I Need A Hero escrita por bia sykes


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

As reviews de vocês são as melhores ersudilkr ♥ Espero que gostem :) Lari, eu acho que não preciso explicar o nome cfhgiudtgj E Isa, amando o fato de você estar acompanhando ♥



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“Finn?”, falei, esperando que meu queixo não tivesse caído.

Ele limpou a garganta antes de falar. Ele estava lindo. Uma camiseta cinza de gola V, um allstar vermelho, uma calça jeans escura e o cabelo bagunçado. “Já faz um tempinho que eu quero falar com você, Rachel. Esclarecer umas coisas.”

Nem assentir eu assenti, perplexa demais para ao menos responder. Aquele era o momento que eu estava esperando há dias, não era?

“Há uns dias atrás eu falei que me importava com você, não foi? E não consegui estabelecer até onde esse sentimento ia... Bom, eu percebi que ele vai longe, bem longe. Eu realmente me importo muito com você, Rachel. Aquela história do Mike me deixou louco, imaginando se a próxima podia ser você, e chegando a conclusão que isso não era uma opção e que eu inverteria a rotação da terra se fosse necessário para que algo de ruim não acontecesse com você.”

“Eu preciso me sentar.”, anunciei. Alguém tinha colocado alguma bebida naquele ponche, porque a minha tontura estava voltando. Me sentei embaixo de uma árvore e Finn fez o mesmo. Ele não estava muito perto mas também não estava muito longe.

“Enfim, eu percebi que eu me importo muito com você, Rachel, e não só no sentido de você estar segura fisicamente, é claro. Mas de você... Sabe... Do que você acha de mim, também...”, ele completou, baixinho.

“Finn, eu não preciso que você faça nada para que minha opinião por você mude.”

“O que você quer dizer com isso?”, ele perguntou, um pouco transtornado por causa do rumo que a conversa tinha tomado.

A tontura deixava tudo muito confuso. “O que eu quero dizer com isso? Que meus sentimentos por você nunca vão mudar. Você não precisa se preocupar em me salvar ou coisas assim, porque minha opinião por você era assim muito antes de você ter falado comigo pela primeira vez.”

“Assim como?”

“Eu te amo.”, falei quase inaudível, logo em seguida querendo enfiá-las de volta na minha boca. Pela cara que Finn fez o que ele sentia por mim não chegava nem perto do que eu sentia por ele. O que ele sentia era apenas uma paixonite, uma forte atração. Mas amor? Ugh, aquilo era obviamente algo que ele nunca havia considerado.

“Você me ama?”, ele perguntou, como se tivesse levado um tapa na cara.

Eu sabia que estragaria tudo. Eu sempre estragava.

“Eu tenho que ir.”, anunciei, me levantando e alisando a saia. Humilhação era o que melhor expressava o que eu estava sentindo no momento. Eu havia me superado. Como eu havia conseguido me humilhar tanto daquela forma, principalmente na frente de Finn?

“Não, Rachel, espera um pouco.”, ele disse, me impedindo de andar, segurando meu braço.

Não me virei para não deixá-lo ver minhas lágrimas. Ele não precisava se sentir mal por mim.

“Você me ama?”, ele repetiu, num tom de urgência.

Eu assenti, já que minha garganta estava quase completamente fechada. Eu já havia me humilhado, então porque não esclarecer tudo para ele?

“Por que você está indo embora?”, ele disse.

“Porque você não sente a mesma coisa por mim, e isso me deixa bastante mal, mas eu vou seguir em frente, com alguns chocolates e uma noite com Santana eu estarei novinha em folha pela manhã e-”

“Você tem que parar de fugir da situação, Rachel.”, ele falou, no tom mais delicado que eu já havia ouvido ele utilizar. Mas a afirmação dele me tirou do sério o suficiente para fazer eu me virar, mesmo que isso fizesse o ver minhas lágrimas. Para isso eu teria que dar uma resposta decente.

“Da mesma forma que você fugiu de todas as vezes que você chegou perto de mim? Tem razão. Eu vou ficar aqui e ouvir tudo o que você quiser dizer.”, falei, cruzando os braços fazendo-o se soltar de mim.

“V-você tá chorando?”

“Não fuja da situação, Finn.”, respondi, quase rugindo para ele.

Ele respirou fundo.

“Você por acaso já considerou que a razão de eu ter me retirado todas as vezes que falei com você foi apenas porque fiquei com medo da sua reação, de você talvez não ter o mesmo interesse por mim e ficar com raiva ou alguma coisa do tipo? E além do mais, quem disse que eu não sinto a mesma coisa por você, Rachel? Você acha que nesses últimos dias eu fiz essas coisas a toa? Passei a noite cuidando de você porque te escolhi aleatoriamente enquanto passava pela trilha? Fui ver como você estava quando levou aquela bolada apenas porque por acaso estava por perto? É claro que não. Eu fiz isso porque me importo com você e-”

“Pare de dizer isso.”

Ele bufou. “Que merda, Rachel, é porque eu te amo! Você não percebe, não é? O que tem na sua cabeça? Você se despreza tanto a ponto de pensar que nenhum garoto do mundo se interessaria por você? Você foge sempre que algo começa a ficar sério porque tem medo de não ser correspondida com a mesma intensidade?”

Fiquei calada porque era exatamente isso. Cada palavra.

“Você tem medo de tentar, é isso? Acha melhor não viver nada para não correr riscos do que se arriscar apenas um pouquinho mas sendo recompensada por coisas incríveis?”

Novamente, mais verdades.

Ele ficou um tempo calado. Sem suas exclamações o local ficava silenciosamente doloroso. “Você disse que me ama, eu disse que amo você. O que você vai fazer agora? Fugir? Convencer a si mesma que eu estou brincando com os seus sentimentos? O que vai ser dessa vez?”

“Eu não sei...”, me forcei a dizer. “O quanto você se importa comigo?”

“Muito mais do você imagina.”

“O quanto eu sou importante pra você?”

“Em algum lugar entre comida e ar.”

“Você realmente me ama?”

“Rachel, para com isso. Eu já disse que eu amo você e que eu me importo com você. O que falta pra você finalmente se render?”

“Eu preciso saber que você não vai me decepcionar.”

Ele chegou mais perto e falou mais baixo. “Eu amo você, muito. Eu faria qualquer coisa por você. Eu nunca, jamais, faria qualquer coisa para te magoar. Rachel, pra mim você é a garota mais incrível desse mundo.”

Mais uma vez eu estava tonta, mas não era por causa do ponche e nem por causa da bolada.

“Você poderia dizer alguma coisa só para eu não achar que é você que está zoando com a minha cara.”, ele disse.

“Durante muito tempo eu te observei, Finn. Ficava te olhando passando no corredor e exibindo troféus, rindo com seus amigos e pensando em como eu ter qualquer coisa com você era irreal. Via você com outras garotas e me remoia de inveja porque elas tinham você e eu não tinha a menor chance. Eu passei anos vendo como você as tratava e pensando que era isso que eu precisava. Eu precisava de alguém para me apoiar, alguém para me animar, alguém para me amar tanto quanto eu o amasse, alguém para me ajudar a passar por coisas difíceis. Eu precisava de um herói, Finn. E aqui, no acampamento, eu vendo você fazendo todas essas coisas, simplesmente confirmou o que eu já suspeitava há algum tempo. Eu não precisava de um herói. Eu precisava de você. Ninguém mais preencheria esse posto, nenhum garoto, nunca. Porque desde o início ele já estava permanentemente ocupado. Você deve imaginar como era difícil ver você não dando a mínima quando você significava tanto para mim, então eu fiquei na defensiva. Por isso que não enxerguei tudo o que você fez por mim como se você realmente tivesse algum real sentimento, porque eu tinha muito medo de você me decepcionar e eu nunca poder fazer nada para substituir esse vazio que você deixaria.”

Ele não disse nada.

“Então tá aí, Finn. Todos os meus sentimentos estão sobre a mesa.”

Ele balançou a cabeça. “Eu realmente achei que não fosse possível.”

Merda. Agora ele vai dizer como sou ingênua ou coisa do tipo por ter me exposto tanto, pensei. “O que?”, perguntei, me sentindo tão frágil que até mesmo uma leve rajada de vento poderia me derrubar e me quebrar em milhares de pedacinhos.

“Eu não achei que fosse possível você sentir a mesma coisa que sinto por você.”

Eu sorri. Por que, afinal, havia alguma outra coisa que eu poderia fazer num momento tão perfeito como aquele? Finn me amava. Alguma outra coisa tinha relevância? E meu sorriso se transformou em riso e Finn foi contagiado.

“Imagino então que o sentimento é mútuo.”, falei.

“Com certeza.”, ele disse, com o sorriso mais lindo que eu já havia visto em toda a minha vida.

E então ele começou a se aproximar. Eu sabia o que ele estava fazendo. Era um dos meus sonhos mais constantes. Seu rosto estava a centímetros do meu quando uma voz gritou atrás de nós, perto da área da fogueira.

Lá está ele, Finn Hudson!”. Era Noah Puckerman e todo o time de futebol bêbados da cabeça aos pés. “Finny, irmão, onde você tinha se enfiado?”, ele perguntou, passando o braço pelos ombros do amigo. A essa altura Finn já tinha tirado o rosto de perto do meu e estava muito corado.

“Hm...”, ele disse, sem saber o que dizer.

“Ele estava com a baixinha!”, gritou Sam, que, mesmo não sendo do time de futebol, estava com eles.

“Rachel?! Finn, seu garanhão! Nem aguentou esperar a festa terminar e já tava engolindo essa coisinha!”

Todos riram, com exceção de Finn e eu, que estávamos vermelhos até a alma.

“E aí, Rachel, como é a pegada desse garotão aqui?”, perguntou Puck, dando um soco no braço de Finn.

Não respondi, é claro. Em vez disso, me virei e comecei a andar rapidamente para o acampamento das meninas. Eu estava muito envergonhada.

“Seus idiotas.”, Finn resmungou. Ouvi seus passos vindo na minha direção. “Ei, Rachel.”, ele falou, quase do meu lado. Não parei porque ainda ouvia os garotos lá atrás, falando imoralidades inaceitáveis. “Ei, para.”, ele falou, segurando meus ombros e me virando.

Me virei, mas lancei um olhar desesperado para ele e depois para os garotos atrás. Ele seguiu meu olhar e revirou os olhos para os amigos, me puxando para entre as árvores fora do campo de visão deles. Puck gritou alguma coisa sobre Finn estar excitado demais para ao menos chegar numa barraca.

“Então, você entendeu o que eu falei, não foi?”, ele perguntou.

“Sim. E espero que você também tenha entendido o que eu te falei.”, respondi, não conseguindo segurar um sorriso.

Ele assentiu, com um sorriso de lado. “Então... Como a gente vai fazer agora?”, ele perguntou.

“Se as pessoas forem reagir que nem Puck, eu prefiro deixar a coisa toda o mais discreta possível, pelo menos até todo mundo se acalmar...”

“Você não quer ficar comigo...?”

“É claro que não. É óbvio que eu quero ficar com você, mas eu não gosto de ouvir comentários idiotas. Só estou pedindo pra você esperar um pouco.”

Ele deu de ombros. “Por mim tudo bem, contando que eu possa algum dia andar agarrado com você por aí.”

Eu corei. Nesse momento, os meninos apareceram, falando besteiras ainda piores. Finn rapidamente me deu um beijo na bochecha e depois saiu com seus amigos de mente poluída. Sebastian ficou para trás e se desculpou por todo mundo, já que era o único sóbrio.

“Sabe, eu sempre falei pro Finn tomar uma atitude. Estou feliz por ele finalmente ter tomado.”, ele disse.

“Eu também...”, admiti.

Ele piscou para mim. “Finn é um cara bacana, ele não vai te machucar.”. Com isso ele saiu atrás dos outros.


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