Escolhidos escrita por Sahh


Capítulo 1
1


Notas iniciais do capítulo

Estou de voltaaa! ô/ rsrs
Essa é a minha segunda fic.
Primeiramente, queria agradecer á dois grandes amigos meus. Lucas Venâncio, que me ajudou com a imagem da fic e pelas ideias. Ao Cris-baka, meus grande amigo que me encheu o saco para eu postar logo e com mais ideias!
Sei que demorei muito, mas aqui estou! ^~^
Caros leitores, não liguem para os erros, por favor.
Tenham uma ótima leitura!



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Viro-me na cama e abro os olhos, dou de cara para a parede. Me sento na cama e me espreguiço. Olho pra mesinha ao lado, 5h45 da manhã. Acordei cedo demais, a escola abre só ás 7hs. Esfrego os olhos e bocejo. Levanto-me e vou até a janela, abro a cortina florida verde que era do quarto dos meus pais. Quase fico cega com a claridade. Acordei cedo, então farei o café da manhã. Vou até a cadeira e pego minha toalha. Saio do quarto e vou em direção ao banheiro, que fica á esquerda do meu quarto, ao lado do quarto dos meus pais.

Antes de continuar a andar, dou uma olhada no sofá. Meu irmão, Brandon, parece cansado. Trabalhando sempre na padaria. Ele é bem alto, normal pra quem tem vinte anos. Vejo o cabelo loiro escuro dele daqui, nem o sofá cabe mais ele. Abaixo do sofá, em sua velha almofada verde, nosso cachorro Faris levanta as orelhas pretas com manchas brancas ao me ver passar. Vou pro banheiro sorrindo. Ninguém aqui vive parado, meu pai trabalha no bar de Joel Spense, minha mãe é babá da filha da Abigail Owen, Brandon trabalha na padaria de Charles Evans e eu, além de estudar, trabalho no bar do Joel.

Esse é meu último ano na escola. Começa na escola com dez anos, onde a criança aprende histórias de nossos antepassados e, assim, vai aumentando o conhecimento sobre o mundo conforme a idade. Quando eu sair da escola, vou trabalhar mais no bar. A vila é pequena, assim como suas opções de trabalho. Aqui é chamado de Vila Marback; conta a história que um homem chamado Samuel Marback liderava um grupo de pessoas que foram expulsas de suas casas na cidade, as pessoas eram pobres; eles encontraram esse lugar; no começo, aqui era somente uma área plana abandonada com pequenas casas de tijolos.

Aqui é pequeno, com uma floresta ao redor da vila. Nunca saí daqui, mas depois de algumas árvores, tem uma cerca, dizem que a colocaram lá por causa dos animais selvagens que na floresta vivem. Tem a cidade, Harmoce, além da cerca, queria ir lá saber como é. Mas, quem sai daqui nunca mais volta, só os mercadores que vêm e vão. Aqui não é ruim, estou acostumada com as mesmas caras, mesmas ruas, mesmos becos e postes, até com as mesmas lixeiras, mas sou bem feliz aqui.

Termino de tomar meu banho; a banheira já não é mais a mesma de tão velha, só podemos tomar banho com água gelada. Não gosto de falar com meu pai quando se tem que comprar coisas novas, o nosso dinheiro vai mais para a comida. Sinto-me mal por falar sobre isso com ele.

Vou para meu quarto, no caminho, vejo que meu irmão ainda está dormindo. Faris me segue com os olhos, de cabeça baixa.

No meu quarto, abro meu armário e pego uma blusa verde escura e uma saia amarela claro. Me visto e calço minhas botas. Olho-me no espelho, cabelo castanho molhado, meus olhos cansados e verdes escuro, o rosto fino e branco. Pego a toalha e seco meu cabelo, que se encontra um pouco abaixo do ombro. Sou mais parecida com o meu pai, com o cabelo castanho; já minha mãe é linda e loira. Brandon parece mais com ela, até em sua forma gentil. Fecho a porta do armário e ando até minha mesinha que uso para estudar. Pego um pente velho e penteio o cabelo. Arrumo meu material na mochila velha, nem vou pedir uma nova para meu pai; uns remendos aqui e outros ali resolvem. Deixo-a em cima da cama e me direciono para a cozinha, preciso saber o que está faltando para comprar na padaria. Dou uma vasculhada no armário, falta pão e leite. Eu não vou acordar meus pais por dinheiro. Pegarei o meu mesmo, o dinheiro que ganho trabalhando no bar. Lavo a louça e ajudo com algumas poucas coisas, Sue é quem cozinha. Ou varria a cozinha, limpava balcão, essas pequenas coisas davam umas boas moedas.

Volto para meu quarto e vou para o armário, o abro e pego a pequena caixinha marrom onde guardo o dinheiro, pego o necessário. Irei comprar uma garrafa de leite e quatro pães; Brandon toma café da manhã no trabalho. Saio do quarto e vou em direção ao sofá. Faris levanta a cabeça.

– Brandon – Ele resmunga. – Você não têm que trabalhar? – pergunto. O cutuco no ombro, ele toma um susto e cai do sofá. Ele bate a mão na testa e levanta rápido.

– É mesmo. Ai, caramba – diz, correndo pro banheiro. – Me espera aí, Eve. – E fecha a porta do banheiro. Me sento no sofá e Faris pula pro meu lado e deita. Passo a mão pelas suas costas, onde têm mais manchas brancas. Brandon sai correndo do banheiro secando o rosto molhado na toalha. Ele procura algo em volta do sofá.

– Calma, você não está atrasado – digo, sorrindo.

– Não?

– Não. Vai com calma – digo, e ele desaba do meu outro lado no sofá.

– Ai, que bom – diz ele e rio.

– Anda logo. Vou passar na padaria. Está faltando umas coisas.

– Certo – diz ele. Ele entra no banheiro e reviro os olhos. Brandon é tão atrapalhado.

Saímos de casa e, em nossos rostos, o sol brilha lindamente. Olho para o céu limpo, fecho os olhos e respiro fundo. Adoro esse tempo, sol no alto e ventando pouco. Eu preciso ir, se não chego atrasada na escola. A padaria não fica longe. Atravessamos uma pequena rua; não tem muita gente acordada á essa hora, só umas poucas pessoas que passam na padaria para comprar seus pães, bolos, leite e o que fosse para o café da manhã. Entramos na padaria e Brandon foi logo para os fundos da padaria. Tive que entrar na fila de quatro pessoas, e á minha frente está Oliver, meu amigo. Ele está com seu casaco azul simples, calças pretas e botas. Ele é mais alto do que eu por uns poucos centímetros. Ele têm dezessete anos, mais velho que eu por um ano. O cabelo dele é um pouco cacheado preto e não é muito curto. Ele tem belos olhos azuis escuros. Desde do dia em que o ajudei a trabalhar no bar, temos nos falado bastante, até nos tornamos um confidente do outro. O cutuco no ombro, ele se vira e sorri.

– Bom dia, Eve – diz ele. Sorrio de volta. Sua voz é calma, mas cansada.

– Bom dia, Oliver – digo. – Como está o Luke? – pergunto. Luke é seu irmão caçulo. Oliver vive para ele. Sua mãe morreu no parto de Luke e seu pai desapareceu, ninguém sabe dele. Oliver cuida dele sozinho, por isso lembrei ao Spense de que Oliver não têm ninguém e precisava de ajuda na época, foi aí que consegui o emprego para ele no bar.

– O Luke está bem. Dormindo agora. – Aponto para frente, pois a fila havia andado. Adoro o Luke, ele é uma fofura, com suas bochechas rosadas, o cabelo preto igual do irmão e olhos azuis. Ele têm três anos.

Oliver é atendido por Charles, ele compra dois litros de leite e dois pães.

– Te espero lá fora, Eve – diz ele.

– Ok – digo.

Compro o que tenho que comprar, saio da padaria e o vejo em pé, olhando o outro lado da rua, pensativo. Ele me olha e sorri. Começamos á andar em direção á minha casa. Ele me deixa até em casa, ele só precisaria andar três pequenas ruas, á esquerda da minha, para chegar em sua casa.

– Te vejo depois – diz ele.

– Certo – pisco para ele.

– Vai me esperar? – pergunta ele. Ele sempre me deixa na porta da escola, em seguida, vai pro bar.

– Claro. Só não demore, você sempre faz com que eu me atrase – brinco. Ele revira os olhos e sorri.

Apesar de ter perdido seus pais, de ter que cuidar sozinho do Luke, Oliver sempre está sorrindo. Sei que no fundo ele está mal, por ter que passar por tanta coisa, mas sempre o ajudo, então, poucas vezes o vejo mal. Oliver beija minha bochecha e sai em direção á rua que dá em outra. O lugar onde ele beijou fica quente.

Entro em de casa e vou para a cozinha. Minha mãe está fazendo café, seus cabelos loiros estão totalmente bagunçados. Ela está com o roupão rosa que meu pai tinha dado á ela de presente de aniversário, acho o casamento deles muito lindo. Meu pai é alto, cabelos e olhos castanhos. Ele está com sua camisa azul escuro. Encontro-o sentado á mesa, olhando a janela sobre a pia. Coloco a sacola com os pães e o leite na mesa.

– Obrigada, filha – diz minha mãe, com sua voz suave. – Tudo bem, querida?

– T-Tudo sim, mãe – sorrio. – Vou pegar minha mochila.

Vou para meu quarto. Toda vez que Oliver beija minha bochecha fico assim, vermelha, tremendo. Sorrio enquanto pego a mochila da mesa. Vou pra sala e a coloco no sofá, volto pra cozinha e me sento. Meu pai está tomando o café com sua velha xícara branca com listras azuis escuro. Pego um prato de plástico e boto á minha frente na mesa. Pego um pão e coloco no prato, corto o pão em pequenas partes, algo que sempre faço no café da manhã. Pego a manteiga e a faca, passo manteiga em todas as fatias.

– Por que você faz isso? – pergunta meu pai, olhando o prato, sorrindo e balançando a cabeça.

– Eu não sei – digo. Não sei mesmo, só gosto de fazer isso e comê-los devagar enquanto tomo café. É uma distração.

Terminado o café da manhã, pego minha mochila cinza e saio de casa. Sento-me na escada á espera do atrasão Oliver. Ele não sabe ser muito pontual. Mas conseguiu, dessa vez, chegar na hora, o que é raro. O vejo acenar do outro lado, à duas casas da minha. Ele se aproxima e estende a mão.

– Cansou de se atrasar? – pergunto, sorrindo. Ele ri.

– Eu demoro no café da manhã, você sabe – diz ele, sorrindo. Ele quer mastigar umas mil vezes antes de engolir. – E você não cansa de me esperar, não é? – ele sorri. Sorrio, pego sua mão e me levanto.

Oliver acena e sorri olhando para frente, olho pra frente e vejo Ellie Cruise retribuindo o aceno, com um sorriso em seus lábios finos. Ela é magra, loira do cabelo curto e olhos escuros, não me senti bem em vê-los sorrir e acenar um para o outro.

– Vamos logo – digo, andando mais à frente dele. Ele anda rápido até me alcançar.

– O que foi?

– Nada. Só quero chegar logo – digo. Imagens de Oliver agarrado com Ellie apareceram na minha mente e me embrulharam o estômago. Boto as mãos nos bolsos da saia e ando mais rápido.

– Espera aí, Eve. O que aconteceu? – pergunta Oliver, um pouco distante. Paro e ele me alcança. Ele me olha, procurando explicações para essa cena ridícula de querer chegar rápido na escola.

– O café da manhã não foi muito bem, só isso – digo. Ele me olha sério, como se esperasse por mais explicações.

– Tá bom. Vamos logo – diz, simplesmente. E voltamos a andar. Eu andava e chutava pedrinhas no caminho, querendo que as pedrinhas fossem a cabeça de Ellie. Ah, o que estou pensando? Oliver é bonito, principalmente livre para quem ele quiser. Não sou dona dele.

Mesmo sendo boa aluna, hoje eu não estou para prestar atenção em nenhuma aula. A manhã toda foi assim, bocejos, espreguiçadas e olhares para a janela. Sento nos fundos, junto com minhas amigas, Holly Campbell e Amelia Smith. Holly é alta, pele morena dos olhos escuros, ela é paciente, fazendo com que poucas coisas a irritassem. Amelia é ruiva, dos olhos azuis, engraçada, sempre contando ótimas piadas. Hoje eu não estava para nenhuma piada, e elas viram isso.

– É o Oliver Baker, não é? – pergunta Amelia, girando um lápis na mão. Minhas amigas sabem o que sinto por Oliver, algo mais do que amizade.

– A Ellie não tem ninguém? – pergunto com sarcasmo.

– Ah, ela brigou com o namorado de novo – diz Holly. – Quando você vai falar com Oliver, Eve?

– Ah, não sei. Ele só me vê como amiga, eu acho – sussurro. – Hoje no bar vou falar com ele. – Penso nas probabilidades de tudo dar certo. Ou não.

– Amanhã você nos conta – diz Amelia, sorrindo.

– Se eu sobreviver até amanhã – sussurro, para mim mesma.


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Notas finais do capítulo

Okay!
É só o começo, pessoas.
Espero que tenham gostado!
Postarei logo o próximo capítulo.
Bye! ô/



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