Naarda - Descobrindo O Verdadeiro Amor escrita por SabrynaCastle


Capítulo 17
Naarda VIII


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas...
Ainda tem alguém para ler???
Eu sei que tenho deixado a desejar e já não posto desde agosto, mas a realidade é que não tive tempo.
Sem criatividade, perdi pen drive, tive que reescrever, fiquei sem inspiração e a faculdade me consumiu até o último fio de cabelo.
Peço desculpa aos novos e velhos leitores...
Naõ sei quando poderei postar novamente, então não farei promessas....
Desculpe novamente...

Boa leitura!!!



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“O medo nos paralisa, mas é a incerteza que faz com que definhemos.”

Havia escutado essa frase em algum lugar e ela encachava-se perfeitamente a essa situação. Nesse momento eu sabia que não era o medo que estava me dominado e sim a incerteza. A meu ver isso era o pior.

Não ter a certeza do que o futuro nos reserva é algo comum para todos, mas não ter certeza que caminho seguir em algum momento da vida é terrível. E o pior de tudo é ter que tomar a decisão não só por mim, mas por outra vida também.

“Ter”

Um verbo tão simples, mas com um imenso significado. Afinal ter que fazer ou decidir algo, é como não ter escolha. Ter é uma afirmação e não há volta no caminho percorrido. O pior é ter que fazer essa escolha sozinha.

Não contar com meu pai aqui é o que me tornou, nesses dois últimos dias, tão depressiva. Não tê-lo para me ajudar, como ele sempre fez, a tomar uma decisão está me matando. Talvez nem tenha uma decisão real a ser tomada, na verdade eu sentia que já não tinha mais escapatória. O momento de nos afastar deles, já havia passado a tempos.

Relembrando agora eu até poderia dizer o exato momento em que não houve mais volta. Foi assim que Sophia e Seth se olharam pela primeira vez. Naquele momento, por mais que eu tenha ignorado isso todo esse tempo, foi realizada uma ligação inquebrável, nem mesmo a morte pode desfazê-la. Eu sabia, mas ignorava, que era uma ligação de almas. Nada pode quebrar, talvez por uma Naarda, mas ai seria outra história.

Nos últimos dias eu sabia que estava chamando atenção mais do que necessária, mas eu preciso desse tempo para refletir. Não que eu estivesse com medo de entrar no mundo deles, afinal já pertenço a esse mundo, antes que muitos deles. O problema é o que essa aproximação pode criar para minha vida e a de Sophia. Como se já não tivéssemos problemas suficientes, ainda acarretaremos os problemas deles. Posso sentir isso.

A exposição é o que mais me preocupa, não para o resto do mundo, mas para seres em específico. O segredo dos Nardus é tão ou mais secreto do que o segredo deles. E revelar esse segredo para o ser errado pode fazer retornar guerras acontecidas séculos atrás.

Minha mente não permitia que eu dormisse desde aquele dia. Como não conseguia dormir então fui ao escritório, até o cofre onde eu guardo os diários do meu pai. Era mais como um livro que contava cada coisa que ele viveu, viu e fez na vida. Não entendi na época do por que os diários estarem na bolsa, mas talvez fosse esse o intuito dele, nos ajudar de alguma forma, mesmo não estando presente.

Desde que chegamos aqui tenho lido bastante seus diários, em muitos encontrei receitas de remédios naturais, foi assim que construí minha estufa. Relembrei muitas coisas que ele me ensinou, não só sobre a medicina, mas sobre o nosso mundo. Assim que comecei a ler seus diários eu buscava os conhecimentos, mas agora eu só queria uma luz do que deveria de fato fazer ou como agir. Queria senti-lo perto de mim, nem que fossem por palavras.

Abrir o diário e ver ali sua letra me trouxe várias emoções, a saudade era a maior delas. Não conseguia conceber que ele não estaria mais presente em minha vida, e como já havia falado para Sophia, algo realmente me diz que eles estão vivos em algum lugar. Eu tenho certeza que eles estão vivos.

Não querendo muito me prender a esses pensamentos comecei a ler um dos diários que ainda faltam. Com o passar das horas, eu já estava quase na metade do diário, apesar de ser bem grosso. Não havia lido nada que pudesse me ajudar. Até que uma frase em outra língua me chamou atenção. Não era uma língua que eu conhecia ou tivesse visto antes, mas a partir daquele momento eu havia começado a entrar na história dos Quileutes, mesmo sem saber.

18 de Abril de 1940...

Hoje cheguei a um vilarejo, chamado Forks, totalmente coberto de nuvens, dizem que aqui são raros os dias de sol. É um lugar calmo sem muita agitação ou pessoas.

Os moradores são bastante solidários, ainda é um lugar em expansão, rústico, como muitos lugares dos Estados Unidos. Posso sentir a energia que emana deste lugar cercado por uma imensa floresta. Os sonhos que me trouxeram aqui estavam certos, há algo de místico neste lugar.

Dizem que há uma tribo que faz residência por esse caminho. Alguns me alertaram para o fato de o quão perigoso são os índios dessa tribo. Há relatos de pessoas que sumiram na imensa floresta e nunca mais voltaram. Porém algo me puxa para aquele lugar, sinto que terei grandes surpresas ao andar por esse novo caminho. Amanhã mesmo pretendo explorar essa imensa floresta. ”

Meu pai fazia muito dessas viagens, ele dizia que meu avô era quem o mandava. Era uma forma de evoluir como ser, conhecendo novas culturas, diferentes pessoas e formas de viver, conseguindo assim uma evolução em sua alma e espírito. Não podemos negar que isso também enriqueceu seu conhecimento como médico. Meu pai era um grande homem, extremamente sábio. Seus diários eram apenas uma forma que ele encontrava de guardar tudo o que ele havia aprendido em suas viagens.

A data do próximo relato só ocorre quase uma semana depois, será que ele descobriu o segredo dos Quileutes?

24 de Abril de 1940...

Somente hoje eu consegui voltar a fazer meus relatos. Os últimos quase sete dias tiveram várias emoções. Como falado antes, no dia seguinte a minha chegada a Forks, vim fazer uma exploração a floresta no intuito de conhecer a tribo que aqui reside.

Depois de caminhar por alguns minutos, encontrei com um vampiro, é claro que meu cheiro o intrigou muito, ele parecia antigo e sabia sobre mim, fiquei bem surpreso. Mas a surpresa foi maior quando do nada saiu da floresta...

Virei a página na expectativa de saber mais sobre os Quileutes, porém a próxima página encontrava-se em branco assim como as demais. Praguejei baixinho. Não era possível que isso estava acontecendo, logo agora? O que eu vou fazer?

Remexi nas folhas a procura de algo e todas estavam em branco, até que algo caiu do diário. Abaixei para pegar o papel e era um envelope, com meu nome escrito e a letra era do meu pai. Abri a carta tremula e antes de começar a lê-la já estava chorando.

Lelê,

Antes de tudo quero dizer a você que eu e Estella estamos bem, mas por enquanto teremos que ficar afastados, mas diga a Sophia que amamos vocês independente do que acontecer.

Minha filha, você deve ter várias perguntas em sua mente, não poderei responder todas, mas tentarei clarear da melhor maneira possível. Primeiro de tudo direi como fiquei sabendo sobre o atentado que sofreríamos. Nós tínhamos um olheiro em nossos inimigos, mas não foi ele quem nos avisou. Eu sonhei que sofreríamos um ataque, na noite em que mandamos vocês partirem, na verdade o ataque ocorreu um mês depois da partida de vocês.

Sei que ficará chateada, achando que eu não deveria ter feito o que fiz, mas entenda meu bem, essa jornada que vocês iniciaram só cabia a vocês irem. Sei dos problemas que tem passado, sei sobre os vampiros vegetarianos, sei sobre os Quileutes, sei sobre a humana, sei o que liga Sophia ao Seth, sei que o crescimento de Sophia está mais acelerado e o quanto isso a preocupa, mas isso você sabe muito bem que é normal para uma Naarda.

Sempre soube do destino de vocês assim que as duas nasceram. Não posso dizer o que deve fazer, isso terá que descobrir sozinha, mas tentarei instruí-la da melhor maneira.

Primeiramente você já percebeu que não há o que temer perante aos vampiros, você já havia ouvido falar sobre eles e sabe que não são tão perigosos, mas mantenha sempre um olho aberto eles são muito sagazes e sabem como descobrir as coisas, por isso cuidado. Para eles o nosso segredo deve ser mantido.

Em relação a humana, tome bastante cuidado a inveja é uma maldição que corrói as pessoas por dentro, as transformando em seres que são capazes de tudo para ter aquilo que elas almejam. Mas sei que saberá lidar bem com ela.

Quanto aos Quileutes, sim eles são lobos. Protetores por natureza, você deve ter se lembrado de tudo, eu falei a você quando pequena. E claro lembrado de toda a história que envolve os lobos e as Naardas. Preste bastante atenção, eles ainda precisarão bastante da sua ajuda. Só não se revele ainda, chegará o momento certo em que deverá fazê-lo.

Quanto a Sophia, é inevitável seu crescimento acelerado, tudo tem uma ligação entre ela e seu lobo predestinado. Eles são almas gêmeas, como você já percebeu, e os Quileutes tem uma forma muito peculiar de garantir que elas se encontrem. Chamam isso de imprithing, como um amor a primeira vista. Não se preocupe quanto a isso, tudo se resolvera sozinho. Eles se resolverão no momento certo.

Tudo está interligado de alguma forma os Quileutes, a humana e os Cullen. Sei que já sentiu que algo ronda por entre essa floresta, mas isso não é um problema seu. Você ajudará apenas quando for necessário. Apenas tome muito cuidado.

Sei que saberá tomar decisões sábias é só refletir sabiamente, que tudo ficará bem. Eu a criei para momentos como esse e sei que você é capaz de tomar decisões como essa. Entenda Leona, está é uma jornada que só você e sua irmã podem fazer, tudo já havia sido traçado, antes mesmo de vocês nascerem. Confio em você. Confie em você também.

Com amor de seu pai.

Terminei de ler a carta as lágrimas. Ele não havia dito muito, mas o suficiente para me dar esperanças e me alertar sobre várias coisas. Várias decisões passavam por minha mente, mas nada que eu devesse decidir essa noite. Precisava pensar seriamente sobre todos os fatos.

Assim que acordasse teria que tomar sérias decisões, no entanto algumas já se formavam em minha mente. A primeira delas, era não que posso afastar a Sophia do Seth, então tenho que dar um jeito de começar a treiná-la aqui mesmo. Já que pelo visto seu desenvolvimento será aqui. Queria levar ela para fora da cidade, mas pelo visto não vou poder fazer. Na realidade até posso, mas acho que seria muito doloroso para ambas as partes.

A segunda decisão será comunicar esse fato a minha família. Não falo com eles a alguns meses, mas eu sei que nada de muito grave aconteceu, eles sabem de papai claro, porém estavam bem tranquilos da última vez que conversei com minha avó. Talvez seja porque eles já sabiam que papai estava bem. Enfim... Não posso fazer muito quanto a isso.

O fato era que teria que comunicar a eles sobre minha decisão sobre Sophia. Respirei profundamente. Teria que fazer isso logo. Meus pensamentos foram interrompidos por passos. Sophia abriu a porta e colocou a cabecinha para dentro.

– Não conseguiu dormir? – ela perguntou entrando no escritório com o ursinho que papai havia dado a ela.

– Eu estava lendo os diários de papai e me distraí. – ela assentiu, olhou para os diários e pareceu que iria falar algo, mas se conteve. – O que foi? – vi em seus olhos que ela tinha algo para falar, mas se continha. Então algo me atingiu. – Você... você já sabia, não é?

– Lena... eu... – ela abaixou os olhos e sentou no pequeno sofá ao meu lado. – Eu sabia. – sua voz não passava de um sussurro.

– Por que nunca me disse? Não achava que eu deveria saber.

– Não me culpe, se você quis fechar os olhos para a coisa toda. Se eu chegasse para falar algo era capaz de você sair correndo comigo daqui. Você viu sua reação? Eu achei que você os confrontaria ali mesmo. – ela suspirou - Você descobriu quando tinha que descobrir.

Sophia estava certa, eu tinha descoberto no momento certo. Se tivesse sido no começo eu provavelmente teria fugido com Sophia daqui, no momento seguinte. Nossa segurança sempre foi prioridade para mim. Suspirei profundamente. Já estamos envolvidas demais para fugir agora.

– Você sabe sobre tudo? – ela assentiu

– Eu escutei uma conversa de Seth com o Sam, foi a primeira vez que eu fui a reserva, eles acreditavam que eu estava dormindo no colo de Seth. Eles estão preocupados em como irão contar para nós o que eles são, principalmente a ligação entre Seth e eu.

– O imprithing?

– Você sabe? -

– Não até um minutos atrás, eu não lembrava dessa parte das histórias dos lobos. Mas eu acabei de encontrar uma carta de papai em um dos diários. – vi seus olhos brilharem em silenciosa expectativa - Ele disse que estão bem, mas que fizeram isso porque era um caminho que deveríamos traçar sozinhas. Agora eu vejo o porque, em parte é claro, já eu não vejo o porque eu estou aqui.

– Não mesmo?

– O que você quer dizer com isso? – não estava entendendo o que ela quis dizer com essa pergunta.

– O nome Jacob te diz alguma coisa?

– Você está doida Sophia. Eu não tenho nada haver com ele, até mesmo porque ele gosta daquela songa da Swan. Minha relação com Jacob poderia ser só se eu pudesse exorcizar aquele despacho de macumba mal feita que é a Swan. Oh garota que me irrita. – Sophia riu levemente - Nunca senti tanta irritação por uma pessoa como sinto por ela. E quando ela resolve que tem que fazer alguma coisa para machucar o Jake, me dá vontade de matar ela. Chega me dar um calor. – escutei sua risadinha aumentar - o que você está rindo Sophia?

– Nada. Desde quando você o chama de Jake?

– Soso deixa de ser doida. O que você quer dizer com isso?

– Eu acho que essa irritação toda com a Swan é por causa do Jake.

– Óbvio. Não gosto de injustiças.

– Eu acho que é por que você gosta do Jake. – estava claro que ela queria dizer algo mais com aquilo.

– Claro que gosto Sophia, ele é meu amigo. – ela revirou os olhos

– Depois eu quem sou criança. Eu quero dizer que você realmente gosta dele, mais que amigo. – o peso de suas palavras chegaram rápido em minha mente –

– Sophia! – disse surpresa ao entender o que ela realmente queria dizer com aquilo.

– Admite Lena você está doida pra agarrar o Jake.

– Sophia! Onde você está escutando essas coisas? Você só tem três anos.

– Posso ter o corpo de uma criança de três, mas a minha é de uma de doze. E eu tenho lido algumas coisas. E eu realmente acho que você está gostando do Jake. – essa criança é doida

– Eu não gosto dele, não dessa forma. Ele está se tornando um bom amigo. E só. Fim da história. Vou começar a revisar as coisas que você lê está afetando a sua mente.

– Se você diz. – ela deu de ombros

– Sim eu digo. Agora nós temos que lidar com essa história toda de lobos e seu desenvolvimento.

– O que vamos fazer? Contar a eles sobre nós?

– Não vamos contar – vi sua face ficar triste

– Não gosto de mentir para o Seth.

– Eu sinto muito Sophia, mas você sabe o quanto envolvê-los pode ser perigoso. Não sabemos o que está acontecendo, eu sinto que algo vai acontecer na cidade, em breve, muito em breve. Não sei se isso é para nós ou para eles, e até eu descobrir o que é não vamos dizer nada, mesmo que eles nós contem sua verdadeira natureza. – ela assentiu

– Entendo. Mas eu não entendo essa ligação que nós temos com eles. Eu sei que devo ajuda-los, mas eu sinto algo mais.

– Eu sei e também sinto o mesmo. Mas isso é uma longa história e nem eu sei como contar ela direito. Mas eu sei quem pode nos ajudar, não só nisso, mas em seu treinamento também. – disse enquanto pegava meu celular e mandava uma mensagem.

– Quem?

– Você vai ver em alguns dias. Agora já é tarde e temos que dormir, amanhã eu acordo cedo. – falei a pegando no colo e levando para cama no meu quarto

– Sabe Lena – começou enquanto eu a cobria e ajeitava na cama – eu não digo muito isso, mas obrigada. Obrigada por tomar contar de mim e fazer tanto. – meus olhos se encheram de lagrimas e ela soltou um bocejo – Te amo Lena

– Também te amo Soso. Boa Noite!

– Boa Noite! – tinham sido dias cansativos e essa noite em particular, mas no final tudo valia a pena, por ela. Eu só queria que ficássemos bem e felizes. Ao final resolvi que era hora de dormir, me dei ao seu lado e o sono logo me abateu.

Acordei atrasada para a aula, segundo dia que eu ia e ficava absorta em meus pensamentos, dessa vez traçava planos do que fazer. Preciso treinar Sophia, pensar em uma forma de contar sobre nós, sobretudo sobre Sophia, preciso descobri o que vai acontecer nessa cidade e preciso a voltar a praticar meus poderes. O último quesito é essencial já que eu não sei o que vou enfrentar nessa cidade e em meu intimo sei que é algo pesado. Suspirei cansada mentalmente. Tenho muito o que fazer e a necessidade de ajudar aos Quileutes só aumenta a cada momento.

Meus pensamentos foram interrompidos por um barulho. Olhei e vi no corredor Ian, um garoto meio gótico e muito calado. Eu tinha me proposto em ajuda-lo, quando ouvi sua voz ao levar Sophia no parque. Ele estava cantando embaixo de uma árvore, não me viu, mas eu o vi mesmo de longe. Assim que percebi o que fazia aumentei minha capacidade auditiva e visual e fui surpreendida quando constatei que os Quileutes estavam por perto, porém fiquei mais surpresa pela voz rouca e calma que ouvia naquele lugar barulhento. Ele tem potencial, mas se fecha para o mundo desde que seu pai morreu no Iraque.

Eu já havia o visto pela escola e como os garotos o tratavam, nunca havia tido uma oportunidade de aproximação, não como agora. Sabia que estava sendo observada por todos e principalmente pelos lobos e pelos Cullen, porém no momento o fato era que deveria fazer algo por aquele garoto. Sabia que assim que o fizesse outros também fariam, era só questão de dar um pontapé inicial.

Assim que pedi para cantar sabia que a reação das pessoas seria no mínimo de surpresa. Todos no corredor pareceram conter o folego com sua voz e eu fiquei encantada com a letra da música nunca tinha ouvido, mas acho que traduzia bem o que ele sentia.

Quando ele acabou de cantar dei meu recado a ele, acho que agora era a hora de sua mudança, assim como a minha. Fui me despedir dos meninos e falar que iria ajuda-los no projeto para a escola, quando eu o vi parado no pátio. Todo de preto e com sua inseparável moto e óculos escuros. Ele não havia mudado nada.

Soren.


Não pensei duas vezes e corri para os seus braços protetores que me acolhem desde que eu era apenas um bebe. Era como está em casa de novo.

– Princesa – disse sua voz rouca e profunda. Nos afastamos e olhei seus olhos que apesar de parecerem jovens, já haviam visto tanta coisa no mundo. – Vamos, temos muito que conversar.

Fomos em sua moto até minha casa, a mesmo se encontrava vazia, já que Sophia estava com Sue em La Push. Assim que chegamos nos instalamos no sofá.

– Nem posso acreditar que você está aqui. – estava muito feliz com sua presença, ele sempre teve esse efeito sobre mim. Soren era o meu primo mais velho e o que mais tinha me apoiado em tempos difíceis e ajudado em meu treinamento. Ele era como um irmão para mim.

– Você pediu e seu desejo é uma ordem. – ele brincou – Agora me diga o que exatamente está acontecendo. – Suspirei e comecei a contar toda a história.

– Você sabe o que aconteceu com meu pai... – ele assentiu e continuei – Enfim... agora estamos aqui e não sei o que fazer. – falei quando acabei de contar tudo o que passamos e descobri até agora.

– Eu sempre soube que vocês estavam aqui, Argus me disse.

– Meu pai te disse? Quando?

– Antes de vocês saírem do Brasil ele me ligou falando de tudo. Ele queria ter certeza que alguém da família saberia pra onde vocês iriam.

– Acho que isso não é tão surpresa assim, ele sempre presou muito nossa segurança.

– Sim. Mas algo que me intriga muito é essa história dos lobos. Sempre houve uma ligação muito forte entre lobos e Naardas, principalmente a tempos atrás, no entanto tudo se modificou tanto que eu achei que tínhamos perdido essa ligação.

– O que realmente aconteceu Soren? Ninguém nunca quis me contar essa parte da nossa história, mas eu sinto que para entender tudo o que está acontecendo aqui é vital esse conhecimento.

– Acho que chegou a hora de você e Sophia, saberem finalmente e acho que isso fará com que você entenda porque o vovô trata vocês tão diferente.

– O que ele tem haver com isso tudo?

– Mais do que você imagina Lena, muito mais do que você imagina.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Bem grandinho né?
A surpresa do cap. é a conversa entre Sophia e Lena. Ela é bem esperta e já percebeu que rola alguma coisa entre o Jake e a Lena....rs
E o primo delas Soren... já chegou causando...
No próximo cap teremos a visão do Jake e mais surpresas...

bjus....