(No capítulo anterior...)

Meirin o abraçou chorando - Eu fiquei com medo de te perder. Eu te amo e não quero ver você nos braços de outra. Eu te amo.

– Me..Meirin...(tais sentimentos, é melhor que eles sejam esquecidos. Humpf, olha quem ta falando. O demônio que foi tocado por uma garota de 13 anos. Me sinto um pedófilo só de pensar no que fiz, ou no que ainda posso fazer. Será que eu realmente me apaixonei por aquele pequeno anjo?)

...

Já de manhã, Sebastian estava agindo normalmente e foi acordar a pequena dama. Abriu as cortinas e estava uma belo dia. Ele se virou para admirar aquele pequeno corpo adormecido. Tinha até pena de estragar aquele doce momento.

- Vamos, milady. É hora de acordar. - sem qualquer resposta ou movimento da pequena, ele se sentou na cama - Ora, está em sono profundo ou fingindo? - nada - Nesse caso... - Ele fez um pequeno sorriso malicioso e começou a beijar o pescoço dela gentilmente e acaricia-la. Imadiatamente ela acordou.

- AAAAAH!!! No que está pensando? E se alguém visse? Pior, enquanto eu dormia. - berrou ela ao ve-lo tão próximo e agarrado nela.

- Hahaha. É mais bonitinha desse jeito, sabia?

- IDIOTA - Gritou ela jogando o travesseiro que Sebastian acabou desviando facilmente.

- Haha, se esqueceu que dia é hoje? - disse Sebastian apontando para o calendário na mesinha.

- Ah, droga... - disse ela assustada.

- "droga"? Achei que sua reação seria mais...alegre. E isso não são modos de uma dama falar.

- O verdadeiro demônio está chegando e você vem falar de modos? - disse ela desesperada.

-Verdadeiro demônio?

- Que dia é hoje, Sebastian? - disse ela sorrindo sarcasticamente.

- 31 de dezembro, véspera de ano novo. Quando seu pai vem visita-la.

- Não só ele...dessa vez...sinto que uma "tempestade" se aproxima

- Pera...dessa vez ela vai vim também? - perguntou Sebastian assustado.

- Provavelmente. Ela não vem aqui a um bom tempo. Com certeza virá hoje.

- Essa não, preciso apressar os preparativos - disse sebastian saindo correndo e quase esbarrando em Meirin que ficou vermelha. - Meirin, arrume a milady, eu preciso dar um jeito em Bard e Finny. A Marquesa provavelmente virá e precisamos apressar as coisas - voltou a correr.

- Sim, senhor. Milady, rápido, antes que a Marquesa... - A pequena olhava pela janela e antes que Meirin terminasse de falar ela viu uma carruageme dela saiu...

- Ela chegou... vamos rápido Meirin.... - ela olhou novamente e seu pai saiu da carruagem -  Ela capturou o papai...aaahh tadinho...

A pequena desceu as escadas após se arrumar. Lá encontrou Sebastian que estava na entrada da mansão de portas abertas para as visitas.

- Papai!!! - disse a milady pulando no colo do pai.

- Que bom vê-la. Vejo que finalmente cresceu um pouco - disse Vincent observando-a melhor.

- Ei, como assim "finalmente"? - Alguém chamou a atenção com pequenas tosses. Era a Marquesa, Frances Midford. 

- Isso não são modos de uma dama receber os convidados...

- Pegue leve, Frances. Somos a família dela. O que há de mau nisso?(e como assim "convidados"? Ela sempre chaga invadindo como se aqui ainda fosse a casa dela. Sem contar que essa mansão é minha então não sou convidado) - disse Vincent

Antes que todos percebessem, Frances voou pra cima de Sebastian agarrando sua franja:

- O que eu lhe disse sobre essa franja? Francamente...você não tem jeito mesmo...parece um relaxado. - Se tem algo que Frances não suporte é homem com franja comprida, na sua opinião é asqueroso. (Mas o Sebastian fica tão lindo assim. ah, ele fica lindo de qualquer jeito... mas é melhor eu não falar muito desse jeito porque se eu baixar o Grell agora, fu...*cough cough* lascou de vez). Ela pegou um pequeno pente e em alguns segundos... - bem melhor...

- Ah...nem o papai escapou pelo o que vejo. - disse a pequena dama.

- Pois é... - disse Vincent se aproximando de Sebastian e apoiando a mão em seu ombro. -  Então nem você escapa dela, não é?

- Infelizmente... Essa já é a quinta vez... - disse Sebastian.

- Quinta!? Estou bem desatualizado mesmo. - disse Vincent.

- A primeira foi no aniversário da milady em que o senhor não pôde vir então veio...ela. O resto foram suas "visitas" inesperadas.

- Ela é realmente desumana - disseram os dois juntos.

Elizabeth saiu da carruagem abraçando a Lady como se não a visse por um ano ou mais - AAAAAAHH FOFA COMO SEMPRE!!!

-Também é bom te ver, Lizzy - disse a milady. E mais uma vez, Fraces chamou a atenção.

- Elizabeth. Olhe os modos - disse Frances olhando com aquela cara extremamente assustadora.

Enquanto isso, Sebastian e Vincent sussurravam um com o outro:

- Aquilo é mesmo um ser humano? - perguntou Sebastian

- Sabe que eu também não sei? - respondeu Vicent.

Frances os ouviu um pouco e virou aqule rosto assustador na direção deles. Aquela aura que poderia matar qualquer um de medo. Eles acenaram pra ela para disfarçar os cochichos e tiveram o mesmo pensamento o sussurrando logo em seguida. - Ela tem vocação para demônio.

- Perdoe-me por tal comentário, mas acho que ela já foi expulsa do inferno. - disse Sebastian.

- Concordo com você, Sebastian - disse Vincent.

O resto do dia foi "normal" por assim dizer. Mesmo estando em comemoração, Frances não deixava de observar a mansão em cada detalher procurando por qualquer descuido dos empregados, o que não ocorreu (eita sorte...e milagre). Após o jantar, ela decidiu partir pois iria acordar cedo, entre outras desculpas. Depois de quase meia hora de choros da Lizzy para não ir embora, elas partiram.

- Ué? Você não vai ir também, papai? - perguntou a milady.

- Surpresinha. A rainha me deu um folga. São só alguns dias, mas é o suficiente pra matar as saudades da minha filhinha - disse Vincent a abraçando.

- Conde, já deixei suas malas em seu quarto - disse Meirin.

- Ah obrigado, Meirin. - disse Vincent - Ah já ia me esquecendo...Sebastian...

- Conde... - Um apoiou a mão na cabeça do outro e começaram a bagunçar os cabelos.

- Liberdade - dizia Vincent enquanto se ajeitava.

- Milady, deve estar tensa e cansada. Já preparei seu banho para relaxar, que tal? - disse Sebastian.

- Ah sim. Boa ideia, Sebastian. - respondeu enquanto Sebastian a pegava no colo - Pera... o-o que??? S-Sebastian!!!

- Está tudo bem, você está muito cansada - disse ele enquanto andava.

- Nossa, eles ficaram bem próximos. É bom saber que Sebastian vai estar aqui pra proteger minha pequena com vocês. Me sinto mais tranquilo e não me preocupo tanto - disse Vincent.

(no banheiro)

Sebastian efregava as costas da pequena a massageando. Enquanto ela estava vermelha com tal situação.

- Só pode ser loucura. Você é homem e... - Sebastian a interrompeu

- Está tudo bem, estou de vendas, assim não posso ver nada que não deveria. E já que estou de luvas, não estou tocando-a diretamente. Mas se sente incomodada com isso, posso tirar a venda e...

- Não...

- Como desejar - Mesmo de luvas, ela conseguia sentir aquelas mãos grandes massageando seu corpo, tocando nela delicadamente... Só de pensar ela se encolhia e ficava vermelha. - Milady, não se mova tanto. Eu estou me apoiando um pouco nas suas costas, se continuar assim eu vou acabar... - antes que ele terminasse de falar, as mãos de Sebastian acabaram escoregando por causa do sabão e ele caiu na banheira e em cima da pequena. As vendas também cairam e quando ele levantou o rosto, viu sua pequena milay ali desprotegida. Como forma de tentar acalma-la como se dissesse "sou apenas eu, não precisa ter medo" ou "estou aqui, não se preocupe com nada" ele simplesmente a beijou.

- (Um beijo novamente? Por que continua com isso? Eu vi... ontem você estava abraçado com a Meirin)

- E você achou mesmo que eu ficaria com ela?

- uh? - ela ficou confusa.

- Eu admiro a coragem dela pra se confessar mas.... quem eu amo... é... - Sebastian foi interrompido por Meirin que estava trazendo as toalhas e viu aquela cena novamente. Sebastian se retirou para se secar sem dizer nada.

E finalmente chegou a tão esperada meia noite. Vincent ficou assistindo os fogos com sua filha pela janela do quarto. Os empregados admiravam os fogos do lado de fora. E Sebastian observava pai e filha enquanto sussurrava bem baixinho para si mesmo pensando que talvez o coração de sua pequena milady ouvisse...

- Quem eu amo... é você... milady...