Naarda - Descobrindo O Verdadeiro Amor escrita por SabrynaCastle


Capítulo 15
Naarda VII


Notas iniciais do capítulo

Oi Galeraaaaaaaa...

Estou muito feliz hoje... A fic recebeu sua primeira recomendação *pulandoaquidefelicidade*

Quero agradecer muuuuuuuito a Mari13 por sua linda recomendação, fiquei emocionada e mega feliz...

Por isso quero dedicar esse cap especialmente pra você Mari13...

Curtam bastante....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297067/chapter/15

Um uivo? E perto da casa?

- O que foi isso? – Sophia que descia da escada perguntou e isso pareceu acordar todos os outros.

- Temos que ir. – Sam falou como uma ordem e todos os garotos se levantaram, incluindo Leah. – Leah você fica. – o espanto no rosto dela foi evidente, mas rapidamente foi trocada por uma máscara de raiva.

- Você não pode fazer isso Sam. – ela começou a tremer e aquilo realmente me assustou - Eu vou.

- Não você não pode. – Sam falou me olhando de soslaio – Fique, por favor. – transformou a ordem em um pedido, o que fez os espasmos em Leah diminuir. Todos encaminharam-se para fora sem nem olhar para trás.

- Onde eles vão? – a minha voz saiu um pouco trêmula e eu nem ao menos sei dizer o por que. Medo talvez? Mas medo do quê? Os últimos a saírem pela porta foram, Seth, que antes de sair deu um beijo na testa de Sophia, que estava em seu colo. O olhar dele era de puro medo e apreensão. Mas de quê? Jacob também foi um dos últimos e seu olhar suplicante me amoleceu. Ele parecia pedir compreensão com o olhar.

Assim que eles saíram, comecei a tremer, meu coração batia acelerado, uma falta de ar tomou conta de mim. Era aquela sensação, a sensação que sinto toda vez que estou prestes a descobrir algo. Algo muito importante.

- Lena? Lena? – alguém me chamava e sacudia. Sophia já não estava no meu colo e quem me sacudia era Leah. – O que você tem Leona? – encontrei minha voz não sei de onde

- Onde... onde... onde eles foram? – Leah e Emily se entre olharam, acho que buscando a resposta.

- Foram atrás do lobo. – Leah falou pausadamente, mas sem muita firmeza na voz

- Lobo? – tentei raciocinar, algo em minha mente parecia quer se acender - Mas é perigoso. – minha voz era um sussurro e eu tinha noção disso.

- Não se preocupe os lobos são nossos amigos. – Emily falou – É nosso dever protegê-los, eles são nossos amigos, protetores. Nós descendemos dos lobos.

Então foi como se houvesse um click em minha mente e foi tão foi forte que acho que as meninas na sala escutaram. Mas não me ative as suas tentativas de explicações. A minha mente voou longe e uma lembrança surgiu.

Eu brincava na frente de casa, deveria ter uns 7 anos. Havia escutado papai brigando novamente com o vovô. Queria saber por que ele não gosta de mim? O que eu fiz? Sempre faço tudo para agradá-lo. Tentei não ligar muito para isso e como vovó sempre me diz ‘são coisas de adultos e adultos são muito complicados’.

Brinquei bastante de boneca naquela tarde, sozinha como sempre. Meus primos são muito grandes e todos meninos para brincar comigo. Naquela tarde eu havia percebido que tinha alguém me olhando, mas não liguei muito, minha família era muito superprotetora comigo e sempre alguém ficava me olhando.

Nós morávamos perto de uma floresta, e de todas as casas do condomínio da família a casa do meu pai era a que ficava mais próxima da floresta. Sempre adorei brincar aqui perto dos animais, mas havia algo estranho aquela tarde, alguém estava a espreita.

Quando cansei das bonecas, resolvi brincar de bolinha de gude, era coisa de menino, mas eu sempre gostei. Joguei durante algum tempo, mas em uma de minhas jogadas dei um teco muito forte o que fez a bolinha rolar para bem próxima a floresta. No primeiro momento eu não ia pegar a bolinha, meu pai sempre me advertiu a nunca ficar muito próxima da floresta, no entanto aquela era a minha bolinha favorita a mais colorida de todas, não poderia perdê-la.

Mesmo com um pouco de medo fui atrás da minha bolinha. Assim que cheguei perto e abaixei para a bolinha, escutei um galho se quebrar. Só deu tempo de abaixar e me proteger. Em seguida vi dois vultos brigando bem próximo de mim. Um deles eu sabia o que era, um vampiro, mas o segundo... o segundo era algum tipo de animal.

Não vi muita coisa depois disso acabei desmaiando quando algo bateu em minha cabeça, só fiquei sabendo pelo meu pai que aquele animal havia matado o vampiro.

- Mas como aquele bicho conseguiu papai? Você não disse que vampiros são muito fortes? – perguntei assim que meu pai contou sobre o que aconteceu.

- São sim minha filha, mas aquele animal foi criado especialmente para matar vampiros. Eles podem ser até mais fortes que os vampiros – fiquei impressiona afinal poucos conseguiam acabar com um vampiro

- E o que eles são papai?

- São chamados de transformos, protetores por natureza. Ele veio nos ajudar a te proteger, aquele era um transformo de tigre, mas existem vários outros animais, tigres, leões, gaviões, lobos...

- Lobos? Eu amo lobos. – meu pai riu de minha empolgação

- Eu sei que você ama. Sabe, eu já conhecia uma matilha só de lobos, anos atrás. Eles moram em uma reserva indígena.

- Queria poder conhecê-los. – falei triste

- Mas você vai. Um dia você vai – sorri feliz com a noticia - E quando esse dia chegar, você deverá ajuda-los no que for preciso. Esse é o seu destino e de outra pessoa também.

- Como?

- Isso eu não posso dizer, mas você saberá, no momento certo você saberá. No entanto você precisa saber de algo minha filha. – olhei atenta para meu pai – Assim que você ajuda-los, seu destino estará selado e ligado para sempre ao deles, não haverá mais volta. Você pode até se machucar, porém tudo o que acontecer será por uma razão maior, que no futuro você saberá. Não tenha medo, sei que ficará preocupada, mas tudo é necessário. E não se preocupe. Lembre-se que apenas nós podemos quebrar uma magia. – assenti sonolenta em seu colo – Só nós Nardus temos esse poder.

- Não vou esquecer papai – sussurrei com os olhos fechados quase entrando no mundo dos sonhos, mas ainda pude ouvir.

- Vai sim. Mas momento certo irá se lembrar.

Voltei da minha lembrança e Emily ainda falava, Leah me olhava com o olhar desconfiado, mas não disse nada. Olhei para o lado e Kim estava ao lado de Rachel evidentemente nervosas, mas tentavam aparentar calma, acho que por minha causa.

- Acho melhor irmos embora – me pronunciei, já levantando. O tagarelar de Emily parou na hora.

- Você não pode. – Rachel levantou e ficou a minha frente.

- Por que não? – indaguei mesmo sabendo o motivo

- Tem... tem um lobo lá fora é melhor todas ficarem aqui, é mais seguro. – eu conhecia Kim a pouco tempo, mas mesmo se eu não soubesse da verdade veria que ela estava mentindo.

Para não criar confusão permaneci no local, mesmo querendo muito sair dali. Eu queria pensar longe disso tudo, mas pelo visto por enquanto não seria possível. Emily começou a falar junto de Rachel e Kim, talvez para me distrair, mas minha mente desconectou-se do meu corpo e meus pensamentos convergiram para o que eu acabara de descobrir.

Novamente a palavra lobo entrou em minha mente e nela associada a palavra transformo. Eles eram transformos. Muitas coisas eram explicadas nesse momento, outras nem tanto. A rixa entre os Cullen e Quileutes estava explicada. E agora eu percebia a quentura, força e boa audição também, apesar deu ter ignorado bastante essas características. Tudo era explicado agora. Mas uma coisa que não sai da minha cabeça é essa magia que ronda Seth e Sophia e isso eu realmente gostaria de uma explicação.

Ainda não acreditava que isso realmente estava acontecendo. Era evidente que tudo o que meu pai havia falado estava acontecendo. E como sempre o danado acertou em cheio, mesmo longe ele ainda me surpreende. Meu pai sempre teve sonhos, como se fossem previsões do futuro, diferente do meu avô que pode ver o futuro a hora que a quiser, meu só fazia o mesmo no mundo dos sonhos. Ele não gostava muito desse dom, e por muitas vezes tentou renega-lo, como ele mesmo havia contado, mas após a morte da minha mãe tudo mudou. Ele se sentia culpado por tudo o que aconteceu, eu sempre soube, mesmo ele não dizendo uma única palavra.

Era mais do que claro que ao falar para mim que esse era o meu destino, o de ajudar os Quileutes, ele havia sonhado com isso, assim também como ele já sabia da existência de Sophia, antes mesmo de conhecer Estella.

Eu estava assustada. Se realmente o meu destino e o de Sophia é ajuda-los, o que isso tudo implica? O que acontecerá? Se teremos que ajuda-los é por que algum perigo os ronda. Tenho medo que algo possa nos expor e se isso acontecer como protegerei Sophia?

Apesar de todos os questionamentos um não sai da minha cabeça. Por que meu pai me lembrou que somente nós podemos quebrar algum tipo de magia? O que isso significa? A resposta eu não conseguiria agora, o que era óbvio, então o melhor é deixar isso para depois. Tenho coisas mais urgentes para lidar.

O tempo passou e nada dos meninos voltarem. Rachel, Kim e Emily dormiram, uma apoiada a outra, tensas com tudo. Claire e Sophia pareciam se sentir da mesma forma que as outras e também dormiam. Leah era uma incógnita para mim, ela tinha horas que sumia, como agora e reaparecia do nada, por vezes muito molhada. Era evidente que ela também era uma loba, nem sabia que com mulheres isso era possível acontecer. Era evidente que teria que fazer uma pesquisa sobre esse mundo dos transformos, se quisesse entende-los.

Quando eram quase 6 horas da manhã, eu ainda não havia pregado um olho. Leah ainda estava sumida, desde as 5 horas, o maior tempo até agora. As outras ainda dormiam e a única coisa que eu fazia era pensar e olhar para a janela ao meu lado. Olhava em direção a floresta, a procura de alguma coisa que me pudesse dar respostas, acho até que no fundo procurava algo que desmentisse tudo o que havia descoberto. O que eu sabia que era impossível. Eu estava com medo disso tudo. Muito medo.

Com o dia clareando e tendo passado toda a noite acorda, sentada e pensando, precisava fazer alguma coisa e vendo que já era quase de manhã resolvi preparar o café da manhã. Não fazia parte da casa e sabia que estava tomando liberdades, mas precisava fazer alguma coisa ou enlouqueceria. Fiz um típico café da manhã americano, com ovos, bacon, panqueca, bolinhos, café, e suco, tudo feito em proporções exageradas, já que havia percebido que eles comem bastante.

 Apesar de todo o barulho que eu fiz nenhuma das garotas acordou. Mas assim que acabei de colocar o ultimo prato de panquecas na mesa, todos os garotos que eu havia conhecido no dia anterior começaram a entrar pela porta. E como por mágica Kim, Rachel e Emily acordaram.

Os últimos a cruzarem a porta foram Jacob e Seth. Jacob imediatamente me procurou com o olhar, porém desviei. Seth logo achou Sophia adormecida no sofá e seu alívio ao vê-la era evidente. O que era isso meus Deus? A cada minuto eu ficava mais confusa e sufocada, precisava sair daqui para pensar mais corretamente. Era muita informação em tão pouco tempo.

- Lena não precisava ter feito isso tudo. – Emily falou abraçada a Sam. A encarei e sem querer olhei em volta, todos prestavam atenção em mim, havia algo no olhar de cada um. Algo que eu não sabia e não queria identificar no momento. Em resposta a Emily, apenas assenti, minha voz estava perdida em algum lugar, mas eu teria que encontra-la de alguma maneira.

Caminhei para Sophia, deitada no sofá ao lado de Claire a peguei no colo, com todos ainda olhando para mim. Encaminhei-me para a porta sobre olhares atentos, mas algo me impediu de continuar antes que eu cruzasse a porta. Alguém segurava o meu braço e por incrível que pareça eu sabia quem era, não sei se pelo toque, que poucas vezes senti ou se pelo incrível arrepio que percorreu meu corpo, o que acontecia pela primeira vez.

- Lena! – ele me chamou e me puxou fazendo com que eu ficasse de frente para eles

- Não quero que diga nada Jacob. – me voz saiu um pouco rouca, talvez pelas horas sem falar. Mas tenho que certeza que não foi por isso que Jacob ficou espantado assim como todos e sim pelas minhas palavras. – Não quero explicação nenhuma a não ser que possa me dizer nada mais que a verdade. – o silêncio e a tensão ficaram piores depois do que disse. – Sendo assim... Um bom dia a todos, desfrutem de seu desjejum.

Coloquei Sophia no bando de trás do carro ainda adormecida e rumei para casa. Onde eu esperava sinceramente colocar minha cabeça no lugar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?

Sei que pode parecer estranho essa reação de Lena, mas pensem bem, é difícil descobrir que seu destino está selado ao de outras pessoas. Como ela mesma disse está assustada...

Então até a próxima...

bjus