More Than I Could Hoped escrita por AmlidArlequina


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mesmo sabendo que agora já é quase amanhã,estou aqui cumprindo minha promessa.
CAPITULO EXTRA HOJE.
Não reparem muito, a autora está caindo de sono.
Bjuxx, Faena, Narcisa e Lucas Uma Original Perdida também.



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Eu não queria admitir que dois caras estavam discutindo por minha causa e muito menos que Ben estava agindo como se eu fosse posse dele. Aliás, o que ele estava fazendo ali mesmo ?

Ben devia ter algum motivo para ter ido ali é claro, pretensão demais de minha parte querer ou simplesmente pensar que ele estava ali mesmo por minha causa.

Assim que consegui alcançar minha moto e subi nela. Ben estava parado na minha frente.

— O que você veio fazer aqui ? - Perguntei de um modo um pouco irritado, aquela situação me incomodava.

— Vim te buscar para irmos a um lugar ! - Disse ele sorrindo como se não tivesse dito nada a Luke e não tivesse vindo na minha direção como se quisesse deixar pegadas fundas no chão com seus passos duros - Espero que goste !

— Que lugar ? - Perguntei com as sobrancelhas vincadas.

— Não tem como você deixar sua moto com o Embry e ir de carro comigo ? - Perguntou ele ignorando todo o meu mal-humor.

— Isso é uma ordem ? - Perguntei.

— Bom, se você não tiver medo de morrer ! - Disse ele dando de ombros.

— Ai, estou morrendo de medo ! - Disse eu levando a mão a meu peito em uma cena cômica - Embry ! - Gritei já que ele descia as escadas com Quil do lado - Você está de carro ?

— Não, ele estragou ! - Disse ele em um grito também - Ia levar para você dar uma olhada nele amanhã !

— Toma. Vão com a minha moto ! - Disse eu tacando a chave para ele - Cuida bem da minha garota, ehim ?

— "Fica quieto e cuida do seu namorado vampiro" ! - Disse Quil pelo nosso contato mental.

— "Vai se ferrar " ! - Disse eu da mesma forma lançando um sorriso de lado em sua direção.

— Vamos ? - Perguntou Ben e seu rosto estava calmo de novo, nem de longe parecia o mesmo vampiro que havia quase saído no soco literalmente com Luke.

— Onde nós vamos ? - Perguntei seguindo seus passos - Detesto surpresas !

— Vou te sequestrar ! - Disse ele e apesar de eu sentir uma certa ameaça na voz. A forma com que ela saiu rouca me fez sentir um frio na espinha.

— Não tenho medo de você, baixinho ! - Disse eu.

— Tamanho não é documento ! - Disse ele e eu tive a impressão de que ele se referia ao segundo sentido da expressão.

Caminhamos até o carro de Carlisle e agradeci por ser Ben ao meu lado, seu cheiro disfarçava o cheiro dos outros sanguessugas que estava impregnado no carro.

— O que você faz ? - Perguntei abrindo a janela. Mesmo com o cheiro dele cobrindo o dos outros, eu precisava de ar para não acabar o machucando.

— O que eu faço ? O que quer realmente saber ? - Perguntou ele fitando meu rosto de forma doce enquanto dirigia pelas ruas desertas. Eu sabia que ele poderia ficar olhando para mim o tempo todo enquanto dirigia e mesmo que a estrada estivesse cheia, não causaria um acidente por seus dons e por seu jeito, e por mais que eu devesse mandá-lo olhar para a estrada, eu não o fiz.

— O que você faz para disfarçar seu cheiro ? - Perguntei e seu olhar fixo no meu rosto já não me incomodava tanto mais - Você não fede como eles !

— Nada. Já você o que faz de diferente dos outros lobos ? Eles fedem para mim, até mesmo o Seth ! - Disse ele voltando seus olhos para a estrada - Mas você não, eu sinto o seu cheiro de humano, mesmo quando está transformado em lobo !

— Mas você tem um cheiro meio amadeirado, meio que de canela. Um cheio ? - Disse eu - Você usa perfume ?

— Não ! - Disse ele sorrindo - E você, usa ?

— Não, eu espirro com o cheiro ! - Disse eu - É forte demais para mim agora !

— Para mim também ! - Disse ele voltando seus olhos para a estrada - Só que eu não espirro. Mas gosto do seu cheiro, de tudo em você !

Nossa. Meu coração deu um solavanco tão forte que me senti infartando naquele instante, mas logo se normalizou.

— Que cena foi aquela na escola ? - Perguntei fingindo não ter ouvido o que ele havia me dito.

— Você escutou alguma coisa ? - Perguntou ele e não parecia nem um pouco intimidado com isso.

— Muito pouco ! - Disse eu, mentindo é claro.

— Jacob ! - Disse ele me repreendendo - Não minta para mim !

— Tá legal. Eu ouvi tudo, mas não entendi que por quem ou o que estavam disputando ! - Disse eu.

— Não entendeu ou para você vai ser mais fácil conviver conosco fingindo que não entendeu ? - Perguntou ele e os olhos fitavam meu rosto outra vez como que o vasculhando em busca da resposta.

— Prefiro não responder a essa pergunta ! - Disse eu virando meu rosto para a janela.

— Não precisa ter medo de mim, Jacob ! - Disse ele .

— Não tenho medo ! - Disse eu. E era verdade. Não pelo fato de eu não ter medo de sanguessuga algum, e sim porque eu não poderia ter medo dele de forma alguma.

Ele me deixou pensar durante o resto do caminho. Não disse nada, mas no momento em que foi mudar de marcha sua mão quase tocou a minha, mas eu afastei a minha como se tivesse tomado um choque.

Percebi que apesar de ele estar usando a estrada bifurcada, ele estava seguindo para a reserva, mas não chegou a se enraizar nela, paramos pouco depois da entrada.

— A casa da velha senhora Pellegrino ! - Disse eu - Nossa, tem tempo que eu não a vejo !

— Ela morreu há um ano ! - Disse ele abrindo a porta do carro - Minha casa a partir de agora !

— O quê ? - Perguntei assustado - Não está falando sério, está ?

— Bom, eu terei de me adaptar a essa nova dieta, não quero ficar te amolando o tempo todo, mas preciso ficar por perto, além do que os Cullen precisam de privacidade, não é ? - Perguntou ele - Vamos. Ainda está mobiliada !

— Você comprou essa casa velha com todo o dinheiro que tem ? - Perguntei abismado - Podia comprar algo melhor !

— Gosto de coisas simples ! - Disse ele e parecia uma criança de tão empolgado. Parecia que a qualquer momento sairia correndo para me mostrar o interior da casa - A filha dela me vendeu a casa hoje cedo. Me ajuda com a arrumação ?

— Claro, por que não ? - Perguntei engolindo em seco.

— Minhas malas estão dentro do porta-malas, ao menos duas ! - Disse ele já subindo na pequena varandinha, deixando claro que eu deveria pegar as malas para ele - Eu amei essa casa !

Estranhei a empolgação dele já que a casa estava caindo aos pedaços em termos, mas parecia confortável. Mas estava repleta de poeira nos móveis, mas quem ligaria para a poeira tendo alguém tão animado ali do seu lado. Ele me fazia rir como há tempos eu não fazia .

Não reclamei de pegar suas malas porque ao menos assim eu me sentia menos imprestável.

Enquanto eu limpava a sala acabei me sentando no chão para organizar algumas revistas e parei para pensar um pouco na minha vida. Eu precisava me manter ocupado sempre para não devanear. Ben só estava ali há menos de cinco dias e mesmo assim, os poucos momentos em que ficávamos juntos, eu estava sorrindo quase que o tempo todo, não havia Bella, e sim Jacob. Perto dele eu não era só mais um, eu era um.

Estava tão distraído pensando que quase não senti quando ele se aproximou se sentando a meu lado. Perto demais, eu pensei.

— Prometo que você será feliz ! - Disse ele tocando minhas costas e antes que eu pudesse questionar do que ele estava falando, senti seus lábios nos meus. Eram duros, frios, mas a sensação era boa. Porém, eu não conseguia mover os meus .

— Não ! - Disse eu o empurrando, mesmo sem querer fazer isso .

— Não gostou ? - Perguntou ele - Eu fiquei nervoso, foi uma porcaria ! - Disse ele se sentando melhor no chão e cobrindo o rosto com as mãos, como uma criança.

— Não quero te usar ! - Disse eu e minha voz foi fria - Eu gosto da Bella e você sabe disso !

— Eu não te pedi nada em troca ! - Disse ele afastando as mãos do rosto - Você está sendo transparente comigo e eu com você !

— Eu nunca fiquei com um homem ! - Disse eu .

— Nem eu ! - Disse ele e logo seus lábios estavam nos meus me roubando o restinho de racionalidade que eu podia ter naquele momento. Eu, um lobo estava beijando um vampiro.

Seu beijo era seguro, forte, audacioso, tinha volúpia e era adulto como eu nunca pensei que ele pudesse ser devido a seu jeito. A boca que tocava a minha tinha um sabor tão delicioso e diferente que eu pensei que nunca fosse ser capaz de separar nossos lábios, mas a falta de ar me venceu .

— Obrigado ! - Disse ele abaixando a cabeça e fitando o chão .

— Por que ... está me agradecendo ? - Perguntei tentando reensinar meu corpo a respirar.

— Por me permitir viver de novo ! - Disse ele se abraçando a mim e eu não evitei o contato. Passei meus braços em torno de seu corpo, como que protegendo-o, mas não sei do que.

 


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