(Lady)

Sebastian me acordou mais tarde hoje, como ele sabia que eu não estava me sentindo bem hoje? Não fico tão surpresa, afinal estamos falando dele. De qualquer forma, fomos ao Undertaker para entregar um recado de meu pai, uma carta. Pelo o que soube, alguém próximo da rainha acabou morrendo, e também era um amigo do meu pai. É mais um caso de assassinatos no qual eu sou apenas um transporte de cartas entre meu pai e o Undertaker (fazer o que).

Ao chegarmos lá, Undertaker estava com seu pote de biscoitos em mãos, observando um dos cadáveres (como ele consegue sorrir pra aquilo?). Ele se virou para nós abrindo ainda mais aquele sorriso (será q ele foi inspiração para o gato de Cheshire, ou Cheshire o incentivou a sorrir assim?)

- Bem vinda, pequena Phantomhive. A quanto tempo. Vejo que não mudou muito - com certeza ele se referiu a minha altura *nível de raiva aumentando* - Nem precisa me dizer pelo o que veio, eu sei muito bem - Fiquei até surpresa com isso, até que ele abriu o pote e me ofereceu um biscoito - Veio apreciar meus deliciosos biscoitinhos hi hi hi

- Não. Eu não vim apreciar seus "deliciosos" biscoitinhos - mostrei a carta para ele que finalmente entendeu.

- Quem mandou não comer as comidas que mais te indico!? Está do tamanho de um chihuahua - sussurrou Sebastian. Ora aquele....

- Calado!! 

- Ah, o caso de assassinatos... - interrompeu Undertaker enquanto lia a carta. Logo ele escreveu uma carta como resposta e me entregou - Analisei os corpos com todo 

cuidado possível, entregue isso ao seu pai.

(minha vez de narrar)

- Obrigada - Disse a pequena dama enquanto saía. Aquela loja sempre foi um tanto escura, então toda vez q ela entrava e saía de lá, Undertaker observava, assim como Sebastian, a imagem de um pequeno anjo sendo iluminado pelos raios de sol.

Antes que Sebastian saísse para acompanha-la de volta pra casa e enviar a carta para Vincent, foi parado por Undertaker.

- Você está um tanto estranho hoje, mordomo. É como se estivesse pressentindo uma tragédia - disse Undertaker

- Como shinigami, um anjo da morte, você talvez saiba... - Sebastian olhou para a porta e Undertaker se lembrou

- Ah, a garota. Você já deveria estar pronto pra isso. Afinal é por esse dia que você tanto espera. Ela é como um anjo esculpido em vidro...tão belo, tão frágil, assim como seu corpo diante de tantos problemas de saúde. Sempre me impressionei só de ela conseguir andar ou correr. Se você não tivesse aparecido, algum shinigami já teria recolhido a alma dela a muito tempo, mas você fez com que o prazo de vida dela aumentasse.

- Mas isso não para o processo - disse Grell saindo de um dos caixões

- Grell?? (O que esse maluco faz aqui?) - disse Sebastian

- Pensei que estivesse morto - disse Undertaker cutucando Grell com aquelas unhas enormes

- Olha pra mim. Eu lá tenho cara de cadáver?? - berrou Grell cheio de raiva

- Não. Mas se fosse um estaria entre os mais feios - Imediatamente, Grell foi pra cima do Undertaker para dar-lhe uma surra, mas Sebastian logo os separou.

- Como eu ia dizendo - prosseguiu Grell - De qualquer forma, nada pode parar os problemas de saúde que a pirralha tem. Ela talvez aguente, mas seu corpo não. Pobre criança, nascer com um coração tão frágil, a morte de sua mãe só fez as coisas piorarem. Mas ao menos nasceu uma garota, e ainda sendo amada por aquele que eu tanto desejo... não é verdade, Sebas-chan?

- Ora ora, então é isso. O demônio se apaixonou pelo anjo de vidro - Undertaker se impressionou e logo começou a rir como um louco - Chega a ser irônico. Um demônio que nem sentimentos bons deveria possuir, se apaixonando por uma pequena dama, ainda mais sendo uma dama que já está com os dias contados.

- Sua morte será hoje. Me disseram que ela está na lista do meu Will - disse Grell com um sorriso macabro

- Irei me retirar - disse Sebastian indo embora rapidamente.

...

Um pouco mais tarde era hora do lanche. Sebastian havia preparado algo especial, já que era o último dia de sua pequena. Estava todo pronto e ele lhe fez um vestido um tanto simples mas que de qualquer forma realçava sua beleza. 

- Pra que tudo isso, Sebastian? - perguntava a pequena admirando o vestido de frente ao espelho

- Não posso fazer uma surpresa à minha Lady? - respondeu Sebastian com um sorriso

- Anda vai, me conta o que é... - antes que Sebastian a respondesse, ela sentiu suas pernas ficarem fracas e caiu. Rapidamente Sebastian a segurou.

- Milady! - disse Sebastian preocupado

- e-estou bem... só me sinto um pouco fraca hoje. Pegue a cadeira de rodas.

- Tem certeza que ainda quer ir? - Sebastian a colocou na cama e ela passou a mão delicadamente em seu rosto

- Você se dedicou fazendo uma surpresa pra mim e agora quer me negar de vê-la? 

- Não é isso. Só estou preocupado com sua saúde - Sebastian segurou suas pequena mãos - Com ou sem contrato, quero protege-la mais do que tudo. - Ela sorriu

- Entendo. Eu ficarei bem enquanto você estiver do meu lado. - ela tentou se levantar ainda cambaleando e Sebastian dando apoio - Bom, vamos indo.

Vendada e em uma cadeira de rodas, a pequena Lady foi levada aos arredores da mansão. Havia um local, um pequeno monte com uma grande árvore no topo com tudo preparado. Sim, um piquenique, algo que ela não fazia desde que sua mãe havia partido. Ao chegar lá, Sebastian retirou a venda

- Surpresa! - disseram os outros servos junto com Sebastian. Ela ficou até sem palavras por alguns segundos

- E então? - perguntou Sebastian

- Só você mesmo pra fazer uma coisa dessas. Estou tão feliz. Obrigada, Sebastian - por algum motivo ela começou a chorar

- Se está tão feliz, por que está chorando? - Sorrindo, Sebastian se ajoelhou e entregou um lenço.

- Não é nada - ela enxugou as lágrimas e prosseguiu - Bom, vamos aproveitar que hoje está um ótimo dia.

Meirin, Bard e Finny ficaram um pouco mais longe se divertindo, enquanto Lady ficou comendo um pouco dos doces que o Sebastian havia feito. Tanaka... como sempre ficou no canto tomando chá. 

- Era aqui que eu e a mamãe fazíamos piquenique. Era um dos nossos lugares preferidos para passar o tempo. Ás vezes o papai vinha conosco - dizia ela olhando para o horizonte - sempre adorei essa vista, ainda mais quando ficávamos até o por-do-sol 

- Então foi por isso que começou a chorar...

- Acho que sim - Sebastian fez um pequeno gesto a chamando para mais perto e deu um beijo em sua testa fazendo-a corar

(ta, ignoremos o vestido. Eu simplesmente gostei tanto da fanart que não resisti em coloca-la)

- Milady, já está se sentindo melhor? - sussurrou. Ela se levantou com toda energia (ta bem pra uma garota doente)

- Muito melhor - respondeu ela sorrindo. Sebastian também se levantou e segurou sua mão

- Se não se importa, gostaria de te levar a mais um lugar - Ela apenas respondeu que sim com a cabeça e o seguiu até adentro da floresta (podem ligar suas mentes criativas e pervertidas) onde havia uma pequena choupana.

- Não me lembro desse lugar. Você fez isso? - bom pra alguém que reconstruiu uma mansão em alguns segundos (capítulo 62 do mangá se não me engano) isso não é nada.

Os dois entraram. Havia apenas uma lareira e um pequeno quarto com uma cama de casal. (aviso 2: liguem suas mentes pervertidas) 

- De vez em quando eu trago alguns gatos pra cá, deixo comida e os visito quando tenho tempo

- E a cama de casal é pra que? - perguntou ela... agora eu também me perguntei isso (é sério)

- Isso eu trouxe recentemente. Queria traze-la aqui algum dia. É tão tranquilo que achei que iria gostar - respondeu Sebastian

- Vamos analisar. Você queria me trazer para uma choupana calma com uma cama de casal. Sebastian, vai cometer um ato de pedofilia novamente? - finalmente ela entendeu

- Falando assim nem parece romântico 

- Gentil e carinhoso eu sei que você pode ser, agora romântico é que me assusta um pouco 

- Perdão se a assustei - disse Sebastian. Ela se aproximou e o abraçou.

- Tudo bem. É bom descobrir coisas que eu nem imaginaria vindo de você. - Sebastian a beijou e a levou até a cama onde começou a despir-se (agora imagem para ajudar no clima)

Desta vez, a pequena foi quem puxou os beijos. Sebastian começou a despi-la enquanto ela ficava cada vez mais e mais vermelha.

- Milady, tem certeza disto

- Vou precisar ordenar?

- Não - respondeu ele sorrindo e continuando até que ambos estavam nus e começaram o ato que mais desejavam depois de tanto tempo, depois de tantas disfarçadas e rostos corados. Ali estavam os dois totalmente sós sem nada que pudesse interrompe-los. - Desculpe, isso pode doer um pouco - a pequena apenas fechou os olhos e o abraçou mais forte ao perceber o que ele iria fazer. Sebastian começou enfiando dois dedos devagar até que ela se acostumasse (ai mamãe, nem eu aguento narrar) enquanto ela sentia um pouco de dor e gemia um pouco. Sebastian aproximou seu ouvido das lábios dela para escuta-la melhor

- Essa sua doce voz gemendo em meu ouvido... isso me deixa ainda mais excitado - (é sério que eu escrevi isso??? acho que agora sou uma pervertida oficial) - ah, está tudo pronto... - Ele ia vira-la mas viu que ela preferia ficar de frente pra ele. Então ele começou a penetra-la devagar.  Ambos se abraçaram mais forte...

Quando tudo terminou, a pequena estava abraçada a Sebastian dormindo. Mesmo não conseguindo dormir, Sebastian vestiu suas calças e voltando aos braços dela e fechando os olhos. Queria que aquele momento durasse para sempre, mas sabia que logo tudo aquilo iria terminar, ele teria de devorar sua alma antes que Will viesse recolhe-la.

Mas não vamos esquecer de Claude e Hannah que logo invadiram a choupana e a sequestraram. Sebastian lutava com Hannah enquanto Claude levava a pequena para a mansão Trancy. Ao chegar lá, Alisa já a aguardava

- Muito bem, Claude. Coloque-a no calabouço

- Eu sabia que você era louca, mas vejo que está piorando. - disse Lady

- Apenas não suporto mais ouvir coisas sobre você... - Claude a prendia nas correntes no calabouço - Pode ir, Claude. Preciso falar com ela mais um pouco.

- Não tenho nada pra falar com você

- Mas eu tenho. Como disse, não suporto mais ouvir coisas sobre você, inclusive vindo de Claude. Por que eles só desejam você? Eu tenho que ordenar o Claude para me amar. Não era algo que eu queria fazer, mas tenho que fazer. - Alisa a chutou e saiu chorando. Um tempo depois, Claude entrou

- Sinto muito pela minha mestra. Vejo que ela deu uma exagerada. - A pequena permaneceu em silêncio. Claude a segurou pelo rosto. - Só de sentir o cheiro da sua alma... ah, me da vontade de devora-la agora mesmo. - Ela cuspiu em seu rosto

- Como se eu fosse permitir. O único que eu permitirei que leve minha alma é Sebastian.

- Como o amor é lindo... então é verdade, ele realmente conseguiu se apaixonar por uma humana.

- Você nunca sentiu isso? -perguntou ela

- Nunca vi um demônio sentir isso até hoje... ou ao menos até eu conhecer a Alisa e o irmão dela...

- Como?

- Eu que havia salvo Alois. Mas ele tinha apenas um desejo de vingança simples. quando cumpri minha parte do contrato e levei sua alma, Alisa ficou furiosa, acabei me interessando, fiquei curioso para saber o desejo dela, e ela me surpreendeu ao dizer que queria que eu a amasse. Acabei ficando presa a ela até hoje.

- Qual foi a vingança do Alois?

- O pai deles. Ele vivia abusando da Alisa enquanto Alois ficava só assistindo. Quando a mãe descobriu, se separou a levou para longe. Como eram gêmeos, ele via uma semelhança entre Alois e Alisa, e começou a abusar dele também. Alois achou que se o pai  morresse tudo voltaria ao normal e fez um contrato. Como pedido final ele me pediu que cuidasse da irmã. E aqui estou.

- Então, Alois já está morto... (e eu tendo sonhos estranhos) Alisa deve ter ficado louca a ponto de manter o irmão vivo não só em seu coração mas na mansão também.

- Sim. Agora, preciso ir. Logo Hannah irá voltar com a cabeça de seu mordomo. -disse Claude saindo

- Vai sonhando.

...

Hannah estava caída no chão, totalmente imóvel. Ao contrário do que Claude pensou, Sebastian a derrotou (isso é o que dá deixa-lo furioso). Sebastian pisou em suas costas, sabia que ela poderia lhe dar umas informações extras que ele precisava

- Antes de terminar de te matar preciso saber algumas coisinhas

...

Enquanto estava presa, a pequena viu uma mariposa entrar pela pequena janelinha do calabouço, que tocou nas correntes que se soltaram.

- Mas hein? - Logo a mariposa foi até a porta que abriu. Lady aproveitou a chance para fujir - Mas o que foi aquilo? - Ouviu uma voz dizendo "por aqui" - Hannah? - Ela seguiu, e acabou chegando ao quarto de Alisa. Curiosa ela olhou pelo buraco da fechadura e viu Claude a beijando ternamente - Acho que no fundo ele talvez sinta algo por ela, nunca vi um beijo falso ser tão bom. 

Fora da mansão Trancy, ela correu o máximo que pôde, mas logo começou a sentir suas pernas fracas novamente e dor de cabeça. colocou uma das mãos no pescoço.

- Droga, estou ficando com febre. Preciso ser rápida, meu corpo está ficando no limite - Com pouco fôlego, ela conseguiu avisar a silhueta de Sebastian se aproximando. - Desculpe Sebastian, esse é meu fim, leve minha alma .- Aliviada ela acabou desmaiando.

...

- Milady! Milady!!! Droga, preciso fazer isso logo - disse Sebastian a pegando no colo e saindo correndo

...

(Lady)

Quando acordei, me sentia melhor. Estava na choupana novamente, com Sebastian ao meu lado, sorrindo. Era como se tudo na mansão Trancy tivesse sido só um pesadelo. 

- Finalmente acordou, milady - disse Sebastian me abraçando.

- O que aconteceu? Já é de manhã? - Quando bloqueei o sol batendo em meu rosto foi que percebi e me afastei - Por que minhas unhas estão pretas?

- Desculpe, milady. Permita-me ficar ao seu lado mais um tempo.

- O que quer dizer com isso? - Ele tirou uma das luvas e mostrou suas unhas. - então...eu agora sou...

- Um demônio - Eu o abracei. Quero ficar nos braços dele para sempre.