Uncontrollable escrita por Storyteller


Capítulo 12
Mellie


Notas iniciais do capítulo

Alguns de vocês vão querer me matar. mas... eu já tinha planejado esse capítulo há séculos, aliás, foi isso que me deu a ideia de escrever toda a história, de qualquer jeito espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297842/chapter/12

Mellie


Estava surpresa pela ação de Dylan. Pior, estava surpresa pela reação dela, que estava retribuindo o beijo. Pior ainda, ela estava surpresa que ela não queria parar!

Mas a consciência falou mais alto e ela se separou do beijo de Dylan. Pensou em gritar com ele, ou que ele estaria rindo da cara dela, que ele havia pregado uma peça nela. Mas não. Ambos ficaram parados e chocados. Queriam absorver o que havia acontecido ali.

-Ãhh... Eu... – Dylan começou a falar, mas parou.

- Dylan – Mellie sussurrou – vai pra casa –

-Mellie eu... –

-Só... Vai pra casa – ela ajudou-o a recolher as coisas dele e quando foi abrir a porta disse - ah... E isso NUNCA aconteceu certo? –

Ele parou por um instante. Pereceu que queria falar algo, mas simplesmente saiu.

Mellie suspirou e voltou a entrar. Ficou arrumando as coisas do trabalho até sua mãe chegar em casa.

-Oi meu amor – ela disse – como foi o trabalho de vocês. Estou surpresa de não encontrar a casa destruída! Vou fazer a janta, você... Você está sangrando! – A mãe dela largou a bolsa no chão e correu de encontro à filha – seu nariz! –

Mellie foi novamente ao banheiro limpar o nariz. A mãe a seguiu.

-Mellie, agora chega. Nós vamos ao hospital! Já é a sexta vez essa semana! –

Mellie não relutou. Concordava com a mãe, se o nariz sangrava de novo é por que alguma coisa estava errada.

Chegaram ao hospital cerca de quinze minutos depois, e a sua mãe imediatamente marcou uma consulta para daqui a meia hora. Quando foram atendidas pelo Dr.Schister, ele a examinou Mellie longamente, fez diversas perguntas e finalmente disse.

-Seu nariz sangra constantemente, e suas feridas demoram para se curarem? Bem... –

-É grave doutor? – A mãe de Mellie perguntou aflita

-Tenho algumas suspeitas do que seja, mas teremos que fazer exames para ter certeza... Receio que sua filha desenvolveu uma doença chamada Púrpura trombocitopénica idiopática. É o mais provável. Se for isso, fico muito mal de lhe dizer, mas sim Sra. Owens, é grave. A PTI, como é conhecida é mais comum em mulheres entre trinta e quarenta anos. No caso da sua filha, creio que tenha a ver com génese provavelmente infecciosa. Às vezes, grandes choques também atuam no desenvolvimento da doença –.

A mãe de Mellie começou a chorar.

-Tem... tem cura? – perguntou

-Cura? Bem, tem sim uma cura. Teremos que tentar aumentar o número de plaquetas no sangue de Mellie. Mas, essa já não é minha especialidade. No 6° andar do hospital é o setor de hematologistas e oncologistas. Vou lhes indicar a Dra.Friggam para esse caso, já que ela tem pacientes com a mesma doença –.

Agradeceram o médico e enquanto Mellie saia da sala ele disse

-Sinto muito –

A Dra.Friggam foi muito amigável com Mellie. Ela recomendou que a garota passasse alguns dias no hospital para iniciarem os exames e o tratamento.

A mãe de Mellie chorava sem parar, mas a própria Mellie não sabia o que dizer. Ela estava novamente em choque.

Iniciaram alguns exames, observaram as manchas vermelhas que ela tinha nas costas e retiraram seu sangue para fazer uma contagem de plaquetas.

Ao final do segundo dia, a Dra.Friggam parecia quase feliz.

- Boas notícias – ela disse –o caso da Mellie tem cura. Vai demorar alguns meses, mas como nós descobrimos a doença bem no inicio, é mais fácil de combater. Vamos precisar aumentar suas plaquetas e ver a reação do seu corpo. Você vai ficar algumas semanas com a gente no hospital Mellie, mas não é nada muito grave –.

Depois que a Dra.Friggam saiu do quarto Mellie pediu para conversar com a mãe.

-Mãe, eu não quero que ninguém saiba disso ok? –

-Como assim minha filha? –

- Eu não quero que venham me visitar nem nada disso. Se perguntarem, inventa alguma coisa, diz que eu viajei... Alguma coisa assim. Por favor, faz isso por mim? –

- Mas... – a mãe de Mellie parecia relutante em concordar – você sabe que eu faço qualquer coisa por você... Querida... Eu... Bem... Seu pai está aqui – ela disse finalmente

- Como assim? –

- Querida. Eu não sabia o que fazer! Ele me ligou e disse que queria te ver, e eu simplesmente desabei. Acabei falando pra ele da purpu... Purp... – ela voltou a chorar

-Ele está aqui? Aqui no hospital? – Mellie pareceu chocada. Se ele estava ali, ela não teria como sair. E parecia que ele sabia disso.

A mãe dela confirmou com a cabeça.

-Querida, sei que você não quer falar com ele por causa do... Abandono. Mas, afinal de contas ele é seu pai. E não importa o que você diga você vai ter que falar com ele um dia. Quanto antes melhor. Ele só quer ajudar... Faz isso por mim? Conversa com ele? –

Pronto. Mellie foi pega na própria armadilha.

- Tudo bem. – ela disse – mas não quero que você conte para mais ninguém!

Ela concordou com a cabeça.

- Bem. Vou chama-lo... - ela se levantou

-AGORA? –

A mãe lhe lançou um olhar de reprovação.

-É... Vamos fazer um combinado, você ouve o que ele tem a dizer agora, e eu não falo para mais ninguém da PTI. Feito? –

Mellie suspirou.

- Feito. –

Sua mãe sorriu e lhe abraçou.

- Só não entendo o por que disso, mas... –

Nem mesmo Mellie entendia. Ela só não queria todos acampando ali, dizendo tudo o que ela já sabia. Seria melhor assim para todos. Para todos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

quem quiser saber um pouco mais http://www.alert-online.com/br/medical-guide/purpura-trombocitopenica-idiopatica-pti
bjsss, até a próxima!