Just a girl escrita por Emilly


Capítulo 33
O baile - Final




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5 semanas se passaram desde então. Minha vida mudou bastante nesse tempo. Anny foi mandada para um colégio interno depois que minha tia e o pai dela descobriram tudo o que ela fazia pelas costas deles, e bem, é muito melhor assim. Não deve existir sensação melhor do que acordar e não vê-la pela casa ou tentando me atormentar. Ela só vem pra casa raramente nos fins de semana, já que muitas vezes ela pega castigos intensos. 
Eu e Natalia somos amigas hoje em dia, passamos a manhã inteira grudadas no colégio. Falsidade? Não. Na verdade ela nunca me odiou, ela odiava o fato de saber que o Breno gostava de mim e acabou confundindo as coisas. Ela é uma boa pessoa e um boa amiga. 
Sinto muita falta do Lysandre. Sempre que posso converso com ele pela internet, mas não é a mesma coisa. Eu queria ele perto, poder abraçar ele e dizer que o amo e que sinto muita falta dele, mas a vida segue.
Amanhã é o baile da escola, e eu aqui as 8:00 horas da manhã deitada. Ouvi meu celular tocar, e continuando na mesma posição, apenas apertei no viva voz.
LIGAÇÃO ON:
- ALÍCIA!
- Oi Naty.
- Meu Deus do céu, o que você ta fazendo? Já comprou o vestido do baile?! - Ela falou quase gritando e eu ri.
- Não, eu tô com preguiça, poxa, me deixa dormir.
- Dormir? Preguiçosa, o baile é amanhã! Levanta que vamos no shopping agora!
- Ah, você é muito chata, ta atrapalhando meu sono. - Falei e ela riu.
- Preguiçosa, pensa no Gabriel. Imagina ele chegar no baile todo gatinho e ver a namorada dele toda desleixada? - Ela disse e eu ri.
- Ta bom, você venceu. Já vou levantar.
- Daqui a 15 minutos eu tô ai. Tchau feia.
- Até mais, chata.
LIGAÇÃO OFF.
Me levantei da cama, praticamente dormindo ainda. Joguei água no rosto e troquei de roupa. Colocando uma blusa xadrez e uma calça jeans. Meu cabelo bagunçado como sempre. Peguei meu celular e desci até a sala para esperar Natalia chegar.
Logo ouso a campainha tocar. Me levantei e abri a porta, e Natalia já foi me puxando pelo braço.
- Calma garota. - Falei rindo.
- Calma? Já ta tarde! Não vai dar tempo.
- São oito e pouca da manhã, e o baile é só amanhã a noite.
- Não importa, eu tenho que achar o vestido perfeito e ficar linda pro Breno. - Ela suspirou e eu ri.
Chegamos no shopping, e Natalia parecia uma doida olhando os vestidos e pirando cada vez que provava um.
- Olha esse, Alícia. O que acha? Tô muito gorda nele?
- Fala sério, você gorda? Deixa de graça. - Falei rindo.
- Ai, me ajuda. Eu preciso de um vestido perfeito e... - Ela disse olhando em volta, e fixou o olhar em uma só direção. - OMG!
- O que foi?
- Aquele vestido! Vai ficar perfeito em você!
- O que? Mas você não tava...
- Shiu! Vai prova-lo agora. - Ela disse me dando o vestido e me empurrando pra dentro do provador.
Coloquei o vestido e me olhei no espelho espantada.
- E-Essa sou eu? - Falei me virando enquanto me olhava no espelho.
- Está linda. - Natalia sorriu.
- E você? Já decidiu que vestido vai levar? 
- Já, esse! - Ela disse girando.
Nos trocamos e pagamos os vestidos.
- Podemos voltar pra casa agora?
- Claro que não! Falta comprar o sapato.
- Mas pra quê?
- Pra usar, tonta. Vai me dizer que vai de all-star?
- Não é uma má ideia... - Falei e ela riu.
- Acorda, você precisa de um salto e não de um tênis.
- Eu prefiro tênis...
- OMG! O que eu fiz pra aguentar você? - Ela disse e rimos.
Rodamos o shopping quase todo, até Natalia resolver parar quieta e comprar logo um par de sapatos. Comprei também.
Quando voltamos pra casa, já era quase noite, a única coisa que fiz foi tomar banho e dormir.
Acordei na manhã seguinte, com meu celular vibrando. Era uma mensagem. Peguei o celular e levantei o visor.
"Bom dia minha princesa, acordei pensando em você. Te amo."
Sorri ao ler a mensagem que Gabriel havia mandado.
- "Idiota" - Pensei consigo mesma sorrindo. 
Respondi a mensagem e fui tomar banho. Coloquei uma calça jeans e uma camiseta do Bob Esponja. Desci e encontrei minha tia na cozinha.
- Bom dia. - Ela sorriu. - Vai comer alguma coisa?
- Tô sem fome tia, mas obrigada mesmo assim. - Sorri e fui em direção a porta da frente. - Eu vou na casa da Natalia, mas tarde eu tô aqui.
- Ok.
Fechei a porta e fui em direção a casa da Natalia, chegando lá toquei a capainha. Ela atendeu, e assim que me viu, me puxou pro quarto.
- Calma, ainda está de manhã. - Falei sentando na cama.
- Eu sei, mas estou tão ansiosa. Preciso ir no cabeleireiro hoje. - Ela disse andando de um lado pro outro.
- Mas seu cabelo já é liso.
- Mas eu quero ondular ele, pra ficar diferente.
- Você ta mesmo animada com essa história de "baile". - Falei e ela riu.
- Claro, é uma coisa especial. É a primeira vez que quando tem um baile na escola eu vou com alguém que eu gosto. - Ela sorriu e seus olhos brilharam.
- Nos anos anteriores eu nunca ia nos bailes.
- É o seu primeiro, deveria estar mais ansiosa do que eu.
- É, talvez.
- Vem, eu vou fazer suas unhas.
- Ah, fala sério. - Falei rindo.
- Não tô brincando. Ai, se não fosse por mim, como você iria nesse baile, dona Alícia? Provavelmente apareceria com um vestido surrado e um all-star velho.
- É mais confortável ir assim. - Falei dando língua e ela riu.
Ficamos conversando, enquanto Natalia insistia a fazer minhas unhas. Passamos quase a tarde toda conversando.
Fui pra casa, faltando 3 horas pra hora do baile. Tomei banho, e coloquei o vestido e o salto e fiquei me olhando no espelho.
- Bem, agora falta o cabelo e a maquiagem. - Suspirei.
Ouso a campainha tocar. Corri pra atender e era a Natalia.
- Sua maquiadora e cabeleireira chegou. - Ela entrou sorrindo com uma maleta na mão.
- Você é imprevisível.
- Não posso deixar minha melhor amiga ir de qualquer jeito.
Subimos pro quarto e ela me maquiou. Logo em seguida arrumou meu cabelo.
- Pode se olhar no espelho agora. - Ela disse guardando as coisas.
- Nossa! Essa aqui sou eu mesma?
- Claro boba, você é linda! E não precisa agradecer! Eu te devo muito pelo que te fiz no passado.
- Não, esquece isso eu nem ligo mais. - Falei e sorri.
- Você é incrível. - Ela me abraçou.
- Vamos?
Descemos e eu fechei a porta da frete, virando, me deparei com Gabriel de frente pra mim. Natalia riu e se despediu.
- Está linda. - Ele disse colocando as mãos na minha cintura e me dando um selinho demorado.
- Obrigada. - Sorri e o abracei.
- Vamos?
- Claro.
Ele colocou a mão em volta da minha cintura e fomos juntos em direção a escola.
- É a primeira vez que vou a um baile na escola. - Falei olhando pro chão.
- Você vai gostar, pode ter certeza.
- Eu espero. - Sorri e ele me beijou na bochecha.
Chegamos lá, e haviam algumas pessoas em frente as escola conversando. Consegui ouvir a música que tocava lá dentro, e algumas luzes piscando na entrada.
Entramos e o pátio estava escuro, cheio de luzes coloridas e lotado de pessoas dançando. A música alta me incomodava um pouco, mas consegui ignorar por alguns minutos.
- Nossa! A música ta alta demais. - Falei alto para que Gabriel pudesse me ouvir.
- Quer ficar um pouco lá fora, até acalmarem um pouco?
- Tudo bem.
Saímos e nos sentamos em alguns bancos em frente.
- Nossa, não suporto música alta. - Falei e Gabriel sorriu.
- No começo é sempre assim, depois as pessoas começam a ir embora quando mudam o ritmo da música.
- Tem certeza que quer ficar aqui? Você gosta de festa, não quero te obrigar a ficar aqui comigo.
- Eu prefiro ficar perto de você. Você estando comigo é a melhor coisa que pode existir.
Ele disse e eu sorri.
- Eu te amo, idiota.
- Eu também te amo, boba. - Ele disse e me beijou.
- Vamos entrar.

- Tem certeza?
- Toda, eu vim a um baile pra ficar com você e me divertir, certo? E eu quero que você se divirta também. - Falei me levantando e o puxando pela mão para dentro.
Vi Natalia e Breno dançando juntos, e eu e Gabriel nos juntamos a eles. Passei parte da noite dançando, pelo menos tentando dançar. Mas o que importa é que estou me divertindo e feliz por ter vindo.
As horas foram passando e o pátio foi esvaziando. O DJ começou a tocar músicas mais lentas.
- Alícia, me espera aqui, eu já volto. - Gabriel falou me dando um beijo na mão.
- Tudo bem.
Me sentei e fiquei esperando Gabriel voltar. Do nada começou a tocar a música "With me - Sum 41". Alguém me puxou pela cintura, e colocou seu corpo ao meu. Obviamente era o Gabriel.
- O que você foi fazer?
- Esta ouvindo essa música? Ela diz tudo o que eu queria dizer a você. Dança ela comigo? - Ele deu um sorriso bobo e eu sorri.
Ele me levou ao centro do pátio, em baixo do globo de espelhos. Gabriel colocou suas mãos em volta da minha cintura e eu passei as minhas em volta do seu pescoço. 
Ele não desviava seus olhos dos meus, e o sorriso em seus lábios conseguiam fazer meu coração acelerar.
- Eu nem acredito nisso.
- No que meu amor?
- Eu nunca pensei que um dia poderia ser feliz... Obrigada, Gabriel.
- Mas eu não fiz nada.
- Fez sim, e muito por mim. Se não fosse por você, eu não estaria aqui agora. - Falei e ele sorriu.
Colei nossas testas e olhei em seus olhos, enquanto sorria.
- Eu te amo. - Falei e selei nossos lábios.

"Você pode chorar, que suas lágrimas não vão levar sua dor com elas, você pode gritar por horas com a cabeça no travesseiro que ninguém além de você vai escutar e saber a dor que esta sentindo, você pode se cortar, ficar sem comer, se isolar do mundo lá fora, que a dor não vai passar, ela apenas faz uma “viagem” de ida, mas não avisa quando irá voltar, ela apenas volta e você sente tudo de novo. (Autor Desconhecido)"


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Notas finais do capítulo

Então é isso. Agradeço de coração a todos que acompanharam a histórias, tanto as pessoas que mandaram review, quando as que não mandaram. Obrigada mesmo. Sei que não sou a melhor escritora do mundo, e que minha história deve ter ficado muitas vezes sem sentido, com a pontuação e algumas palavras erradas que passaram despercebidas por mim. A roupa da Alícia, imaginem como quiserem ><. Mais uma vez obrigada, e talvez em breve eu volte com uma nova fanfic. Beijinho a todos.