O Amor É Para Mentes Fracas escrita por Tholomew Plague


Capítulo 7
Desaparecimento


Notas iniciais do capítulo

Ei leitoras, eu já falei de minha ideia de excluir a fanfiction então eu tive outra ideia. Bom, esse vai ser o último ou penúltimo capítulo deste ano (talvez amanhã eu poste outro), então eu deixarei essa minha história ativa, porém sem postar nada já que não terei meios. Enfim, se eu for excluir a história, será somente ano que vem quando eu voltar das férias. Pensei: Quando eu voltar das féria entre Fevereiro/Março, eu posto um capítulo para ver se tem algum leitor vivo, se houver comentários eu continuo a fanfiction normalmente, se não houver comentários eu apago a história e reposto. Que tal? Boa leitura.



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Juliana's POV.

                Seis horas da tarde e Larissa ainda não voltou para casa, estranhei nenhuma mala estar faltando e nenhuma roupa ter sido tirada de seu guarda roupa, isso não é um bom sinal, ela saiu e não levou nada, nem roupas, nem escova de dente e o que mais me preocupa é que ela não levou o celular! Ela leva essa merda pra todo lugar que vai e quando eu preciso ligar pra ela pra saber onde ela está, ela não leva.

                Certamente ela foi se refugiar na casa de Lucas, mas eu não intendo o porque. Eu não intendo o que está passando na cabeça dela e porque ela está passando por dificuldades e não está me contando! Porque ela saiu de casa ontem de tarde e não voltou até agora?

                - Alô?
                - Lucas? - Perguntei.
                - Sim.
                - A Larissa está aí?
                - Não, não está não.
                - Ah, tudo bem, tchau.
                - Tchau.

                Eu garanto que a Larissa está com Lucas e pediu pra ele não entregar onde ela está, se eles querem fazer novelinha, TUDO BEM.

                Chamei um táxi e fui em direção a casa de Lucas. Merda, Larissa tem razão, eu ando gastando meu dinheiro todo com roupas e maquiagens, devia economizar pra comprar meu carro próprio!

                Chegando na casa de Lucas, apertei a campainha.

                - Larissa? – Lucas abriu a porta surpreso com minha visita.
                - Oi Lucas. – Sorri.
                - Tudo bem com você?
                - Claro!
                - O que te traz aqui?
                - Eu queria falar com Larissa.
                - Como assim?
                - Ela está aí não tá?
                - N-não. – Ele me olhou confuso.
                - Lucas eu sei que você é o melhor amigo dela mas eu estou muito preocupada com ela, eu só quero saber se ela está aí, preciso de um sinal de vida dela.
                - Eu ainda não intendi. O que aconteceu com Larissa?
                - Lucas, sério, eu sei que ela está aí! – Cruzei os braços.
                - Não! A Larissa não está aqui, é sério, pode entrar se quiser. Mas como assim Juliana? O que aconteceu com a Larissa? Onde ela está? – O rapaz me olhava assustado, com certeza não sabia de nada.
                - Eu pensei que você sabia! Ela saiu ontem a tarde e não voltou até agora. Eu não sei onde ela foi, só sei que ela dormiu fora e não levou nada, nem roupa, nem celular, absolutamente nada.

                Eu falava cada vez mais apavorada, se nem o melhor amigo de Larissa sabe pra onde ela foi, isso quer dizer que ninguém sabe. A situação é realmente grave, eu não faço ideia de onde ela foi. Não só eu estava preocupada, Lucas também aparentava estar preocupado e confuso.

                - Merda Lucas, me diz que ela te falou alguma coisa! – Quase gritava no desespero.
                - Não! – Ele passava a mão pelo seu rosto – Mas... Eu vi o carro dela ontem.
                - Onde?
                - Estacionado na frente do bar.
                - Então vamos para lá!

                Lucas correu para dentro de sua casa, pegou a chave de seu carro e estacionou o mesmo na rua para que eu pudesse entrar. Assim que entrei, fomos em direção ao bar.

                - O carro dela ainda está aqui! – Lucas disse assim que chegamos ao bar.
                - Isso é um bom sinal?
                - Não sei, vamos perguntar pro Danilo se ele a viu;
                - Danilo?
                - É um garçom do bar, por sorte ele me reconhece e reconhece Larissa por causa das vezes que vínhamos aqui quase todo o dia. – Ele gargalhava lembrando.

                Entramos no bar e Lucas levou-me até Danilo.

                - E aí Danilo! – Lucas o comprimentou.
                - E aí cara!
                - Cara, você viu Larissa ontem por aqui?
                - Não, ontem não.
                - Mas ela esteve aqui né?
                ­- Não sei cara, eu não vi ela.
                - Poxa cara, ela deixou o carro dela estacionado aqui desde ontem.
                - Aquele carro lá na frente é dela? Ah sim, ela esteve por aqui. Eu e meus colegas de serviço estávamos debatendo sobre esse carro estar aqui desde ontem quando saímos do serviço até hoje quando viemos trabalhar. Eles falaram que uma mulher saiu de dentro, pediu uma cerveja, dormiu em uma mesa e depois foi embora a pé! Deve ter sido ela.
                - E eles não sabem pra que direção ela foi?
                - Não.
                - Ok cara, valeu. Até mais.
                - Até!

                Eu e Lucas entramos em seu carro e ficamos nos encarando, nossos rostos eram duvidosos, confusos e apavorados.

                - E agora? – Ele perguntou.
                - Não sei, faz mais de vinte e quatro horas que ela saiu, dá tempo de ir pra bem longe daqui. Mas eu não intendo! Eu não intendo! Ela parecia estar bem! Tirando que ultimamente ela anda bem estressada... E que ontem quando ela saiu do banheiro ela estava com a pior cara do mundo de abatida...

Lucas’s POV.

                - Do banheiro? – Perguntei apavorado.
                - Sim.

                Droga, eu sei exatamente o que ela fez naquele banheiro, sei disso porque Larissa me confia muita coisa e ela já me confiou seu segredo da auto mutilação, me contou que ela fazia no banheiro. É tão óbvio que ela se auto mutilou, é a única explicação pra atitude dela. Ela me contou que o banheiro é o refúgio dela, lá ela fazia de tudo pra aliviar suas dores. Me parte o coração só de imaginar Larissa lá naquele banheiro rasgando sua pele macia. Meu Senhor, por favor, me diga que ela não fez isso! Que tipo de amigo eu sou? Porque eu não estava em seu lado quando ela precisou?

                - Temos que ir na delegacia pra falar do desaparecimento dela. – Falei.
                - Na delegacia? Não acha exagero?
                - EXAGERO? VOCÊ TÁ LOUCA? QUEM ESTÁ EXPOSTA PARA ASSASSINOS É A SUA MELHOR AMIGA! VOCÊ NÃO VÊ O PERIGO? ELA PODE ESTAR MORTA AGORA!
                - CALMA! Calma! Tudo bem, vamos para a delegacia.

                Impressão minha ou Juliana não se importa com Larissa? Ou será que sou eu quem me preocupo de mais? Bom, eu não estou fazendo mais do que minha obrigação, já deixei Larissa sofrer sozinha a ponto de querer fugir de tudo e todos, o mínimo que posso fazer agora é me preocupar loucamente por ela, culpar-me por seu sumiço e alertar a polícia.

                Estávamos a caminho da delegacia, meus olhos não queriam nem piscar! Eu queria chegar logo na delegacia. Talvez eu estivesse exagerando um pouco mas ninguém sabe do carinho que tenho pela Larissa.

                Demorei mais de um ano para desvendar Larissa e até hoje não a conheço por inteiro, Larissa é uma menina amarga, já sofreu muito com seus antigos amores, por isso que hoje não quer se meter em nenhuma relação. Ela também já foi traída por algumas pessoas que ela considerava “amigos” e essas pessoas ainda lhe causaram muito estresse, por isso que ela é meia antipática e tenta evitar as pessoas. Sua família nunca foi a melhor, seu pai é alcóolatra e ameaça a sua mãe, sua irmã nunca lhe deu carinho e nem atenção, estava sempre gritando com ela desde pequena, então aos seus doze anos começou a se afastar de sua irmã, quase não se falavam! Sem falar que ela odiava seu avô por parte de pai, seu avô traiu a mulher com outra durante 4 anos, ele tinha duas famílias! O que se espera de uma pessoa que cresceu com ódio e problemas ao seu redor?

                Por sorte, eu conheci Larissa na época em que ela não era tão dura assim. Ela foi se tornando amarga aos poucos, em alguns momentos ela tentava evitar eu e Larissa, ficava sozinha olhando para o nada, e eu sempre sentia agonia em seus olhos. E aquela noite em que ela apareceu lá em casa chorando? Foi uma noite incrível, Larissa me confiou tudo que tinha dentro de si, me contou TUDO o que se passava por ela.

                Lembro-me direitinho daquela noite: a campainha tocou e assim que abri a porta, Larissa avançou em meu pescoço soluçando. Puxei suas coxas e a suspendi do chão enquanto ela encaixava suas coxas em minha cintura. Levei-a para meu quarto e a coloquei em cima de minha cama, sentei-me ao lado dela. Ela colocou suas mãos em minha barriga, empurrando-me sutilmente para trás para que eu ficasse encostado na cabeceira da cama com as pernas em cima da cama. Ela abriu minhas pernas com suas mãos – ela ainda chorava – e deitou-se de lado em meu peito, colocando suas duas pernas em cima de minha perna direita. Ela começou a falar mil coisas enquanto chorava e eu a ouvia com atenção, com interesse. Demorou mais de meia hora – literalmente – até ela parar de falar toda a agonia que ela sentia, eu a apertei em meus braços, a consolei e falei que iria proteger.

                É por isso que fico tão revoltado, desde aquele dia ela nunca havia tido uma recaída, ela nunca havia se rendido para o sofrimento e agora ela se rendeu por minha causa, porque eu estava ocupado de mais com Dani e não dei atenção para ela. Claro que não culparei a Dani pela minha ausência na vida de Larissa, eu que sou um idiota e devia ter dado mais atenção pra minha amiga de anos do que pra minha namorada de meses, tudo bem que amiga é menos que namorada, mas não nesse caso, Larissa pra mim vai estar sempre na frente de todas, mesmo que ela tenha me recusado diversas vezes e ter brigado comigo muito feio por causa de minha insistência em querê-la mais que amiga, mas eu aprendi e nunca mais dei um sinal de que gostava dela mais do que uma amiga, ela pedira para eu a tratar como irmã, então eu a trato como uma irmã.

                Estávamos a caminho da delegacia, meus olhos olhavam mais para as calçadas do que para as ruas, eu ainda tinha a esperança de encontrar Larissa por aquelas calçadas.

                - DROGA! – Berrei enquanto encostava meu carro em cima da calçada mesmo que não seja permitido.
                - O que houve? – Juliana me olhava assustada.

                Eu não tive tempo de responder, sai do carro correndo e corri para perto daquela alma sombria sentada ao chão do lado de um cachorro. Assim que cheguei perto, ela me olhou com aqueles olhos inchados e molhados, arregalou seus olhos e me olhou boquiaberta.

                - Princesa...


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