Alice P.O.V.

            Quando cheguei em casa naquela noite eu nem podia acreditar no que havia acontecido. Eu realmente tinha beijado a Giovana! Tantas noites que eu sonhei com isso, e finalmente virou realidade, tudo bem que não foi a melhor noite de todas, com o idiota do meu ex-namorado para atrapalhar não poderia ser diferente, ele era um fofo comigo, mas somente comigo, às vezes parecia que ele ia sair a tirando em qualquer um que chegasse perto de mim, principalmente se fosse a Giovana. Mas isso tudo não faz diferença o que importa é que eu finalmente tive coragem para beijar a menina dos meus sonhos, e ela nem tentou me matar, parece até que ela gostou também, será?

------------------------------------Dia seguinte na escola--------------------------------------------

            Eu estava muito nervosa, ter que encarar a Giovana depois da noite passada estava me assustando muito, logo que cheguei na sala eu a vi sentada, conversando com alguns amigos, então me aproximei.

                – Oi Gi! – disse meio tímida.

            – Oi Lice, então como você está depois de ontem?- Uau, ela foi bem direta.

            – A gente pode conversar em outro lugar?

            – Claro, onde?- naquele momento o professor entrou na sala.

            – Me encontra no final da aula.

            – Tudo bem.

            Eu pedi para que ela me encontrasse no final da aula, mas o que eu iria dizer o que eu ia fazer, ela era a garota dos meus sonhos, a garota com quem eu sempre sonhei, eu a tinha beijado na noite anterior, o melhor beijo da minha vida, eu não podia perder essa chance, chance essa que podia ser única, eu não podia simplesmente jogar isso fora fazendo uma besteira qualquer, eu ia falar tudo o que eu sinto, e eu não poderia fazer isso no corredor do colégio.

-----------------------Final da aula------------------------

            Eu estava no lado de fora da escola quando sinto uma coisinha linda que eu amo pulando em cima de mim.

            – Surpresa bebê! Então o que queria dizer – Giovana já veio toda sorridente.

            – Então bebê, você quer almoçar comigo hoje?

            – Claro, mas você paga! - dei um sorrisinho de lado.

            – Vamos.

            – Pra onde mesmo a gente vai?

            – Surpresa bebê! – ela fez um biquinho, achava tão lindo isso.

            Então pegamos um ônibus, o qual eu não a deixei ver para onde iria, até que chegamos num shopping que ficava na beira da praia.

            – Ótimo almoço no shopping, e...

            – Cada coisa no seu tempo senhorita impaciência. Então, o que quer comer?

            – Hambúrguer!

            – Hum respondeu na lata. Sua mãe me mata se eu te der hambúrguer logo na hora do almoço, essas porcarias fazem mal, por que a gente não pede um sanduba vegetariano hein?

            – Por favor! É só a gente não dizer para a minha mãe. - ela fez o biquinho outra vez, quem podia resistir? Levantei os braços para o alto em sinal de rendição.

             – Ok, ok você venceu!- fizemos os pedidos e ficamos conversando bobagens até duas horas da tarde, quando eu finalmente tomei coragem para fazer o que eu estava tentando desde que a conheci – Giovana, que tal irmos até a praia?

            – Ah, vamos nós estamos tão pertinho. – fomos caminhando até chegar à beira do mar onde sentamos na areia e ficamos vendo as ondas.

            – Gi já faz um tempo que eu quero te dizer, mas eu nunca tenho a oportunidade certa, e quando eu tenho, a coragem vai embora, então eu sinto que se eu não falar agora eu não falo mais.

            – Diga

            – Giovana eu gosto de você, mais que isso, eu acho que amo você, eu amo tudo em você, eu amo o seu jeito, amo o seu sorriso, amo esse seu olhar maduro e infantil ao mesmo tempo, amo o jeito como você brica com o seu cachorro, eu amo o jeito louco como você pula em cima de mim, amo o seu jeito carinhoso e protetor, amo a tua gargalhada mais escandalosa, amo o jeito lindo como você vê a vida, amo a cara que você faz quando eu não faço o que você quer, amo o seu biquinho, amo o jeito como você briga comigo, amo, amo, amo simplesmente te amo, sem dar explicações, sem justificativas, sem “por que’s”, sem mas, sem “se’s”, simplesmente te amo totalmente dos pés à cabeça, e não sei como parar. Então depois de tudo isso que eu falei agora, eu não vou te pedir para me amar também, só que não me trate diferente e não fique me ignorando ou fugindo de mim. – quando lhe olhei pude ver que os seus olhos estavam marejados.

            – A-Alice, e-eu, nunca pude imaginar que... Eu não consigo acreditar que isso está realmente acontecendo.

            – Me desculpa, é que não dava mais pra guardar isso...

            – Não, não é nada disso, eu... Também, eu também sempre fui apaixonada por você sua doida, ai que vontade de te bater, porque você só me fala isso agora? Eu estaria com raiva, se eu conseguisse sentir raiva de você!

            – E-eu não estou entendendo nada.

            – Eu também te amo sua louca. Eu estava me roendo de ciúmes daquele seu namoradinho psicopata, eu sempre morri de ciúmes dele, eu sempre amei o jeito fofo que você me  trata, e de uns tempos pra cá eu venho percebendo que eu não sou mais a mesma quando estou com você, e quando eu chego perto demais, até respirar fica meio difícil, e depois daquele beijo de ontem parece que a minha vida viro de cabeça para baixo, eu preciso desse beijo de novo.

             – Meus lábios são todos seus. – E assim ela me beijou, um beijo calmo, sem pressa, pois sabíamos que depois de hoje teríamos a vida inteira para isso, ela sabia que eu era dela, e vice-versa.