Escolhidos escrita por Sahh


Capítulo 24
24


Notas iniciais do capítulo

É, demorei um pouquinho para postar ^^'
Tive alguns problemas (muitos, na verdade) para ter tempo de postar. Mas agora deu para escapar e postar :D
Vamos lá!!



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Há uma aparição diferente hoje no nosso quarto. O Presidente sorri. Ele diz que vai ter algo diferente hoje. Hoje teremos que mostrar tudo o que conseguimos aprender aqui. Isso me assusta. De algum modo, isso não parece ser bom.

– Vocês serão separados em duplas. Levaremos vocês para um lugar onde vocês irão nos mostrar do que são capazes. – Meu corpo treme.

Ele pega um pequeno aparelho do terno e diz os nomes das duplas. Lucy e Mark são os primeiros. Ela sorri enquanto sai ao lado de Mark. Eles são levados do quarto por um guarda. Rose e Maggie são as próximas. Maggie olha para mim triste. Toco seu ombro quando o guarda diz para andarem logo. Sorrio para ela. Isso me preocupa. Conor e Dylan são os próximos, isso quer dizer que farei dupla com Oliver. De alguma forma, isso não parece o certo. Não sei se me sinto feliz ou... preocupada?

Somos levados pelo corredor em silêncio. Todo esse treinamento nos resultou em várias coisas. Estamos, sim, mais rápidos e mais fortes. Somos levados á uma porta diferente. Eles nos levam a um elevador pequeno. Subimos. O lugar em que estamos agora é o terraço. Na nossa frente, há vários heliaérios. De tamanhos e formas diferentes. Entramos em um heliaério pequeno.

– Você consegue. – Alguém sussurra. Olho para o lado. Não sei quem foi, há três guardas aqui. Tenho medo de perguntar. Talvez eu saiba quem sussurrou, essa pessoa tem uma voz calma. Os guardas estão quietos. O da esquerda mexe na arma, o do meio olha pra janela junto do outro guarda. Um deles quis me incentivar. Talvez eu precise disso.

O heliaério levanta voo. Quero olhar pela janela, mas do lado de cá não tem uma e tenho medo de me levantar e tentar ver a vista. Depois daquele choque no meu corpo, me mantenho calma e tento fazer tudo o que eles querem, sem reclamar. Aquilo foi horrível.

Sento-me mais perto de Oliver. Estou um pouco preocupada com o que possa vir. Ficamos um bom tempo no heliaério. Pelas janelas do outro lado, eu só conseguia ver o céu. Já está escurecendo. De repente, o heliaério foi abaixando. Pelas janelas, vi árvores. Os guardas nos colocam para fora. O Presidente havia dito para procurarmos uma cabana, de lá, receberemos novas ordens. O heliaério foi subindo, enquanto eu olhava em volta. Um pouco longe dali, avisto a cabana. Eu e Oliver corremos até ela. Quanto mais rápido terminarmos isso, mais rápido iremos para casa.

A cabana é pequena. Há algumas armas no local. Há um pequeno armário com mantimentos e uma mesa. Nela, há um pequeno aparelho cinza com um botão preto. O telecomunicador.

– Amanhã saberemos o que teremos que fazer. Vamos dormir – diz Oliver. Sinto que há algo errado. Talvez seja somente minha imaginação. Mas Oliver agiu estranho no heliaério, nós não havíamos conversado e nem nada.

– Estou com fome – digo. Vou em direção ao armário e pego um saco de biscoitos. Sento-me no chão. Abro o pacote e o devoro. Oliver senta do meu lado e me abraça. Paro de comer. – Tudo bem?

– Sim. Quero ficar assim por um tempo – diz ele. Largo o biscoito de lado e o abraço.

– Sinto saudade até do bêbado Karl. – Foi à primeira coisa que me veio á mente. É a primeira vez que falo o nome de Steel. Oliver ri baixo.

– Têm certeza? – sussurra ele.

– Ele pode ser ruim o quanto quiser. Mas é melhor do que aqui – sussurro. Oliver me solta e beija minha testa. Puxo-o e o beijo. Não sei quando foi a última vez que o beijei. Mas faz tempo.

– Pensei que tivesse se apaixonado por Dylan – diz ele. Olho-o seriamente.

– Ele é só o meu amigo. Um amigo de infância.

– Eu soube. Ele me contou.

– Te contou? Mas como ele pô-

Oliver me beija.

– Não vamos falar disso. – Oliver está diferente. Está. Ele parece um pouco longe. Será que ele está realmente bem? – Vamos dormir. Me sinto um pouco cansado.

O chão está um pouco frio, me aproximo perto de Oliver. Dormimos abraçados, mas antes, me perguntei várias vezes se ele está bem.

Abro os olhos. Viro-me de lado e minhas costas doem. Dormir no chão não faz muito bem. Levanto-me, Oliver não está aqui. Saio da cabana. Olho de um lado para o outro. Nada dele. Até olhar para cima. O avisto sentado no galho de uma árvore, olhando o outro lado. Vou deixá-lo um pouco só. Volto á cabana. Em cima da mesa, ao lado do telecomunicador, há um prato com vários biscoitos e um copo com leite. Sento-me no chão e começo á comer. Oliver entra. Como em silêncio.

– Depois de você comer, vamos ver o que teremos que fazer – diz Oliver. Concordo com um aceno de cabeça.

Apertamos o botão. A imagem projetada de Joseph Jenkins aparece na parede da cabana.

– Vamos lá – diz Joseph esfregando as mãos. – Vocês trabalharam duro. Tudo termina aqui. Vocês sabem o que podemos fazer com vocês, imagina então com suas famílias. É só seguirem essa regra: seja o único!

Minhas mãos tremem. Fiz de tudo para não levar mais choques e nem nada. Vou fazer tudo direito. Minha família está em perigo também, como esse pessoal pode fazer algo assim?

– Matem o seu parceiro e sejam os verdadeiros Escolhidos. Usem toda a força que tiverem. Toda a força que aprenderam. Quando terminarem, apertem esse botão vermelho em cima do telecomunicador. Deem o seu melhor!

Joseph sorri e sua imagem desaparece. Não consigo me mexer. Meus olhos estão vidrados na parede onde a imagem de Joseph estava há alguns segundos. Como matar meu parceiro? Não, eu não vou fazer isso. Não vou. Olho para Oliver, ele está olhando para a parede.

– O-Oliver... eu n-

– Vamos lá. Você consegue.

– O-o quê?

– Olha, quando sair daqui, procure o Jordan Harvey - ele sussurra. - Te falei dele antes. Ele faz parte de uma organização. Você sabe disso, não é?

– Oliver...

– Não se preocupe. A organização está quase perto de pegá-los, então você pre-

– Oliver! – grito. Oliver me olha. Ele parece sério e decidido.

– O que é? Você vai sair viva daqui, não eu.

– Não – balanço a cabeça. – Não, nós podemos...

– Não podemos. Só um pode sair vivo daqui. Olha, tudo bem. Eu estou mais perto da morte do q-

– Não! – grito mais uma vez. Levo minhas mãos aos ouvidos. – Para com isso. Já disse que não.

– Você vai conseguir sair – insiste ele. – Você vai conseguir. Só faça o que peço, procure Harvey. Cuide do Luke, ele já não têm pai e nem mãe, entã-

Levanto-me e saio da cabana. Ando de um lado e do outro do lado de fora. Não vou conseguir. Ele ainda não me escuta. O que há? Argh! Não irei matá-lo. Temos que conversar e dar um jeito nisso. É só pensarmos em algo. Essa floresta deve dar em algum lugar. É isso. Entro na cabana. A cena que encontro me deixa em estado de choque. Oliver está deitado no chão, tentando alcançar o telecomunicador. Corro até ele.

– O que está fazendo? – pergunto.

Ele alcança o telecomunicador e aperta o botão vermelho. Sua mão amolece e cai. Olho pra ele. Ele está com uma mão no peito, soado e com o rosto vermelho. Ele vira para o lado e tosse. Sai sangue de sua boca. Ajoelho-me ao seu lado. Ele respira rápido. Seu rosto agora está pálido.

– Acho que... minha hora chegou num... bom... momento - ele tosse.

– O que? Não, não... – Oliver deita de barriga para cima. Ele me olha e sorri.

– Eu te amo. Cuide do Luke... – Oliver sorri. – Vai ficar tudo... bem. – Ele fecha os olhos. Aproximo-me e toco em seu peito. Não sinto seu coração bater.


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Notas finais do capítulo

Prontinho!
Um pouco desesperador, eu sei :(
Mas postarei o próximo logo :))



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