Folhas De Outono escrita por Débora Rempel


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente! Esse cáp. não esta tao grande quanto o anterior, mas em compensação, etá cheio de romance e emoções. bjs e boa leitura!



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Ja esta anoitecendo, e eu estou quase pronta para o jantar de hoje a noite. O senhor Casioss declarou este jantar asssim que Nathan declarou-me integrante do reino. Tá bom que o jantar nao é em minha homenagem nem algo parecido, e sim em homenagem a Edwuarda. A garota loira tinha ganho uma competiçao de beleza no reino de Gorlan, onde tinha várias amigas e conhecidas. Bem, acho que eu vou ficsar muito deslocada nesta festa, mas nada que me impessa de ir.

Abro o armário e olho atentamente as roupas que tenho para ir. Um vestido verde, todo bordado, sem armaçao. Muito chamativo. Um branco, liso, com as mangas em tiras grossas. Muito simples. Comecei a revirar o armário até encontrar, no ultimo lugar em que iria procurar, o vestido perfeito. Seu corpet era azul escuro, quase preto, com alguns bordados em preto, simulando sombras, nao era armado nem colado ao corpo, suas pregas faziam um efeito de pouca armaçao ao leve tecido da mesma cor do corpet. Como estava uma noite um pouco fria, coloquei um bolero fechado de renda preta por baixo do vestido, o que alongou muito meu busto e pareceu ser parte do vestido. Calcei uma sandália preta, de cetim, com uma flor do mesmo material do lado. Puxei uma parte do meu cabelo para o lado e fiz na parte que ficou solta vários espirais com pequenas mechas enroladas. Peguei a paleta de sombras que o Senhor Feudal comprou para mim e fiz a minha maquiagem em conjunto com as cores do vestido. Azul, nao tao escuro quanto o vestido, marrom e preto, para esfumar. Finalizei com a mascara para os cílios que é apenas um aplicador redondo com pelinhos e uma meleca preta que deixa os olhos muito mais chamativos.

Respirei fundo, olhei para trás, para a janela, voltei o olhar para a frente, para a porta. Corri até a janela e olhei em volta: estava tudo parado. Nao tinha vento, nao tinha gente, nao tinha animais, nao tinha nada além da vegetaçao. Uma luzinha fraca ao longe me prendeu o olhar. O que seria aquela luz no meio do nada? Nao há casas, para aqueles lados. A nao ser que fosse algum caçador, perdido no minimo. Fechei a cortina e fui para a porta, para o corredor. Nathan ainda estava em seu quarto, pelo visto. Ele disse que passaria aqui para me mostrar onde fica o salao de bailes. Fiquei impressionada com o modo com que ele descreveu o salao.

Sentei-me na cama e esperei por ele. Olhei em volta: o quarto estava impecavelmente limpo e arrumado. Nao tinha nada para fazer. Me joguei na cama, olhando para o teto, quando bateram a porta. Enfim, Nathan chegou! Já estava na hora. Levantei e corri abrir abrir a porta.

- Boa noite, senhorita. Concede-me a honra de acompanha-la esta noite?

Nathan usava um terno preto, camisa branca, gravata tambem preta, calça social, sapato social, e, nossa, o cabelo estava estrategicamente bagunçado.

- O que aconteceu com voce? - murmurei, impressionada com a mudança.

- Como? - ele estava confuso.

- Nao, nada. Voce esta ótimo.

- E voce, maravilhosa. - sorri, nao sei por que, mas sorri.

- Vamos? - ele me estendeu a mao, como se fosse me tirar para dançar ali mesmo, mas entao a possicionou em seu braço. Andamos em silencio até chegar do lado de fora do castelo, entao tive que perguntar.

- Aonde estamos indo? - ele olhou para mim e sorriu maliciosamente.

- Para o nosso salao de bailes. - fiquei curiosa, mas nao perguntei nada, entao ele concluiu - Nao precisa se preocupar, nao chegaremos atrasados, vai levar apenas alguns minutos.

Fomos para o lado oposto da entrada do castelo. Nao sei aonde ele estava me levando, mas nao vou ser tola o suficiente para estragar tudo denovo.

Paramos em frente a um mirante. Ele estava repleto de folhas e flores em torno de seus pilares. Em um canto havia um banco de pedra e em cima dele uma rosa branca. Nathan me deixou no centro do mirante e se dirigiu ao banco, pegou a rosa e voltou a mim.

- Da-me a honra desta dança, senhorita? - ele se inclinava para frente, com a rosa sempre na altura do meu rosto. Olhei para os lados, sem conseguir dizer nada e, quando ele percebeu que eu nao dizia absolutamente nada, levantou os olhos. Meus olhos estavam quase inundando. Balancei a cabeça positivamente. Um sorriso apareceu instantaneamente e as palavras começaram a sair.

- Sim, meu caro senhor. Seria uma imensa satisfaçao. - ele sorriu e me entregou a flor, que ficou lindamente em contraste com meu vestido.

Me vejo derrepente perdida em um mar negro. Estava nos braços dele novamente. Dançando. Olhando diretamente em seus olhos, seu piscar uma vez sequer. Ele me conduzia pelo mirante enquanto dançavamos com uma musica (que nao sei daonde surgiu, mas vejo um pequeno rádio portátio a distancia), apenas nos dois, a rosa, e a noite. Aquela flor era a perfeita combinaçao de tudo o que eu queria dizer a ele, e agora estava presa firmemente entre nossas palmas, flutuando junto comigo. Junto conosco. Nathan foi diminuindo o ritimo até parar e se afastar para terminar nossa dança. Ele parecia masi leve, satisfeito consigo mesmo. Eu nao conseguia dizer nada, minha garganta se fechava fortemente em um nó cego, que ninguem a nao ser quem o deu poderia soltá-lo. E foi exatamente o que ele fez.

Fechei meus olhos e senti ele se aproximar. Seus labios tocaram os meus e eu fui para outro mundo, outra galáxia. Ele me segurava com firmeza, mas sem força. Tive a sensaçao de algo se soltando. Meu coraçao batia a mil quando ele se afastou. Respirei fundo, ainda com os olhos fechados, desejando que ele entendesse meu recado e me desse outro beijo. Entrelacei minha mao à dele, e ele a trouxe para perto da boca, para um leve beijo.

- Agora voce é minha. Só minha. - eu o olhei nos olhos e soube que era. Era dele completamente, inteiramente. Minha mente nao parava no lugar, girava com a força de um furacão. Apertei a mao dele com força.

- Sim, apenas sua. - tive a impressao de ter acabado de sair de uma violenta ciranda. Eu via tudo girar, entao escureceu. Cai nos braços dele denovo. Desmaiada. Podia ouvir o que ele dizia, mas nao responder. Nao conseguia me mecher, meu olhos nao se abriam. Senti Nathan deitar a cabeça em meu peito, aflito comigo inconsiente. Minha cabeça voltava ao lugar vagarosamente. Até que consegui abrir os olhos e vê-lo ajoelhado ao meu lado, com o rosto pálido e as maos geladas.

- Ah, meus Deus! Voce está bem? - ele disparou - Eu nao sei o que faria sem voce.

Nathan se abaixou mais enquanto eu me levantava e me abraçou forte, com lágrimas nos olhos, mas nao na face. Me afastei e garanti a ele que estava bem e que precisavamos voltar ao castelo, o jantar deveria estar pronto para começar e nós estavamos ainda estávamos.

Na frente do castelo, novamente, Nathan e eu combinamos o que iriamos dizer. Ele ja havia dito aos guardas que eu nao estava passando muito bem, entao me iria me levar a um enfermeiro que conhecia. Bem, como os guardas nao sabiam de nada, acreditaram facilmente em sua palavra. Em seguida, iriamos para o salao e todos os que perguntarem onde estivemos todo este tempo, eu tria que dizer que nao estava muito bem e toda aquela ladainha de enfermeiro e coisa e tal.

Nathan me conduzia pelo salão em diraçao à mesa que estava reservada para nós, Edwuarda, algumas amigas dela e alguns outros rapazes que naop faço a minima idéia de quem sejam.

- Boa noite. Estamos muito atrasados? - perguntei a Edwuarda, de modo casual.

- Nao, nao imagina. Chegaram bem na hora. - ela esboçava um sorriso de alivio, acho que por que chegamos, ou algo assim - O jantar já será servido, é só o tempo das homenagens e podemos nos servir.

- Ah, que ótimo. Assim nao perdemos nada. - Nathan completava a conversa, dando um fim a ela - Sente-se senhorita Fortsman, tens que descansar.

- Descansar? - Edwuarda parecia preocupada - Voce esta bem, Alisha?

- Estou, sim. É que nao estava passando muito bem, entao o senhor Stevens me levou a um enfermeiro conhecido por ele aqui perto, e ele me recomendou repouso por uns dez, quinze minutous. - olhei para Nathan, que conffirmou a história. Nunca que eu iria perder o baile, e ele percebeu isso.

- Senhoras e senhores aqui presentes esta noite. - o Senhor Feudal dava inicio as homenagens à sua tao amada filha, Edwuarda. - É com imenso prazer que venho até aqui hoje para prestar minhas homenagens à minha querida e linda filha. Edwuarda, venha até aqui para que todos possam comprovar o por que foi a campeã do concurso Estasion em Gorlan. E como todos sabem, o premio em dinheiro será doado para melhorias em nosso feudo.

A plateia começou a aplaudir. Edwuarda agradecia pelos aplausos e se dirigia para o lado de seu pai.

- Eu gostaria de agradecer a todos pela presensa. Aproveitando a deixa, aproveitem a festa! Que sirvam o jantar!

Os garçons apareceram de todos os cantos, passando de mesa em mesa, oferecendo de tudo um pouco.

Edwuarda estava deslumbrante. Seu vestido branco era todo bordado em dourado, realsando ainda mais seus olhos azuis.

A pista de dança estava ocupada por Edwuarda e seu melhor amigo. Os dois dançavam em perfeita harmonia, dentro do circulo formado pelos convidados. Eu e Nathan ficamos sentados à mesa, pois eu ainda teria que descansar mais um pouco, segundo ele. Nathan alega que depois daquele desmaio eu teria que repousar mesmo, mas eu me recuso.

A dança terminou e a pista estava liberada para quem quisesse dançar tambem. Nathan foi comprimentar um grupo de pessoas que estavam em uma mesa um pouco distante da nossa.

- Aquele com quem Nathan está conversando é o primo dele e, - Edwuarda começou a me apresentar a distância a familia de Nathan - do seu lado, duas tias. A da direita é a mae do menino. Aqueles dois sentados sao outro casal de tios, eles tem um bebe e uma filha de quatorze anos, devem estar em casa. Está vendo aquela garota dançando bem ali, com o rapaz alto e loiro? - acenei com a cabeça - É prima do Nathan, irmã daquele menino com quem ele conversava, e o garoto, seu noivo.

- Onde estao os maridos das tias de Nathan, as duas de pé ao lado do garotinho?

- Devem estar lá fora. - ela falou, olhando para a porta - E por falar neles, olhe ali.

Edwuarda apontava para dois homens altos, um deles segurava uma flor em maos, apenas uma, que entrgou para a tia de Nathan, a que pelo visto, ainda nao tinha filhos.

- Ele participou da ultima guerra que tivemos aqui. - Edwuarda se referia ao homem com a flor - A que perdemos para o seu povo. Os outros tios de Nathan nao tinham idade para se alistar ainda. Somente ele e o pai de Nathan foram. E, infelizmente...

- Seu pai morreu. - terminei a frase por ela - Eu sei. - informei.

- E, pouco depois, sua mae tambem.

Fiquei um pouco triste em saber que ele nao tinha me dito aquilo. Nathan voltava para a mesa, onde só sobrava eu.

- Vamos dançar? - ele estendeu a mao para mim, como tinha feito no mirante.

- Claro. - respondi, olhando fixamente para seu tio. Entramos na pista e nao me aguentei.- Como é o nome daquele seu tio? - ele me olhou desconfiado - Só por curiosidade.

- Edsson. Edsson Reinhard Stevens, nao muda nada, só o primeiro nome. - sorri, apenas para disfarçar.

Meus olhos estavam em Edsson, que vinha para a pista de dança com a esposa. Quando ele me olhou, vi um olhar sombrio se formar de repente. Parei e olhei para Nathan. Ele ficou confuso, entao comecei a correr. Sai do salo de bailes e fui para os portoes, que estavam abertos até agora. Corri até nao aguentar mais, com os olhos cheios de água, querendo transbordar e inundar o meu rosto. Olho em volta e percebo que já estive aqui antes, sem Nathan, mas já estive aqui. O lugar nao passa de uma praça minusca, com apenas uma árvore no centro e várias outras plantas baixas em volta. A árvore encobria quase toda a praça, que estava em breu assustador. Estava cansada de tudo, de todos. Em minha volta havia apenas algumas formas de vida que nao podiam agir por si próprias, assim como eu agora. Nao sei mais o que fazer, minha mente me leva para outro lugar, para meu inconciente. Me deito ao lado de uma flor roxa, fico olhando-a e pensando como seria a minha vida se fosse igual a dela. Sabe, uma hora a gente cansa e acaba desistindo, mas essa flor nao desiste e, se ela nao desiste, eu tambem nao vou desistir. Tenho uma promessa para cumprir. Nao posso me deixar levar por medo, muito menos por culpa. Nao vou ficar olhando tudo em minha volta desabar, mas tambem nao posso fugir de tudo o que está prestes a cair. tenho que achar um equilibrio em mim mesma. Tenho que me centrar e me concentrar naquilo que quero.

Fecho os olhos e lembranças de meu pai me invadem até que finalmente caio no sono.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado. Reiwis? Nao mata! bjs e até o próximo cáp.



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