Mal sabiam eles que o inimigo ia logo se movimentar novamente e que ele estava mais próximo do que qualquer um deles poderia imaginar.

No outro dia na escola, o grupo comia em silêncio, porque todos estavam apreensivos com o que poderia acontecer. Qual seria o próximo passo do inimigo? Será que ele mataria algum deles ou algum amigo? Como ele tinha conseguido todas essas informações? A contagem regressiva estava acabando rápido e eles tinham que tomar uma atitude antes que fosse tarde demais.

Nami: Oi Lawli!

Lawliet (totalmente desanimado): Oi.

Nami: Nossa você tá péssimo. Eu sinto muito pelo Matt, eu sei que ele era muito amigo de vocês. Eu não o conheci muito bem, mas parecia ser um cara legal.

Lawliet: Obrigado linda, quer sentar com a gente?

Nami: Claro.

Mello: Escuta assombração, você viu a Li por ai?

Nami: Olha eu só não falo nada porque vocês estão muito tristes, mas aproveita que eu só vou deixar isso passar hoje.

Mello: Tá, tanto faz, você a viu ou não?

Nami: Vi sim, ela estava no pátio.

Mello: Valeu. Eu vou indo pessoal.

Misa: Nossa que pressa é essa pra falar com a Li, aconteceu alguma coisa?

Mello: Não, eu só tenho que fazer algo que já devia ter feito a muito tempo. (sai correndo).

Li está sentada em um banco do pátio, exatamente como Nami disse, lendo tranquilamente uma revista.

Mello: Oi querida.

Li: Mello, como você tá? Eu soube o que aconteceu, eu queria ter ido falar com você e com a Misa, mas eu não quis ser intrometida.

Mello: Não tem problema, mas agora presta atenção, eu tenho que te falar uma coisa muito importante.

Li: Nossa você tá tão serio, algum problema?

Mello: Nenhum, eu só quero te confessar uma coisa que eu já devia ter dito a muito tempo.

Li: Tá, fala.

Mello: Li, eu....... Eu.......

Li: Você o que?

Mello: Eu te amo.

Li: Me-Me-Mello, isso é mesmo serio?

Mello: Sim, eu amo você sua maluquinha. Me desculpa por não ter dito antes, mas é porque eu nunca fui do tipo de pessoa que fala sobre seus sentimentos.

Li (com uma cara seria): ....

Mello: Li, não vai falar nada?

Li: (começa a chorar).

Mello: O que foi, eu fiz alguma coisa de errado?

Li (chorando desesperadamente): Você não sabe o quanto eu esperei pra ouvir isso... Eu também te amo muito muito muito muito muito!

Mello: Li, você... quer ser minha namorada?

Li (desmaia).

Mello: Amor, você tá bem?

Li (acordando): Você me chamou de amor?!? Hoje é o dia mais feliz da minha vida! (abraça Mello e começa a apertar ele).

Mello: Calma, me deixa respirar.

(Misa, Raito e Lawliet chegam correndo onde eles estavam).

Li: Amiga, você não sabe o que o Mello me disse!

Misa (com medo): O que?

Li: Que ele me ama!

Misa: Ufa.

Li: Como assim ‘‘ufa’’, tinha outra coisa que você achava eu ele podia me contar?

Misa: Não, claro que não, meus parabéns amiga!

Lawliet (sussurrando pra Mello): Por um momento pensamos que você tinha ficado com medo dela ser a próxima a morrer e tinha contado tudo pra ela.

Mello: Mas isso não faria sentido.

Raito: As pessoas tendem a fazer coisas idiotas quando estão desesperadas, e como você já é meio idiota normalmente então tivemos que considerar essa possibilidade.

Mello: Eu estou muito bem, então vou fingir que nem ouvi isso.

Lawliet: Parabéns pelo namoro cara, sinceramente não achei que você fosse conseguir.

Raito: Pensávamos que você ia ter um troço ou coisa parecida.

Mello: Quer dizer que nenhum de vocês colocava fé em mim?

Lawliet: Não mesmo.

Raito: Sem chance.

Mello: Que amigos eu tenho.

Lawliet: Ah, não fala isso, você sabe que ficamos felizes por você.

Mello: Pessoal, que tal terminarmos essa conversa no refeitório, é que essa pressão psicológica das ultimas horas me deixou louco por um chocolate.

Lawliet: Pode ser, um docinho agora cairia bem.

Mello: Misa, Li, vocês vem?

Misa: Claro.

Li: Como eu posso dizer não a pessoa mais perfeita do mundo?

E eles vão andando normalmente pelo corredor da escola, até que Li para subitamente.

Mello: Algum problema amor?

Li: Não, só uma dorzinha no... (começa a passar mal e cai no chão)

Mello: Li? LI? Nós temos que levar ela na enfermaria!

(Raito e Lawliet carregam a garota. Todos esperam um tempo considerável por noticias, Misa e Mello andando de um lado pro outro de desespero e Raito e Lawliet totalmente sérios, pois talvez soubessem o que estava acontecendo.)

Raito: Pelo visto você já entendeu Lawliet.

Lawliet: Com certeza. Apesar de ser duro é a verdade.

Misa: O que vocês dois estão cochichando ai?

Raito: Não se façam de bobos, eu sei que é desesperante, mas sabem muito bem o que aconteceu.

Misa: Você não quer dizer que...

Raito: Isso mesmo. Eu sinto muito, mas há muita chance de a Li não estar mais viva.

Mello (empurrando Raito numa parede): Não repita mais isso.

Lawliet: Mello, se controla, a culpa não é do Raito.

Mello: Foi mal.

Misa: Lá vem a medica que estava atendendo ela. Então doutora ela tá bem, não é?

Médica: Garotos, eu sinto muito, mas a amiga de vocês não esta mais entre nós.

(Mello e Misa entram em estado de choque).

Raito: Entendo. Qual foi a causa da morte?

Médica: Pelo que tudo indica, ataque cardíaco. Eu estou indo comunicar os responsáveis dela.

Lawliet: Mello, Misa, eu sinto muito.

Raito: Deixa eles. Não estão bem pra fazer nada nesse momento.

Lawliet: Só tem uma coisa a ser resolvida agora: Com quase toda a certeza, sabemos o responsável pela morte da Li. A questão é: Das outras vezes ele tentou disfarçar sua existência, usando suicídio com o Near e atropelamento com o Matt, mas agora ele mata a Li do jeito básico do Death Note. Porque?

Raito: Pra nos mandar um aviso. Que não importa que nós sabemos que ele existe, ele vai continuar atrás da gente, e só vai acabar quando o pegarmos e se o pegarmos.

Lawliet: E se isso não acontecer... Fim do jogo pra nós.