rosa parecia mais feliz do que nunca. Ela estava completamente em pé sem nenhuma mancha amareladas em suas folhas ou nas pétalas. Estava com um leve brilho branco – bem fraquinho, mas visível – em suas pétalas.

Me ajoelhei perto dela e senti sua energia. Uma energia forte, acolhedora, e intensa saia da rosa.

Eu não me lembrava de muita coisa, apenas fleches de luzes em minha cabeça sobre a noite em que entrei em Meygo. Ele estava lá. O homem que atormentava meus sonhos estava lá, ele me pegou. E eu quis ir.

Eu sabia que algo a mais aconteceu naquela noite, mas eu não conseguia me lembrar os detalhes. Vinha alguns fleches em minha mente, mas nada que me ajudasse muito.

O ar ficou absurdamente frio e eu senti uma nova energia no ar.

__ Sabia que viria pra cá. __ Sussurrou uma voz masculina ao longe que eu reconheci na hora.

Meus olhos doeram com a forte ardência, e pararam repentinamente. Eles estavam violetas. Eu tinha certeza.

Virei-me e encarei-o.

Assim que meus olhos encontraram os deles, tudo veio átona. Ou pelo menos quase tudo.

“__ Porque esta chorando? __ Perguntou ele. Ele estava parado na porta, dessa vez estava banhado por sangue da cabeça aos pés. Segurava uma estranha faca com um formato de meia lua e bem afiada. Seu belo rosto jovem, e assustador ao mesmo tempo, estava sério e seus olhos negros.

Funguei e fechei os olhos evitando olhar para ele. Era assustador.

Meus gemidos eram abafados pelo pano branco e grosso que estava amarrado na minha boca bem apertado. Eu tentava me mexer, mas as cordas que envolviam meus pulsos junto dos braços da cadeira estavam apertadas e me machucando, a mesma coisa acontecia com meus tornozelos. A luz dentro do quartinho, de paredes de barro, era fraca e amarelada, não me ajudava a enxergar muita coisa.

Eu fui arrastada de Meygo. Algo estranho me controlava quando corri pra Meygo e assim que cheguei eu voltei ao normal. Vi o homem dos olhos violetas na minha frente me estendendo um coração que estava banhado de sangue. Eu estava com fome, e não era de comida. Eu pulei em cima dele e arranquei o coração de sua mão. Ver o coração fez despertar algum tipo de animal louco e selvagem dentro de mim. A fome era grande que eu sentia que precisava fazer aquilo. Antes que eu pudesse devorá-lo ele cobriu minha cabeça com algum saco fedido e depois amarrou minhas mãos de frente pro meu corpo, e então me arrastou para mais pra dentro de Meygo.

Ouvia os gritos de Emma e Nina pedindo para solta-as e gritando por ajuda. Elas foram pegas também. Eu me contorcia tentando me livras das mãos gélidas que me apertavam e me arrastavam.

O homem me arrastou pelo que pareceu meia hora, para cada vez mais para dentro de Meygo, e então senti água no meu corpo, primeiro em minhas pernas, depois em minha cintura, e então a cabeça. Ele estava me afogando?

Contorci-me mais ainda tentando lutar para manter minha cabeça na superfície.

Eu sentia a água se mexer e me puxando... Como uma correnteza. Isso quer dizer que ele estava nadando enquanto me puxava. A água entrava mais e mais em minha garganta tomando conta dos meus pulmões. Eu ia morrer afogada.

Minhas mãos estavam unidas por causa da corda que prendia meus pulsos. Levei minhas mãos para o meu pescoço tentando desfazer o nó que prendia o saco na minha cabeça. Minhas mãos estavam tremendo e meu corpo também, eu estava com medo, estava assustada e nervosa. O medo e a dor na garganta me faziam ficar mais nervosa ainda e impossibilitando de acalmar minhas mãos tremular para tentar desfazer o nó.

Quando minha cabeça começou a dar voltas eu achei que era o fim, mas então senti a terra em baixo do meu corpo e um pouco de ar dentro do saco escuro e molhado. Eu ainda estava tonta, e não conseguia ver nada além da escuridão por causa do saco. Minha garganta ardia muito e meu corpo estava todo dolorido como se eu tivesse levado uma surra horrível.

Tentei gritar, mas não conseguia achar minha voz, e o esforço fez minha garganta arder muito mais. Tentei me mexer, mas meu corpo não me respondia. Meus olhos começaram a ficar pesados...

E então desmaiei.

Quando acordei eu estava presa nessa cadeira velha dentro desse pequeno quarto podre e mal iluminado.”


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado!



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