Névoa Ii - I Can Almost Taste It escrita por Bruh


Capítulo 2
Capítulo 2




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13 de junho

 

 

 

O dia amanheceu pálido,frio,triste.Não sei bem se eu realmente acordei naquele dia ou se eu continuava sonhando,pois não conseguia realizar,de fato,o local onde eu estava.Eu sabia que estava deitada,dormindo...mas consciente.Tudo era muito concreto,mas eu me sentia em outro século,quase que em outra dimensão.

A cama onde eu estava era de dossel,com um tecido branco translúcido pendendo das hastes de madeira.Quando eu abri as cortinas,me vi em um ambiente totalmente inóspito.Muito amplo,as janelas estavam empoeiradas e abertas.

Era um quarto,com certeza,mas era do tamanho de um salão de festas e possuía uma decoração de realeza.Uma claridade chata atingiu meus olhos.Me levantei ainda sonolenta e me deparei com  uma penteadeira descascada com um espelho oval.

Me posicionei em frente ao espelho e pude observar uma imagem de mim mesma nunca antes percebida.Eu estava vestindo uma camisola marfim,de mangas longas.Meus cabelos não estavam bagunçados...pelo contrário...estavam cuidadosamente presos em um laço de fita vermelho e minha expressão facial denunciava paz.Eu não possuía qualquer linha de expressão proveniente de alguma preocupação.Uma franja comprida emoldurava meu rosto.

 

Não sei quanto tempo eu passei em frente á penteadeira mas assim que ouvi passos no corredor totalmente escuro,voltei rápido para a cama,fechei as cortinas e me cobri com um edredom branco e macio.

Senti que alguém abriu uma pequena fresta no tecido e me senti observada,mas não fazia idéia de quem estava ali...muito menos o que eu estava fazendo ali.

Alguém afastou uma mecha da minha franja que estava sob meu rosto.Sem coragem de abrir os olhos,eu senti uma pele macia tocar meu rosto,como um sopro...como um vento suave.Um cheiro de perfume amadeirado invadiu o ambiente e,mesmo sem voltar meus olhos para este alguém misterioso,me senti plena com a sua presença.

A pessoa balbuciou algumas palavras,parecia a letra de uma canção de ninar mas eu não consegui identificar qual.Eu tinha quase certeza que era a música que minha mãe cantava para mim quando eu era pequena.

Era como se eu vivesse naquela casa há anos,totalmente isolada de qualquer civilização,com esta pessoa que poderia ser meu marido,talvez.Havia felicidade pairando no ar.Eu quase podia tocá-la.

Senti que as cortinas foram totalmente abertas agora,mas não sei bem por qual motivo,eu não me senti tentada a abrir os olhos,eu apenas senti aquela sensação e aroma de frutas frescas e café.Uma bandeja havia sido repousada ao meu lado.Quando senti que estava novamente sozinha no quarto, voltei meus olhos para baixo percebi que havia um  bilhete escrito por uma caligrafia fina,em letras douradas em um papel cartão amarelado.

‘Sim...eu aceito passar este dia com você’

 

 

Meu coração assumiu um ritmo acelerado e descompassado.Meus dedos perderam as forças.Senti uma tontura e provavelmente caí desacordada.Só conseguia ouvir uma música distante,uma música conhecida.

Era o despertador do meu cruel celular me chamando para mais um dia de realidade.Olhei o visor e vi que havia uma mensagem de texto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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